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<body class="calibre">
<p class="calibre2">verdade que uma grande parte do conteúdo se relaciona com o povo judeu – como Deus lidou com eles no passado, lida com eles no presente e lidará com eles no futuro. Mas os leitores são tratados de um modo que não deixa dúvidas, quanto ao fato de serem predominantemente gentios (veja 1:5, 6;1:13; 11:13; 15:15, 16). Havia provavelmente cristãos judeus na igreja, mas constituíam a minoria. </p>
<p class="calibre2">Parece-nos pertinente perguntar como a igreja em Roma foi organizada. Infelizmente não existem documentos do primeiro século que nos forneçam a resposta. Algumas sugestões têm sido apresentadas. </p>
<p class="calibre2">Já se afirmou que "estrangeiros em Roma, judeus e prosélitos", que testemunharam a vinda do Espírito Santo (Atos 2:10) retornaram à cidade, e organizaram ali um núcleo de crentes. Entretanto, os cristãos, depois do Pentecostes, não se sentiram imediatamente diferentes dos judeus, nem começaram a organizar igrejas locais separadas das sinagogas. Daí, o começo de uma igreja cristã em Roma, logo depois do Pentecoste, não parece provável. Outros crêem que a igreja em Roma foi organizada por missionários da Antioquia (cons. Hans Lietzmann, <i class="calibre3">The Beginnings of the Christian Church</i>, trad. Bertram Lee Woolf, págs. 111, 133, 199). Uma vez que Antioquia era um centro missionário, parece certamente plausível. Mas a melhor das sugestões parece que diz que a igreja foi organizada e cresceu com os convertidos por Paulo, Estêvão e outros apóstolos que viajaram à cidade imperial a negócios, ou para se estabelecerem lá. </p>
<p class="calibre2">Quando Pedro e Paulo chegaram a Roma? Quando se comparam as declarações dos Pais da Igreja primitiva com as evidências do Novo Testamento, parece improvável que algum dos apóstolos fosse a Roma antes do ano 60 A.D., isto é, diversos anos depois de escrita a carta aos romanos. Se Pedro estivesse em Roma quando Paulo escreveu esta epístola, Paulo certamente o teria saudado. O desejo que Paulo tinha de há muito de pregar em Roma (Rm. 1:11-13) e sua política de não edificar sobre os fundamentos lançados por outro homem (15:20) toma improvável, que Pedro fosse a Roma antes da ocasião da carta aos romanos. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Autoria e Data. </b> É quase universal a concordância que Paulo foi o autor desta epístola. Isto se baseia nas declarações dos capítulos 1 e 15, no estilo e argumentação proposta nos capítulos intermediários, e no testamento de todos aqueles de antigamente, que citam a epístola. </p>
<p class="calibre2">As únicas dúvidas quanto à autoria relacionam-se com o capítulo 16 e as doxologias. Em 16:3-16 há uma longa lista de pessoas às quais foram enviadas saudações. Priscila e Áqüila foram mencionados em 10:3-5, mas Atos 18:18, 19 declara que Paulo os deixou em Éfeso. Por causa disso, alguns concluíram que Romanos 16, que contém esses nomes, foi originalmente endereçado por Paulo a Éfeso. Epêneto foi mencionado em 16:5, onde é chamado de um dos primeiros frutos da Ásia (isto é, da Ásia Menor). Disto também dá para concluir que esta parte foi escrita para Éfeso. Mas as evidências não exigem tal conclusão. </p>
<p class="calibre2">Priscila e Áqüila viajavam muito. Uma vez que vieram da Itália (Atos 18:2) não seria estranho que para lá retomassem. O fato de Epêneto ser o primeiro convertido da Ásia Menor, não prova que tenha morado lá toda a sua vida. Uma das consistentes práticas de Paulo, nas saudações, era de não mencionar ns nomes dos indivíduos nos lugares onde pessoalmente ministrara (cons. I Co., II Co., I e lI Ts., Fp., Ef. [Éfeso e Ásia Menor] e Gl.). Mas em Romanos e Colossenses ele cita nomes de pessoas nas saudações. Nos lugares onde não estivera, ele poderia incluir todos os conhecidos, a fim de estabelecer contato. Ou se fizesse uma seleção, o propósito seria evidente, de modo que ninguém se sentisse negligenciado. </p>
<p class="calibre2">São cinco as doxologias ou bênçãos – 15:13; 15:33; 16:20; 16:24; 16:25-27. Em cada caso, ou Deus ou Cristo são invocados para realizarem algo, para ficarem com os leitores, ou para fornecerem-lhes graça. A primeira (15:13) conclui a seção com uma explanação de Paulo, a respeito da ética cristã, e a necessidade de os cristãos viverem em harmonia e em entendimento mútuo. A segunda (15:33) termina a seção, na qual Paulo fala de seus planos de viagem e de sua intenção de levar uma coleta a Jerusalém, e pede orações em favor dessa coleta e sua ida a Roma. A terceira (16:20) segue-se a uma advertência contra aqueles cujas atitudes e palavras são contrárias aquilo que foi ensinado. Paulo assegura a seus leitores que Deus, que dá a paz, logo esmagará Satanás sob os seus pés. Enquanto isso, Paulo expressa seu mais profundo desejo, que a graça do Senhor Jesus possa lhes pertencer. A quarta (16:24), não tendo bons manuscritos como prova para sustentá-la, foi omitida em todas as versões modernas com base em um texto grego melhor. A última (16:25-27) é a mais interessante de todas, porque se encontra em diversos lugares nos manuscritos antigos. A família dos textos alexandrinos, e o Manuscrito D da família dos textos orientais, contêm esta doxologia um tanto longa, bem no final do capítulo 16. É aí que deve estar. Alguns outros manuscritos a colocam depois de 14:23. </p>
<p class="calibre2">Alguns poucos a colocam depois de 14:23 e em 16:25-27. Um manuscrito, o G, omite esta doxologia completamente. O manuscrito do papiro P46, coloca-a depois de 15:33. </p>
<p class="calibre2">Alguns mestres tem tentado mostrar que o conteúdo desta última doxologia, caracteriza-o como tendo sido composto no segundo século, como fórmula litúrgica de conclusão (cons. John Knox, "Romanos", <i class="calibre3">The Interpreter’s Bible</i>, IX, 365-68). Dr. Hort, há quase um século atrás, comparou cuidadosamente suas frases com frases de cartas paulinas anteriores e posteriores, e descobriu um notável número de semelhanças (F.J. A. Hort, "On the End of the Epistle to the Romans", in <i class="calibre3">Biblical Essays</i>, compilado por J.B. Lightfoot, págs. 324-329). Conclui-se daí, que existem boas provas para apoiar a autoria de Paulo nesta doxologia final, além do fato de que, se encontra no final ou perto do final de Romanos. </p>
<p class="calibre2">Mas, por que deveria esta doxologia do final de Romanos, aparecer em diferentes lugares nos diversos manuscritos? Um certo número de fatores podem ter desempenhado o seu papel. Orígenes, no seu comentário sobre a Epístola aos Romanos, declara que o herético Marcion (que fez seus rasgos de pena entre 138-150 A.D.), cortou o final do livro de Romanos a partir de 14:23. Seguidores de Marcion teriam produzido cópias que paravam nesse ponto. Além disso, os títulos das seções – frases sucintas descrevendo o conteúdo estão ausentes dos dois últimos capítulos, nos dois manuscritos da Vulgata – Codex Amiatinus e Codex Fuldensis. A omissão desses capítulos para o público leitor, teria influenciado a colocação da doxologia. Novamente, Paulo ou os cristãos de Roma, imediatamente após sua morte, podem ter encurtado a epístola, a fim de fazê-la circular pelas outras igrejas. O próprio fato de termos tantos manuscritos antigos da carta aos romanos, permite-nos, perceber algumas dessas divergências e observar o que os melhores manuscritos têm produzido. Quer consideremos os manuscritos da mais alta qualidade (o mais importante) ou a quantidade total, a maior parte deles incluem o livro de Romanos todo, com exceção de 16:24, que indubitavelmente não fazia parte do texto original. </p>
<p class="calibre2">Esta carta foi escrita por Paulo em sua terceira viagem missionária. </p>
<p class="calibre2">Uma vez que o apóstolo passou três meses na Grécia (Atos 20:3) e ele recomendava Febe, a diaconisa de Cencréia (porto ocidental de Corinto) que, provavelmente, foi a portadora da carta a Roma, é muito provável que a carta fosse escrita em Corinto. Mas é possível também, que outra cidade grega, Filipos por exemplo, fosse o lugar. As datas da epístola têm se situado entre 53 A.D, a 58 A.D. Os anos de 55 ou 56 parecem ser os mais prováveis. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Ocasião e Propósito da Carta. </b> O apóstolo planejou deixar a Grécia e ir para a Palestina com a coleta que recolhera entre as igrejas gentias. Paulo queda que essa coleta fosse apresentada aos santos pobres de Jerusalém por ele, além dos representantes das igrejas gentias. Ele achava que esse gesto dos gentios demonstraria o amor deles, pelos irmãos cristãos da Palestina, e demonstrada a unidade da igreja. </p>
<p class="calibre2">Pretendia ir depois para Roma. De Roma queda ir para à Espanha. Antes de Paulo virar as costas, por algum tempo, para seus alvos ocidentais, escreveu esta potente carta aos Romanos e a enviou para o ocidente. </p>
<p class="calibre2">Que tipo de carta é a Epístola aos Romanos? Foi escrita para um grupo (ou grupos) de crentes em Roma. O fato de que expressa pensamentos grandes, profundos e sublimes sobre Deus, não invalida a classificação deste livro como carta. Paulo orava pelos leitores incessantemente (1:9, 10) e ansiava por ter comunhão com eles (1:11). </p>
<p class="calibre2">Queria que orassem por ele por causa dos perigos que o ameaçavam (15:30-32). Daí, Romanos não é um tratado de doutrina sistemática. Os pensamentos de Paulo sucedem-se logicamente, mas ele certamente não procura apresentar todos seus ensinamentos doutrinários. </p>
<p class="calibre2">Romanos não é também um ensaio polêmico - Cristianismo Paulino contra Cristianismo Judeu. A unidade e a união entre os crentes é central na metáfora da oliveira em Romanos 11. Romanos é uma carta de instruções no que se refere aquelas verdades principais do Evangelho, que Paulo sentia fossem mais necessárias aos que se encontravam em Roma. Uma vez que as necessidades dos gentios eram as mesmas, estivessem em Roma ou em Colossos, a carta tem um toque universal. </p>
<p class="calibre2">Romanos é um resumo das verdades fundamentais que Paulo ensinou nas igrejas, onde passou algum tempo proclamando o Evangelho. Um dos motivos porque esta epístola tem uma tão grande influência é que Deus orientou seu servo, a apresentar estes pensamentos soberbos numa carta para que mestres e leigos, igualmente, pudessem se apropriar das verdades que moldaram seu destino eterno. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Desenvolvimento do pensamento. </b> Paulo começa com alguns comentários preliminares preparando o leitor para tudo quanto ele pretende escrever (1:1:17), e assim estabelece uma harmonia excelente entre ele próprio e seus leitores. Depois ele se atira ao assunto da importância da justiça no relacionamento entre o homem com Deus (1:18 – 8:39). Primeiro, destaca originalmente que o homem não é justo, depois cuidadosamente responde a questão: Como um homem se torna justo diante de Deus? Reforça a questão com a discussão de como o homem justificado diante de Deus, deveria viver. Sendo judeu, Paulo olhava para a humanidade como se fosse dividida em duas classes - judeus e gentios. Como cristão, como olhar para essas duas divisões? Ele responde a pergunta quando examina o plano de Deus para o judeu e para o gentio (9:1 – 11:36). Aqui ele estabelece uma posição distinta para a história da filosofia cristã. Depois, indo para a área da aplicação, dá exortações específicas para os cristãos romanos, quanto a sua aparência, atitudes e práticas (12:1 – 15:13). Concluindo, ele mostra seu interesse profundo pelos crentes romanos (15:14 – 16:27). Eles se encontravam em sua região e ele pretendia visitá-los. Até que isso fosse possível tinha de lhes enviar sudações por carta, admoestando-os e entregando-os a Deus, pois só Ele poderia firmá-los. </p>
<p class="calibre2">Ao estudar Romanos, não devemos nos esquecer do todo, ao qual cada passagem individual pertence. Arrancar uma passagem do seu contexto, sempre é prejudicial; em Romanos, isto pode produzir, uma inversão completa do que Paulo quis dizer. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">ESBOÇO </b></p>
<p class="calibre2">I. Afirmações introdutórias de Paulo, o apóstolo. 1:1-17. </p>
<p class="calibre2">A. Revelação da identidade do escritor. 1:1. </p>
<p class="calibre2">B. O Evangelho identificado com Jesus Cristo. 1:2-5. </p>
<p class="calibre2">C. Saudações aos leitores. 1:6, 7. </p>
<p class="calibre2">D. O interesse de Paulo nos romanos, parte de uma preocupação maior. 1: 8-15. </p>
<p class="calibre2">E. Natureza e conteúdo do Evangelho resumidos. 1:16, 17. </p>
<p class="calibre2">II. Justiça – a chave do relacionamento do homem com Deus. </p>
<p class="calibre2">1:18 – 8:39. </p>
<p class="calibre2">A. A justiça é o "status" necessário para o homem se apresentar diante de Deus. 1:18 – 5:21. </p>
<p class="calibre2">1. O fracasso do homem em alcançar a justiça, 1: 18 - 3 : 20. </p>
<p class="calibre2">a. A negligência dos gentios, l : 18-32. </p>
<p class="calibre2">b. A negligência do homem que julga em contraste com o justo juízo de Deus. 2:1-16. </p>
<p class="calibre2">c. A negligência do judeu. 2:17-29. </p>
<p class="calibre2">d. Objeções contra os ensinamentos de Paulo com base na negligência do homem. 3:1-8. </p>
<p class="calibre2">e. A negligência de toda a humanidade diante de Deus. </p>
<p class="calibre2">3:9-20. </p>
<p class="calibre2">2. A justiça alcançada pela fé, não por obras legalistas. 3:21-31. </p>
<p class="calibre2">3. A justiça pela fé na vida de Abraão. 4:1-25. </p>
<p class="calibre2">a. Sua justiça alcançada pela fé, não pelas obras. 4:1-8. </p>
<p class="calibre2">b. Abraão feito o pai de todos os que crêem pela fé, antes da circuncisão. 4:9-12. </p>
<p class="calibre2">c. Realização da promessa pela fé, não pela lei. 4 : 13-16. </p>
<p class="calibre2">d. Deus, Senhor da morte, o objeto da fé de ambos, de Abraão e do cristão. 4:17-2 5. </p>
<p class="calibre2">4. Centralidade da justiça pela fé nas vidas individuais e na estrutura da história. 5:1-21. </p>
<p class="calibre2">a. Efeitos da justiça pela fé sobre os recipientes. 5:1-11. </p>
<p class="calibre2">b. Efeitos da desobediência de Adão e da obediência de Cristo. 5:12-21. </p>
<p class="calibre2">B. A justiça como a maneira do cristão viver diante de Deus. </p>
<p class="calibre2">6 :1 – 8:39. </p>
<p class="calibre2">1. Sofisma sobre o pecar para que a graça abunde. 6: 1-14. </p>
<p class="calibre2">2. Sofisma sobre o pecar porque os crentes estão sob a graça, não sob a lei. 6:15 – 7:6. </p>
<p class="calibre2">a. Fidelidade, fruto, destino. 6:15-23. </p>
<p class="calibre2">b. Anulamento e novo alistamento causado pela morte. 7:1-6. </p>
<p class="calibre2">3. Perguntas que surgem por causa da luta contra o pecado. </p>
<p class="calibre2">7 : 7-25. </p>
<p class="calibre2">a. A Lei é pecado? 7:7-12. </p>
<p class="calibre2">b. Aquilo que é bom é a causa da morte? 7:13, 14. </p>
<p class="calibre2">c. Como pode ser resolvido o conflito interno? 7:15-25. </p>
<p class="calibre2">4. A vitória através do Espírito ligada ao propósito e ação de Deus. 8:1-39. </p>
<p class="calibre2">a. Libertação do pecado e morte pela atividade do Pai, Filho e Espírito. 8:1-4. </p>
<p class="calibre2">b. A disposição da carne versos a do Espírito. 8 : 5-13. </p>
<p class="calibre2">c. Orientação e testemunho do Espírito. 8 : 14-17. </p>
<p class="calibre2">d. A consumação da redenção esperada pela criação e crentes igualmente. 8:18 -25 . </p>
<p class="calibre2">e. O ministério intercessor do Espírito. 8:26, 27. </p>
<p class="calibre2">f. O propósito de Deus para aqueles que o amam. 8:28-30. </p>
<p class="calibre2">g. Triunfo dos crentes sobre toda oposição. 8:31-39. </p>
<p class="calibre2">III. Israel e os gentios no plano de Deus. 9:1 – 11:36. </p>
<p class="calibre2">A. A preocupação de Paulo por Israel, o seu povo. 9: 1-5. </p>
<p class="calibre2">B. Deus é livre, justo e soberano em seu relacionamento com Israel e com todos os homens 9:6-29. </p>
<p class="calibre2">1. A escolha que Deus fez de Isaque e não dos outros filhos de Abraão. 9:6-9. </p>
<p class="calibre2">2. A escolha que Deus fez de Jacó e não de Esaú. 9:10-13. </p>
<p class="calibre2">3. A misericórdia de Deus para com Israel e o endurecimento de Faraó. 9:14-18. </p>
<p class="calibre2">4. O controle de Deus sobre os vasos da ira e da misericórdia. </p>
<p class="calibre2">9:19-24. </p>
<p class="calibre2">5. O testemunho de Deus em Oséias e Isaías numa extensão e limitação da sua obra salvadora. 9:25-29. </p>
<p class="calibre2">C. O fracasso de Israel e o sucesso dos gentios. 9:30 – 10:21. </p>
<p class="calibre2">1. Os gentios obtiveram o que Israel perdeu. 9:30-33. </p>
<p class="calibre2">2. A justiça de Deus ignorada por Israel. 10:1-3. </p>
<p class="calibre2">3. Relação entre a justiça da fé e o objeto da fé. 10:4-15. </p>
<p class="calibre2">4. As Boas novas rejeitadas. 10:16-21. </p>
<p class="calibre2">D. A situação de Israel no tempo de Paulo. 11:1-10. </p>
<p class="calibre2">E. A perspectiva de Israel para o futuro. 11:11-36. </p>
<p class="calibre2">1. Estágio de bênção da queda de Israel e sua plenitude. </p>
<p class="calibre2">11:11-15. </p>
<p class="calibre2">2. Os gentios individualmente não têm do que se vangloriar. </p>
<p class="calibre2">11:16-21. </p>
<p class="calibre2">3. A bondade e a severidade de Deus expostas por sua reação à crença e a incredulidade. 11:22-24. </p>
<p class="calibre2">4. Salvação para o povo de Israel. 11:25 -27. </p>
<p class="calibre2">5. A misericórdia de Deus exaltada por sua ação na história. </p>
<p class="calibre2">11:28-3 2. </p>
<p class="calibre2">6. A excelência e a glória de Deus - a Fonte, o Sustentador e o Alvo de todas as coisas. 11:33-36. </p>
<p class="calibre2">IV. A atitude e a conduta que se espera dos cristãos em Roma. </p>
<p class="calibre2">12:1 – 15:13. </p>
<p class="calibre2">A. Consagração de corpo e mente. 12:1, 2. </p>
<p class="calibre2">B. A humildade no uso dos dons divinos. 12:3-8. </p>
<p class="calibre2">C. Características da personalidade a serem exemplificadas. </p>
<p class="calibre2">12:9-21. </p>
<p class="calibre2">D. Submissão à autoridade do governo deve ser acompanhada de um modo de vida dedicado e honesto. 13:1-14. </p>
<p class="calibre2">E. Tolerância necessária para com as consciências fortes e fracas. </p>
<p class="calibre2">14:1 – 15:13. </p>
<p class="calibre2">1. Diferenças de opinião sobre o alimento ou dias especiais, 14:1-6. </p>
<p class="calibre2">2. O juízo é do Senhor, não dos irmãos. 14:7-12. </p>
<p class="calibre2">3. Remoção de pedras de tropeço. 14:13-23. </p>
<p class="calibre2">4. Os fortes devem ajudar os fracos e não agradarem-se a si mesmos. 15:1-3. </p>
<p class="calibre2">5. Glória dada a Deus pela paciência, consolação e harmonia. </p>
<p class="calibre2">15:4-6. </p>
<p class="calibre2">6. O ministério de Cristo tanto a judeus como a gentios. </p>
<p class="calibre2">15 : 7-13. </p>
<p class="calibre2">V. Itens de interesse pessoal e cuidado pelos leitores. </p>
<p class="calibre2">15:14 – 16:27. </p>
<p class="calibre2">A. Os motivos de Paulo escrever ousadamente a leitores maduros. 15:14-16. </p>
<p class="calibre2">B. Confirmação sobrenatural da obra missionária pioneira de Paulo. 15:17-21. </p>
<p class="calibre2">C. Planos de viagem: Jerusalém, Roma, Espanha. 15:22-29. </p>
<p class="calibre2">D. Pedidos específicos de oração. 15:30-33. </p>
<p class="calibre2">E. Recomendação de Febe. 16:1, 2. </p>
<p class="calibre2">F. Saudações particulares a pessoas e grupos. 16:3-16. </p>
<p class="calibre2">G. O caráter perigoso daqueles que ensinam falsa doutrina. </p>
<p class="calibre2">16:17-20. </p>
<p class="calibre2">H. Saudações dos companheiros de Paulo em Corinto. 16:21-23. </p>
<p class="calibre2">I. Confirmação dos crentes pelo Deus soberano da história. </p>
<p class="calibre2">16:25-27. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">COMENTÁRIO </b></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Romanos 1 </b></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">I. Declarações Introdutórias de Paulo, o Apóstolo. 1:1-17. </b></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">A extensão da introdução prova que Paulo dava grande importância a esta carta. Observe o espírito de dedicação que permeia estas linhas introdutórias. Observe também como ele passa rapidamente de um pensamento para outro. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">A. Revelação da identidade do escritor. 1:1. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1. </b> A palavra que foi traduzida servo significa realmente <b class="calibre1">escravo</b>. </p>
<p class="calibre2">Para Paulo, esta expressão significava que ele pertencia a Jesus Cristo. </p>
<p class="calibre2">Ele era propriedade de Cristo, e, como tal, tinha uma tarefa divina para realizar. Sua chamada para ser apóstolo veio-lhe claramente em Damasco (Atos 9:15, 16; 22:14, 15; 26:16-18). Ele fora <b class="calibre1">separado para o </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">evangelho de Deus. </b> Em Gálatas, Paulo remonta esta chamada à ocasião do seu nascimento (Gl. 1:15), mas aqui em Romanos, ele destaca o propósito de sua separação: para o <b class="calibre1">evangelho</b> que Deus criou. Paulo tinha um Mestre divino, um cargo divino e uma mensagem divina. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">B. O evangelho identificado com Jesus Cristo. 1:2-5. </b></p>
<p class="calibre2">Nestes versículos o Evangelho é considerado em duas dimensões – a histórica e a pessoal. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2. </b> Historicamente, Deus proclamou este evangelho <b class="calibre1">outrora</b>, por meio de agentes especiais, os <b class="calibre1">profetas</b>. O registro do que proclamaram encontra-se nas <b class="calibre1">Santas Escrituras. </b> Esta última é uma designação técnica para todas as partes da Escritura, a Escritura como um todo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">3. </b> O evangelho de Deus é sobre Seu Filho. Em primeiro lugar Paulo destaca Sua humanidade: <b class="calibre1">segundo a carne, veio da descendência de </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Davi. </b> Eis aí em destaque o Seu nascimento. <b class="calibre1">Tornou-se</b> homem. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">4. </b> Logo a seguir destaca a qualidade de ser Filho de Deus: <b class="calibre1">Designado Filho de Deus com poder ... pela ressurreição dos mortos. </b> Em todos os exemplos onde Paulo usa a palavra "mortos" depois da palavra "ressurreição", a palavra grega para "mortos" está no plural. </p>
<p class="calibre2">Algumas vezes ele declara explicitamente uma ressurreição de <b class="calibre1">pessoas</b> (cons. I Co. 15:12, 13, 21, 42). Mas aqui em Rm. 1:4 e também em Atos 26:23 ele se refere à ressurreição de Jesus Cristo. Todavia o termo "mortos" está no plural. Portanto, na ressurreição desta pessoa, está implícita a ressurreição de todos os que ressuscitarão por meio dEle. </p>
<p class="calibre2">Mas, em Rm, 1:4, Paulo se refere explicitamente à vitória de Cristo sobre a morte (cons. 6:9). O uso do plural aqui é um toque do estilo do escritor. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Segundo o Espírito de santidade. </b> A ressurreição dos mortos era um fato proclamado pelos cristãos. Mas a poderosa declaração de Jesus como Filho de Deus, decorrente de Sua ressurreição, foi obra do Espírito Santo para iluminação do pleno significado do fato histórico. Alguns mestres consideram o "Espírito de santificação" como uma forma mais forte de "Espírito Santo" (veja Arndt, <i class="calibre3">hagiosyne</i>, pág. 10). Outros acham que a frase se refere ao espírito humano de Cristo, que se caracterizava pela grande santidade – "quanto ao (seu) Espírito de santificação" (veja Sanday e Headlam, ICC, pág. 9; cons. Arndt, <i class="calibre3">pneuma</i>, 2, pág. 681). </p>
<p class="calibre2">Outros ainda igualam "santificação" aqui com a Deidade ou Deus. Mas o Espírito de Deus, de acordo com esse ponto de vista, não é o Espírito Santo, mas o Princípio Criador Vivente, Deus operando nos negócios humanos (veja Otto Procksh, TWNT, I, 116: "A Divindade de Cristo toma-se clara por causa da ressurreição na qual a nova criação mostra-se de acordo com o Princípio da ... Divindade"). <b class="calibre1">Veio</b> (1:3; AV, foi feito) declara a origem. <b class="calibre1">Designado</b> é a designação daquilo que é. Portanto o humano e o divino estão em contraste nesses dois versículos. </p>
<p class="calibre2">Deve-se decidir se a frase <b class="calibre1">espírito de santidade</b> ( <i class="calibre3">pneuma hagiosynes</i>, Espírito de Santidade, Princípio Criativo da Divindade), modifica a declaração, ou descreve a pessoa de Cristo, ou transmite a idéia da atividade de Deus no mundo. A primeira interpretação, que certamente parece ser a melhor, pede a tradução, "Espírito de Santidade". </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">5. </b> Paulo recebeu <b class="calibre1">graça</b> e o seu <b class="calibre1">apostolado</b> através do Filho. A frase, <b class="calibre1">por amor do seu nome, </b> deveria estar ligada ao apostolado – um apostolado <i class="calibre3">por causa do seu nome</i>. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">C. Saudações aos leitores. 1:6, 7. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6,7. </b> Estes versículos esclarecem que os "romanos" a quem se dirige a carta são gentios. Duas vezes Paulo destaca o fato de que foram <b class="calibre1">chamados</b>. Foram chamados para serem <b class="calibre1">santos</b>. A idéia por trás da palavra "santo" não é a de alguém completamente separado dos outros, mas de alguém que é <i class="calibre3">consagrado a Deus</i>. O impacto que um grupo de crentes consagrados ou dedicados a Deus, sobre a sociedade, não deve ser desprezado. </p>
<p class="calibre2">As palavras <b class="calibre1">graça</b> e <b class="calibre1">paz</b> representam uma fórmula cristã de saudação em cartas (veja Rm. 1:7; I Co. 1:3; II Co. 1:2; Gl. 1:3; Ef. 1:2 ; Fp. 1:2; Cl. 1:2; I Ts. 1:1; II Ts. 1:2; Tt. 1:4; Fm. 3; I Pe. 1:2; II Pe. 1:2; I Tm. 1:2; II Tm. 1:2; II Jo. 3). <b class="calibre1">Graça</b> ( <i class="calibre3">Káris</i>) foi usada aqui em lugar de uma expressão grega comum, <i class="calibre3">Kairein</i>, que significa "saudações". <b class="calibre1">Paz</b> tem um paralelo hebraico e aramaico, <i class="calibre3">shalom</i>, que tem a complexa idéia de prosperidade, boa saúde e sucesso. Mas estas saudações cristãs destacam o que Deus fez nas vidas dos crentes. Todavia o, estudante deve sempre lembrar que esta é uma fórmula de saudação - não uma referência independente à graça e paz. A frase deve ser tomada como um todo: <b class="calibre1">Graça ... e paz ... de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. </b> </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">D. O interesse de Paulo pelos romanos faz parte de uma </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">preocupação maior. 1: 8-15. </b></p>
<p class="calibre2">Paulo conta a seus leitores o desejo que tem há muito de visitá-los. </p>
<p class="calibre2">Tal visita, ele acha, seria boa não só aos romanos, mas para ele também. </p>
<p class="calibre2">Roma, com sua população híbrida, sintetizava os vários tipos de pessoas a quem o apóstolo devia uma obrigação. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">8. Dou graças a meu Deus. </b> A freqüência da ação de graças nos começos das epístolas de Paulo é um testemunho da intimidade que Paulo tinha com Deus, e de seu ponto de vista alegre ( <i class="calibre3">eukaristeo</i>, "dar graças": Rm. 1:8; I Co. 1:4; Ef. 1:16; Cl. 1:3; I Ts. 1:2; II Ts. 1:3; Fm. 4; <i class="calibre3">eukaristeo eko</i>, "sentir-se grato: I Tm. 1:12; II Tm. 1:3). Observe que tanto as graças como as petições são dirigidas a Deus <b class="calibre1">mediante Jesus </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Cristo. </b> O objeto da ação de graças foi especificamente declarado. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9. </b> Observe aqui o destaque dado ao aspecto interior do serviço – <b class="calibre1">a </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">quem sirvo em meu espírito. </b> Deus, que conhece o homem interior, poderia dar testemunho do interesse de Paulo pelos romanos. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">10. </b> Além de mencionar os romanos freqüentemente em suas orações, o apóstolo também sempre orava sobre a sua ida até eles. Aqui se vê que, embora Paulo sinceramente orasse para estar na vontade de Deus em relação a este assunto, não tinha certeza, quando escreveu, se era ou não da <b class="calibre1">vontade de Deus</b> que fosse a Roma. Eis aqui suas próprias palavras: <b class="calibre1">Em todas as minhas orações, suplicando que nalgum tempo </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">... se me ofereça boa ocasião de visitar-vos. </b> Deus não lhe dissera "Não"; por isso Paulo continuou orando. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">11. </b> O <b class="calibre1">dom espiritual</b> era o que Paulo desejava comunicar aos romanos para fortalecimento deles. Não era algum dom especial, como aqueles que Paulo alista em Rm. 12:6-8, mas antes um conhecimento crescente das diversas verdades de Deus, que os capacitaria a serem cristãos melhores. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12. </b> Encorajamento ou consolo seria recebido por Paulo como também por seus leitores, se pudesse visitá-los. Mesmo esse grande evangelista, que talvez jamais foi igualado em estatura espiritual, declara francamente que precisava do consolo que vem da comunhão cristã. Por isso não nos atrevemos subestimar a importância da comunhão cristã no crescimento cristão. A fé mútua é o fato simples de que tanto Paulo como seus leitores eram cristãos. Observe como os pronomes tomam essa fé pessoal – <b class="calibre1">vossa e minha. </b> <b class="calibre1">13. </b> A última frase deste versículo deveria ser ligada ao verbo "propor". <b class="calibre1">Eu propus ir ter convosco . . , para conseguir igualmente </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">entre vós algum fruto. </b> Os leitores em Roma eram gentios, e Paulo esperava ter os mesmos resultados, quando lhes pregasse, que tivera ao visitar outros gentios. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">14, 15. </b> O apóstolo se considerava devedor daqueles que falavam o grego e daqueles que não o falavam (<b class="calibre1">bárbaros</b>). Esta é uma divisão da humanidade em grupos lingüístico-culturais. O segundo par de contrastes de 1:14 trata da erudição e consecução intelectual. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Sábios</b> são os que têm um intelecto educado. <b class="calibre1">Ignorantes</b> são aqueles que revelam a sua tolice pelo que fazem. Representantes de todas essas classes encontravam-se em Roma. Com todos Paulo se sentia impelido a prolongar as boas novas. Por isso ele fala da sua ansiedade em <b class="calibre1">anunciar o evangelho </b>ali. É importante notar que ele esperava alcançar todas essas classes pregando aos crentes romanos – <b class="calibre1">a vós </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">outros em Roma. </b> Vemos, portanto, que embora o Cristianismo encontre seu maior número de adeptos entre os membros das classes mais baixas da sociedade (cons. I Co. 1:26-29), há uma urgência constrangedora em alcançar todas as classes de homens. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">E. Resumo da Natureza e Conteúdo do Evangelho. 1:16, 17. </b></p>
<p class="calibre2">Nestes versículos encontramos três fatores: 1) A atitude de Paulo para com o Evangelho; 2) a natureza do Evangelho; e 3) o conteúdo do Evangelho. Estes versículos indicam que as boas novas da fé cristã, não são um sistema de filosofia ou código de ética. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">16. </b> Contrastando com uma série de pensamentos abstratos, o Evangelho ou as boas novas são dinâmicas. Paulo não se envergonha do Evangelho. E a frase <b class="calibre1">de Cristo</b> (ERC.) não se encontra nos melhores manuscritos. Paulo não se envergonha do Evangelho porque estas boas novas são o poder de Deus, cujo propósito e alvo são a realização da libertação ou salvação. Um homem obtém tal salvação quando a sua constante reação individual diante do Evangelho é a confiança e crença – <b class="calibre1">de todo aquele que crê. </b> A palavra grega <i class="calibre3">pisteuo</i> é uma palavra profunda. A crença no conteúdo do Evangelho é apenas parte do seu significado. Acima disso, significa confiança ou entrega pessoal, ao ponto de alguém se entregar a uma outra pessoa. Embora a crença envolva a aceitação de uma verdade ou uma série de verdades, esta reação não é meramente concordância intelectual, mas antes um envolvimento sincero na verdade aceita. Crer em Cristo é entregar-se-Lhe. Confiar em Cristo é envolver-se totalmente nas verdades eternas ensinadas por Ele e a respeito dEle no N.T. Tal envolvimento total produz sinceridade moral, uma dedicação e uma consagração visível em todos os aspectos da vida. Observe que embora a salvação aqui mencionada seja aos judeus primeiro, os gentios experimentam a mesma salvação. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">17. No Evangelho</b> a justiça está revelada, a qual Deus concede, produz, imputa. O restante de Romanos conta-nos mais sobre o que está envolvido nesta justiça. Aqui Paulo destaca que a justiça é <b class="calibre1">de fé em fé. </b> Esta justiça (que Deus cria) vem ao cristão apenas por causa da fé. </p>
<p class="calibre2">Conforme o crente vai cada vez mais se tornando consciente de tudo quanto significa a justiça de Deus, deve entregar-se ainda mais, se quer receber a justiça de Deus. </p>
<p class="calibre2">A ordem das palavras na última parte do versículo é esta: <i class="calibre3">o justo pela fé viverá</i>. Aqui se vê o perigo de se seguir a ordem das palavras gregas muito literalmente. Pode dar a entender, que um homem sendo justo de algum outro modo, não viveria, mesmo se cumprisse as exigências de ser justo! A fé está em primeiro lugar, por causa da ênfase em se mostrar que ela é essencial para o homem ser justo. </p>
<p class="calibre2">O grego <i class="calibre3">dikaios</i>, <b class="calibre1">justo</b>, também pode ser traduzido para reto ou honesto; daí a tradução: <b class="calibre1">o justo</b> ( <i class="calibre3">reto</i>, <i class="calibre3">honesto</i>) <b class="calibre1">viverá por fé. </b> Será que o viver descreve a seqüência temporal da vida imediatamente à frente ou refere-se só à vida eterna? Bauer no vocábulo traduzido e editado por Arndt e Gingrich afirma que "a linha divisória entre o presente e o futuro às vezes não existe, ou pelo menos, não é discernível" (Arndt, <i class="calibre3">zao</i>, 2. b. </p>
<p class="calibre2">pág. 337). Ele traduziria esta frase assim: <i class="calibre3">aquele que é justo pela fé terá vida</i>. Como é grandioso o papel da fé para a justificação do homem, na vida que ora vive e na vida que está por vir ! </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">II. A Justiça - A Chave do Relacionamento entre o Homem e Deus. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1:18 – 8:39 </b></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">Aqui Paulo luta corpo a corpo com os grandes temas da vida. Como pode um homem ser justo diante de Deus? Como um homem é afetado pela atitude de Adão e de Cristo? Como deve viver um homem que é justo? Como pode ele viver desse modo? </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">A. A justiça é o "status" necessário para o homem se apresentar </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">diante de Deus. 1:18 – 5:21. </b></p>
<p class="calibre2">Os homens precisam da justiça. Esta necessidade se fundamenta na natureza e essência de Deus. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1) O Fracasso do Homem em Obter Justiça. 1:18 – 3:20. </b></p>
<p class="calibre2">O motivo porque a justiça é tão importante está no fato do homem não possuí-la. Primeiro, ele precisa tomar consciência de que não a tem. </p>
<p class="calibre2">Através dos tempos, têm havido aqueles que sentiram que Deus tem de ser agradado com o caráter deles. Nestes capítulos, Paulo continua mostrando a frivolidade de tal ponto de vista. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">a) O Fracasso dos Gentios. 1:18-32. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">18. </b> A justiça e a ira de Deus, ambas expressam a atitude divina para com o homem. A justiça é a resposta de Deus para a fé ou confiança, a ira é a sua reação contra a <b class="calibre1">impiedade</b> e <b class="calibre1">injustiça</b>. Ambas manifestou claramente a resposta de Deus. O que faz um homem ímpio ou justo? Ele <b class="calibre1">detém</b> ou <i class="calibre3">suprime</i> a <b class="calibre1">verdade</b> (particípio presente) na esfera da injustiça na qual ele vive. Ele quer evitar a verdade sobre o que ele é, e sobre o que está fazendo. Por isso totalmente tenta desvencilhar-se da verdade. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">19. </b> A verdade vem ao homem em sua esfera de injustiça. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Porquanto o que de Deus se pode conhecer. </b> Aqui está a declaração de que Deus é conhecível. Manifesto entre eles. Isto também se poderia traduzir da seguinte forma: manifesta-se-lhes (Arndt, <i class="calibre3">phaneros</i>, pág. </p>
<p class="calibre2">860; <i class="calibre3">en</i>, IV, 4. a, pág. 260) ou <i class="calibre3">manifesta-se entre eles</i>. O contexto, sem dúvida, favorece as duas últimas traduções. Por que Deus é passível de conhecimento? Ele age. Deus <b class="calibre1">manifestou</b> ou <i class="calibre3">revelou</i> ( <i class="calibre3">mostrou</i>) o que dEle mesmo pode ser conhecido pelos homens. Esta revelação é uma auto-revelação, que Deus pode pôr em prática como Ele deseja. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">20. Os atributos invisíveis de Deus. </b> Esta frase se refere à natureza e atributos invisíveis de Deus. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Desde o princípio do mundo ... claramente se reconhecem. </b> Aqui Paulo faz uma ousada afirmação. Desde o tempo em que Deus criou o mundo, seus atributos invisíveis – as características que o declaram ser Deus – são claramente percebidas. Por quem e como são claramente percebidas? <b class="calibre1">... sendo percebido por meio das coisas que </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">foram criadas. </b> <i class="calibre3">Nas</i> é uma tradução melhor do que <i class="calibre3">pelas</i> (E.R.C.). Os invisíveis atributos de Deus são compreendidos pelos homens que podem se ocupar de reflexões e conhecimento racional. Qual é a base para o seu conhecimento? <b class="calibre1">Das coisas que foram criadas</b> ( <i class="calibre3">poiema</i>). A palavra <i class="calibre3">poiema</i> significa "que está feito", "obra" ou "criação". Bauer traduz: <i class="calibre3">nas coisas que foram criadas</i> (Arndt, <i class="calibre3">kathorao</i>, pág. 393), ou <i class="calibre3">pelas coisas que ele criou</i> (Arndt, <i class="calibre3">poiema</i>, pág. 689). O substantivo está no plural. No grego clássico usava-se o plural referindo-se à obras, poemas, ficção, feitos ou atos – isto é, qualquer coisa feita (LSJ. pág. </p>
<p class="calibre2">1429). A palavra poiema encontra-se trinta vezes na LXX. Exceto uma vez, traduz a palavra hebraica <i class="calibre3">ma'aseh</i>, "feito" ou "obra". Na exceção foi traduzida do hebreu <i class="calibre3">po'al</i>, "ato", "feito" ou "obra". Portanto, está claro que as coisas que Deus criou, diz-se que testificam de sua natureza invisível. </p>
<p class="calibre2">Que aspecto da natureza invisível de Deus elas testificam? Paulo é específico – <b class="calibre1">o seu eterno poder. </b> Na citação, se vê o poder eterno ou perpétuo de Deus. Na mesma proporção em que se desenvolve a perícia do homem na exploração do espaço e na análise da estrutura do átomo, assim, também, deveria crescer sua consciência do poder de Deus. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">A sua própria divindade. </b> O Criador que demonstrou tão ilimitado poder é o Ser supremo com o qual os homens têm de ajustar contas. </p>
<p class="calibre2">Observando suas obras, os homens se confrontam com o Deus vivo. </p>
<p class="calibre2">Como resultado, ficam <b class="calibre1">indesculpáveis</b>. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">21-23. </b> Paulo enumera as coisas que os homens colocaram no lugar do Deus vivo. Que trágica lista de substituições! <b class="calibre1">Porquanto, tendo conhecido a Deus. </b> Eis aí, homens que se deparam face a face com as obras de Deus e com o próprio Deus, de modo que o conheceram. Mas eles não reagiram a este conhecimento como deveriam. Eles não o <b class="calibre1">glorificaram</b> (louvaram, honraram, magnificaram) como Deus; nem lhe deram graças. Este fracasso mostra qual deveria ser o fim principal do homem: glorificar o Senhor pelo que Ele é, e dar-Lhe graças pelo que Ele tem feito. Os pensamentos desses gentios voltaram-se para coisas sem valor. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Obscurecendo-lhes o coração insensato. </b> Rejeitar a Deus, afastar-se da luz, produz trevas naturalmente. Estas trevas penetram em seu ser interior – a mente, o raciocínio, as emoções, etc. Na sua idolatria, isto é, em sua citação de substitutos para o ser de Deus, eles realmente pensavam que eram sábios. Pensamentos indignos logo produzem objetos indignos de adoração. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">24-25. </b> Os versículos 24, 26, 28 todos repetem a mesma frase solene: <b class="calibre1">Deus entregou. </b> O Senhor entrega os homens às conseqüências daquilo que eles escolheram para si mesmos. Quando os homens escolhem um modo maligno de viver, também escolhem as conseqüências que essa maneira de vida produz. Esta é a prova que Deus estabeleceu um universo moral. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Concupiscências</b> (desejos) <b class="calibre1">de seus próprios corações</b> (ou, que seus corações produziram, v. 24). A palavra traduzida para concupiscência, pode se referir a "desejos", tanto bons como maus. Aqui, obviamente, refere-se a desejos maus. A tradução "concupiscência" dá a idéia de sensualidade, que se encaixa no contexto da impureza. Observe que Deus entrega os homens àquelas coisas que eles desejam. Como resultado seus corpos se desonraram entre si. A idolatria consiste na adoração e no culto prestado à criatura (v. 25); na sensualidade o homem adora e serve a si mesmo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">26, 27. </b> A impureza sempre gera mais impureza. Aqui está um juízo, divino no qual Deus entregou os gentios <b class="calibre1">a paixões infames. </b> As mulheres são acusadas de perversão sexual no versículo 26 e os homens no versículo 27. Paulo usa linguagem direta, para condenar a perversão do sexo fora do seu justo lugar, dentro do relacionamento conjugal. Ele considera a união dos sexos no casamento como relacionamento natural (<b class="calibre1">modo natural</b>). Mas ali as mulheres trocaram as relações naturais do sexo, por aquelas que são contrárias à natureza. Os homens fizeram a mesma coisa. Paulo descreve a depravação e degradação do homem inflamado com desejo sensual uns pelos outros. A isto se segue a nota do juízo. <b class="calibre1">Recebendo em si mesmos a merecida punição do seu erro. </b> Paulo não penetra nos detalhes sobre qual seria exatamente a natureza do juízo – as conseqüências psicológicas e físicas. Mas a natureza da penalidade diz-se que corresponde à enormidade do pecado. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">28-32. </b> Aqueles que não parecem se encaixar no conhecimento de Deus, Ele os entregou a um sentimento perverso. A. palavra grega tem estes significados: "baixo", "desqualificado", "indigno", "incapaz de ser aprovado" ou "desaprovado". Eis aí, uma mente que não tem um ponto estável sobre o qual sé edifica a harmonia interior. Tal mente pode produzir só aquelas coisas <b class="calibre1">inconvenientes</b>, ( <i class="calibre3">que não convém</i>) ou <i class="calibre3">aquelas coisas que são indignas</i>. A lista dos versículos 29-31 mostra que tal mente está em desarmonia com ela mesma, e com os seus próximos. A anarquia e o caos vêm de uma mente que retira Deus do seu conhecimento. Em alguns bons manuscritos não se encontra a palavra <i class="calibre3">fornicação</i> (AV, v. 29). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Difamadores</b> são aqueles que falam mal dos outros, ou seja os fofoqueiros. <b class="calibre1">Caluniadores</b> são os que procuram arruinar ou difamar o caráter dos outros – difamadores. O homem que arruína a reputação de outras pessoas, ele mesmo se toma repulsivo. </p>
<p class="calibre2">Observe a desagradável combinação apresentada no versículo 31: <b class="calibre1">Insensatos, pérfidos, sem afeição natural. </b> <b class="calibre1">Sem misericórdia</b> não se encontra nos bons e antigos manuscritos. Lembre-se de que as pessoas aqui descritas tiveram oportunidade de conhecer os atributos de Deus. </p>
<p class="calibre2">Mais ainda, elas sabiam que a morte era a penalidade para o mal. Mesmo assim, além de pecarem com prazer, também aplaudem os outros que pecam. Seu pecado alcançou um ponto onde elas recebem uma satisfação vicária no pecado dos outros. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Romanos 2 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">b) O Fracasso do Homem Que Julga em Contraste com o Justo </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Juízo de Deus. 2:1-16. </b></p>
<p class="calibre2">O homem que Paulo considera julgando não foi dito se é judeu ou gentio. Ao que parece, Paulo tinha o judeu em mente, uma vez que o homem que julga, experimentou a bondade e a paciência de Deus de maneira especial. A recompensa do Senhor para cada pessoa será de acordo com as obras dela – não de acordo com os seus próprios privilégios. Deus julgará com justiça, quer um homem viva sob a lei Mosaica ou longe dela. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1-4. </b> A palavra <b class="calibre1">julgas</b> ( <i class="calibre3">krinon</i>) ocorre três vezes no versículo 1 (E.R.C.). Tem aqui o significado de fazer juízo desfavorável, criticando ou censurando. O homem que é indesculpável é aquele que tem grande capacidade de crítica, mas não autodisciplina. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">O juízo de Deus é... contra os que praticam tais cousas. </b> <b class="calibre1">Tais </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">cousas. </b> As ações do crítico são idênticas às ações daqueles que ele critica. O catálogo de pecados em Romanos 1 é positivamente inclusivo. </p>
<p class="calibre2">Inveja, murmuração e contenda são consideradas faltas nos outros, mas o crítico desculpa essas coisas nele mesmo, como se fosse "um justo senso de necessidade", "uma simples declaração de fato", ou ''uma corajosa posição ao lado da verdade". </p>
<p class="calibre2">Paulo apela para a consciência do homem: <b class="calibre1">Pensas que te livrarás </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">do juízo de Deus? </b> (isto é, à sentença pronunciada por Ele?) A tradução <b class="calibre1">desprezas</b> (v. 4) pode ser uma tradução forte demais para <i class="calibre3">kataphroneo</i>, em relação ao contexto. Parece que seria melhor traduzir assim: <i class="calibre3">Ou será que alimentas idéias erradas a respeito da</i> (Arndt, pág. 421) bondade, paciência e longanimidade de Deus? A palavra <b class="calibre1">arrependimento</b> envolve muito mais do que o abandono de uma prática antiga. Envolve o começo de uma nova vida religiosa e moral (veja Arndt, págs. 513, 514). Uma vez que a bondade de Deus não traz castigo imediato, não se deve crer que o Senhor seja indiferente ao pecado. Longe disso! Por causa de sua bondade divina, Ele quer levar os homens por um novo caminho de vida. </p>
<p class="calibre2">Ter idéias erradas a respeito disso é descansar numa falsa complacência. </p>
<p class="calibre2">O juízo de Deus é certo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">5-11. </b> O Todo-Poderoso examina a conduta do homem e o julga de acordo com ela. Um homem cujo coração é duro e impenitente, armazena a ira de Deus contra ele. <b class="calibre1">A ira ... de Deus</b> armazenada nos céus é o mais trágico estoque que um homem poderia acumular para si. </p>
<p class="calibre2">Observe a nota sobre o juízo individual no versículo 6. Qual é a disposição ou perspectiva daqueles que buscam a glória, a honra e a imortalidade? <b class="calibre1">Perseverando em fazer o bem</b> (v. 7), caracteriza a perspectiva daqueles que buscam os alvos enumerados. O resultado é que recebem vida eterna do Juiz. Aqueles que por causa da contenda são desobedientes à verdade e obedecem à injustiça, recebem a ira e o juízo. </p>
<p class="calibre2">As obras são sempre o ponto central do quadro neotestamentário do juízo. São indicação externa de uma confiança ou entrega interior da pessoa. O Senhor, é claro, olha para ambos, o interior e o exterior. Mas a atividade exterior revela a convicção interior. É preciso apenas que se compare a forma do verbo em 2:9 – <b class="calibre1">que faz o mal</b> (constantemente) – com a do verbo em 2:10 – <b class="calibre1">que pratica o bem</b> (constantemente) para se ver que as atitudes revelam as convicções (ou a falta delas). Isto não significa que aqueles que fazem o bem constantemente têm um pleno conhecimento de Deus. Mas sem uma confiança em Deus, a qual exige algum conhecimento, os homens não serão capazes de executar constantemente e com determinação aquilo que Deus diz que é bom. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12-16. </b> Uma vez que em Deus não existe parcialidade, como Ele vai lidar com aqueles que pecara sem a lei e aqueles que pecam debaixo da lei? A resposta se encontra nas frases – <b class="calibre1">perecerão e serão julgados</b> (v. 12). Tanto os que vivem debaixo da lei como aqueles que vivem sem a lei foram declarados pecadores. O tempo aoristo aqui (pecaram) acentua uma ação completa. Resume todos os pecados da pessoa cometidos durante a sua vida. Por causa do total desses pecados, os homens que não tiveram a oportunidade de viver debaixo da lei mosaica, <b class="calibre1">perecerão</b>. Do mesmo modo, por causa do total dos seus pecados, aqueles que viveram debaixo da lei <b class="calibre1">serão julgados. </b> Embora uma linguagem diferente fosse usada para descrever o juízo de Deus, este juízo é certo e justamente dispensado, quer a lei mosaica exerça alguma parte no juízo, quer não. </p>
<p class="calibre2">Até onde o juízo está envolvido, o que conta é a situação, não a tomada de consciência deste ou daquele estado. <b class="calibre1">Os que praticam</b> a lei <b class="calibre1">hão de </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">ser justificados, </b> isto é, <i class="calibre3">serão absolvidos, serão declarados justos</i>. </p>
<p class="calibre2">A esta altura surge uma pergunta profunda: Os praticantes da Lei se limitam àqueles que conhecem e praticam a lei mosaica? Em 2:14 Paulo responde "Não" à pergunta e explica a razão. Os gentios que não têm a lei mosaica, <b class="calibre1">procedem por natureza de conformidade com a lei. </b> A expressão <b class="calibre1">natureza</b> ( <i class="calibre3">physei</i>) tem sido interpretada com o significado de "seguindo a ordem natural das coisas" (veja Hans Lietzmann, <i class="calibre3">Der Brief und die Romer, também Handbuch zuni Neuen Testament</i>. Digressão sobre Rm. 2:14-16). Mas o contexto aqui não tem a mesma ênfase de 1:20. Por isso parece muito melhor aceitar que <b class="calibre1">natureza</b> significa "instintivamente". O que está envolvido neste tipo de resposta? Quando os gentios praticara instintivamente os requisitos da Lei, eles <b class="calibre1">os fazem </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">de conformidade com a lei</b> (2:14). Eles exibem <b class="calibre1">a norma da lei </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">gravada nos seus corações. </b> Esses gentios têm uma norma e padrão interior colocada por Deus em seus corações. Esse padrão interior é a base tanto para a reação de suas consciências quanto do seu raciocínio. <b class="calibre1">A </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">consciência</b> (v. 15) é uma reação intelectual automática a um determinado padrão. Contrastando, <i class="calibre3">raciocínio</i> envolve reflexão. Os <b class="calibre1">pensamentos</b> resultantes de tal reflexão, representam um julgamento ponderado, em contraste à reação intelectual e automática da consciência. As consciências de muitas pessoas associadas produzem um testemunho mútuo. Do mesmo modo os julgamentos de valores combinados do grupo são difundidos. As decisões resultantes, às vezes reprovam as pessoas do grupo, e às vezes falam em sua defesa. Embora Paulo não descreva todo o conteúdo desse padrão interior, ele assegura que existe. Sabemos que tanto a consciência quanto a razão podem decidir que certa atitude é ruim e outra atitude é boa. Os gentios, quando corretamente reagem diante desse padrão, não ficara completamente sem lei. São praticantes obedientes da lei que Deus coloca em seus corações. </p>
<p class="calibre2">Seda melhor ligar o 2:16 ao 2:13: "Os praticantes da lei serão justificados ... no dia em que Deus julgar os segredos dos homens". </p>
<p class="calibre2">Esta passagem dá alguma luz sobre o destino eterno daqueles que nunca ouviram o Evangelho. Como Deus lidará com essas pessoas no dia do juízo? Estes versículos parecem indicar que Ele observará suas ações tal como observará as ações daqueles que conhecem a Lei, e aqueles que ouviram o Evangelho, e que Ele julgará todos de acordo com tais observações. Então, a obediência a este padrão interno não anula o princípio da salvação pela fé? Não. A fé é essencial para aqueles que obedecem ao padrão interno e para aqueles que obedecem à Lei ou ao Evangelho. Mas quão mais rico e mais completo se torna o nosso conhecimento de Deus, a medida que for revelado através do seu Filho! A busca da <b class="calibre1">glória, honra e incorruptibilidade</b> (v. 7) não passariam de egoísmo. Mas a busca dessas coisas com a determinação de fazer o que é bom (v. 7) significa que aquele que busca está cônscio de um padrão de bondade. Se este padrão fosse uma simples abstração, como seria difícil perseverar na bondade. </p>
<p class="calibre2">Mas se o padrão é o próprio Deus – ainda que imperfeitamente percebido (e quem de nós percebe Deus perfeitamente?), a fé ou a submissão a Ele estabelecerá as bases para a perseverança constante naquilo que é bom. Por que, então deveríamos levar impacientemente o Evangelho àqueles que nunca ouviram? Antes de tudo, porque Deus no-lo ordenou (Mt. 28:19, 20; Atos 1:8). Segundo, é essencial, pois Deus quer que cada pessoa seja confrontada com o conhecimento de Deus (Is. 11:9; Hc. 2:14; Is. 45:5, 6; 52:10; 66:18, 19; II Ts. 1: 8) e tenha oportunidade de se lhe entregar e de ampliar o conhecimento dEle (Jo. </p>
<p class="calibre2">14:7; 17:3; II Co. 2:14; Tt. 1:16; I Jo. 2:3-6; 5:19, 20; Fp. 3:8-10; II Pe. </p>
<p class="calibre2">3:18). Finalmente, é essencial por causa do que Cristo é – o clímax da revelação de Deus (Hb. 1:1 , 2). </p>
<p class="calibre2">Uma vez que Cristo é a suprema revelação de Deus, e uma vez que o N.T. é o registro que confronta os homens com Cristo, outros métodos de revelação divina devem ser considerados apenas fragmentários. Isto é especialmente verdade no que se refere aos dois métodos discutidos em Romanos 1; 2: (1) o testemunho das coisas que foram criadas (1:20); 2) o padrão interno colocado nos corações (2:14, 15). Todavia, eles são canais divinamente escolhidos, cuja existência e função Paulo convida seus leitores a considerar seriamente. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">c) O Fracasso dos Judeus. 2:17-29. </b></p>
<p class="calibre2">Aqui Paulo descreve vividamente as oportunidades dos judeus, e destaca como até mesmo essas não levaram os judeus a uma vida de obediência e comunhão com Deus. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">17-20. </b> O fracasso do judeu tornou-se mais conspícuo por causa dos seus privilégios e sua fé. Ele <i class="calibre3">repousava</i> na lei. Ele se gloriava (orgulhava-se) em Deus. Ele conhecia a vontade de Deus. <b class="calibre1">Aprovas as </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">coisas excelentes</b> (ou aquelas que são essenciais). Ele podia fazer a vontade de Deus porque fora oralmente instruído na Lei. Ouvira os rabinos discutindo os pontos cruciais. Por causa de tais antecedentes, o judeu tinha confiança. Ele podia ajudar e instruir os demais, porque ele tinha certeza de que tinha a forma da ciência e da verdade na Lei (v. 20). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">21-24. </b> Paulo insiste na derrota dos judeus, perguntando-lhes se suas atitudes estão de acordo com os seus ensinamentos (2:21, 22). <b class="calibre1">Tu, pois, </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">que ensinas a outrem não te ensinas a ti mesmo? </b> (v. 21) Por que, é claro, que o faz. Nas outras três perguntas: <i class="calibre3">Furtas? Adulteras? Roubas os templos? </i> Paulo não diz que tipo de resposta espera. Mas ele destaca que o judeu, transgredindo a Lei da qual tanto se orgulha, desonra a Deus – Aquele que deu a Lei. O nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa da maneira de agir dos judeus. A última frase – <b class="calibre1">como está </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">escrito</b> – não se refere a alguma passagem do V.T. em particular que fala dos pecados dos judeus como causa da blasfêmia contra o nome de Deus. </p>
<p class="calibre2">Antes, Paulo parece ter juntado Is. 52:5 e Ez. 36:21-23. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">25-29. </b> Aqui o apóstolo aponta para o que ele considera um verdadeiro judeu. Ele mostra que o gentio que guarda (a palavra <i class="calibre3">ohylasso</i> também pode ser traduzida para <i class="calibre3">observa</i>, ou <i class="calibre3">segue</i>) <b class="calibre1">os </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">preceitos da lei</b> (v. 26) é um verdadeiro judeu. O rito da circuncisão só declara que um homem é judeu se este praticar a Lei. Para um judeu, tornar-se transgressor da Lei é, realmente, diante de Deus, tornar-se incircunciso. Além de um gentio ser um verdadeiro judeu, se observar os preceitos da Lei, ele, que é fisicamente incircunciso, se assentará para julgar o judeu que tem as qualificações físicas, mas nenhuma obediência (v. 27). Esta é uma declaração de Paulo, não uma pergunta. No versículo 27 Paulo destaca que o judeu que será julgado pelo gentio, é aquele judeu que é transgressor da Lei, <b class="calibre1">não obstante a letra e a circuncisão</b> (cons. <i class="calibre3">dia</i>, Arndt, III, 1, c, pág. 179). Eis aí a tragédia daquele que tem uma lei escrita objetiva, e o sinal exterior da aliança de Deus com o seu povo, mas que no entanto nunca se apropriou da realidade. Numa última palavra ao judeu, Paulo destaca que não é o exterior, mas a condição interior do coração que toma um homem verdadeiramente judeu, isto é, filho de Deus (v. 29). A verdadeira circuncisão é uma espécie de circuncisão do coração (cons. Lv. 26:41; Dt. 10:16; 30: 6; Jr. 4:4; 9:26; Atos 7:51). Esta verdadeira circuncisão não está na esfera da legalidade - um código escuto - mas antes na esfera do espírito, isto é, na área da vontade. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Romanos 3 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">d) Objeções aos Ensinamentos de Paulo sobre o Fracasso do </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Homem. 3:1-8. </b></p>
<p class="calibre2">Paulo fala principalmente das objeções oriundas dos judeus. Mas a idéia de que a justiça de Deus é exaltada pelo pecado do homem, vem de qualquer oponente dos ensinamentos paulinos. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1-4. </b> Qual é a <b class="calibre1">vantagem</b> do judeu? Qual a <b class="calibre1">utilidade</b> da circuncisão? Essas perguntas parecem extraídas da experiência de Paulo na pregação do Evangelho. A resposta de Paulo é: "Muita, em toda maneira" (v. 2). </p>
<p class="calibre2">Ele faz seu interrogante se lembrar que aos judeus foram confiados os <b class="calibre1">oráculos de Deus. </b> No grego clássico a palavra <i class="calibre3">logion</i> ("oracle") usa-se principalmente em relação às frases curtas pronunciadas por alguma divindade. (Arndt, pág. 477). Em Atos 7:38 a palavra é usada falando-se das revelações que vieram a Moisés. Em Hb. 5:12 é usada em relação com os elementos iniciais pertencentes aos oráculos ou palavras de Deus. </p>
<p class="calibre2">A passagem em Hebreus refere-se a um todo coletivo. Pedro diz que se alguém falir, tendo recebido graça, deve falar os oráculos .ou palavras de Deus (I Pe. 4:11). Em Rm. 3:2 o destaque foi dado às promessas de Deus, aos judeus. Em todos os contextos os "oráculos" envolvem proclamação oral, e referem-se à voz viva de Deus e às verdades que Deus falou aos homens. Deus confiou essas verdades aos judeus durante longos períodos de tempo. Os judeus as colecionaram, e elas foram <i class="calibre3">registradas</i> no V.T. Mas a palavra <i class="calibre3">logion</i> propriamente dita destaca o pronunciamento particular de Deus. O fato de que todos esses pronunciamentos vieram aos judeus foi certamente para vantagem deles. </p>
<p class="calibre2">Paulo começa o versículo 3 com uma pergunta: <b class="calibre1">E daí? </b> <i class="calibre3">Qual é pois a situação? </i> Os judeus tinham essas verdades divinas vitais. Mas como reagiram? <b class="calibre1">Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">fidelidade de Deus? De maneira nenhuma. </b> Paulo responde rapidamente ( <i class="calibre3">longe disso</i>). A palavra <b class="calibre1">alguns</b> não significa, necessariamente, uma pequena parte. O contraste está entre "parte" e "todo". Além de Deus ser fiel, Ele também é verdadeiro. Para reforço de suas palavras o apóstolo cita Sl. 51:4: "De maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar". Deus é fiel, verdadeiro e vitorioso, embora os judeus na grande maioria, tenham se tornado infiéis. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">5-8. </b> A tradução de <i class="calibre3">synistemi</i> para <b class="calibre1">recomenda</b> não é satisfatória. A palavra realmente significa <b class="calibre1">demonstra</b> ou <b class="calibre1">traz a lume. </b> Se a nossa injustiça – a do judeu e gentio – demonstra a justiça de Deus, então que diremos? <b class="calibre1">Porventura será Deus injusto por aplicar a sua ira? </b> Paulo nos diz que está falando sob o ponto de vista humano. Então ele replica, <b class="calibre1">De </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">maneira nenhuma</b> (v. 6). Paulo é tão conciso no começo do versículo 6 que o peso de sua resposta se perde. <b class="calibre1">Certo que não, </b> se o Senhor não trouxer o castigo da ira, <b class="calibre1">como julgará Deus o mundo? </b> O fato de que a justiça divina brilha fortemente contra as trevas do cenário da injustiça do homem, nada tem a ver com a justiça do Senhor no juízo e na condenação que devem vir. Deus tem de julgar, condenar e punir porque é um ser santo. Sendo um ser santo <i class="calibre3">tem</i> de lidar com qualquer violação da santidade. Paulo assegura aqui que <i class="calibre3">deve</i>, sem entrar no por quê. </p>
<p class="calibre2">No versículo 7 ele coloca a objeção de seu interpelador em uma forma um pouco diferente. <b class="calibre1">E, se por causa da muna mentira fica em </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">relevo a verdade de Deus para a sua glória</b> (cons. <i class="calibre3">perisseuo</i>, Arndt, pág. 656), <b class="calibre1">por que sou eu ainda condenado como pecador? </b> Antes examinou o argumento de que a justiça de Deus sobressai contra o cenário do pecado humano. Aqui ele ataca o argumento de que a verdade de Deus torna-se mais clara, quando em contraste com a falsidade do homem. </p>
<p class="calibre2">A esta altura, Paulo menciona a caricatura corrente dos seus ensinamentos referentes à salvação pela graça: <b class="calibre1">Pratiquemos males, </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">para que venham bens</b> (v. 8). Para aqueles que respondem assim, o único comentário de Paulo é: <b class="calibre1">A condenação destes é justa. </b> Estes dois argumentos falsos baseiam-se sobre a idéia de que o Senhor precisa do pecado a fim de demonstrar que Ele é Deus. Ele não precisa nada disso. </p>
<p class="calibre2">Sendo Deus, na presença do pecado demonstrará quem Ele é. Mas como é muito mais glorioso ver o que, e quem Ele é na esfera da eterna comunhão com Ele, do que no banimento de Sua presença, com todas as conseqüências provenientes. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">e) O Fracasso de Toda a Humanidade Diante de Deus. 3:9-20. </b></p>
<p class="calibre2">Paulo conclui que este ensinamento concorda com o V.T. e a função da Lei, que é despertar a consciência do pecado. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9. Que se conclui? </b> Deveria ser desenvolvido em: <i class="calibre3">O que devemos, pois, concluir? </i> Antes de tirar esta conclusão, Paulo faz mais uma pergunta. Se esta pergunta – <b class="calibre1">Temos nós qualquer vantagem? </b> relaciona-se aos judeus com os quais Paulo esteve lidando na primeira parte do capítulo 3, o verbo <i class="calibre3">proekometha</i> tem de ser traduzido: <b class="calibre1">Temos </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">nós</b> (os judeus) qualquer vantagem? Isto é, nós os judeus estamos em posição pior do que os gentios? Ao que Paulo responde, <b class="calibre1">de forma </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">nenhuma. </b> Mas se a pergunta refere-se a todo o argumento começado em 1:18, então tomando <i class="calibre3">proekometha</i> na voz média, a tradução seria: <i class="calibre3">Podemos nós</i> (os leitores) <i class="calibre3">manter algo diante de nós para proteção? </i> O verbo <i class="calibre3">proeko</i> no meio significa "manter diante de alguém" (veja LSJ, pág. 1479). A pergunta então seria: Temos nós, em nós mesmos, algo que nos proteja contra a ira de Deus? Paulo responde: <b class="calibre1">De forma </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">nenhuma, pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">gregos, estão debaixo do pecado. </b> O pecador não tem meios em si mesmo de lidar com o pecado. Ele está <b class="calibre1">debaixo do pecado, </b> isto é, debaixo do poder, governo, comando, controle do pecado. Ele precisa de ajuda de fora. Seus próprios recursos não podem libertá-lo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">10-18. </b> Nestes versículos Paulo cita um número de passagens do V.T.: 3:10-12 do SI. 14:1-3; 3:13 a, b do SI. 5:9; 3:13 c do Sl. 140:3; 3:14 do Sl. 10:7; 3:15-17 de Is. 59:7, 8; 3:18 do SI. 36:1. O apóstolo não cita do texto hebraico mas da versão grega do V.T., a Septuaginta (LXX). Às vezes ele a cita exatamente; outras, parafraseia ou abrevia; ocasionalmente ele se sente bastante livre para manipular as palavras (veja Sanday e Headlam, <i class="calibre3">The Epistle to the Romans</i>, ICC, págs. 77-79). </p>
<p class="calibre2">Mas o pensamento do V.T. é adequadamente comunicado. Todas essas citações são dos Salmos com exceção de uma passagem – Is. 59:7. Em seu contexto original nem todos esses versículos destacam a universalidade do pecado. O primeiro (Sl. 14:1-3) sim. Os três seguintes (Sl. 5:9; 140:3; 10:7) tratam da condição, atitude e conduta dos maus. A passagem de Isaías (59:7, 8) trata da injustiça de Israel. O Salmo 36:1 apresenta a falta de respeito do homem mau para com Deus. Essa coleção de citações do V.T., portanto, ilustra as diversas formas do pecado, as indesejáveis características dos pecadores, o efeito de suas ações e a atitude deles para com Deus. É o mesmo quadro que Paulo estivera pintando. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">19,20. Tudo</b> (todas as coisas) <b class="calibre1">que a lei diz. </b> A palavra <b class="calibre1">lei</b> aqui deve se referir às diversas citações que Paulo acabou de fazer. Uma vez que foram extraídas dos Salmos, com exceção da passagem de Isaías, Paulo aqui não se refere à lei mosaica. Essas citações vieram dos "Escritos" e dos "Profetas" – as duas maiores divisões do V.T. – indicando que Paulo chama de lei a todo o V.T. Uma vez que o V.T, fala <i class="calibre3">aos que estão debaixo da lei</i> (Arndt, en, 5, d., pág. 259). Isto inclui tanto judeus como gentios – qualquer um que leva a sério a mensagem do V.T. O ensinamento do V.T. é tal que <b class="calibre1">para que se cale toda boca</b> – não tem defesa a apresentar – <b class="calibre1">e todo o mundo seja culpável perante Deus. </b> No versículo 20 Paulo parece retornar ao conceito mais estreito e mais freqüente da lei - a lei mosaica. Pelas obras que a lei mosaica prescrevia, <i class="calibre3">ninguém será justificado</i>. Paulo demonstrou o fracasso de ambos, judeu e gentio. Portanto, o veredito de não absolvição é uma importante parte do quadro. </p>
<p class="calibre2">Se a Lei e o que ela prescreve não produz absolvição, o que é que produz? <b class="calibre1">Pela lei vem o pleno conhecimento</b> (cons. Arndt, <i class="calibre3">epignosis</i>, pág. 291) <b class="calibre1">do pecado. </b> A palavra <b class="calibre1">pecado</b> está no singular. A Lei faz o homem cônscio dos efeitos de sua natureza, caráter ou ser. Em virtude do que ele é, o homem age como age. A Lei torna o homem cônscio que ele não é o que deve ser. Levar o homem a reconhecê-lo é uma grande tarefa. Uma vez que Paulo atribui à Lei essa tarefa, ele certamente não desmerece a lei. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2) A Justificação se Obtém pela Fé Não pelas Obras da Lei. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">3:21-31. </b></p>
<p class="calibre2">Se um homem fracassou na obtenção da justificação, e se a justificação é necessária diante de Deus, então como pode o homem obter essa justificação? Como Deus pode ser justo quando Ele absolve um homem e o declara justo? Paulo acabou de tornar o problema mais agudo provando que todos os homens são pecadores. Assim, se Deus declara todo homem justificado, está declarando que o injusto é justo. A resposta de Paulo mostra a sabedoria e o envolvimento de Deus na questão do pecado humano. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">21. A justiça de Deus. </b> Paulo quer dizer a justiça concedida por Deus. Essa justiça é <b class="calibre1">sem lei</b> no sentido de que não é uma justiça merecida ou adquirida pela guarda da Lei. Sem a Lei a justiça de Deus <b class="calibre1">se </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">manifestou. </b> Eis aí a justiça enviada por Deus e revelada por Deus. </p>
<p class="calibre2">Embora distinta de qualquer justiça buscada pela guarda da Lei, ela é <b class="calibre1">testemunhada pela lei e pelos profetas. </b> A última frase significa todo o V.T. (Mt. 5:17; 7:12; 11:13; 22:40; Lc. 16:16; Atos 13:15; 24:14; 28:23). </p>
<p class="calibre2">Que Deus possa aceitar a fé por justiça não é pensamento estranho ao V.T. (veja Rm. 4). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">22-24. </b> Se a justiça é concedida, a quem ela é concedida? Esta justiça é realizada através da causa eficiente – a fé, que tem por seu objetivo, Cristo. É uma justiça <b class="calibre1">sobre todos os que crêem. </b> O particípio presente toma claro que este é um compromisso com Cristo para toda a vida, comprovado na reação diária da confiança (veja 1:16). A única coisa exigida é a confiança e apenas confiança. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Não há distinção</b> entre judeu e gentio no que se refere ao pecado (3:23). <b class="calibre1">Pois todos pecaram</b> (veja 2:12). Este pecado refere-se ao envolvimento de todos os homens – tanto judeus como gentios – em transgressão. O tempo coloca junto as transgressões pessoais em um todo coletivo. </p>
<p class="calibre2">Todos os homens manifestam seu envolvimento no afastamento de Adão do que era justo, <i class="calibre3">carecendo continuamente da glória de Deus</i>. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Carecem</b> significa estar carecendo ou em falta. Do que é que o homem carece ou tem falta? A <b class="calibre1">glória de Deus</b> inclui o esplendor ou radiância de Deus – a manifestação externa do que Deus é. Majestade e Sublimidade também fazem parte da glória de Deus. Majestade envolve poder. Sublimidade envolve uma posição superior e elevada – daquele que é supremo. A glória de Deus, todavia, não é apenas para ser <i class="calibre3">vista</i> por aqueles que crêem (Jo. 11:40), mas é para ser <i class="calibre3">aceita</i> ou <i class="calibre3">fazer parte</i> daqueles que crêem (II Co. 3:18) e é o seu destino (I Ts. 2:12; II Ts. 2:14). Ela não é apenas atribuída a Deus pela grande multidão celeste por causa de sua vitória sobre o pecado (Ap. 19:1), mas também caracteriza a Cidade Santa, o eterno lugar de habitação de Deus com o seu povo (Ap. 21:11, 23). Os homens estão sempre carecendo da glória de Deus porque a prática contínua do pecado nega tudo o que a glória de Deus significa. </p>
<p class="calibre2">A justiça de Deus que foi revelada, e a qual Deus concede a todos aqueles que estão crendo ou confiando significa que eles estão <i class="calibre3">absolvidos</i> ou <b class="calibre1">justificados gratuitamente</b> (Rm. 3:24). </p>
<p class="calibre2">Como pode ser? É por meio da <i class="calibre3"><b class="calibre1">graça de Deus</b></i>. Deus está favoravelmente disposto a fazê-lo, não por causa de algum mérito nos homens, mas porque Ele é gracioso e resolveu manifestar a Sua graça para com os homens. Mas pode Deus fazê-lo simplesmente por uma decisão de Sua vontade, sem qualquer ação objetiva de Sua parte? Paulo responderia "não". Portanto, ele acrescenta a frase, <b class="calibre1">redenção que há em </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Cristo Jesus. </b> O homem pode ser absolvido (justificado) porque Deus agiu. Ele providenciou a <b class="calibre1">redenção</b>. Originalmente a palavra significa <i class="calibre3">tornar a comprar</i> um escravo ou cativo, <i class="calibre3">libertando-o</i> pelo pagamento de um resgate (Arndt, <i class="calibre3">apolytrosis</i>, pág. 95). Aqui a redenção se refere à libertação providenciada por Cristo, libertação do pecado e suas conseqüências. Esta redenção ou libertação é em <b class="calibre1">Cristo Jesus</b>. Estar em Cristo é pertencer-Lhe e ser uma parte de tudo o que Ele tem feito e realizado por meio de Sua obra redentora. Paulo agora prossegue mostrando exatamente o que esta obra envolveu. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">25,26. </b> Esta obra é uma transação objetiva, um ato particular de Deus que envolveu a pessoa do Seu Filho. Foi um ato necessário. A necessidade não foi imposta a Deus de fora, pois então Ele não seda Deus. Foi-Lhe imposta no Seu interior, em virtude de Sua própria natureza. <b class="calibre1">A Quem</b> (Cristo Jesus) <b class="calibre1">Deus propôs, no seu sangue, como </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">propiciação. </b> Aqui Paulo reúne Deus e Cristo, a obra realizada, e a reação do homem diante desta obra. Deus expôs Cristo publicamente como meio de propiciação em ou pelo Seu sangue. A morte de Cristo foi um fato que deve ser observado por todos. Mas o aspecto propiciatório – esse que propiciou o pecado – foi o de desistir de Sua vida. Isto se vê no fato de que o Seu sangue foi derramado. Esses detalhes não foram apresentados para despertar simpatia, mas para mostrar a realidade desta morte. Deus foi o ofertante. Cristo foi o sacrifício. O pecado humano foi coberto, isto é, apagado para sempre. Todavia para esta propiciação se tornar efetiva na vida da pessoa, é preciso que haja fé. A fé ou confiança está em Deus, em primeiro lugar, mas também envolve o que Ele fez. </p>
<p class="calibre2">Ele tomou o pecado em Seu próprio ser (lI Co. 5:21), lidou com ele ali objetivamente, e assim fazendo, teve <b class="calibre1">em vista a manifestação da sua </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">justiça. </b> Mas será que Deus <b class="calibre1">deixou impunes os pecados anteriormente </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">cometidos, </b> isto é, antes da morte de Cristo? A morte de Cristo, objetiva e pública no Calvário, prova que o Senhor não deixou impunes esses pecadores. Sabemos que Ele estava ali resolvendo o problema do pecado humano – os pecados do passado da humanidade e também os que estavam sendo praticados no presente, e aqueles ainda a serem cometidos – porque ele o declarou através dos Seus apóstolos e profetas. Esses pecados do passado foram cometidos <b class="calibre1">na sua tolerância</b> (Rm. 3:25). O Senhor não se esqueceu desses pecados, embora não os resolvesse imediatamente. A ação de Deus na cruz foi mais do que uma autovindicação à vista da história humana do passado. Ela foi também <b class="calibre1">a </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">manifestação da sua justiça no tempo presente</b> (3:26). O Senhor tem de ser justo agora quando declara justificado aquele que crê em Jesus. </p>
<p class="calibre2">Ele não passou uma lei dizendo, que aquele que crê em Jesus, seria declarado justificado simplesmente porque Ele o disse. Antes, Ele agiu. </p>
<p class="calibre2">O Pai, o Filho e o Espírito Santo entraram na arena do pecado humano. </p>
<p class="calibre2">O Todo-Poderoso colocou a base sobre a qual poderia perdoar o pecado, e sobre a qual declara os pecadores justificados, ainda assim permanecendo justo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">27-31. </b> Agora Paulo prossegue com os resultados da obra salvadora de Deus em Cristo na cruz. Ele sustenta que a <b class="calibre1">jactância</b> está <b class="calibre1">excluída</b>. </p>
<p class="calibre2">Como? <b class="calibre1">Por que lei? </b> Por que tipo de sistema, princípio, código, ou norma poderia a jactância ficar excluída? <b class="calibre1">Das obras? </b> Oh, não. Tal sistema engendra o orgulho. Antes, é pela <b class="calibre1">lei da fé. </b> Uma vida centralizada nas obras é uma vida centralizada no ego. Mas a lei ou código da fé produz uma vida centralizada em Deus. O Cristianismo está sendo considerado aqui como uma nova lei – um código de vida com a fé no seu centro. Esta idéia da palavra <b class="calibre1">lei</b> se encontra em Rm. 3:27; 8:2; Tg. 1:25; 2:8, 9; 2:12. </p>
<p class="calibre2">A essência da <b class="calibre1">lei da fé</b> é que <b class="calibre1">o homem é justificado pela fé, </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">independentemente das obras da lei</b> (Rm. 3:28). O Senhor é aquele que declara os homens justificados. Ele é o Deus, tanto de judeus como de gentios (v. 29). Ele declara que os judeus são justificados <i class="calibre3">por causa da</i> ( <i class="calibre3">ek</i>) fé, e os gentios <b class="calibre1">mediante a</b> ( <i class="calibre3">diá</i>) fé. Nos dais exemplos a fé é a causa da declaração de Deis. Assim ambos, judeu e gentio, encontram aceitação com Deus da mesma maneira - através de uma submissão pessoal a Ele, uma confiança pessoal nEle. Este fato não significa que a Lei seja anulada Antes, <b class="calibre1">confirmamos a lei, </b> ou <i class="calibre3">estabelecemos</i>. Ela é confirmada no seu papel de tornar os homens cônscios do pecado (v. 20). </p>
<p class="calibre2">A lei confronta os homens não apenas com o seu próprio pecado, mas também com o Doador da Lei. Quando os homens confiam em Deus, o Doador da Lei, estão exatamente no lugar onde a lei tinha a intenção de colocá-los. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Romanos 4 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">3) A Justificação pela Fé na Vida de Abraão. 4:1-25 . </b></p>
<p class="calibre2">A argumentação de Paulo de que somos justificados pela fé, não é algo novo. O objeto da fé para Paulo era Cristo. A explícita apresentação da fé em Cristo como meio de justificação, torna a nova aliança uma aliança eterna. Mas a velha aliança já trazia em si o princípio da justificação pela fé. Quem melhor do que Abraão serviria, por exemplo? Ele foi o pai do povo judeu. Por isso Paulo examina cuidadosamente a sua vida. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">a) Sua Justificação Obtida pela Fé, não pelas Obras. 4:1-8. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1. </b> Paulo representa um judeu fazendo a pergunta: <b class="calibre1">Que pois, </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">diremos ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne? </b> Essas perguntas que Paulo freqüentemente apresenta, provavelmente lhe eram feitas nas suas viagens de cidade em cidade. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2. </b> Vamos aceitar por um instante que Abraão fosse justificado pelas obras; ele poderia então jactar-se. Sua jactância, entretanto, não seria em Deus, mas nele mesmo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">3. </b> O testemunho das Escrituras é a autoridade final para resolver qualquer ponto em discussão. Abraão cria ou confiava em Deus. A crença ou confiança, <b class="calibre1">isso lhe foi imputado para justiça. </b> (Arndt, <i class="calibre3">dikaiosyne</i>, 3, pág. 196; <i class="calibre3">eis</i> 8 b., pág. 229). Aqui Paulo está citando Gênesis 15:6. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">4,5. Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">favor, e, sim como dívida. </b> Salário vencido não tem ligação alguma com doação. <b class="calibre1">Mas ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica ao </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">ímpio, a sua fé file é atribuída como justiça. </b> Aqui, em poucas palavras, está resumida a doutrina paulina da justificação pela fé. </p>
<p class="calibre2">Confiança constante ou entrega a Deus é o primeiro e único requisito do homem, que é justificado. Para os judeus isso era um escândalo de proporções não desprezíveis. Não podiam aceitar que Deus pudesse absolver um homem culpado, ímpio. Duas coisas eram desprezadas pelos judeus que se opunham a isto, como se fosse um libelo contra a essência de Deus. Primeiro, os judeus rejeitavam Jesus como Messias, e, portanto, eles menosprezavam a transação redentora que envolvia Deus e Cristo. </p>
<p class="calibre2">Segundo, falharam em compreender o significado da crença ou confiança da parte daquele que era ímpio. Tal confiança mostra que o homem já não é mais um indivíduo sem Deus, mas antes uma pessoa que se entregou a tudo o que Deus é, a tudo o que Deus fez, e a tudo o que Deus fará. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6-8. </b> Davi também fala de como é bem-aventurado (feliz) o homem <b class="calibre1">a quem Deus atribui justiça independentemente das obras. </b> Com isto confirma a afirmação anterior feita sobre Abraão. Na citação de Sl. 32:1, 2, fica claro que a justificação creditada a um homem, é colocada em sua conta. Descreve-se essa mesma pessoa tendo perdoados seus feitos ilegais e cobertos os seus pecados. O Senhor não coloca o pecado em sua conta. Em lugar de um débito que jamais conseguiria pagar, ele recebe a justificação em sua conta, justificação essa que nunca mereceu. Como pode um homem ser justificado diante de Deus? Deus concede a Sua justiça àqueles que confiam nEle (Fp. 3:9). O V.T. afirma que Deus o faz. O N.T, mostra mais claramente como Ele o faz. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">b) Abraão Feito Pai de Todos Aqueles que Crêem pela Sua Fé </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Anterior à Circuncisão. 4:9-12. </b></p>
<p class="calibre2">Se o caso de Abraão é uma ação judicial que põe à prova a constitucionalidade da lei, como a sua fé se relaciona com o rito da circuncisão? Ele foi o primeiro a participar desse rito, e este se tornou o sinal da aliança de Deus com o Seu povo. Com toda certeza essa pergunta era feita em toda discussão que Paulo tivesse com os judeus. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9,10. </b> O apóstolo insiste que o crédito da fé para a justificação teve o seu lugar antes da circuncisão de Abraão. Na verdade, a circuncisão é considerada nas Escrituras como <b class="calibre1">o sinal da circuncisão como selo da </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">justiça da fé</b> (v. 11). Conclui-se que a circuncisão foi um sinal dado a Abraão da justificação, que Deus lhe concedia por causa de sua confiança. Uma vez que a fé e a concessão da justificação ocorrem antes da circuncisão, Abraão é o pai dos gentios que, crêem, mas que não têm este símbolo religioso. A ordem no caso de Abraão – fé e depois o crédito da justificação – torna inequivocamente claro que a justiça pode ser computada aos gentios que crêem, O fato da circuncisão ser um sinal de justificação concedida a Abraão por causa de sua fé, faz de Abraão também o pai dos judeus, os quais – como ele – receberam a circuncisão, exerceram a fé, obtiveram a justificação concedida por Deus, e consideram a circuncisão como o sinal desta fé e justificação. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12. </b> Observe que Abraão não é o pai (num sentido espiritual e vital) daqueles que só têm o sinal externo; mas, antes, ele é o pai daqueles que andam na fé, que ele teve antes de receber qualquer sinal exterior. Os judeus deviam andar nas pegadas de Abraão, o homem da fé, não nas pegadas de alguém que legalistamente realizasse um rito que Deus tivesse ordenado. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">c) Realização da Promessa Realizada pela Fé, não pela Lei. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">4:13-16. </b></p>
<p class="calibre2">Paulo assevera que a promessa foi dada a Abraão ou sua semente, <b class="calibre1">não por intermédio da lei. </b> Que promessa Paulo tem em mente? É a promessa de que ele, Abraão, <b class="calibre1">havia de ser herdeiro do mundo. </b> Esta linhagem exata não se encontra no V.T., mas certamente Paulo fala aqui de Abraão como o pai de uma grande descendência (Gn. 15:5,6; 22:15-18). A grande quantidade da sua semente – como as estrelas do céu e a areia ao longo da praia (Gn. 22:17) – era entendida pelos judeus como se referindo apenas aos seus descendentes físicos. Mas em Rm. 4:11 Paulo diz que Abraão é o pai daqueles que crêem entre os gentios - "aqueles que crêem estando na incircuncisão". Por isso Abraão é o herdeiro do mundo, porque ele é o pai dos crentes. Esta promessa é <b class="calibre1">mediante a </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">justiça da fé. </b> É claro que a fé realmente não concede a justiça. Deus a concede com base na fé. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">14. </b> E se nós presumirmos que aqueles que são da Lei são herdeiros? <b class="calibre1">Anula-se a fé e cancela-se a promessa. </b> Sempre que a escolha recai sobre a fé ou a lei, então a escolha da lei (legalismo) como base da herança do mundo e maneira de agradar a Deus, significa abandonar a fé e a promessa que nela se baseia. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">15. A lei suscita a ira. </b> Ela o faz estabelecendo um padrão divino de conduta. Os homens que ignoram esse padrão e fazem o que querem, colocam-se diretamente sob a ira de Deus. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Mas onde não há lei, também não há transgressão. </b> Ninguém normalmente seria acusado de excesso de velocidade, se o estado não tiver um limite de velocidade, e se não houver sinais de limite colocados ao longo da estrada, e se não houver nada que pareça irrazoável e impróprio naquele que está dirigindo. A palavra <b class="calibre1">transgressão</b> ( <i class="calibre3">parabasis</i>) refere-se a uma infração, uma violação de ordem específica. </p>
<p class="calibre2">O papel da Lei, então, é o de esclarecer o que Deus exige dos homens. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">16. Essa é a razão por que</b> (a promessa) <b class="calibre1">provém da fé. </b> A promessa tem sua fonte na fé a fim de que todos saibam, que o conteúdo da promessa é um favor, não coisa merecida, que venha em retribuição de algo. Mais ainda, a promessa é garantida para <b class="calibre1">toda a descendência. </b> Paulo esclarece que a posteridade não deve ser restringida àqueles que viveram sob a Lei. Antes, a posteridade refere-se 'aqueles que, tal como Abraão, crêem em Deus – aqueles que participam da fé de Abraão. Se esta é a definição da palavra <b class="calibre1">descendência</b>, então <b class="calibre1">Abraão</b> é realmente <b class="calibre1">pai de todos nós. </b> </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">d) Deus, o Senhor da Morte, o Objeto da Fé para Abraão e o </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Cristão 4:17-25. </b></p>
<p class="calibre2">Nesta parte o leitor vê o Deus em Quem Abraão creu. Também fica sabendo que obstáculos e dificuldades Abraão venceu por causa de sua firme confiança. Ambos, Abraão e o Cristão, partilham da mesma convicção: Deus dá vida aos mortos. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">17. </b> Um ano antes de Isaque nascer, Deus reapareceu a Abraão, reenfatizando Sua aliança com ele, dizendo que seria o pai de muitas nações, e mudando o seu nome de Abrão para Abraão (Gn. 17:1-5). O apóstolo cita a frase, <b class="calibre1">Por pai de muitas nações te constituí. </b> Paulo descreve Abraão, no momento em que esta declaração foi feita, <b class="calibre1">perante </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">aquele</b> (Deus) <b class="calibre1">no qual creu. </b> Duas coisas importantes foram ditas sobre o Deus em Quem Abraão creu: 1) Ele <b class="calibre1">vivifica os mortos. </b> Abraão experimentou este poder no nascimento de Isaque (cons. Rm. 4:19). </p>
<p class="calibre2">Paulo estava pensando no Pai especialmente como Aquele que ressuscitou Cristo (cons. v. 24). 2) <b class="calibre1">chama à existência as coisas que </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">não existem. </b> Este é o poder do Senhor para criar. Também poderia ser traduzido assim: <i class="calibre3">Deus cria o que não existe como se existisse</i>. Nenhum mortal pode compreender o poder criativo de Deus. A criação dos objetos animados e inanimados e a sua conservação é a atividade de Deus. A natureza dos objetos pode ser discutida – mente, matéria, energia – mas o porquê e como de sua existência, só pode ser exatamente conhecido até onde o Senhor revela. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">18. </b> Conhecendo Abraão um Deus assim, ele era capaz de crer, <b class="calibre1">em </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">esperando contra a esperança. </b> Sua fé foi dirigida para o propósito e alvo de ser o pai de muitas nações. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">19. </b> Havia dois grandes obstáculos na consecução do seu alvo. Ele era fisicamente incapaz de gerar um filho. Sua esposa Sara era fisicamente incapaz de conceber e dar à luz. Mas ele <b class="calibre1">sem enfraquecer </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">na fé, embora levasse em conta o seu próprio corpo</b> ( <i class="calibre3">considerando-o</i>) <b class="calibre1">amortecido</b> (v. 19). <i class="calibre3">Ele não considerou o seu próprio corpo já morto</i>. </p>
<p class="calibre2">Mas esta negativa não é sustentada pelos melhores manuscritos. </p>
<p class="calibre2">Portanto, Paulo descreve Abraão enfrentando a dificuldade. Ele tinha cerca de cem anos de idade. Ele considerou mais a morte do ventre de Sara. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">20. Não duvidou da promessa de Deus, por incredulidade. </b> A palavra que foi traduzida para "duvidou" ( <i class="calibre3">diakrino</i>) poderia ser também "oscilou". Para o patriarca, não havia incerteza por causa de incredulidade. Em face desses obstáculos, Abraão <b class="calibre1">se fortaleceu na fé</b> ou confiança. Observe aqui os efeitos da crença e descrença. A incredulidade põe a pessoa em discordância com ela mesma; a crença produz força para enfrentar o obstáculo. Abraão deu glória a Deus conforme foi fortalecido. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">21. </b> Ele estava convencido de que <b class="calibre1">o que ele</b> (Deus) <b class="calibre1">... prometera, </b> era capaz de realizar. O verbo "prometer" está no perfeito. Isto significa que Abraão estava na posse da promessa, tão grande era sua convicção de que a promessa se realizaria. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">22. </b> Este era o tipo de fé creditado a Abraão como justiça. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">24. </b> O crédito da fé como justiça, não foi só para o benefício de Abraão. O registro deste fato foi <b class="calibre1">por nossa causa. </b> A justiça será computaria àqueles que crêem <b class="calibre1">naquele que ressuscitou dentre os </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">mortos a Jesus, nosso Senhor. </b> Há uma diferença entre Abraão e o Cristão. Abraão creu ou confiou em Deus (v. 3). O Cristão confia no mesmo Deus, mas agora Ele é conhecido como o Deus que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos (v. 24). Nisto o Senhor revelou-se agindo em benefício do homem de um modo todo especial. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">25. </b> O centro de sua ação é Cristo, <b class="calibre1">o qual foi entregue por nossas </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">transgressões. </b> O verbo "entregar" está na voz passiva, significando que foi Deus que o entregou (cons. 8:32). A mesma palavra foi usada com Judas e sua traição. Mas embora Judas fosse o instrumento humano, que entregou Cristo aos soldados, e embora o pecado de Judas fosse muito grande, era propósito de Deus que Cristo fosse entregue nas mãos dos pecadores. (A palavra "entregou", <i class="calibre3">paradidomi</i>, é usada em diversos contextos interessantes. Para um estudo dessa palavra veja F. Buchsel, TWNT, II, 171.175; Karl Barth, <i class="calibre3">Church Dogmatics</i>, Vol. II, Parte 2, <i class="calibre3">The Doctrine of God</i>, págs. 480494). </p>
<p class="calibre2">Quando vemos que "nossas" transgressões exigiram que Cristo fosse condenado à morte, a morte de Jesus aparece numa luz diferente. </p>
<p class="calibre2">Um observador neutro poderia concluir que Cristo morreu e ressuscitou. </p>
<p class="calibre2">Mas alguém que se entregou a Deus diz: "Jesus foi entregue por causa das <i class="calibre3">minhas</i> transgressões". O pronome plural nossas mostra a identificação de Paulo com seus leitores romanos. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Ressuscitou por causa da nossa justificação. </b> O verbo está novamente na passiva. Deus ressuscitou Cristo dos mortos. Aqui se diz que a ressurreição foi essencial para sermos justificados. A ressurreição assinalou não somente a vitória de Cristo sobre a morte mas também sua vida testifica que Ele completou a obra redentora que foi planejada por Deus (a obra para a qual Ele se tornou homem), e que Ele vive para rogar pela causa daqueles que crêem nEle e na Sua obra redentora. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Romanos 5 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">4) A Centralidade da Justificação pela Fé nas Vidas Individuais </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">e na Estrutura da História. 5:1-21. </b></p>
<p class="calibre2">Na primeira parte deste capítulo, Paulo examina o significado da justificação pela fé para os crentes. O que eles têm? O que eles deveriam fazer? Como Deus se relaciona com eles e qual é o seu futuro? Depois ele volta para uma comparação dos efeitos do afastamento de Deus, por parte de Adão, com os efeitos da obra reconciliatória de Cristo. A importância da justificação na última metade do capítulo foi esclarecida pela repetição do termo em 5:17, 18,19,21. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">a) Os Efeitos da Justificação pela Fé sobre os Recipientes. 5:1-11. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1. </b> O particípio fala da ação que foi realizada. <b class="calibre1">Justificados, pois, </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">mediante a fé. </b> Este tem sido o tema desde 3:21 até 4:25. Partindo deste tema, seguem-se certas condições e reações. </p>
<p class="calibre2">As principais formas verbais em 5:1, 2, 3 podem ser traduzidas: "Temos paz ... nos gloriamos ...". Ou esses verbos podem ser traduzidos como exortações: "Desfrutemos da paz que temos ... gloriemo-nos na esperança ... gloriemo-nos nas aflições ..." Os verbos estão todos no tempo presente, e expressam atividade constante. A <b class="calibre1">paz</b> que um crente tem é a <b class="calibre1">paz com Deus. </b> Este é um estado objetivo para aquele que é declarado justificado. Ele é <b class="calibre1">por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. </b> A obra redentora de Cristo forneceu uma expiação, uma cobertura para. o pecado daquele que foi declarado justificado pela fé. Esse tal foi reconciliado com Deus. Portanto a hostilidade e animosidade entre Deus e os crentes já se foi. Em lugar disso há uma bendita paz. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2a. </b> Há uma comunhão – <b class="calibre1">por intermédio de quem obtivemos </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">igualmente acesso. </b> A maravilha de ser declarado justificado consiste neste acesso aberto à presença de Deus. <i class="calibre3">Prosagoge</i> pode ser traduzido por "aproximação", "acesso" ou "introdução" (veja LSJ, pág, 1500). Mas a idéia de "introdução" vai de mãos dadas com "acesso" ou "aproximação". Alguém que vai falar com um rei precisa de ambas as vias de acesso – o direito de ir e uma introdução – a devida apresentação. </p>
<p class="calibre2">O direito de acesso é. fundamental, a introdução mais uma questão de protocolo. Portanto o destaque aqui tem de ser dado ao <b class="calibre1">acesso</b>. O acesso é a <b class="calibre1">esta graça na qual estamos firmes. </b> <b class="calibre1">Esta graça</b> é o favor não merecido de Deus, que declara justificados aqueles que colocaram a sua confiança em Jesus. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2b. </b> A tradução gloriemo-nos na esperança deixa de esclarecer ao leitor que o mesmo verbo foi usado aqui, e em 5:3 – "nos gloriamos nas tribulações". Portanto 5:2 realmente significa: <i class="calibre3">E nos gloriemo-nos na esperança da glória que Deus há ele manifestar ou exibir</i>. A esperança exerce parte vital na vida dos crentes, pois ela se relaciona com tudo o que Deus tem prometido fazer por eles em Cristo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">3,4. </b> Mas esta esperança se torna mais clara na pressão que dia à dia exerce na vida. O crente se gloria nas tribulações, porque sabe que elas produzirão uma visão mais clara do que está à frente – esperança contendo convicção. A ordem destes versículos é significativa – <b class="calibre1">tribulação, perseverança, experiência, </b> e então <b class="calibre1">esperança</b>. As provações despertam a paciência. A paciência produz o caráter. E o resultado disso tudo é a esperança. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">5. Ora, a esperança não confunde. </b> Mesmo se a esperança se centraliza na futura ação de Deus (8:24, 25), ela tem uma importante possessão presente – <b class="calibre1">o amor de Deus é derramado em nossos corações </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado. </b> A abundância deste amor no coração dos homens justificados, e o seu alcance, Cristo diz ser a qualidade distintiva dos cristãos (Jo. 13:34, 35). Este amor, derramado em nossos corações, com a esperança que não desaponta, tem o seu exemplo supremo no amor de Deus por nos (Rm. 5:6-8). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6. </b> Realmente, <b class="calibre1">quando nós ainda éramos fracos</b> (fraqueza mortal), (Cristo) <b class="calibre1">morreu a seu tempo pelos ímpios. </b> Raros são os exemplos de uma pessoa morrendo por um homem justo. Que alguém possa se aventurar a morrer <i class="calibre3">por</i> um homem bom, por causa do impacto de sua vida, é muito plausível. Mas, que Deus demonstrada o seu amor <i class="calibre3">por</i> nós em Cristo, morrendo por nós enquanto éramos ainda pecadores, não é apenas espantoso, mas quase incrível. Quatro vezes nesta seção ocorre a preposição <i class="calibre3">hyper</i> (vs. 6, 7, 8). Ela tem um sentido tão amplo que nenhuma palavra pode transmiti-la. Ela realmente envolve em uma só unidade as idéias de "em benefício de", "em favor de" e "em lugar de". </p>
<p class="calibre2">Se estas idéias forem colocadas dentro da palavra "por", então todo o significado da morte de Cristo "por" nós começa a despontar. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9. </b> Mas Paulo rapidamente muda o cenário do nosso anterior estado de pecadores para o <b class="calibre1">agora</b>. Se Deus nos amava quando éramos pecadores, se Cristo morreu por nós então, muito mais agora, tendo sido declarados justificados por Seu sangue, seremos salvos através dEle (Cristo) da futuro ira de Deus. Observe que a base para a justificação é o sangue de Cristo. Esta futura salvação é do castigo da ira de Deus, do qual se fala em lI Ts. 1:9, "eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder". </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">10. </b> Os que agora estão justificados, diz-se, que foram reconciliados com Deus, <b class="calibre1">quando inimigos. </b> A base dessa reconciliação ficou explicitamente declarada – <b class="calibre1">mediante a morte de seu Filho. </b> Fomos reconciliados por Sua morte enquanto ainda éramos inimigos. Sendo isto verdade, conclui o apóstolo, muito mais verdade é que <b class="calibre1">seremos salvos </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">pela sua vida. </b> Em outro lugar, Paulo destaca que aquele que é ligado ao Senhor é um espírito com Ele (I Co. 6:17), isto é, participa da vida ressurreta e poder espiritual de Cristo. Ele também diz: "Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então vós também sereis manifestados com ele, em glória" (Cl. 3:4). Seremos salvos pela vida de Cristo porque participamos desta vida. Pertencemos a Cristo. O escritor aos Hebreus destaca que Cristo vive para interceder por nós (Hb. 7:25). A vida intercessória de Cristo na glória, tem um desempenho vital na salvação dos crentes. Mas o contexto aqui parece destacar a participação dos crentes na morte e vida ressurreta de Cristo. Os crentes serão salvos (futuro) pela sua presente e futura participação na vida de Cristo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">11. </b> Jactar-se ou gloriar-se em Deus, ato esse por meio do qual o crente afirma sua devoção a Deus, é feito através do Senhor Jesus Cristo. </p>
<p class="calibre2">Através dEle <b class="calibre1">acabamos agora de receber a reconciliação. </b> Deus é Aquele que age na reconciliação (II Co. 5:18, 19), e os homens diz-se que são reconciliados (Rm. 5:10; II Co. 5:20), isto é, Deus age sobre eles. Assim, os crentes, diz-se, recebem reconciliação. São os recipientes de um relacionamento de paz e harmonia realizado por Deus. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">b) Os Efeitos da Desobediência de Adão e da Obediência de </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Cristo. 5:12-21. </b></p>
<p class="calibre2">Esta é uma das passagens mais difíceis do livro de Romanos, porque Paulo é tão conciso. A aparente repetição, é apenas por causa de freqüente menção de Adão e Cristo – e aqueles que foram influenciados por suas ações. Na verdade, Paulo desenvolve seu argumento com todo o cuidado. Ele usa o argumento <i class="calibre3">a fortiori</i> (mais conclusivamente, com razões mais fortes): Se o pecado de Adão resultou nisso, quanto mais a obra redentora de Cristo fará. Embora a obra redentora de Cristo seja muito mais potente do que a transgressão de Adão, como mostra o apóstolo, isto não significa que todos os homens serão salvos. Pois os homens, para reinar em vida, devem <b class="calibre1">receber</b> a abundância da graça e a justiça que Deus põe à disposição deles (v. 17).. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12-14. </b> <i class="calibre3">A Universalidade do Pecado e da Morte</i>. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12. Por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">a morte. </b> O homem é Adão. O tempo do verbo indica uma entrada histórica distinta. <b class="calibre1">Mundo</b> refere-se à humanidade (uso comum da palavra em Romanos (cons. 1:8; 3:6; 3:19; 5:12, 13). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">A morte passou a todos os homens porque todos pecaram. </b> A morte física sobreveio a todos os homens, mas não porque estivessem todos no processo do pecado individual. Todos os homens pecaram (com exceção das criancinhas que morrem na infância) experimentalmente. </p>
<p class="calibre2">Mas Paulo não está falando sobre isso aqui. O pecado de <b class="calibre1">todos</b> centraliza-se no de <b class="calibre1">um só homem, </b> Adão. <b class="calibre1">Porque todos pecaram. </b> Paulo declara que todos os homens pecaram quando Adão pecou, mas ele não explica <i class="calibre3">como</i>. Todavia muito se tem escrito sobre a questão do <i class="calibre3">como</i>. </p>
<p class="calibre2">O conceito paulino da solidariedade racial, parece ser uma universalização do conceito hebreu da solidariedade da família. Uma figura trágica da solidariedade familiar vê-se em Josué 7:16-26, quando Acã foi descoberto ser a causa da derrota de Israel em Aí. Apropriara-se de despojos de Jericó, contrariando ordem específica do Senhor (Js. 6:17, 18). Acã não acusou ninguém mais – "Eu vi ... cobicei-os e tomei-os" (Js. 7:21). Mas na administração do castigo, não foi somente Acã, mas também toda sua propriedade, seus filhos, suas filhas, seus bois, seus jumentos, suas ovelhas, sua tenda, foram destruídos. Tudo o que tinha ligação com Acã foi erradicado de Israel. </p>
<p class="calibre2">Outro exemplo de solidariedade familiar encontra-se no incidente de Abraão, pagando dízimos a Melquisedeque (Gn. 14:18-20). O escritor aos Hebreus diz que Levi deu dízimos a Melquisedeque, embora não nascesse antes de aproximadamente 200 anos mais tarde. Ele diz que Levi estava ainda nos lombos de seu pai, quando este se encontrou com Melquisedeque (7, 9, 10). No mesmo sentido, Adão era o indivíduo e a raça. Sua posteridade é considerada agindo com ele porque é a <i class="calibre3">sua</i> descendência. Como filhos de Adão constituem a raça <i class="calibre3">de Adão</i>. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13. </b> Dos tempos de Adão até os da lei mosaica, o pecado estava no mundo. Estava presente nos atos dos homens e na sua natureza (isto é, no princípio da rebeldia que se encontrava neles). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Mas o pecado não é levado em conta quando não há lei. </b> Adão foi acusado do seu pecado e do pecado de sua descendência, porque ele quebrou uma ordem explicitamente dada por Deus. Os homens, de Adão até Moisés, sem tais leis explícitas, não poderiam ser acusados do pecado na forma em que Adão foi. Eles não tinham estatutos definidos e específicos, como os que foram mais tarde dados na lei mosaica. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">14. </b> Mas esses homens participaram dos efeitos do pecado de Adão, porque a morte reinou de Adão a Moisés, <b class="calibre1">mesmo sobre aqueles que </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">não pecaram à semelhança da transgressão de Adão. </b> Olhando para esses homens do ponto de vista da solidariedade humana, Paulo vê os homens de Adão a Moisés, todos envolvidos no pecado inicial de Adão e suas conseqüências. Aqueles, neste grupo, que não pecaram quebrando uma ordem especificamente dada, também morreram. Adão foi chamado neste versículo de <b class="calibre1">o qual prefigura aquele que havia de vir. </b> Paulo não está dizendo, que não houveram ordens dadas por Deus conhecidas pelos homens entre Adão e a Lei (cons. Gn. 26:5). Ele afirma que uma ausência de um código legal – de uma norma divinamente concedida – afeta a maneira como o pecado é colocado contra os homens. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">15-17. </b> <i class="calibre3">Resultados Contrastantes de Diversas Atitudes</i>. Paulo destaca as diferenças entre Adão e Cristo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">15. </b> A transgressão de <b class="calibre1">um</b> (Adão) contrasta-se como a graça de Deus e o dom na esfera da graça que um homem, Cristo, concede. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Morreram muitos</b> por causa da transgressão de Adão. Uma vez que a morte passou a todos os homens (v. 12), está claro que a expressão <b class="calibre1">muitos</b> refere-se a "todos os homens". </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Muito mais. </b> A graça de Deus e o dom que está lia esfera da graça, que Cristo concede afluiu para muitos. "Os muitos" é o mesmo grupo que foi afetado pela transgressão de Adão, e conseqüentemente morreram. A graça de Deus e o dom na esfera da graça de Cristo abundou para todos os homens. O dom é a justificação (veja v. 17). O ato de Adão trouxe a morte. A graça divina abunda para aqueles que foram afetados pelo ato de Adão. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">16. </b> O veredito da condenação proveniente da transgressão, contrasta com o dom gracioso que veio à existência por causa das muitas transgressões. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Porque o julgamento derivou de uma só ofensa, para a </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">condenação. </b> O juízo (veredito) refere-se à sentença de Deus. A palavra <b class="calibre1">condenação</b> envolve idéias de "castigo" e "ruína". Perguntamos: a quê? A resposta é, ao castigo e à ruína. A seriedade desta condenação não pode ser exagerada. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Mas a graça transcorre de muitas ofensas, para a justificação. </b> O resultado da transgressão de Adão foi a condenação. Muitas transgressões produziram a operação do gratuito dom de Deus, e o seu resultado ou alvo é a absolvição. Como deve ser poderoso este dom gratuito quando dirigido para tal fim! <b class="calibre1">17. </b> O reino da morte, por causa da transgressão de um, contrasta com o reino da vida – uma parte daqueles que recebem a abundância da graça e o dom da justiça. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Por meio de um só, reinou a morte. </b> Adão transgrediu o mandamento de Deus, que dizia, que não devia comer da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn. 2:17). Esta ordem foi um teste da obediência do homem a Deus. Com a entrada do pecado na experiência do homem, a morte também entrou. A morte passou a reinar. Reinava de maneira suprema. A atitude de Adão provocou o reino da morte. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Muito mais. </b> Eis aí novamente a ação de um homem; mas desta vez é a ação de um homem simplesmente em resposta ao que Deus fez. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Os que receberam a abundância da graça, e do dom da justiça. </b> Vemos aqui o homem obrigado a tomar uma atitude para com a ação de Deus. A abundância da graça relaciona-se com tudo o que Deus realizou e prometeu fazer em Cristo. O dom foi definido aqui como a <b class="calibre1">justiça</b>. É a justiça concedida por Deus com base na fé (Rm. 1:17; 3:21, 22, 26; 5:17, 21; 9:30; 10:3). Aqueles que estão recebendo o favor abundante de Deus para com os que estão em Cristo, e a justificação que Ele concede, <b class="calibre1">reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo. </b> Por causa da obra de um só homem, Jesus Cristo, a morte não reina mais, mas os homens <b class="calibre1">reinarão em vida por meio de um só. </b> Por que não são tantos, os que reinam em vida, quantos os que estavam sob o reino da morte? Porque a abundância da graça e o dom da justiça, foram rejeitados por um número maior do que os que os receberam. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">18,19. </b> Todos os homens foram afetados pela transgressão (de Adão) e o ato da justiça (a morte expiatória de Cristo e a Sua ressurreição). <b class="calibre1">Pois</b> (como resultado então). Paulo está pronto para resumir o seu argumento brevemente. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">homens. </b> O sujeito aqui, o juízo, tem de ser suprido do versículo 16. O verbo <b class="calibre1">veio</b> é uma tradução satisfatória do verbo grego <i class="calibre3">egeneto</i>, que deveria ser fornecido. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">os homens para justificação que dá vida. </b> Em relação a <b class="calibre1">um só ato de </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">justiça</b> veja Arndt, <i class="calibre3">dikaioma</i>, 2, pág, 197. Romanos 4:25 dá evidência de que Paulo considerava a morte e a ressurreição de Cristo como um todo unificado. O sujeito, <b class="calibre1">a graça</b> ( <i class="calibre3">dom gratuito</i>), deve ser procurado em 5:16. Esta graça vem a todos os homens <i class="calibre3">com o propósito de</i> (para) <b class="calibre1">justificação que dá vida</b> (veja Arndt, <i class="calibre3">dikaiosis</i>, pág, 197). Em ambas as partes deste versículo, ocorre a mesma frase – <b class="calibre1">todos os homens. </b> Por meio de uma transgressão o veredito ou sentença de juízo veio <b class="calibre1">sobre </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">todos os homens. </b> Da mesma maneira, por meio de um só ato de justiça veio o dom gratuito da redenção (veja Arndt, <i class="calibre3">karisma</i>, 1, pág. 887) <b class="calibre1">sobre </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">todos os homens</b> com o propósito da absolvição que produz vida. Paulo declara que o efeito do ato de justiça de Cristo, estende-se exatamente até onde se estendeu o efeito da transgressão de Adão. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">19. Como pela desobediência de um só homem muitos se </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">tornaram pecadores, assim também por meio da obediência de um </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">só muitos se tornarão justos. </b> A desobediência de Adão contrasta com a obediência de Cristo. No versículo precedente Paulo emprega o vocabulário e a estrutura de um tribunal de justiça – condenação de um lado e absolvição de outro. Ele conserva esta linguagem legal também neste versículo. O verbo <i class="calibre3">kathistemi</i>, traduzido como se <b class="calibre1">tornarão</b>, faz parte dessa linguagem legal. Em que sentido <b class="calibre1">os muitos se tornaram </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">pecadores</b> e em que sentido <b class="calibre1">os muitos se tornarão justos</b>? A linguagem legal sugere o seguinte significado: "apontar" "colocar na categoria de", "constituir", "estabelecer". Por causa da desobediência de Adão, <b class="calibre1">os </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">muitos</b> foram apontados por Deus como sendo pecadores. Foram colocados na categoria de, e constituídos pecadores. Por causa da obediência de Cristo, <b class="calibre1">os muitos</b> serão apontados como justos. O verbo está no futuro porque Paulo estava pensando na futura geração de crentes, que confiando em Cristo seriam declarados justos. Teria o apóstolo mudado o alcance dos <b class="calibre1">muitos</b> em cada lado desta comparação? Não, porque ele está mostrando em que categoria Deus coloca os homens quando ele os encara em termos do efeito <i class="calibre3">real</i> da desobediência de Adão, e do efeito <i class="calibre3">potencial</i> da obediência de Cristo. Paulo não está ensinando, como em 5:17, que todos os homens serão salvos. Mas no versículo 19, ele declara que, a obediência de Cristo abrange todos aqueles afetados pela desobediência de Adão. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">20,21. </b> <i class="calibre3">O Reino do Pecado Versus o Reino da Graça</i>. Aqui Paulo conclui a argumentação que começou em 5:12 sobre a pergunta: Qual dos dois é o mais poderoso – o pecado ou a graça?. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">20. </b> O escritor nos faz lembrar que embora a justificação pela fé seja o ponto central da história humana, a Lei tem um lugar importante. A Lei veio <b class="calibre1">para que avultasse a ofensa</b> (aumentasse, multiplicasse). <b class="calibre1">Mas, </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">onde abundou o pecado. </b> As palavras ofensa e pecado foram ambas personificadas aqui, fazendo do mal um inimigo distinto e não uma mera abstração. <b class="calibre1">Superabundou a graça. </b> Ou, <i class="calibre3">esteve presente em abundância ainda maior</i>. A graça é muito mais poderosa que o pecado. Todavia quando os crentes vêem o tremendo poder do pecado, esquecem-se desta verdade. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">21. Como o pecado reinou pela morte, </b> a graça abundou <b class="calibre1">para que </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">reinasse... pela justiça. </b> O pecado está relacionado com a morte neste versículo, assim como no versículo 5:12. A graça reina através da justiça que Deus concede. O fato de que a justiça de Cristo foi concedida àqueles que crêem, significa que, além de serem declarados justos, pertencem também ao reino e ao triunfo da graça. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Para vida eterna, mediante Jesus Cristo nosso Senhor. </b> A graça reina com um alvo em vista – a vida eterna. A vida eterna é uma qualidade de vida; é viver segundo a vida de Deus e para Deus. Os crentes, agora, têm esta vida. Mas vida eterna significa, além de viver por Deus e para Ele, viver em um ambiente que Ele tornou perfeito - livre de todo pecado. Portanto a vida eterna é o destino do crente, como também a realidade imediata. Como esta vida será alcançada? Por meio de uma pessoa – <b class="calibre1">mediante Jesus Cristo nosso Senhor. </b> </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">B. A Justiça, Maneira de Vida Cristã Diante de Deus. 6:1 - 8:39. </b></p>
<p class="calibre2">Até aqui Paulo tem destacado que Deus é justo e reto (cons. 3:26) e que Ele concede a justiça àqueles que crêem (cons. 3:22). Diante da pergunta como os homens se tornam justos diante de Deus, ele replicou: "Não pelas obras mas pela confiança em Deus" (cons. 4:1-8). Mas aquele que tem a justiça, que Deus concede, deve viver uma vida justa. Paulo agora demonstra o que isto significa. Primeiro, ele elimina algumas idéias erradas sobre o seu ensinamento sobre a graça. A seguir, ele demonstra que na luta contra o pecado, o crente não deve condenar a lei. </p>
<p class="calibre2">Depois ele descreve o pecado como um tirano poderoso, que não pode ser derrotado só pelos esforços humanos. Paulo conclui esta parte apontando como obter a vitória. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Romanos 6 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1) O Sofisma de Que o Pecado Faz Abundar a Graça 6:1-14. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1. </b> Já que a graça é tão poderosa, não poderia um homem permanecer no pecado e ainda assim experimentar o poder da graça libertadora? <b class="calibre1">2. </b> A resposta de Paulo é enfática. <b class="calibre1">De modo nenhum. </b> Aquele que confia em Cristo identifica-se com o Senhor Jesus na Sua morte. <b class="calibre1">Nós, os </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">que para ele morremos? </b> O versículo 10 esclarece que Paulo, aqui está falando da morte de Cristo. Mas ele usa a primeira pessoa do plural – <b class="calibre1">Nós</b> morremos para o pecado. É uma experiência do passado. Sendo assim, como poderíamos ainda viver no pecado quando já morremos para ele? <b class="calibre1">3-5. </b> Tendo dito que o crente morreu com Cristo, Paulo refere-se agora à ordenança do batismo. Aqui o apóstolo segue seu familiar padrão de declarar a verdade e depois ilustrá-la. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">3. Todos os que fomos batizados em Cristo Jesus fomos </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">batizados na sua morte? </b> A frase "serem batizados em" ( <i class="calibre3">baptizein eis</i>) também pode ser traduzida para <i class="calibre3">foram batizados com respeito a</i>. É usado no sentido de ser batizado com respeito ao nome de alguém (cons. At. </p>
<p class="calibre2">8:16; 19:5; I Co. 1:13, 15; Mt. 28:19; veja Arndt, <i class="calibre3">baptizo</i>, pág, 131). A ordenança do batismo está sendo focalizada com respeito à morte de Cristo – seu significado e resultado. Mas Paulo aqui aponta para as implicações do batismo no que se refere à maneira de viver dos romanos. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">4. Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo. </b> "Fomos sepultados junto" destaca a realidade da morte de Cristo. Cristo morreu, e o crente realmente morreu com Ele. <b class="calibre1">Como Cristo foi </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai. </b> Esta é uma cláusula comparativa. A ressurreição concedeu ao Senhor Jesus uma nova maneira de vida. De modo semelhante nós também deveríamos andar <b class="calibre1">em </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">novidade de vida. </b> Já que fomos identificados com Cristo na Sua morte, somos identificados com Ele na Sua ressurreição. Para o Salvador, a ressurreição significou nova maneira de vida. Somos sepultados com Cristo para que nós, como Ele, possamos <i class="calibre3">viver</i> <b class="calibre1">em novidade de vida. </b> A tradução <i class="calibre3">andar em novidade</i> de vida traz em si o viver diário na costumeira rotina da vida. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">5. Se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte</b> (MM, pág. 598), <b class="calibre1">certamente o seremos também na semelhança da sua </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">ressurreição. </b> A palavra <b class="calibre1">semelhança</b> foi usada em relação a duas palavras na tradução deste versículo em português – <b class="calibre1">morte e </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">ressurreição. </b> Embora apareça uma única vez no texto original, está claro que Paulo tinha a intenção de aplicá-la a ambas, morte e ressurreição. Alguns têm desejado acrescentar "com ele" ao versículo – "Se fomos plantados juntamente com ele na semelhança". Mas sua morte e ressurreição torna claro, não obstante, que Cristo é a figura central do versículo. A expressão com ele não se encontra no texto, e sem ela o sentido já é bom. A ênfase do versículo recai sobre a palavra <b class="calibre1">semelhança</b> ( <i class="calibre3">homoioma</i>). Pecar na semelhança da transgressão de Adão (5:14) significa pecar do mesmo modo, isto é, desobedecer uma ordem específica. Não significa pecar o mesmo pecado. Portanto a palavra pode ter os significados de "representação", "cópia", "fac-símile" e "reprodução". (Para um excelente exame da palavra e as diversas interpretações dadas neste contexto, veja Johannes Schneider, TWNT, V, 191l95). Uma vez que os crentes tiveram uma morte como a de Cristo, certamente terão uma ressurreição igual. Isto não significa que terão uma ressurreição idêntica a de Cristo; antes, terão uma ressurreição como a dEle. No batismo os crentes são ligados à representação de Sua morte. </p>
<p class="calibre2">Ser ligado à semelhança da ressurreição de Cristo é uma esperança futura da qual eles têm certeza. Ambos os fatos (batismo e ressurreição) apontam para um modo de vida transformado, entre estes dois eventos - o andar em novidade de vida. </p>
<p class="calibre2">Nos versículos 6-10, como no versículo 2, Paulo aponta o acontecimento histórico da morte de Cristo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Nosso velho homem. </b> O homem velho ou não regenerado, antes de ser renovado, mudado, transformado. Este homem não regenerado, foi crucificado com Cristo <b class="calibre1">para que o corpo do pecado seja destruído. </b> O corpo aqui foi destacado por causa do papel que exerce na execução dos desejos pecaminosos do homem. <i class="calibre3">Para que</i> <b class="calibre1">não sirvamos o pecado </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">como escravos. </b> O pecado aqui foi personificado. Como tirano, ele mantém os homens presos em abjeta escravidão. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Porquanto quem morreu, justificado está do pecado. </b> Uma pessoa morta não pode atuar nos acontecimentos diários da vida. Alguém que morreu para o pecado não reage ao padrão da vida do pecado. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">8. Se já morremos com Cristo. </b> Nosso morrer com Cristo é a base de nossa crença em que seremos ressuscitados com Ele. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9. </b> A morte de Cristo foi em relação ao pecado. Sua vitória sobre a morte é permanente. Isto aconteceu uma vez por todas. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">10. </b> Desde o momento de sua morte Ele vive somente para Deus<b class="calibre1">, </b> isto é, para o lucro e glória de Deus. E Ele viveu somente para Deus antes da Sua morte. Mas quando Jesus realizou a Sua obra redentora, que se centralizou em Sua morte, Sua vida para Deus recebeu uma nova aparência. Ele resolveu a questão do pecado de uma vez para sempre. </p>
<p class="calibre2">Ele conquistou a morte. Com o pecado e a morte derrotados, pôde viver para Deus tendo estas experiências por trás dEle. </p>
<p class="calibre2">Tudo isto teve certas conseqüências para os crentes (6:11-14). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">11. </b> Devemos nos considerar <b class="calibre1">mortos para o pecado, mas vivos </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">para Deus</b> ( <i class="calibre3">prosseguir nos considerando</i>). O fato de que devemos prosseguir nos considerando mortos para o pecado, mostra que a possibilidade do pecado está sempre presente. Mas o nosso considerar é mais do que negativo. Devemos nos reconhecer vivos (constantemente vivendo) para Deus. A frase <b class="calibre1">em vosso corpo mortal</b> equivale ao <b class="calibre1">vos</b> (v. 13). <b class="calibre1">Porque o pecado não terá domínio sobre vós, </b> isto é, sobre vossas pessoas, para obedecerdes aos seus desejos malignos. Se estamos em Cristo, temos o poder de destronar o pecado em nossas vidas. Se um crente permite que o pecado reine, ele obedece aos desejos malignos que o pecado gera. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13. Nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">como instrumentos de iniqüidade. </b> Quando o pecado, o tirano, reina nos corações dos homens, os pecadores livremente oferecem suas mãos, pés, olhos e mente para a causa da injustiça. Em lugar dessa constante dedicação para o mal, Paulo insiste: <b class="calibre1">oferecei-vos a Deus . . , e os vossos </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">membros ... como instrumentos de justiça. </b> Por que deveríamos nos apresentar a Deus? Porque aqueles que estão em Cristo vivem como ressuscitados dentre os mortos. Nós morremos com Cristo. Vemos, portanto, a vida sob uma nova perspectiva. Dedicamo-nos a Deus. O ego, é claro, inclui cada membro ou parte do nosso ser e cada atividade em que possamos estar ocupados. Tudo aquilo que forma a personalidade humana, ou estará servindo ativamente à justiça, ou estará servindo ativamente à injustiça. Em qual serviço os nossos membros estão ocupados? <b class="calibre1">14. </b> A abundância da graça é de natureza tal que o pecado <b class="calibre1">não terá </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">domínio</b> sobre os crentes. Não estamos <b class="calibre1">debaixo da lei</b> mas <b class="calibre1">da graça. </b> Aqueles que estão em Cristo não estão sob o regime da lei mosaica para obtenção da salvação. Estamos sob a graça de Deus e de Cristo. Todo o V.T. – a Lei, os Profetas e os Escritos (os Salmos, por exemplo) – certamente revelam o pecado (Rm. 3:20; 5:20) quando compreendidos à luz dos ensinamentos de Cristo, e dos apóstolos depois da morte e ressurreição dEle. O V.T, também ensina as grandes verdades cristãs sobre Deus. Paulo encarava Cristo e seus ensinamentos como sendo a própria lei. "Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo" (Gl. 6:2). "Aos sem lei, (eu me fiz) como se eu mesmo o fosse sem lei (para os gentios como gentio), <b class="calibre1">não estando sem lei para com </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">do regime da lei. </b> (os gentios)" (I Co. 9:21). </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2) O Sofisma de que se deve pecar, porque os crentes estão </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">debaixo da graça, e não da lei. 6:15 – 7:6. </b></p>
<p class="calibre2">Quando estamos sob a graça, temos um novo proprietário. Este fato muda toda a conduta -do crente. Nosso "status" sob a graça é como o de uma mulher casada com outro homem depois da morte do marido. </p>
<p class="calibre2">Envolve toda uma nova maneira de vida. Assim, por analogia, Paulo mostra que estar sob a graça, não permite nunca que o crente seja indiferente ao pecado. </p>
<p class="calibre2">a) Fidelidade, Fruto, Destino. 6:15-23. Aqui Paulo apela para o que seus leitores já conhecem. Ele os faz lembrar de suas vidas passadas e do fruto que produziam. Ele lhes fala do resultado de sua nova dedicação. </p>
<p class="calibre2">Ele apresenta o contraste dos resultados eternos das duas diferentes formas de fidelidade. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">15. </b> Poderia um homem cometer um pecado porque não está sob a lei, mas sob a graça? Paulo replica: <b class="calibre1">De modo nenhum. </b> <b class="calibre1">16. </b> Ele faz seus leitores se lembrar de que são escravos daquele a quem eles mesmos se entregaram. Se eles se entregam ao pecado, o resultado é a morte. Se eles se tomam escravos da obediência a Deus, o resultado é a justiça. A entrega é encarada aqui como um processo constante de submissão. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">17. </b> Eram antigamente escravos do pecado. Houve então um rompimento dessa escravidão. <b class="calibre1">Viestes a obedecer de coração à forma </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">de doutrina a que fostes entregues. </b> O padrão de ensinamentos é o Cristianismo, é claro. Eles foram entregues para o aprendizado do seu conteúdo. Eles reagiram obedecendo – uma obediência que vinha das profundezas do seu ser. Isto provocou mudança decisiva. Foram libertados do pecado. Tornaram-se escravos da justiça. Ambos, o pecado e a justiça, foram personificados, e esta figura de linguagem – ser escravo do pecado ou da justiça - ajuda-nos a compreender exatamente o que está se discutindo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">19. Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. </b> Paulo diz que esta analogia humana é necessária por causa do discernimento deficiente daqueles, que facilmente se tornam instrumentos do pecado. O homem sob o controle do pecado está "na carne". Antigamente os leitores de Paulo apresentavam os seus membros como escravos da impureza, cometendo um pecado após o outro. Isto comprovava sua constante devoção à diversas formas de impiedade. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Assim oferecei agora os vossos membros para servirem à justiça </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">para a santificação. </b> Com o mesmo abandono com o qual os homens dedicam-se ao mal, deveriam agora apresentar seus membros como escravos da justiça. O resultado é <i class="calibre3">consagração</i> ou <b class="calibre1">santificação</b>. </p>
<p class="calibre2">Consagração a quem? A Deus. Santidade é o produto da consagração a Deus. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">20. </b> Paulo afirma, que quando os leitores pertenciam ao pecado, eles certamente não tinham a justiça por senhor. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">21. Que resultados colhestes? </b> Quando vocês eram escravos do pecado, que fruto vocês produziam? Vocês produziam o tipo de fruto <b class="calibre1">de </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">que agora vos envergonhais. </b> Os pecadores produzem mau fruto (veja Mt. 7: 16-20). <b class="calibre1">O fim delas é morte</b> (dessas coisas). Paulo aqui se refere à morte eterna (veja Arndt, <i class="calibre3">thanatos</i>, 2, b, pág. 352; Rm. 1:32; 6:16, 21, 23; 7:5; lI Co. 2:16; 7:10; II Tm. 1:10; Hb. 2:14b; I Jo. 5:16; Ap. 2:11; 20:6, 15; 21:8). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">22. </b> Estar livre do pecado significa ser escravo de Deus. O fruto imediatamente produzido é a consagração. O resultado final de se pertencer a Deus é a vida eterna. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">23. Porque o salário do pecado</b> (pelos serviços que se lhe prestam) <b class="calibre1">é a morte. </b> Paulo aqui muda ligeiramente a sua analogia. O pecado paga solário àqueles que trabalhara para ele. O salário pago é a morte. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">nosso Senhor. </b> O dom gratuito da libertação do pecado oferecido por Deus, a transformação de todo o ser do pecador, é a vida eterna. Vida eterna é um novo tipo de vida. O pecador o considera um favor não merecido. Este tipo de vida, esta qualidade de existência, encontra-se em uma só pessoa – em <b class="calibre1">Jesus Cristo</b>. A última frase – <b class="calibre1">nosso Senhor</b> – é a maneira de Paulo dizer, que o Senhor nos pertence como nós lhe pertencemos. Nós o fizemos nosso Senhor por ato de entrega. Seu senhorio se estende à maneira de nosso comportamento. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Romanos 7 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">b) Cancelamento e Novo Alistamento Causado pela Morte. 7: 1-6. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1. A lei, </b> diz o apóstolo, <b class="calibre1">tem domínio sobre o homem, toda a sua </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">vida. </b> Paulo apresenta este axioma tanto por causa da ilustração que vai usar, como para mostrar que esta é a natureza da lei. Seus requisitos permanecem em vigor enquanto alguém vive sob o regime da lei. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2. A mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">vive. </b> No primeiro versículo Paulo diz que ele está falando aos que conhecem a lei. Uma vez que a maioria dos romanos eram gentios, a lei aqui não é a lei mosaica em particular, mas simplesmente o princípio legal de que uma mulher casada está ligada ao seu marido. Tratando deste mandamento em particular, Paulo certamente o faz à luz de sua bagagem judia dentro da lei mosaica. <b class="calibre1">Se o mesmo morrer, desobrigada </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">ficará da lei conjugal. </b> A morte traz a anulação de todo o </p>
</body></html>