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<body class="calibre">
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13. </b> A escolha dos discípulos aconteceu em um <b class="calibre1">monte</b>, provavelmente nas vizinhanças de Cafarnaum. Parece que Jesus pediu a um grupo maior que o acompanhasse na viagem até a região montanhosa. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">14. </b> Desse grupo maior ele selecionou os <b class="calibre1">doze</b> que ele designou como seus apóstolos (conf. Lc. 6:13). <b class="calibre1">Designou</b> é o verbo grego que melhor traduz ( <i class="calibre3">epoésen</i>; literalmente, <i class="calibre3">fez</i>). O propósito da nomeação era duplo: para estarem com ele (companhia e treinamento) e para que pudessem sair e pregar e expulsar demônios (v. 15). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">16. </b> Em relação à ocasião quando Simão foi chamado de <b class="calibre1">Pedro</b>, veja Jo. 1:42, onde o nome aramaico, <b class="calibre1">Cefas</b>, foi usado em lugar do grego, <b class="calibre1">Pedro</b>. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">17. Boanerges. </b> Este lado de suas personalidades pode ser visto em Lc. 9:54. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">18. André. </b> O irmão de Pedro (Jo. 1:40,41). <b class="calibre1">Bartolomeu</b>. </p>
<p class="calibre2">Identifica-se com Natanael (Jo. 1:45-51; 21:2). <b class="calibre1">Tiago, filho de Alfeu, </b> pode ser o mesmo Tiago menor (Mc. 15:40). <b class="calibre1">Tadeu</b> é o mesmo Judas, irmão de Tiago menor (Lc. 6:16). <b class="calibre1">Simão o zelote. </b> O nome encontrado nos melhores manuscritos gregos é <i class="calibre3">kananaion</i>, uma transliteração do termo aramaico que significa "zelote". Parece que Simão, antes de ser discípulo de Cristo, era membro do fanático partido patriota dos zelotes, que estavam a favor da revolta imediata contra o poderio romano. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">19. </b> É nesta altura que Mateus e Lucas colocam o Sermão do Monte. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">20. Para casa. </b> Uma expressão que significa "voltar para casa". </p>
<p class="calibre2">Provavelmente Cristo retornou à casa de Pedro em Cafarnaum. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">E. A Preocupação dos Amigos de Cristo e as Acusações dos Seus </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Inimigos. 3:20-35. </b></p>
<p class="calibre2">Estes versículos indicam as atitudes dos amigos e inimigos em relação a Jesus. Ambos os grupos o interpretaram mal, com o resultado de que seus amigos preocuparam-se demais com o seu bem-estar, enquanto seus inimigos voltaram-se contra ele com acusações viciosas. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">20. Que nem podiam comer pão. </b> Marcos dá um vislumbre das grandes multidões que continuamente vinham ouvir e ver Cristo. <b class="calibre1">Pão</b> deve ser entendido como uma referência ao alimento em geral. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">21. Os parentes</b> que se preocuparam eram de fato membros da família, que é a conotação normal da frase grega, <i class="calibre3">hoi par' autou</i>. Parece que sua mãe e seus irmãos ficaram sabendo, lá em Nazaré, de suas incessantes atividades. Seu propósito era de o <b class="calibre1">prender</b> e de levá-lo à força com eles, porque achavam que ele estivesse esgotado e mentalmente perturbado. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">22. </b> Quando a família chegou a Cafarnaum, encontrou o Senhor ocupado discutindo com <b class="calibre1">os escribas ... de Jerusalém. </b> A discussão surgiu por causa das repetidas acusações dos <b class="calibre1">escribas</b> (gr., imperfeito, <i class="calibre3">elegon</i>) que Jesus estava aliado ao poder satânico. <b class="calibre1">Belzebu</b>. A origem e o significado da palavra não são conhecidos, mas obviamente foi usada nesta ocasião referindo-se ao diabo, o <b class="calibre1">maioral dos demônios. </b> A acusação era que Cristo recebera poder do próprio Satanás e que através dele expulsava demônios. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">23. </b> Jesus tomou a iniciativa e <b class="calibre1">convocando</b> os seus acusadores, convidou-os a enfrentá-lo face a face. A lógica que usou contra aqueles acusadores foi irrefutável. Se concordassem que os demônios são servos de Satanás, então seria ilógico assegurar que Ele estivesse expulsando os seus próprios servos. Este argumento o Senhor reiterou em 3:24-27, corroborando-o com uma série de ilustrações. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">27. O valente</b> deve representar Satanás. Expulsar demônios é entrar <b class="calibre1">na casa e roubar-lhes os seus bens. </b> Cristo estava afirmando que, em vez de estar aliado a Satanás, Ele estava ocupado em combater o mesmo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">29. Blasfemar contra a Espírito Santo</b> é o ato de injuriar, vilipendiar, falar maliciosamente contra a Espírito. Para tal pecado não haverá <b class="calibre1">perdão</b> nunca. <b class="calibre1">Visto que é réu, </b> <i class="calibre3">culpado</i>, <i class="calibre3"> intimado</i>, tem o sentido de estar sob o seu domínio. Todos os melhores manuscritos dão <b class="calibre1">pecado </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">eterno</b> em lugar de <b class="calibre1">eterno juízo. </b> <b class="calibre1">30. Porque diziam. </b> A declaração dos escribas revela a natureza de sua ofensa eterna. Eles explicavam os milagres de Cristo como exorcismo realizado pelo poder de Satanás, quando na realidade eram realizados pelo Espírito Santo. Entretanto, não devemos interpretar esta passagem como se ensinasse que uma simples declaração contra o Espírito seja pecado imperdoável, pois isto seria contrário ao ensino geral das Escrituras que todo e qualquer pecado será perdoado à alma arrependida. A essência do "pecado eterno" é a atitude do coração que sustenta o ato. À luz das Escrituras, considerando-as como um todo, esta atitude só pode ser um estado de espírito fixo e impenitente que persiste na rejeição rebelde das propostas do Espírito Santo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">31. </b> Enquanto Jesus estava ocupado nesta discussão com os escribas, chegaram <b class="calibre1">sua mãe e seus irmãos e mandaram chamá-lo. </b> Parece que fizeram a viagem de Nazaré a fim de levá-lo com eles para casa para descansar e se recuperar, pois é o que pensavam que estava precisando (conf. 3:20, 21). <b class="calibre1">Irmãos</b>. Veja comentários sobre 6:3. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">33. </b> Cristo aproveitou esta ocasião oportuna para destacar a importância de se relacionar com ele espiritualmente. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">35. </b> A entrada na família de Deus se consegue fazendo <b class="calibre1">a vontade de </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Deus, </b> e tal obediência começa ouvindo, crendo e seguindo o Filho de Deus. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Marcos 4 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">F. Parábolas à Beira-mar. 4:1-34. </b></p>
<p class="calibre2">Aqui vem à tona um diferente método de ensino. Ainda que Cristo usasse o ensino alegórico até um certo ponto anteriormente, só nessa ocasião do seu ministério ele começou a empregá-lo como veículo importante de expressão. Conforme as multidões foram aumentando, a oposição se intensificando e os seguidores superficiais foram se multiplicando, Jesus adotou a parábola como meio de instrução dos seus próprios discípulos, de um lado, e do outro escondendo a substância do seu ensino dos ouvintes superficiais e antagônicos. Nessa ocasião ele usou as parábolas para ilustrar certas características do Reino. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1. </b> O cenário para a apresentação da primeira dessas parábolas foi <b class="calibre1">à </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">beira-mar</b>, que presume-se seja o Mar da Galiléia. Novamente a pressão da multidão obrigou o Senhor a falar ao povo de dentro de um barco um pouco afastado da praia. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">4. </b> O solo <b class="calibre1">à beira do caminho</b> ficou endurecido com a passagem de muitos pés, de modo que a semente ficou na superfície à vista de todos, e as aves a comeram. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">5, 6. </b> A segunda área onde a semente caiu foi <b class="calibre1">solo rochoso</b>, que não deve ser entendido como terra contendo pedras, mas uma rocha coberta com fina camada de terra. O calor do sol primeiro transformou esse solo em um viveiro que produziu rápida germinação e, a seguir, em uma fornalha que <b class="calibre1">queimou e secou</b> a tenra plantinha. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">8. </b> E o restante da semente foi semeado em <b class="calibre1">boa terra</b>. É simplesmente razoável que se presuma que a maior parte da semente fosse semeada nesse tipo de solo, e não apenas 25 por cento, como se declara às vezes. <b class="calibre1">Vingou e cresceu. </b> Não foi o fruto que vingou. Esses dois particípios referem-se à palavra outra, e portanto foi a semente que cresceu. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">11. O mistério. </b> Nas misteriosas religiões pagãs, os iniciados eram instruídos nos ensinamentos esotéricos do culto, que não eram revelados aos de fora. Sobre o reino de Deus, veja comentários em 1:15. <b class="calibre1">O </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">mistério do reino</b> é em última instância a mensagem total e completa do Evangelho (conf. Rm. 16:25, 26). O propósito das <b class="calibre1">parábolas</b> era instruir os iniciados sem revelar os itens da instrução àqueles que estavam <b class="calibre1">de </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">fora</b>. Isso está de acordo com o princípio bíblico que a compreensão espiritual restringe-se àqueles que se tornaram espirituais pelo devido relacionamento com Cristo e sua mensagem (I Co. 2:6 e segs.). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12. </b> Que esse era o propósito de Cristo ao usar as parábolas foi mais adiante confirmado por uma citação do V. T. A citação foi introduzida com a conjunção grega <i class="calibre3">hina</i> (que), a qual neste exemplo não pode ter um significado resultante mas deve indicar propósito (Alf, 1, 333). Este versículo é uma tradução livre de Is. 6:9, 10, dando a substância, mas não reproduzindo o enunciado exato da passagem profética. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">14. O semeador</b> (v. 3) não foi identificado, mas obviamente representa o próprio Cristo e todos os outros que proclamam o Evangelho. A semente é <b class="calibre1">a palavra</b>, a qual é, conforme Lucas explica, a palavra de Deus, ou a mensagem que vem de Deus. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">15. </b> As aves de 4:4 representam Satanás, que se aproxima daqueles que ouvem a mensagem e evita que haja germinação da semente. Tais pessoas ouvem simplesmente a palavra, e isso é tudo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">16. </b> Cons. versículos 5, 6. Alguns ouvintes da palavra <b class="calibre1">recebem-na</b> com alacridade. A aparência de sinceridade e alegria genuína estão presentes. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">17. </b> A declaração de que <b class="calibre1">não têm raiz</b> indica a superficialidade de sua recepção da palavra. <b class="calibre1">São de pouca duração, </b> ou transitórios, que é a tradução para <i class="calibre3">proskairoi</i>. O calor do sol (v. 6) ilustra a vinda da <b class="calibre1">angústia </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">ou perseguição, </b> que logo se transformam em pedra de tropeço, e eles se afastam porque a sua experiência com a palavra não é genuína. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">19. </b> Cons. 4:7. Os <b class="calibre1">cuidados</b> são ansiedades e preocupações relativas aos interesses desta presente era de impiedade (<b class="calibre1">mundo</b> é uma tradução imprecisa de <i class="calibre3">aion</i>, que se refere a um período de tempo). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">A fascinação das riquezas</b> refere-se à natureza enganadora da riqueza, sempre prometendo satisfazer mas sempre incapaz de cumprir a promessa. O terceiro impedimento é o anseio ou desejo <b class="calibre1">das demais </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">ambições, </b> uma categoria geral incluindo tudo mais que poderia sufocar a palavra e torná-la <b class="calibre1">infrutífera</b>. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">20. </b> Cons. 4:8. A boa terra significa as pessoas que <b class="calibre1">ouvem a </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">palavra e a recebem. </b> Um comentário sobre o significado de <b class="calibre1">recebem</b> encontra-se em Mt. 13:23 e Lc. 8:15. São pessoas que ouvem, que entendem, que são sinceras e que se apropriam da mensagem do Evangelho permanentemente. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">21. </b> As palavras de 4:21-25 são declarações gerais que Cristo parece ter usado em diversas ocasiões (sobre v. 21 cons. Mt. 5:15; sobre v. 23 cons. Mt. 11:15; 13:9, 43; Lc. 14:35; sobre v. 24b cons. Mt. 7:2; sobre v. 25 cons. Mt. 25:29). O propósito de Cristo nesta ocasião era enfatizar a responsabilidade que recai sobre o ouvinte das parábolas. Aquele que foi iluminado deve, por sua vez, iluminar os outros (Mc. 4:21-23). <b class="calibre1">Candeia</b> é a melhor tradução. <b class="calibre1">Alqueire</b>. Não o mesmo alqueire de hoje; equivale ao celamim. O velador era uma haste de madeira para suporte do candeeiro aberto alimentado a azeite que se usava naquele tempo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">25. Ao que tem. </b> O princípio apresentado nesta declaração deve ser aplicado especificamente ao reino da verdade e sua apropriação. Aquele que toma posse da verdade e a usa receberá maior esclarecimento, mas aquele que se recusa a apropriar-se da verdade perderá até mesmo o conhecimento da verdade que uma vez possuiu. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">26. </b> A segunda parábola sobre o Reino que Marcos registra é a do solo que produz espontaneamente (vs. 26-29). Na realidade, ela recomeça no ponto onde a Parábola do Semeador parou, prosseguindo exatamente na descrição do crescimento da semente que produz fruto. O aspecto do reino que está se considerando é o aspecto presente, espiritual, na sua realidade interna como também nas suas manifestações externas. Este reino se estende pela semeadura da <b class="calibre1">semente</b> da palavra (cons. v. 14). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">28. </b> O motivo por que a terra <b class="calibre1">por si mesma frutifica</b> ( <i class="calibre3">automatê</i>, "automaticamente") é que a semente contém vida, a qual, quando colocada no ambiente adequado, produz crescimento. A característica do reino da graça presente e espiritual, conforme apresentado por esta parábola, é que a mensagem do Evangelho pela sua própria natureza, quando semeado nos corações dos homens produz crescimento e frutifica espontaneamente. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">30. </b> A terceira parábola de Marcos relativa ao Reino refere-se à semente da mostarda (vs. 30-32). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">31. </b> Aqui o Reino foi comparado à <b class="calibre1">um grão de mostarda. </b> Muito se tem escrito sobre a identificação desta planta, mas parece melhor considerá-la como sendo a mostarda negra comum, que tem a semente do tamanho da cabeça de um alfinete (Harold N. and Alma L. Moldenke, <i class="calibre3">Plants of the Bible</i>, págs. 59-62). Sua semente é uma das menores conhecidas pelo povo da Galiléia. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">32. </b> O fenômeno notável dessa planta de mostarda particular é que, embora seja um arbusto, pode chegar à altura de dez ou doze pés, com a haste da grossura do braço de um homem e constitui lugar de pouso para uma variedade de aves de porte pequeno. Esta parábola fala do desenvolvimento ulterior das características do reino de Deus presente e espiritual. O ponto principal aqui é que a semente da mensagem do Evangelho produzirá crescimento fenomenal. De pequenos começos, o Reino, que apenas aproxima-se na pessoa de Cristo (1:14, 15), em razão de sua própria vitalidade interior e sobrenatural, crescerá em proporções tremendas. Isto não significa que o resultado será a conversão do mundo, nem que os homens pelos seus esforços estabelecerão o reino de Deus na terra como um desenvolvimento utópico, nem que o Reino e Igreja sejam idênticos. A parábola descreve, entretanto, o reino da graça incluindo multidões de pessoas redimidas que através dos anos vieram engrossar suas fileiras até atingirem um tamanho fenomenal. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">G. Viagem a Gadara. 4:35 – 5:20. </b></p>
<p class="calibre2">Provavelmente por necessidade de isolamento e descanso, Jesus propôs uma viagem através do lago da Galiléia. Com a vivacidade tão característica de nosso autor, Marcos apresenta uma narrativa pitoresca da tempestade que foi apaziguada (4:35-41) e da libertação do homem endemoninhado que Cristo encontrou do outro lado (5:1-20). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">37. Grande temporal de vento</b> era típico do Mar da Galiléia, situado em uma bolsa, como se encontrava, com montanhas por todos os lados. O levantamento do ar quente do dia permitia ao ar mais frio das colinas descer rapidamente sobre o lago pelas ravinas girando e rodopiando, o que agitava as águas em fortes tempestades. A narrativa de Marcos é cheia de vida, levando seus leitores para o próprio cenário da ação. <b class="calibre1">As ondas se arremessavam contra</b> (gr. imp.) o barco e este já estava a encher-se (gr. pres.) <b class="calibre1">com água</b>. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">39. </b> Apresentando um contraste, Marcos narra a ordem que Cristo deu à tempestade. O aoristo grego mostra que ele <b class="calibre1">repreendeu</b> o vento uma vez (ação imediata), e houve <b class="calibre1">grande bonança</b> (gr. aoristo). Não houve necessidade que o Senhor repetisse a sua ordem, pois suscitou obediência imediata. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Acalma-te, emudece! </b> Literalmente, <i class="calibre3">Fique quieto</i>. <i class="calibre3">Cale a boca</i>. </p>
<p class="calibre2">Lenski traduz o perfeito imperativo da segunda ordem de Cristo de maneira interessante, "Coloque a mordaça e a mantenha em seu lugar" (R. C. H. Lenski, <i class="calibre3">The Interpretation of Mark's Gospel</i>, pág. 201). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">40. Tímidos. </b> Cristo os repreendeu por causa do seu medo covarde, e transformou a ocasião em um estímulo para a fé. Ele sugeriu que se a confiança deles estivesse firmada em Deus, mesmo que ele estivesse dormindo, eles não teriam motivos para temer. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">41. Possuídos de um grande temor. </b> O termo grego que foi usado aqui não é o mesmo do versículo 40. Esta palavra pode significar "medo ou temor reverente e respeitoso". Apesar de todas as grandes obras que os discípulos testemunharam, este milagre foi tão fenomenal que ficaram imaginando quem realmente seria o seu mestre. <b class="calibre1">Quem é este? </b> </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Marcos 5 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">5:1. Os gerasenos. </b> Os manuscritos gregos dividem-se entre três diferentes nomes nesta passagem – gadarenos, gerasenos e gergesenos. </p>
<p class="calibre2">Há mais indícios que favorecem gerasenos, um termo que alguns consideram referente a bem conhecida Gerasa, vinte milhas ao sudeste do Mar da Galiléia. Há, portanto, bons motivos, para crermos que Marcos se refere a uma cidadezinha do mesmo nome no litoral ocidental, cujas ruínas chamam-se hoje em dia Quersea (cons. Harvie Branscomb, <i class="calibre3">Mark</i>, págs. 89, 90). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">3. </b> Este homem morava habitualmente <b class="calibre1">nos sepulcros</b> ou entre as sepulturas, como indica o imperfeito grego. Alcançara um estado tão extremo que não podia ser amarrado por ninguém, nem mesmo <b class="calibre1">com </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">cadeias</b>. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">4. </b> A impossibilidade de prender o homem foi dramaticamente enfatizado pelos termos e tempos vigorosos. Os <b class="calibre1">grilhões</b> eram usados nos pés. Quantas vezes foi amarrado estraçalhou <b class="calibre1">as cadeias</b> e esmigalhou os <b class="calibre1">grilhões</b>. <b class="calibre1">Ninguém podia subjugá-lo. </b> O texto grego indica que ninguém tinha forças suficientes para amansar esta besta humana. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">5. De dia e de noite, </b> continuamente (texto grego) <b class="calibre1">clamando</b>, dando gritos e guinchos e <b class="calibre1">ferindo-se com pedras. </b> O último verbo está na forma intensiva, significando que ele se cortava todo ou se reduzia drasticamente em pedaços. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">7. Jesus, Filho do Deus Altíssimo. </b> Uma indicação notável de conhecimento sobrenatural. O homem sofredor tinha consciência do nome humano de Jesus e também de sua Divindade, embora este, conforme parece, fosse o seu primeiro encontro com Cristo. Tal conhecimento é prova que o homem não estava simplesmente louco; estava habitado por poderes demoníacos que conheciam a verdadeira identidade de Cristo. <b class="calibre1">Não me atormentes. </b> Mateus 8:29 diz, "Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?" E Lc. 8:31 fornece maiores esclarecimentos contando que eles lhe pediram que não os enviasse "para o abismo". O tormento do qual falavam os demônios é o castigo final depois do dia do juízo; eles pediram que não os aprisionasse no abismo antes do tempo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9. </b> A pergunta, <b class="calibre1">Qual é o teu nome? </b> foi endereçada ao espírito imundo (demônio) mencionado no versículo 8. Este mesmo espírito responde em 5:9, 10. Já por outro lado, no versículo 12, todos os demônios falaram. <b class="calibre1">Legião</b>. Uma unidade do exército romano que consistia de mais de 6.000 homens. <b class="calibre1">Somos muitos. </b> Um demônio era o porta-voz dos muitos outros que tinham se apossado do homem. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">10. </b> O significado da frase, <b class="calibre1">para fora do país, </b> encontra-se na referência que Lucas faz ao <b class="calibre1">abismo</b> (8:31). Eles temiam ir ao lugar da prisão onde teriam de permanecer sem corpo até o julgamento. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12, 13. </b> Em lugar de serem desincorporados imploraram que fossem enviados <b class="calibre1">para os porcos</b>. A questão persistentemente provocada por esta passagem refere-se à ética da atitude de Jesus, resultando, como aconteceu, na destruição da propriedade alheia. Uma resposta comum tem sido que os judeus não deviam possuir porcos, e que Cristo assim repreendeu-os por contrariarem a lei de Moisés. Mas considerando que a região de Decápolis continha uma população mista de judeus e gentios, não temos certeza se os proprietários eram judeus ou que esse fosse o propósito da atitude de Jesus. Observe que ele não ordenou aos demônios que entrassem nos porcos; apenas permitiu. Foram os demônios, não o Senhor, que causaram a destruição. O fato de Cristo ter permitido o ato não o torna mais responsável do que Deus é responsável pelo mal de qualquer qualidade só porque o permite. O diabo afligindo Jó é um exemplo disso (Jo 1:12; 2: 6, 7). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">15. Temeram, </b> não do homem curado, mas do notável poder que o tinha curado. Estavam conscientes do poder sobrenatural na pessoa de Cristo mas inconscientes do seu infinito amor e misericórdia. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">17. </b> Sem o saber, imploraram à fonte da bênção e salvação em potencial que <b class="calibre1">se retirasse</b> do seu território. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">18. </b> Enquanto Jesus entrava no barco, o endemoninhado já curado continuou rogando que <b class="calibre1">o deixasse estar com ele. </b> Só ele, entre todos os seus conterrâneos, viu em Jesus, não alguém a temer, mas alguém a amar. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">19. Jesus, porém não lho permitiu. </b> Isto é, não permitiu que o acompanhasse. Em lugar disso, ordenou-lhe que fosse a sua própria gente e lhe contasse <b class="calibre1">tudo quanto o Senhor te fez. </b> Um princípio básico está sob a ordem de Cristo. O homem não é liberto da escravidão apenas para o prazer de desfrutar a liberdade concedida por Deus, mas também para dar o seu testemunho aos outros em relação ao divino Libertador. </p>
<p class="calibre2">Nas terras ao leste do Mar da Galiléia não havia motivos para se temer qualquer crise causada por excesso de popularidade. Por isso o endemoninhado curado foi estimulado a espalhar a sua história. <b class="calibre1">Teve </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">compaixão. </b> O verbo grego significa ter <i class="calibre3">compaixão</i> ou <i class="calibre3">piedade</i> de alguém. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">20. Em Decápolis. </b> Esta região fica ao sudeste do Mar da Galiléia, que continha dez cidades ( <i class="calibre3">deka</i>, "dez"; <i class="calibre3">polis</i>, "cidade") com cultura e organização gregas. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">H. A Mulher com Hemorragia e a Filha de Jairo. 5:21-43. </b></p>
<p class="calibre2">Nos versículos seguintes foram descritos dois milagres notáveis. A cura da mulher que tinha uma hemorragia, que se realizou sem qualquer ato aparentemente cônscio da parte de Cristo. A ressurreição da filha de Jairo foi o segundo exemplo no ministério de Cristo de restauração de vida aos mortos (cons. Lc. 7:11 e segs.). </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">22. </b> Jairo era <b class="calibre1">um dos principais da sinagoga, </b> que o identifica como um dos anciãos que estavam encarregados do serviço da sinagoga que Jesus freqüentava em Cafarnaum. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">23. Insistentemente lhe suplica. </b> Ele continuou implorando, talvez repetidas vezes e com desespero. <b class="calibre1">Filhinha</b>. Todos os comentaristas acham que o diminutivo indica um termo carinhoso. <b class="calibre1">Está à morte. </b> Uma boa paráfrase do texto grego, que indica que ela estava no último estágio de sua doença. O grego de Marcos descreve com muita vida a angústia desse pobre pai ao rogar em frases entrecortadas: "Minha filhinha está às portas da morte – que venhas e . .." <b class="calibre1">24. A multidão</b> que seguia Cristo continuou amontoando-se ao redor dele (imp. gr. <i class="calibre3">synethlibon</i>). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">25. De uma hemorragia. </b> Nenhum dos Evangelhos descreve especificamente a natureza desta hemorragia a não ser que era uma doença crônica. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">26. </b> Marcos é muito franco em seus comentários referentes à experiência da mulher com <b class="calibre1">vários médicos. </b> Ela foi de um médico a outro em busca de cura. Mas em lugar de ser curada, sofreu muito nas mãos deles, gastou tudo o que tinha e ainda piorou. Lucas, o médico, não é tão rude na sua descrição (Lc. 8 : 43). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">27. A multidão</b> que continuou a assediá-lo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">28. </b> (Ela) <b class="calibre1">dizia</b>. "Ela continuou dizendo" (imp. gr.), provavelmente a si mesma. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">29, 30. </b> Esta cura foi excepcional, não simplesmente porque foi instantânea mas porque aconteceu sem qualquer participação aparentemente cônscia de Cristo. Entretanto, Jesus <b class="calibre1">logo</b> tomou conhecimento do que aconteceu. Não devemos imaginar que o tocar nos vestidos tivesse algum efeito mágico, mas que Jesus em sua onisciência reconheceu o toque da fé e satisfez o desejo da mulher. Pode-se também aceitar que a cura não fosse um ato consciente de Cristo, e que foi Deus o Pai que curou a mulher. Neste caso, Jesus, na limitação de sua humanidade, não o percebeu até que o milagre aconteceu. <b class="calibre1">Poder</b>. Era "poder" (gr., <i class="calibre3">dynamin</i>) que operou a cura. A pergunta, <b class="calibre1">Quem me tocou? </b>, pode ter sido feita a fim de revelar o milagre à multidão, se aceitarmos que a cura foi conscientemente operada por Cristo. Caso contrário, Cristo pode ter perguntado para sua própria informação. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">31. </b> Como de costume, a maneira pitoresca de Marcos usar os tempos dos verbos esclarece-nos. Ele conta que os seus discípulos continuaram insistindo, "Não vês que a multidão te aperta continuamente..." <b class="calibre1">32. </b> Evidentemente a mulher não foi percebida à primeira vista, pois Marcos diz que ele continuou olhando <b class="calibre1">em redor</b> (gr. tempo imp. voz média). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">34. Tua fé. </b> Vemos a fé desta mulher em ação em 5:27, 28, uma tão forte confiança que ela não achou necessário captar a atenção de Jesus. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Te salvou... fica livre do teu mal. </b> A primeira expressão significa literalmente <b class="calibre1">te salvou</b>, referindo-se à salvação da aflição física. A segunda expressão significa <b class="calibre1">tenha saúde</b>, e é um imperativo presente, significando que ela devia continuar tendo saúde. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">35. </b> A pergunta dos mensageiros, <b class="calibre1">Por que ainda incomodas? </b> indica que eles não esperavam uma restauração à vida. Mestre. O texto grego diz <i class="calibre3">didaskalon</i>, "professor". </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">36. </b> Jesus, ignorando os comentários, disse ao doutor, "Pare de temer! Continue crendo!" Os dois verbos se encontram no tempo presente no grego. A noticia desencadeou o medo no coração do homem, mas Cristo insistiu com ele a não abandonar sua fé anterior. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">38. O alvoroço. </b> Entre os judeus a lamentação pelos mortos era algo que nada tinha de moderação a respeito. Pranteadoras profissionais eram alugadas para que houvesse uma demonstração de tristeza. Mateus 9:23 menciona tocadores de flauta e a multidão que também estava fazendo tumulto. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">39. </b> A impropriedade da demonstração levou Cristo a perguntar, <b class="calibre1">Por </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">que estais em alvoroço? </b> ou, mais literalmente, "Por que vocês estão fazendo tão grande gritaria?" A declaração de que a menina <b class="calibre1">não</b> estava <b class="calibre1">morta</b> mas dormindo tem sido interpretada por alguns que ela não estava realmente morta mas em estado de coma. Entretanto Lc. 8:55 diz que o <b class="calibre1">seu espírito voltou, </b> indicando que ela estivera morta. A referência de Cristo à morte chamando-a de sono foi interpretada como uma sugestão de que a condição era temporária e que a pessoa despertaria novamente. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">40. </b> Os pranteadores, interpretando literalmente a figura de linguagem de Jesus, riram (gr., imp.) dele, zombando. Sabiam que a menina estava morta, e tinham certeza de que a morte é permanente. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Mandando sair a todos. </b> O verbo de Marcos é vigoroso, significando, expulsando-o Cristo expulsou a multidão escarnecedora para fora da casa. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">41. Talita cumi. </b> Transliteração do aramaico de "Menina, levante-se." Marcos insere as palavras <b class="calibre1">eu te mando. </b> <b class="calibre1">42. Imediatamente a menina se levantou</b> (ação imediata) e andava (ação contínua). <b class="calibre1">Doze anos. </b> Tinha idade suficiente para andar. Os pais e os discípulos ficaram indescritivelmente assombrados com o milagre a ponto de ficarem fora de si de espanto. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">43. </b> Jesus ordenou que <b class="calibre1">ninguém o soubesse</b> para que os pais não proclamassem a notícia e a agitação difundida não precipitasse uma crise antes de chegar a hora da morte do Salvador (Jo. 12:23, 27). </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Marcos 6 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">I. Outra Viagem Missionária pela Galiléia. 6:1-30. </b></p>
<p class="calibre2">Marcos registra apenas duas das três viagens missionárias do Senhor pela Galiléia, a primeira com os quatro pescadores (1:35-45), e a terceira na conclusão do ministério da Galiléia (6:1-30). A segunda viagem teve lugar logo depois da escolha dos Doze (Lc. 8:1-3). A terceira foi diferente das duas anteriores em que os discípulos foram enviados dois a dois (Mc. 6:7), depois que Cristo foi de cidade em cidade pregando e ensinando ele mesmo (Mt. 11:1). A viagem deve ser entendida incluindo a visita a Nazaré (Mc. 6:1-6). Foi também durante esse período que Herodes ficou preocupado com a grande popularidade do Senhor (6:14-16). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1. Partido dali. </b> Isto é, de Cafarnaum. Embora o lugar para o qual Jesus foi não está especificamente mencionado, é óbvio à vista dos versículos seguintes, que sua pátria se refere à sua cidade, Nazaré. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">3. </b> Jesus foi chamado de <b class="calibre1">irmão de Tiago</b> e outros, uma designação que deve ser tomada literalmente. Não há motivo bíblico nenhum para deixarmos de aceitar que esses quatro homens e suas irmãs fossem filhos de José e Maria, nascidos algum tempo depois de Jesus. <b class="calibre1">Tiago</b> tornou-se o líder da igreja de Jerusalém (Atos 15:13 e segs.) e autor da epístola que leva o seu nome. <b class="calibre1">Judas</b> é o autor da epístola geral do mesmo nome. Os habitantes da cidade <b class="calibre1">escandalizavam-se. </b> Este verbo originalmente significava "ser apanhado em uma armadilha". Eles foram apanhados na armadilha de sua própria crença e tropeçaram quando podiam ter-se levantado diante de sua maior oportunidade. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">5. </b> Cristo não foi capaz de realizar ali <b class="calibre1">nenhum milagre. </b> Entretanto, não quer dizer que ele tentasse curar alguém e descobrisse ser incapaz, mas que tão poucas pessoas tinham fé suficiente para vira ele em busca de cura. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6. </b> Onde o Senhor Jesus deveria ter podido encontrar a maior fé nele, descobriu a mais persistente <b class="calibre1">incredulidade</b>. E mesmo sendo o Filho de Deus onisciente, <b class="calibre1">admirou-se</b> diante dos seus conhecidos incrédulos. <b class="calibre1">Percorria</b>. O imperfeito grego descreve uma ação que se processa. Ele ia de vila em vila, <b class="calibre1">a ensinar</b> em todas as localidades. Este ministério em Nazaré e aldeias vizinhas foi o primeiro estágio da terceira viagem missionária pela Galiléia. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">7. </b> O segundo estágio da viagem foi apresentado quando Jesus chamou os Doze e <b class="calibre1">passou a enviá-los. </b> Parece que era a primeira vez que iam sem a companhia de Cristo, e portanto constituía um passo mais avançado do seu treinamento. <b class="calibre1">Poder</b>. <i class="calibre3">Autoridade</i>. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">8. </b> Eles não deviam levar <b class="calibre1">nada... para o caminho. </b> Era para treiná-los na prática da fé em preparação para o tempo quando ficassem sozinhos. <b class="calibre1">Nem alforje. </b> Um saco de viagem para levar provisões. <b class="calibre1">Nem </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">dinheiro. </b> Esse termo se refere a pequenas moedas de cobre. Não deviam levar com eles nem mesmo dinheiro trocado. <b class="calibre1">Cinto</b>. Um cinto que os orientais usavam para manter no lugar suas roupas folgadas; servia também para carregar dinheiro. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9. </b> A intenção era que não levassem com eles vestuário extra. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Túnicas</b>. A roupa mencionada aqui é roupa de baixo, que se usa junto à pele, e não um casaco. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">11. </b> Deviam sacudir o <b class="calibre1">pó</b> não em animosidade pessoal mas como um <b class="calibre1">testemunho</b> demonstrando a seriedade da rejeição da mensagem do Filho de Deus. A declaração referente à <b class="calibre1">Sodoma e Gomorra</b> não consta dos manuscritos gregos mais antigos. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13. Ungindo-os com óleo</b> era prática médica usual (cons. Lc. 10:34; Tg. 5:14). W. K. Hobart ( <i class="calibre3">The Medical Language of St. Luke</i>, págs. 28, 29) registra numerosas citações de escritores antigos nesse sentido. Swete ( <i class="calibre3">Mark</i>, pág. 119) diz que a unção ritualística dos doentes não existia até o segundo século. Assim, essas curas eram uma combinação de milagre e medicina. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">14. </b> O incidente registrado em 6:14-29 aconteceu durante a terceira viagem pela Galiléia (cons. vs. 12, 13, 30). Este <b class="calibre1">rei Herodes</b> era Herodes Antipas, filho de Herodes, o Grande, e tetrarca da Galiléia e Peréia. O ministério contínuo de Cristo e seus discípulos na Galiléia espalhara sua fama por toda aquela região. Aqui, pela primeira vez, temos indicação de que a reputação de Cristo chamara a atenção das autoridades governamentais. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">15. </b> Havia um rumor corrente entre o povo que ele era <b class="calibre1">Elias</b> retornando para cumprimento de Ml. 4:5 (cons. Mt. 16:14; Jo 1:21), ou que ele era um dos profetas segundo os padrões do V.T. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">17. O cárcere</b> onde João se encontrava estava localizado em Maquerus, na praia ocidental do Mar Morto (Joseph. <i class="calibre3">Antiguidades</i> xviii. </p>
<p class="calibre2">5.2). O relacionamento marital de Herodes era escandaloso. Herodias era a esposa de seu próprio meio-tio, Herodes Filipe I, mas ela o abandonara para se casar com outro meio-tio, Herodes Antipas, irmão do primeiro. </p>
<p class="calibre2">Herodes Antipas já era casado com a filha de Aretas, rei da Arábia, mas havia despedido a sua esposa. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">18. João lhe dizia. </b> Ele o dizia repetidas vezes (gr. imp.). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">19. Herodias o odiava. </b> Literalmente, Marcos diz que ela lhe dedicava um rancor contínuo. Ao contrário de Herodes, ela não sentia nenhuma atração por João e sua pregação; ela queria matá-lo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">20. </b> Com Herodes a coisa era outra. Apesar de sua vida desregrada, ele sentiu-se tocado pela vida e mensagem de João. <b class="calibre1">Tinha em </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">segurança. </b> Antes, <i class="calibre3">protegia-o</i>, não permitindo que Herodias o matasse. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Ficava perplexo. </b> A mais autêntica variante diz, <i class="calibre3">Ele estava perplexo</i>. O conflito entre sua admiração por João e a atração de suas amizades pecadoras mantinha-o em estado de íntima confusão. Apesar disso, ele <b class="calibre1">o </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">ouvia</b> (gr. <i class="calibre3">continuava ouvindo</i>) <b class="calibre1">de boa mente. </b> <b class="calibre1">21. </b> Herodias aguardava com astúcia <b class="calibre1">um dia favorável</b> para transpor a proteção com a qual Herodes cercara João. A elite dos círculos governamental, militar e social foi convidada ( <i class="calibre3">grandes, tribunos e príncipes</i>, respectivamente). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">22. A filha</b> mencionada era Salomé, fruto do primeiro casamento de Herodias. Calcula-se que a jovem não tinha mais de vinte anos de idade naquela ocasião (Vincent Taylor, <i class="calibre3">Mark</i>, pág. 314). Era coisa inusitada que a filha de um governador divertisse a nobreza nesse estilo. Era tarefa de uma escrava, não de uma princesa. Este era, entretanto, o momento oportuno esperado por Herodias (v. 21), e Herodes sob o efeito da bebida e da sensualidade, caiu na sua armadilha. <b class="calibre1">Aos seus convivas. </b> Antes, <i class="calibre3">reclinavam-se com ele</i> (veja 2:15). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">25. </b> O pedido de Herodias tinha a marca da urgência. Ela queria que a atitude fosse tomada antes que Herodes descobrisse um meio de escapar. Salomé voltou <b class="calibre1">apressadamente</b> e pediu que o seu pedido fosse atendido, não <i class="calibre3">dentro em pouco</i>, mas <b class="calibre1">no mesmo instante</b> (gr.). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">26. </b> Embora o pedido entristecesse Herodes profundamente, viu que era impossível retroceder em seu juramento diante de um grupo tão augusto. Era mais importante manter o seu prestígio do que preservar a vida do profeta de Deus. Não causa admiração que a sua consciência o perturbasse depois (vs. 14, 16). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">27. </b> O palácio de Herodes em Maquerus era também uma fortaleza e como tal devia conter um <b class="calibre1">cárcere</b>. Assim, a cena da execução não aconteceu muito longe da sala do banquete. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">28. </b> Parece que Salomé permaneceu no salão do banquete até a execução de João e lhe trouxeram <b class="calibre1">a cabeça num prato. </b> A aparente calma com a qual fez o pedido e depois levou o sangrento prato <b class="calibre1">à sua </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">mãe</b> indicam a natureza insensível da moça. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">30. </b> Tendo acabado de apresentar a parentética explicação relativa ao destino de João, Marcos retoma aos discípulos e à viagem missionária. Nada registra relacionado com o tempo que durou ou os acontecimentos sucedidos. Simplesmente conta que os apóstolos voltaram juntos novamente. A designação, "apóstolo", é muitíssimo apropriada à ocasião. A palavra fala de alguém que foi enviado em uma missão, e os discípulos estavam voltando de tal tarefa. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">IV. As Retiradas de Cristo da Galiléia. 6:31 - 9:50. </b></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">O Senhor cobriu a Galiléia tão completamente com a sua mensagem que os galileus, em cada setor da vida, estavam cônscios do seu ministério. Entre pessoas simples a sua popularidade estava num ponto tão alto que queriam coroá-lo seu rei pela força. A antipatia dos líderes religiosos dos judeus estava perigosamente atingindo o ponto de saturação. E o próprio Herodes estava agora ficando preocupado com a popularidade de Cristo. A situação estava se desenvolvendo na direção de uma crise prematura, enquanto o ministério de Cristo ainda não estava completo. O resultado foi que Jesus fez quatro retiradas sistemáticas da Galiléia, uma para o litoral ocidental do mar (6:31-56), uma para a região de Tiro e Sidom (7:24-30), uma para Decápolis (7:31 - 8:9), e a quarta para Cesaréia de Filipe (8:10 - 9:50). Durante esse tempo Cristo estava ocupado com o treinamento dos doze discípulos em preparação para o momento de sua morte. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">A. Retirada para o Litoral Ocidental do Lago. 6:31-56. </b></p>
<p class="calibre2">Esta seção do Evangelho registra a narrativa dos cinco mil que foram alimentados (6:31-44), o milagre de Jesus andando sobre as águas (6:45-52), e as curas na planície de Genesaré (6:53-56). Em vez de ser um período de descanso e recolhimento longe das multidões, foi um período de contínua atividade. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">31. </b> O <b class="calibre1">lugar deserto</b> era provavelmente no litoral nordeste do Mar da Galiléia. Não era deserto; a expressão significa "um lugar abandonado, sertão". Depois do esforço da viagem missionária eles precisavam repousar um pouco. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">33. Muitos... reconhecendo-os. </b> Quando as pessoas viram que estavam se afastando, foram reconhecidos (texto gr.) O fato da multidão ser capaz de se antecipar a Cristo chegando ao lugar antes dele parece confirmar o ponto de vista que o lugar deserto (v. 31) era o nordeste do litoral do lago. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">34. </b> Quando Jesus desembarcou, tornou-se aparente que ele e seus homens não poderiam desfrutar do planejado período de descanso. Sua reação, contudo, não foi de aborrecimento; pelo contrário, ele <b class="calibre1">compadeceu-se deles. </b> Viu as necessidades do povo como se fosse um rebanho de ovelhas sem pastor, sem liderança espiritual (cons. Nm. 27:17; I Reis 22:17). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">36. Campos ao redor e pelas aldeias. </b> A palavra empregada por Marcos significa literalmente <b class="calibre1">campos</b>, que provavelmente se refere às fazendas dos campos. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">37. Dai-lhes vós. </b> A ênfase foi colocada sobre o sujeito <b class="calibre1">vós</b>. O termo monetário que foi usado aqui, <b class="calibre1">duzentos denários, </b> é a palavra <i class="calibre3">denariôn</i>, o denário romano que valia cerca de dezoito centavos americanos naquele tempo (Arndt, pág. 178). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">39. Em grupos. </b> A palavra grega significa <i class="calibre3">canteiros</i> (Arndt, pág. </p>
<p class="calibre2">705). A cena que Marcos descreve é a de grupos de pessoas espalhadas como canteiros de flores sobre a relva (v. 39). Sem dúvida a variedade de cores das roupas servia para criar essa impressão quando vista de longe. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">41. </b> Os verbos <b class="calibre1">tomando, erguendo, abençoou e partindo</b> estão todos no aoristo grego, significando ação imediata. Mas o verbo <b class="calibre1">deu</b> está no tempo imperfeito, mostrando, como um contraste, que ele continuou dando aos discípulos. Foi nesse ponto que o milagre da multiplicação aconteceu. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">43. </b> O fato surpreendente não foi que o povo simplesmente se satisfez, mas que houve um suprimento superabundante. Os cestos eram grandes cestos de se carregar pão. De um modo geral, entretanto, eles eram menores do que aqueles que foram usados para alimentar os quatro mil (veja comentários sobre 8:8). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">44. </b> A contagem dos cinco mil não incluiu mulheres e crianças (cons. Mt. 14:21). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">45. </b> Cristo <b class="calibre1">compeliu os seus discípulos</b> a entrarem no barco e dirigiu-se para <b class="calibre1">Betsaida</b>. Evidentemente o lugar do milagre foi ao sul de Betsaida Julias (Lc. 9:10), e Cristo orientou os discípulos a navegarem para a cidade a fim de se encontrarem com ele. O motivo dessa abrupta dispersão da <b class="calibre1">multidão</b>, conforme apresentada por João (6:14, 15), foi o perigo de uma tentativa revolucionária de coroá-lo rei. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">47. Ao cair da tarde. </b> Isto é, às seis horas da tarde, a hora do pôr-do-sol. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">48. </b> Uma vez que ainda não estava escuro, pôde vê-los ainda da terra <b class="calibre1">em dificuldade a remar. </b> <b class="calibre1">Dificuldade</b>, de um verbo com o significado de <i class="calibre3">atormentaram-se</i> ou <i class="calibre3">desesperaram-se</i>, descreve a dificuldade dos discípulos na sua tentativa de remar contra o vento. <b class="calibre1">Quarta vigília da </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">noite</b> ia das três às seis da manhã. Jesus retardou sua ajuda desde o pôr-do-sol até cerca das 3 horas da madrugada. A declaração de que <b class="calibre1">queria </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">tomar-lhes a dianteira</b> não deveria apresentar nenhum problema referente à sinceridade de Jesus. Ele não caminhava diretamente em direção do barco, de modo que para os discípulos pareceu que ele ia ultrapassá-los senão o tivessem chamado (v. 49). Em vez de subitamente entrar no barco, Jesus estava, sem dúvida, dando-lhes tempo para o reconhecerem. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">49. Um fantasma. </b> Esta não é a palavra grega para "espírito", mas um termo que significa <i class="calibre3">aparição</i>. Pensaram que estivessem vendo um fantasma. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">50. Tende bom ânimo. </b> Este verbo leva com ele a idéia de coragem, que era provavelmente o pensamento principal de Cristo. A proibição no tempo presente, <b class="calibre1">não temais, </b> significa <i class="calibre3">parem de temer</i>. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">51. </b> Sem uma palavra da parte de Cristo, <b class="calibre1">o vento cessou</b> (gr., <i class="calibre3">tornou-se cansado</i>). A perplexidade que tomou conta dos discípulos foi o resultado do duplo milagre. O texto grego omite as palavras <b class="calibre1">e </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">maravilhados</b>. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">52. </b> Além de se esquecerem que anteriormente Cristo já tinha acalmado as ondas (4: 39), não entenderam (texto gr.) o milagre <b class="calibre1">dos </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">pães</b>. Porque <b class="calibre1">o seu coração estava endurecido, </b> não captaram a verdade relativa à divindade de Cristo, o que os milagres estavam continuamente demonstrando. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">53. </b> Provavelmente Jesus entrou no barco em algum lugar afastado da praia de Betsaida Julias, pela qual passaram atingindo a praia oriental do lago novamente. <b class="calibre1">Genesaré</b> era o nome de uma planície ao longo da praia do lago ao sul de Cafarnaum. Uma cidadezinha do mesmo nome também se localizava nas vizinhanças. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">55. </b> Marcos fornece um vislumbre do tipo de cenário que deve ter aparecido muitas vezes quando Jesus entrava numa localidade. As pessoas correndo em busca dos seus parentes doentes antes que Cristo saísse da vizinhança. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">56. Rogando-lhe. </b> Os repetidos pedidos de pessoa após pessoa foram descritos por esse verbo. É a segunda referência em Marcos de curas efetuadas pelo tocar nas roupas de Cristo (cons. 5:27-29). </p>
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<p class="calibre2"><b class="calibre1">Marcos 7 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">B. Discussão da Injustificada Exaltação da Tradição. 7:1-23. </b></p>
<p class="calibre2">Estes versículos registram o conflito entre Cristo e os fariseus sobre a questão básica da fonte da autoridade. A tradição possui autoridade divina? Ela é igual, ou superior, à Palavra de Deus escrita? Também está envolvida aqui a discussão da verdadeira natureza da imundície e purificação. O cenário desta parte parece que foi os arredores de Cafarnaum. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2. </b> A explicação que Marcos faz dos costumes judeus é digna de nota, indicando como faz, de que o Evangelho foi escrito para uso dos gentios. <b class="calibre1">Mãos impuras. </b> Mãos cerimonialmente imundas. <b class="calibre1">Repreendiam</b> não se encontra nos melhores manuscritos. A sentença foi deixada incompleta e Marcos a interrompe para introduzir a explicação dos versículos 3, 4. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">3. Os fariseus</b> tinham tão grande influência que o lavar das mãos tornara-se, de um modo geral, prática de todos os judeus. O texto grego não apóia o uso da expressão <b class="calibre1">muitas vezes</b>. Em vez disso, ele diz <i class="calibre3">com o punho</i>, provavelmente se referindo ao ato de esfregar o punho de uma mão na palma da outra ao lavá-las. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">A tradição dos anciãos</b> era o corpo não-escrito de ordens e ensinamentos dos venerados rabis do passado, um conjunto de 613 regras com o fim de regular cada aspecto da vida. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6. </b> Jesus não quis dizer que Isaías predisse especificamente as práticas dos judeus do primeiro século, mas que as palavras de Isaías relativas às pessoas do seu próprio tempo também se aplicavam aos judeus do tempo de Cristo. A citação é de Is. 29:13, seguindo a Septuaginta, com pequena alteração. O termo <b class="calibre1">hipócritas</b> é um epíteto bem escolhido, pois se referia originalmente a um ator que usava máscara e parecia ser o que realmente não era. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">8. </b> O ponto principal da citação de Isaías refere-se à substituição do <b class="calibre1">mandamento de Deus pela tradição dos homens. </b> Não foi uma declaração exagerada, pois os fariseus consideravam a tradição oral como superior em autoridade relativamente à lei escrita do V.T. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">10. </b> Em 7:9-13 esta exaltação da tradição recebe uma ilustração específica. A lei de <b class="calibre1">Moisés</b> foi citada no que se refere à honra devida aos pais. A primeira citação é de Dt. 5:16 e identifica-se com a Hebraica e a Septuaginta. A segunda, que é de Êx. 21:17, segue de perto o texto hebraico. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">11. </b> Como um contraste, Cristo cita a tradição rabínica que põe de lado o mandamento mosaico dado por Deus. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Corbã</b> é a transliteração da palavra hebraica que significa <b class="calibre1">oferta</b>, conforme Marcos explica em benefício dos seus leitores gentios. A palavra foi usada referindo-se a algo dedicado a Deus por meio de um voto inviolável. Se um filho declarasse que a quantia necessária para o sustento de seus pais era <b class="calibre1">Corbã</b>, esse voto era inalterável, mesmo pondo de lado o mandamento mosaico. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13. </b> A <b class="calibre1">palavra de Deus</b> foi colocada em agudo contraste com a tradição dos homens. Observe que Cristo considerava a lei mosaica dada por Deus. Invalidar é tornar inválido ou nulo. O tempo presente, <b class="calibre1">fazeis</b>, fala de uma prática habitual. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">14. </b> Nos versículos 14-16 o Senhor volta ao assunto da imundície e purificação, mas aqui ele fala não somente aos fariseus e escribas mas também à multidão reunida outra vez. Logo a seguir Cristo discute o assunto com os seus discípulos (7:17-23). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">15. Nada há fora do homem</b> – isto é, nada que é físico – pode torná-lo imundo moral ou espiritualmente. No caso em discussão (v. 2), o comer sem lavar as mãos não pode produzir impureza espiritual. Tal impureza é interna na origem. O homem fica impuro pelos pensamentos que se originam no coração e saem na forma de palavras e atos. Aqui Jesus explicou o significado espiritual das leis referentes ao que é puro e imundo (Lev. 11). Um dos motivos porque foram dadas foi ensinar exatamente esta verdade da impureza espiritual, mas esses líderes judeus jamais foram além da mera exterioridade. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">19. </b> O <b class="calibre1">coração</b> quando citado na Bíblia não é simplesmente a sede das emoções mas também um lugar de atividade mental e volitiva. </p>
<p class="calibre2">Refere-se ao homem interior, não-físico. </p>
<p class="calibre2">O <b class="calibre1">ventre</b> refere-se à cavidade do corpo que contém o estômago e os intestinos. Depois que o processo digestivo se completa, o restante <b class="calibre1">sai </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">para lugar escuso, </b> isto é, vai para o esgoto. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Puros todos os alimentos. </b> A melhor explicação é que deveria estar ligado à <b class="calibre1">ele disse</b> (v. 18). Jesus, explicando em 7:18,19, declarou que todo o alimento é "puro". Ele pôs de lado a distinção levítica entre o puro e o imundo (cons. Atos 10:14, 15). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">20-22. </b> Estes versículos contêm a explicação de Jesus sobre o que significava <b class="calibre1">o que sai do homem. </b> Os <b class="calibre1">maus desígnios</b> devem ser entendidos como sendo maquinações ou planos malignos, pensamentos deliberados. A palavra usada para <b class="calibre1">lascívia</b> tem significado mais forte de traição. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Dissolução</b> é a imoralidade não controlada e não disfarçada. A palavra <b class="calibre1">inveja</b>, em alguma outra cultura que não a judia, poderia se referir à feitiçaria ( <i class="calibre3">mau olhado</i>, em português). Entre os judeus, entretanto, é uma expressão para a inveja. Neste contexto, a loucura é mais moral do que intelectual. </p>
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<p class="calibre2"><b class="calibre1">C. Retirada para a Região de Tiro e Sidom. 7:24-30. </b></p>
<p class="calibre2">Neste pequeno trecho Marcos conta uma viagem mais ou menos longa de Cristo à região da Fenícia, onde aconteceu o incidente com a mulher siro-fenícia. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">24. As terras de Tiro e de Sidom. </b> Uma expressão idiomática para a região de Tiro e Sidom. Foi a única vez, até onde vai o registro, em que Jesus saiu da Palestina para visitar um território estritamente gentio. Seu propósito nessas viagens fora da Galiléia não foi, em primeiro lugar, ministrar às multidões, mas instruir seus discípulos, razão porque <b class="calibre1">queria </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">que ninguém o soubesse. </b> <b class="calibre1">26. Grega. </b> É o mesmo que identificar a mulher como gentia. De nascimento era síria da região da Fenícia. <b class="calibre1">Rogava-lhe. </b> O uso que Marcos faz do imperfeito grego descreve um pedido contínuo da mulher. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">27. </b> Jesus usou o termo <b class="calibre1">filhos</b> representando os judeus. sua missão era em primeiro lugar junto aos judeus para que eles pudessem, por sua vez, cumprir a sua obrigação de serem uma bênção a todas as nações através da proclamação mundial do Evangelho. <b class="calibre1">Cachorrinhos</b>. Era um termo judeu comum usado para menosprezar os gentios. Entretanto, foi abrandado pelo uso do diminutivo, "cachorrinhos", ou "filhotes". Eram cachorrinhos de estimação, não os cães vadios das ruas. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">28. </b> A resposta destemida da mulher foi a resposta da fé. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Os cachorrinhos debaixo da mesa. </b> Usando o terno diminutivo que Cristo usou em relação aos cães, ela descreve uma cena tocante dos cachorrinhos lambendo as migalhas que caíam das mãos das crianças. </p>
<p class="calibre2">Tudo o que pedia era uma migalha das bênçãos que estava à disposição da parte dos judeus. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">29. </b> Jesus reconheceu nessa <b class="calibre1">palavra</b> da mulher a existência de uma fé genuína (cons. Mt. 15:28). Enquanto Ele falava, o demônio saiu (gr. </p>
<p class="calibre2">perfeito) de sua fúria. O aspecto diferente deste milagre foi que realizou-se à distância, sem qualquer ordem vocal de Cristo. </p>
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<p class="calibre2"><b class="calibre1">D. Retirada para Decápolis. 7:31 – 8:9. </b></p>
<p class="calibre2">A volta da região de Tiro e Sidom não levou Cristo de volta à Galiléia; em vez disso, o caminho que tomou contornava a praia ocidental do lago, levando-o à Decápolis. Ali Jesus curou o surdo que tinha um impedimento da fala (7:31-37), e alimentou a multidão de 4.000. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">31. </b> Neste ponto Marcos é o mais explícito dos escritores do Evangelho. Ele nos conta que Jesus deixou a região de Tiro e passou por Sidom (os melhores manuscritos gregos) aproximadamente vinte e cinco milhas ao norte, penetrando pelo território gentio adentro. Depois, voltando para o sul, ele passou pela praia ocidental do Mar da Galiléia na região de Decápolis (veja comentários sobre 5:20). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">32. </b> A extensão do impedimento de fala é discutível. <i class="calibre3">Mogilalon</i> pode ser usado falando-se de alguém que é completamente mudo, mas seu significado literal é <i class="calibre3">falando com dificuldade</i>. A declaração de 7:35 que ele falou perfeitamente parece indicar que, antes, não era capaz de falar claramente. Entretanto, a exclamação do povo em 7:37 foi que ele faz os mudos (gr.) falarem. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">33. </b> Que o Senhor não tinha necessidade de tocar uma pessoa para curá-la já foi demonstrado anteriormente (cons. 2:3-12; 3:5; 7:29, 30). </p>
<p class="calibre2">Aqui Jesus <b class="calibre1">pôs-lhe os dedos nos ouvidos</b> para mostrar o que Ele ia fazer e assim ajudá-lo a crer. Dois outros fatos simbólicos se seguiram. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Tocou a língua com saliva. </b> O texto não diz que Ele tivesse aplicado a saliva à língua. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">34. Suspirou. </b> A palavra pode se referir a um gemido. Talvez fosse uma expressão de simpatia ou desespero por causa do sofrimento da humanidade. <b class="calibre1">Efatá</b>. Uma palavra aramaica que Marcos traduz para os seus gentios. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">35. O empecilho da língua. </b> O laço (gr.) que prendia a sua língua foi desamarrado. <b class="calibre1">Desembaraçadamente</b>. Começou a falar correta ou perfeitamente. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">36. </b> Cristo ainda precisava evitar excessiva publicidade (cons. 5:43). </p>
<p class="calibre2">Entretanto, o povo não podia ser aquietado. Continuaram proclamando o milagre <i class="calibre3">tanto mais</i>. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">37. Sobremaneira. </b> A admiração do povo excedia todas as medidas. </p>
<p class="calibre2">Marcos usa uma palavra muito vigorosa aqui ( <i class="calibre3">hyper-perissôs</i>). </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Marcos 8 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">8:1. </b> Os quatro mil que foram alimentados não tiveram um cenário específico além da declaração generalizada de que aconteceu em um lugar deserto (v. 4). <b class="calibre1">Naqueles dias. </b> O texto grego acrescenta a palavra "novamente", provavelmente referindo-se aos cinco mil que há pouco foram alimentados. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2. </b> Jesus foi movido de <b class="calibre1">compaixão</b> para com esse povo exatamente como fora na ocasião em que dera de comer aos cinco mil (6:34), mas aqui a sua preocupação foi causada mais pela necessidade física do que pela condição espiritual. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6. </b> Aqui, por ocasião dos cinco mil, as palavras <b class="calibre1">tomando, partiu-os, </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">após ter dado graças</b> estão todas no aoristo grego, mas a palavra <b class="calibre1">deu</b> está no imperfeito, mostrando que Cristo continuou dando pão aos discípulos para a distribuição (cons. 6:41). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">8. </b> A suficiência do milagre vê-se nas declarações de que <b class="calibre1">comeram </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">e se fartaram</b> e que <b class="calibre1">sobejaram</b> pedaços em abundância (gr.). A palavra <b class="calibre1">alimento</b>, refere-se ao alimento em geral. Essas <b class="calibre1">cestas</b> eram diferentes daquelas que foram usadas depois de alimentar os cinco mil. Isto está indicado pela distinção feita entre os dois em 8:19, 20 (texto grego). O tipo de cestos usados desta vez era bem maior. Foi o tipo usado para descer Saulo por cima do muro de Damasco (Atos 9:25). Assim, as <b class="calibre1">sete</b> canastras de 8:8 provavelmente continham mais do que os doze cestos de provisão de 6:43. </p>
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<p class="calibre2"><b class="calibre1">E. Retirada para Cesaréia de Filipe. 8:10 – 9:50. </b></p>
<p class="calibre2">A quarta e última retirada da Galiléia foi para o norte na região de Cesaréia de Filipe. Vindo de Decápolis, Jesus atravessou o Mar da Galiléia na direção da costa oriental, onde os fariseus o encontraram pedindo-lhe um sinal (8:10-12). Depois ele viajou de barco dirigindo-se para o nordeste na direção de Betsaida Julias (8:13-21), onde curou um cego (8:22-26). Dali sua viagem o levou por terra até às vizinhanças de Cesaréia de Filipe. Aqui novamente, a principal atividade de Cristo foi instruir os discípulos com referência a temas tais como a sua pessoa, sua morte e ressurreição, o discipulado deles e a sua vinda em glória prefigurada na Transfiguração (8:27 – 9:13). Aqui também ele curou outro endemoninhado (9:14-29). Depois disso, Cristo retornou à Galiléia, prosseguindo com a instrução dos Doze (9:30-50). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">10. </b> Até o presente os mestres não conseguem determinar a localização da cidade de <b class="calibre1">Dalmanuta</b> com certeza. O contexto parece supor uma localidade, do outro lado do mar partindo de Betsaida, provavelmente na praia oriental (cons. vs. 13, 22). Mateus a chama de <b class="calibre1">Magadã</b> (Mt. 15: 39; texto grego), um lugar também desconhecido para nós hoje em dia. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">11. Os fariseus</b> estavam pedindo um sinal sensacional da parte de Deus para provar que Jesus era o Messias. <b class="calibre1">Tentando-o. </b> A palavra grega <i class="calibre3">peirazô</i> quer dizer "experimentar". Em vez de tentarem Jesus a pecar, eles estavam experimentando-o por causa de suas mentes incrédulas. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12. </b> Tão persistente recusa em crer levou Cristo a suspirar <b class="calibre1">do íntimo </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">do seu espírito um gemido. </b> A palavra, empregada aqui em sua forma intensificada, significa provavelmente que ele realmente gemeu quando o cansaço e a tristeza penetraram nas profundezas do seu coração. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Por que esta geração pede um sinal? </b> (cons. Jo. 2:18; Mt. 12:38). </p>
<p class="calibre2">Mateus acrescenta uma exceção à declaração de Cristo, dizendo que nenhum sinal lhes seria dado (Mt. 16: 4). O sinal de Jonas foi explicado em Mt. 12:39, 40 como se referindo à ressurreição de Cristo, o milagre mais significativo de todos. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">15. Preveniu-os Jesus</b> repetidas vezes (gr. imp.), mostrando a urgência da necessidade de estarem continuamente em guarda (gr. pres. </p>
<p class="calibre2"> <i class="calibre3">prestem atenção, estejam atentos</i>). O fermento foi usado aqui simbolizando alguma coisa com influência perigosamente penetrante. </p>
<p class="calibre2">Lucas 12:1 explica que <b class="calibre1">fermento dos fariseus</b> é a hipocrisia. O <b class="calibre1">fermento de Herodes</b> pode ser a influência dos herodianos, que possuíam um espírito mundano, um secularismo infeccionante. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">19, 20. </b> Os discípulos tão depressa esqueceram-se das lições básicas da ocasião em que os cinco e os <b class="calibre1">quatro mil</b> foram alimentados. O Filho de Deus não precisa se preocupar com a alimentação de treze homens numa curta viagem através do lago. Há pouco demonstrara o seu poder fornecendo alimento a mais do que nove mil pessoas. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">22. </b> A cura do cego aconteceu quando Jesus passou por <b class="calibre1">Betsaida</b> Julias no seu caminho a Cesaréia de Filipe. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">23. </b> Jesus <b class="calibre1">levou-o para fora da aldeia, </b> provavelmente para evitar publicidade excessiva (cons. v. 26). Aqui, como no caso do surdo (7:33), ele usou a saliva, não como um medicamento, mas como auxílio à fé do homem que não podia ver. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">24. </b> Esta cura foi diferente das outras em que consistia de duas etapas. Depois dos primeiros atos de cura, o homem viu as pessoas indistintamente, como objetos que se movessem, <b class="calibre1">como árvores as vejo </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">andando. </b> <b class="calibre1">25. </b> O segundo estágio da cura foi preCedido pelo toque nos olhos. </p>
<p class="calibre2">O texto grego não diz que Jesus <b class="calibre1">mandou que olhasse para cima, </b> mas que o homem <b class="calibre1">olhou firmemente. </b> E quando o fez, começou a ver todas as coisas <b class="calibre1">de modo perfeito</b>. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">26. </b> Novamente a fim de evitar os resultados de indesejada publicidade, Cristo mandou o homem <b class="calibre1">para casa</b>. Dizendo-lhe que não entrasse <b class="calibre1">na aldeia</b> indica que ele morava em outro lugar, talvez nas redondezas. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">27. </b> Indo para o norte de Betsaida, Cristo chegou às <b class="calibre1">aldeias de </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Cesaréia de Filipe. </b> Mateus (16:13) explica que ele chegou às partes (gr.) ou à região de Cesaréia. Marcos fez referência às aldeias localizadas nos campos à volta da cidade maior. Esta Cesaréia, situada ao noroeste da tetrarquia de Filipe, era chamada de Filipe para distingui-la da outra Cesaréia que ficava na costa mediterrânea. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">29. Mas vós, quem dizeis. </b> Este era o ponto ao qual Cristo queria chegar. A ênfase foi colocada sobre a palavra "vós". "Mas <b class="calibre1">vós</b> (em contraste com os outros), quem dizeis que eu sou?" <b class="calibre1">Pedro</b> foi o porta-voz dos discípulos. Sua admissão de que Jesus é <b class="calibre1">o Cristo</b> foi apresentada da maneira mais completa em Mt. 16:16, que acrescenta as palavras "o Filho do Deus vivo". Jesus é o Messias prometido e também o único Filho de Deus. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">30. </b> Aqui novamente Cristo ordenou silêncio, provavelmente por causa das idéias revolucionárias ligadas ao conceito messiânico. Cristo não estava pronto nessa ocasião para estabelecer um reino messiânico terreno. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">31. </b> Em vez disso, na sua primeira vinda, Cristo veio para <b class="calibre1">sofrer, </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">ser morto e ressuscitar. </b> Atenção especial deve-se dar ao forte contraste entre a confissão apaixonada de Pedro e a imediata declaração de Cristo sobre a sua morte e sofrimento. Observe que Aquele que tinha de morrer foi designado pelo título messiânico, <b class="calibre1">Filho do homem. </b> A cruz era um aspecto necessário da obra do Messias. <b class="calibre1">Era necessário que sofresse </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">muitas coisas. </b> <b class="calibre1">32. Expunha claramente. </b> O imperfeito grego foi usado para mostrar que Jesus começou e continuou a falar sobre a sua morte. Já não se referia a ela da maneira velada (cons. Jo. 2:19), mas desse momento em diante ele instruía seus discípulos <b class="calibre1">claramente</b> e explicitamente sobre o fato. Foi o segundo estágio do seu treinamento. <b class="calibre1">Pedro chamando-o à </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">parte</b> repreendeu-o por falar desse modo. Na mentalidade de Pedro a morte violenta não se harmonizava com a dignidade messiânica. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">33. </b> A tentativa de Pedro de dissuadir o Senhor de ir para a cruz foi parecida com a tentação no deserto. Nesta ocasião, <b class="calibre1">Satanás</b>, com grande sutileza, usou um dos discípulos mais achegados a Cristo (cons. Lc. 4:13). Observe repreensão semelhante em Mt. 4:10. <b class="calibre1">Cogitas</b>. O verbo grego refere-se à disposição da mente, a direção do pensamento. A mente de Pedro corria em direção contrária dos propósitos de Deus. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">34. </b> O ensinamento registrado em 8:34-38 é o resultado natural do fato do sofrimento de Cristo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Se alguém quer vir após</b> Cristo deve andar pelo caminho que ele andou, o caminho da abnegação e da cruz. A <b class="calibre1">cruz</b> é o símbolo do sofrimento, e a abnegação fala da prontidão em sofrer por alguém. Cristo é o padrão; o discípulo deve segui-lo continuamente (gr. pres. </p>
<p class="calibre2">imperativo). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">35. </b> O paradoxo desses versículos foi resolvido entendendo-se que o Senhor usou o termo <b class="calibre1">vida</b> em dois sentidos diferentes. A primeira expressão, <b class="calibre1">salvar a sua vida, </b> refere-se à preservação da vida física salvando-o da morte. A pessoa que se devota completamente à proteção desta vida perderá aquela que é eterna. Pelo contrário, a pessoa que é tão devotada a Cristo que está pronta a <b class="calibre1">perder a sua vida, </b> é a pessoa que ganha a verdadeira vida. Descobre que o morrer é ganho (Fl. 1:21). Esta não é uma descrição do caminho da salvação para os perdidos, mas antes a filosofia da vida do discípulo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">36. </b> Aqui o contraste está entre o <b class="calibre1">mundo</b> e a <b class="calibre1">alma</b>. O último termo é o mesmo que vida no versículo 35. Ambos são traduções de <i class="calibre3">psyché</i>. Este princípio se aplica ao nível físico como também ao espiritual. Que valor há em se obter tudo o que o mundo oferece se uma pessoa morre e não pode desfrutá-lo? Ou, qual a virtude de se amontoar um mundo de possessões terrenas durante alguns poucos anos se isso significa perder a vida eterna. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">38. </b> Quando Cristo usou a expressão, <b class="calibre1">se envergonhar de mim e das </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">minhas palavras, </b> estava estabelecendo um contraste com a atitude de disposição de perder-se a vida por causa dele e do Evangelho (v. 35). <b class="calibre1">Se </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">envergonhar</b> é negar Cristo na hora da provação em lugar de ficar com ele, mesmo sob o risco da morte. É ficar do lado desta <b class="calibre1">geração pecadora</b> e não com Cristo. <b class="calibre1">Adúltera</b>. Usado espiritualmente para descrever a infidelidade para com Deus. Da mesma maneira, quando o Senhor vier como Juiz, ele <b class="calibre1">se envergonhará</b> e repudiará aqueles que o repudiaram. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Marcos 9 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9:1. </b> A divisão do capítulo aqui não foi feliz, uma vez que este versículo é visivelmente a conclusão do discurso registrado na última parte de Marcos 8. <b class="calibre1">Em verdade</b> é uma expressão de solene certeza. É a palavra grega <i class="calibre3">amên</i>, da qual se origina o nosso "amém". </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Não passarão pela morte. </b> O original é mais vigoroso <i class="calibre3">de modo nenhum passarão pela morte</i>. A vinda do <b class="calibre1">reino de Deus</b> nesta declaração tem sido interpretada de diversos modos. Entretanto, no versículo anterior Cristo fala do seu advento em glória, e nos versículos seguintes Marcos registra a Transfiguração. A vinda do Reino pode muito bem se identificar com a gloriosa vinda do Rei (8:38), da qual a transfiguração de Cristo foi uma antecipação. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2. </b> O <b class="calibre1">alto monte</b> tem sido tradicionalmente identificado como o Monte Tabor na Galiléia, mas ele fica longe demais de Cesaréia de Filipe. O monte Hermom parece encaixar-se na descrição mais satisfatoriamente. <b class="calibre1">Transfigurado</b>. Do grego <i class="calibre3">metamorphoô</i> (origem da nossa "metamorfose"), que se refere a uma mudança da forma essencial, não uma mudança superficial de aparência exterior. O corpo humano de nosso Senhor foi glorificado e foi nesse corpo glorificado que um dia ela virá para estabelecer o seu reino. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">3. Como a neve. </b> Não se acha nos melhores manuscritos gregos. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Lavadeiro</b> é aquele que trata o pano novo, encolhendo-o e lavando-o. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">4. Elias</b> é uma transliteração da palavra grega usada para <b class="calibre1">Elias</b>. Por que Moisés e Elias foram os dois escolhidos para aparecerem não foi declarado. É digno de nota o fato de que os dois deixaram esta vida sob circunstâncias fora do comum. Mais ainda, Moisés representava a Lei, enquanto que Elias foi um dos profetas. O Evangelho de Lucas (9:31) declara que o assunto de sua conversação foi a iminente morte de Cristo, um tema que percorre todo o V.T. tanto na Lei como nos Profetas. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6. Aterrados. </b> Ficaram aterrorizados. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9. </b> A ordem para que <b class="calibre1">não divulgassem as coisas que tinham visto</b> estava de acordo com a política de Jesus de reserva para que as errôneas idéias messiânicas correntes não se inflamassem. Depois da Ressurreição o perigo de precipitar uma insurreição popular não existiria mais. Então a experiência do monte teria valor espiritual para os discípulos como confirmação de sua fé (cons. lI Pe. 1:16-18). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">11. </b> A questão referente a Elias surgiu por causa da presença do profeta na Transfiguração. <b class="calibre1">Os escribas, </b> neste exemplo, extraíam seu ensino de Ml. 4:5, 6. Talvez os discípulos estivessem pensando que o seu aparecimento no monte era o cumprimento da predição. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12. </b> Esta profecia foi confirmada pelo Senhor, e o tempo usado (presente futuro) indica que será cumprida no futuro. Elias virá e restaurará todas as coisas (cons. Ml. 4:6), antes da vinda do Messias. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Como, pois está escrito. </b> Muitos estudantes encaram o restante do versículo como se fosse uma pergunta, "Como está escrito?" A vinda de Elias foi profetizada nas Escrituras. E o que dizer das profecias sobre o sofrimento e rejeição do Messias? Cristo estava tentando despertar o raciocínio dos seus seguidores para que entendessem que o Filho do homem devia sofrer antes da vinda de Elias e do glorioso advento do Messias. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13. </b> Mas havia um sentido no qual Elias já viera. Mateus 17:13 explica que Ele estava falando de João Batista. Isto não quer dizer que João fosse o Elias em pessoa, mas que ele veio na semelhança de Elias (cons. Lc. 1:17; Jo. 1:21). <b class="calibre1">Fizeram com ele o que quiseram. </b> Isto é, fizeram-lhe o que quiseram quando o mataram a pedido de Herodias. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">15. Tomada de surpresa. </b> As explicações referentes a esse espanto podem se reduzir a duas possibilidades. Uma, ficaram espantados por causa do resplendor que ainda havia no rosto de Jesus em virtude da Transfiguração. Outra, o espanto foi causado por causa da aparição oportuna mas inesperada de Jesus, no momento embaraçoso da derrota de seus nove discípulos. A primeira opinião não é justificável por causa da ausência de qualquer declaração referente à permanência do resplendor no rosto de Jesus. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">17. </b> O <b class="calibre1">espírito mudo</b> era um demônio que afligia o rapaz com mudez e surdez (V. 25). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">18. Onde quer que o apanha. </b> O pai descrevia a ação do demônio de tomar posse do rapaz. Sua reação parece que era parecida a uma crise de epilepsia. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">19. </b> Está claro que os discípulos foram fracos por causa da incredulidade. O desapontamento de nosso Senhor parece chegar às raias da impaciência. <b class="calibre1">Até quando vos sofrerei? </b> Literalmente, <i class="calibre3">até quando terei que agüentá-los? </i> <b class="calibre1">20. Agitou. </b> Uma palavra forte que significa que o espírito convulsionou o rapaz tão violentamente que parecia querer rasgá-lo em pedaços. <b class="calibre1">Revolvia-se. </b> A palavra grega significa <i class="calibre3">rolar</i>. O tempo imperfeito pode ser traduzido para <i class="calibre3">ficou rolando</i>. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">23. Se podes. </b> No texto grego toda a cláusula vem precedida de um artigo com o propósito de chamar a atenção. Como se Jesus dissesse: "Prestem atenção a esta cláusula – <b class="calibre1">se podes</b>". A palavra <b class="calibre1">crer</b> não aparece nos melhores manuscritos. Tendo chamado especial atenção para o <b class="calibre1">se</b> do homem, Jesus continua mostrando que tem necessidade de fé. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">24. </b> A angústia que encheu o coração do pai foi descrita por sua resposta imediata quando disse, <b class="calibre1">exclamou</b>, com exclamações quase contraditórias. Ele cria, mas estava profundamente cônscio de sua <b class="calibre1">falta </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">de fé</b> que lutava contra o seu desejo de confiar irrestritamente. Sua incredulidade não era uma recusa obstinada em crer; era uma fraqueza que o próprio indivíduo não podia resolver. Por isso clamou a Cristo pedindo ajuda. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">29. Esta casta. </b> Uma indicação de que existem diferentes tipos de demônios. Parece que o tipo que habitava neste rapaz era incomumente manhoso e poderoso. Parece que, devido às observações precedentes que Jesus fez sobre a incredulidade (v. 19) e à declaração deste versículo referente à necessidade da <b class="calibre1">oração</b>, os nove discípulos tinham tentado expulsar o demônio sem se apoiar no poder de Deus (cons. Mt. 17:20). A incredulidade e a falta de oração certamente resultam em impotência espiritual. Muitos dos melhores manuscritos gregos omitem a referência ao <b class="calibre1">jejum</b>, como também a mesma passagem em Mt. 17:21. Deve-se observar que os discípulos não poderiam enfrentar essa situação com jejum, mas certamente poderiam ter confiado e orado. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">31. Ensinava os seus discípulos. </b> Durante as retiradas, essa foi a principal ocupação do Senhor e continuou os ensinando (gr. imp.), pois eram lentos em compreender (v. 32). O centro desse ensino era a Sua morte e ressurreição que se aproximavam. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">33. </b> A volta à <b class="calibre1">Cafarnaum</b> levou-o novamente à <b class="calibre1">casa</b> de Pedro, que foi o quartel-general de sua campanha na Galiléia. O verbo <b class="calibre1">interrogou</b> está no tempo imperfeito, provavelmente para indicar que Jesus continuou insistindo aos discípulos em relação ao assunto que discutiam pelo caminho. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">34. </b> Em lugar de responder à interrogação de Jesus, <b class="calibre1">calaram-se. </b> Novamente o tempo imperfeito mostra que eles persistiram em seu silêncio. Estavam envergonhados em revelar o assunto indigno da discussão. Ele continuou insistindo em explicar que sua morte estava próxima, mas suas mentes estavam ocupadas com pensamentos de grandeza pessoal no reino messiânico (cons. Mt. 18:1). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">36, 37. </b> O humilde ato de receber <b class="calibre1">uma criança</b> em nome de Cristo é um feito verdadeiramente grande. É a prontidão em tomar a humilde posição de servo, mesmo com um criança nos braços, que é o sinal da verdadeira grandeza; pois fazê-lo é prestar serviço a Cristo e, através dele, ao Pai. Isto envolve descer à posição de uma criancinha (veja Mt. 18:4). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">38. </b> Talvez o desejo de mudar de assunto levou <b class="calibre1">João</b> a falar. Parece que a observação de Jesus relativa aos atos praticados em seu nome fê-lo lembrar-se do exorcista que viram usando o nome de Jesus. <b class="calibre1">Mestre</b>. Esta é palavra usada para "professor". <b class="calibre1">Nós lho proibimos. </b> Eles continuaram proibindo este desconhecido operador de milagres (tempo imp.). Sua motivação, <b class="calibre1">não nos segue, </b> revela uma atitude basicamente egoísta, uma falta de vontade em aceitar qualquer pessoa exceto aqueles que eram do seu próprio círculo. Scofield diz que é sectarismo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">39. Não lho proibais. </b> Literalmente, <i class="calibre3">parem de proibir</i>. Jesus não tergiversou sobre os detalhes. Se o homem estava usando o nome de Cristo com sincero esforço em ajudar os outros, não devia ser impedido. </p>
<p class="calibre2">Um espírito de tolerância que deve caracterizar o povo de Deus. A lógica de nosso Senhor tinha dois aspectos. Primeiro, tal homem não se voltaria contra Cristo depois de operar milagres em Seu nome. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">40. </b> O segundo motivo para a proibição de Cristo era que, se o homem não estava contra Cristo e os discípulos, então até certo ponto estava ao lado deles. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">41. </b> Este versículo enfatiza mais a atitude tolerante demonstrada em 9:39, 40. Ninguém que esteja procurando servir o Senhor, por menos importante que o seu serviço possa parecer, será excluído do círculo de Cristo. A importância desse princípio vê-se no uso da palavra <b class="calibre1">em </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">verdade</b> ( <i class="calibre3">amên</i>) e na dupla negativa forte que pode ser traduzida para <b class="calibre1">de </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">modo algum perderá o seu galardão</b>. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">42. </b> O pensamento deste versículo está ligado ao 9:37 pelo termo <b class="calibre1">pequeninos</b>. Do mesmo modo, os versículos 42-48 estão relacionados, e centralizados na idéia das ofensas. É possível que a atitude dos discípulos em repreender o exorcista anônimo (v. 38) possa tê-lo ofendido. Isto explicaria por que Cristo discutiu as ofensas neste ponto. </p>
<p class="calibre2">A fé sub-desenvolvida do exorcista não devia ser impedida, mas estimulada. Crítica áspera da imaturidade espiritual só pode servir para afastar as pessoas do Senhor. <b class="calibre1">Fizer tropeçar. </b> A palavra grega <i class="calibre3">skandalyzô</i> significa colocar uma armadilha no caminho de uma pessoa, fazendo-a tropeçar. </p>
<p class="calibre2">Os <b class="calibre1">pequeninos</b> deve ser entendido literalmente referindo-se às crianças que crêem, ou podem ser aqueles que são pequenos na fé ou espiritualmente subdesenvolvidos. Provavelmente a intenção de Jesus foi a de se referir a estes últimos. A <b class="calibre1">pedra de moinho</b> era uma pedra grande e chata que o jumento girava a fim de moer os grãos. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">43. </b> Jesus passou da ofensa contra os outros para a ofensa contra si mesmo. Uma pessoa pode colocar uma pedra de tropeço em seu próprio caminho. Sem dúvida a ordem de <b class="calibre1">cortar</b> a <b class="calibre1">mão</b> que escandaliza é figurativa e hiperbólica. O sentido do versículo é que tudo que leve uma pessoa a tropeçar e cair no pecado deve ser removido imediatamente. </p>
<p class="calibre2">Estes versículos não devem ser tomados ao pé da letra como se ordenassem um ascetismo extremo. Deve-se lembrar que a sede do pecado é a alma, não algum órgão do corpo físico. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Entrares na vida. </b> A expressão paralela em 9:47 diz <b class="calibre1">entrares no </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">reino de Deus. </b> Esses termos são o oposto de <b class="calibre1">inferno</b> e devem ser entendidos como referentes à vida do salvo no reino eterno. O inferno é a tradução do <i class="calibre3">geena</i> grego, o qual por seu lado é uma transliteração do <i class="calibre3">ge hinom</i> hebreu, significando "o vale de Hinom". Era um vale ao sudoeste de Jerusalém que foi amaldiçoado por ter sido o cenário da adoração de Moloque. Mais tarde transformou-se no sítio do lixo da cidade, onde havia um fogo contínuo, que reduzia o lixo a cinzas. O lixo depositado ali devia também estar infestado de muitos vermes. No pensamento judeu este vale transformou-se no símbolo do lugar do castigo eterno. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">48. </b> A linguagem deste versículo foi extraída de Is. 66:24 da Septuaginta. O <b class="calibre1">verme que não morre</b> é uma figura de linguagem extraída do vale de Hinom, onde os vermes estavam continuamente ocupados. É uma figura da tortura infinita e da destruição do inferno. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">49. </b> Este versículo e o seguinte estão entre os de mais difícil interpretação nos Evangelhos. Primeiro, deve-se notar que a segunda cláusula de 9:49 foi provavelmente acrescentada posteriormente, uma vez que poucos manuscritos a contêm. Talvez fosse uma anotação marginal na tentativa de explicar esta difícil passagem. A palavra introdutória <b class="calibre1">porque</b> ( <i class="calibre3">gar</i>) normalmente ligaría esta declaração à precedente, caso em que serviria para apoiar ou explicar a afirmação anterior. Poderia então significar que todo aquele que entra no inferno será preservado, como o sal preserva, através de uma eternidade de tormento. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">50. </b> Tomando a palavra <b class="calibre1">sal</b> usada em 9:49 em relação ao inferno, Jesus prossegue dizendo que os seguidores de Cristo devem ser como o sal, deixando que a sua influência seja sentida no mundo (cons. Mt. 5:13). <b class="calibre1">Tende sal em vós mesmos. </b> Ordenou aos discípulos que se permeassem dessa influência purificadora. A fim de serem uma influência sadia, deviam eles mesmos serem possuidores dessa salubridade. <b class="calibre1">Tende paz. </b> Fazendo uma última alusão à disputa sobre a grandeza registrada em 9:34 Cristo conclui a exposição do assunto. As duas ordens estão no tempo presente, exigindo uma prática constante. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Marcos 10 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">V. O Ministério de Cristo na Peréia. 10:1-52. </b></p>
<p class="calibre2">Com uma única declaração Marcos resume cerca de seis meses do ministério de <b class="calibre1">Cristo</b> (v. 1). Sua menção da Judéia cobre o último período, largamente descrito em Jo. 7:10-10: 39 e Lc. 10:1-13:21; a referência feita a <b class="calibre1">além do Jordão</b> relaciona-se com o ministério na Peréia, cuja parte maior foi narrada em Lc. 13:22 - 19:28. Os acontecimentos de Mc. 10:2-52 são realmente os acontecimentos finais deste período na Peréia (cons. Lc. 18:15 - 19:28). </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">A. Comentários sobre o Divórcio, Crianças e riquezas. 10:1-31. </b></p>
<p class="calibre2">Estas conversas provavelmente aconteceram em algum lugar da Peréia. Não foi citado o lugar exato. Em 10:2-12 Cristo respondeu à pergunta dos fariseus em relação à legalidade do divórcio; 10:13-16 indica a atitude de Jesus em relação às crianças; e 10:17-31 registra a vinda do jovem rico e a conseqüente discussão sobre as riquezas. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1. Levantando-se Jesus. </b> Jesus deixou Cafarnaum, onde permaneceu pouco tempo na casa de Pedro (9:33). Aqui há um importante problema textual referente à expressão <b class="calibre1">Judéia, além do </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Jordão. </b> O manuscrito favorece a leitura <b class="calibre1">Judéia e além do Jordão. </b> À primeira vista este texto parece impossível, uma vez que parece inverter a ordem natural, Peréia e Judéia. Vindo da Galiléia, Jesus teria de passar primeiro pela Peréia e depois pela Judéia. Entretanto, esta dificuldade desaparece se encararmos 10:1 como um resumo da última parte dos ministérios de Cristo na Judéia e Peréia. Depois do período das retiradas, Jesus foi primeiro à Judéia por três meses; depois foi à Peréia por aproximadamente o mesmo período de tempo. Assim, a ordem no resumo de Marcos primeiro Judéia e depois Peréia – está correto. O verbo <b class="calibre1">ensinar</b> (gr. imp.) significa um acontecimento contínuo. Para exemplo desse ensino, veja passagens como Lc. 13:22 - 18:14. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2. </b> A questão apresentada pelos fariseus foi sobre um dos assuntos debatidos naquele dia. Os escribas que seguiam Hillel defendiam que um homem podia se divorciar de sua esposa por qualquer motivo. Os seguidores de Shammai, por outro lado, insistiam que o divórcio só era legal em caso de adultério. <b class="calibre1">Experimentarem. </b> A mesma palavra grega pode significar "tentar" e "experimentar". Sua pergunta foi apresentada com motivação dissimulada de experimentar a Cristo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">4. Permitiu. </b> Isto é, Moisés permitiu o divórcio, o regulamento mosaico se encontra em Dt. 24:1. Deve-se notar que os fariseus não citaram a condição sob a qual Moisés permitiu o divórcio. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">5. Por causa da dureza do vosso coração. </b> Moisés estipulou, mas na realidade não ordenou. Ele permitiu por causa da condição espiritual insatisfatória do homem. Foi uma tentativa de regular e controlar o divórcio e não de encorajá-lo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6-8. </b> A declaração que começa <b class="calibre1">Deus os fez</b> (v. 6) e que termina <b class="calibre1">serão os dois uma só carne</b> (v. 8) foi citada textualmente de Gn. 1:27; 2:24 (Septuaginta). A condição existente no <b class="calibre1">princípio</b> é indicativa do ideal de Deus. Ele planejou que o casamento fosse uma união para toda vida em todos os casos. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">11. </b> O homem, neste caso, comete adultério <b class="calibre1">contra aquela, </b> não por causa do divórcio, mas por causa do novo casamento. Embora tenha passado pelo procedimento legal do divórcio, aos olhos de Deus ele continua casado com sua primeira esposa. Mateus acrescenta a exceção da fornicação (Mt. 19:9). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13. </b> Os acontecimentos registrados neste versículo provavelmente aconteceram na casa (cons. v. 10). <b class="calibre1">Trouxeram, </b> continuamente (texto grego), as crianças. A atitude dos discípulos parece que se baseava no conceito de que o tempo do Senhor era valioso demais para ser desperdiçado com crianças. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">14. </b> A tradução, <b class="calibre1">indignou-se, </b> está de acordo com a força do verbo grego. O Evangelho de Marcos é incomparável na sua descrição das emoções de Cristo. <b class="calibre1">Deixai. </b> A proibição de Jesus significa, literalmente, <i class="calibre3">parem de impedi-los</i>. O motivo que ele oferece para sua atitude é que o reino de Deus é constituído dessas pessoas. Está claro que tinha em mente o reino presente, espiritual. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">16. </b> A idade desses meninos foi sugerida pelo fato de Jesus abençoá-los, <b class="calibre1">tomando-os nos braços. </b> Ele <b class="calibre1">as abençoava</b> é um verbo composto, descrevendo o fervor profundamente sentido com o qual Cristo pronunciou as palavras da bênção (cf. Gn. 14:19,20; 27:26-29; 48:15-20). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">17. </b> A conversa com o jovem rico aconteceu quando Jesus estava deixando a casa onde se encontrava hospedado, provavelmente em algum lugar da Peréia (cons. v. 10). Marcos simplesmente declara que <b class="calibre1">correu um homem ao seu encontro, </b> mas não menciona que o homem era um jovem doutor da lei. Esse fato foi fornecido por Mateus e Lucas. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Mestre</b>. É a palavra usada para "professor" ( <i class="calibre3">didaskale</i>). Ele concebia <b class="calibre1">a </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">vida eterna</b> como algo que devia obter fazendo o bem (Mt. 19:16). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">18. </b> A pergunta, <b class="calibre1">Por que me chamas bom? </b>, tinha a intenção de levar o jovem a considerar a verdadeira identidade de Jesus. Foi uma declaração indireta de Sua divindade, uma vez que a bondade ou a ausência de pecado é uma qualidade de Deus somente. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">19. </b> Cristo citou alguns dos mandamentos sem se importar com a sua ordem em Êx. 20. O mandamento, <b class="calibre1">Não defraudarás, </b> talvez representa o décimo mandamento, que se relaciona com a cobiça. O propósito de chamar a atenção para a Lei foi a de mostrar ao jovem a sua incapacidade de ganhar a vida eterna através das boas obras. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">20. Tudo isso tenho observado. </b> O jovem podia verdadeiramente fazer uma tal declaração, mas a sua justiça era uma obediência externa. </p>
<p class="calibre2">Era como a justiça dos escribas e fariseus (Mt. 5:20; cons. Fl. 3:6). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">21. Fitando-o. </b> Jesus olhou para ele intensa e perscrutadoramente, <b class="calibre1">amou-o. </b> Sem dúvida Ele reconheceu a sinceridade da busca do homem por alguma coisa que satisfizesse a sua necessidade espiritual; Ele viu o potencial representado neste jovem honesto. Depois Ele tratou do âmago do problema do homem, sua maior devoção às riquezas do que a Deus. </p>
<p class="calibre2">Ali estava a coisa que lhe faltava. A fim de <b class="calibre1">seguir</b> Jesus, tinha de remover o obstáculo, seu amor ao dinheiro. Não eram as obras de caridade que lhe concederiam a vida eterna; tinha de identificar-se com Cristo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">23. </b> O Senhor não negou a possibilidade de que uma pessoa rica pudesse ser salva; ele disse simplesmente que é difícil. <b class="calibre1">O reino de Deus</b> é o reino atual, espiritual, composto pelo povo de Deus regenerado (Jo. </p>
<p class="calibre2">3:3, 5). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">25. </b> A idéia de que o <b class="calibre1">fundo de uma agulha</b> mencionado aqui fosse um portãozinho através do qual um camelo só pudesse passar de joelhos não tem sanção. A palavra <b class="calibre1">agulha</b> aqui refere-se especificamente à agulha de costura. Além disso, Jesus não estava falando sobre o que homem considera possível, mas sobre o que parece impossível (cons. v. 27). Para o homem é impossível que <b class="calibre1">um camelo</b> (passe) <b class="calibre1">pelo fundo de </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">uma agulha. </b> <b class="calibre1">29, 30. Em verdade</b> introduz uma declaração de solene certeza. A palavra mulher não se encontra nos melhores textos gregos. <b class="calibre1">Cêntuplo</b>. </p>
<p class="calibre2">Os itens aqui enumerados podem ser tomados literalmente, referindo-se a coisas tais como muitas casas que se abrirão para os servos de Deus e os muitos novos amigos que terá na família de Deus. Ou podem ser tomados figurativamente descrevendo as múltiplas bênçãos espirituais que o Senhor amontoa sobre aqueles que o seguem sacrificialmente. O <b class="calibre1">mundo por vir, </b> na língua original, é a <i class="calibre3">próxima dispensação</i>. Refere-se ao estado eterno que será introduzido pelo segundo advento do Messias e aos acontecimentos relacionados com o mesmo, tais como o Dia do Senhor, os juízos cataclísmicos, o Milênio e julgamento final. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">B. Conversa no Caminho para Jerusalém. 10:32-45. </b></p>
<p class="calibre2">A discussão registrada nestes versículos aconteceu em algum lugar da Peréia, quando Jesus se encontrava a caminho de Jerusalém pela última vez. Novamente repetiu as declarações referentes à sua morte e ressurreição (vs. 32-34), tentando, através da repetição, gravar os fatos nas mentes dos seus discípulos. E novamente a tentação de buscar a autopromoção envenenou os discípulos (vs. 35-45). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">32. </b> Esta viagem a <b class="calibre1">Jerusalém</b> foi, conforme Jesus sabia, aquela que o conduziria para a morte. O fato de que <b class="calibre1">Jesus ia adiante dos seus </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">discípulos</b> caminhando sozinho, foi um surpreendente afastamento da sua prática costumeira de desfrutar do companheirismo dos seus discípulos. Sem dúvida havia alguma coisa em seu estranho alheamento, <b class="calibre1">admiraram e ficaram tomados de apreensões. </b> Os tempos que foram usados aqui indicam que essa foi uma situação que perdurou por algum tempo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">33, 34. </b> Um avanço além das predições anteriores é evidente na quantidade de detalhes apresentados (com. 8:31; 9:31). Observe a declaração, <b class="calibre1">Eis que nós subimos para Jerusalém, </b> que indica que o cumprimento dessas predições viriam durante essa visita à cidade. Mas os discípulos ainda não entenderam o que Cristo estava tentando lhes explicar (Lc. 18:34). Seu conceito do Messias levava-os a pensar em termos de glória e reinado (cons. Mc. 10:35-37). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">35. </b> Mateus declara que <b class="calibre1">Tiago e João</b> deram com a respectiva mãe e fizeram seu pedido através dela (20:20). Mateus também diz <b class="calibre1">Então se </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">aproximaram ... </b> que pode indicar que esse pedido auto-intercessório dos dois discípulos seguiu-se imediatamente aos ensinamentos do Salvador relativos a sua morte. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">37. </b> A <b class="calibre1">direita</b> de um rei era lugar de honra, e a <b class="calibre1">esquerda</b> vinha logo a seguir em importância. <b class="calibre1">Na tua glória. </b> Ou, <b class="calibre1">no teu reino</b> (Mt. 20:21), que explica que os discípulos tinham em mente a glória do reino messiânico. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">38. </b> O Senhor, reconhecendo a sua ignorância, começou a lhe mostrar que tais prêmios têm de ser ganhos. O <b class="calibre1">cálice</b> e o <b class="calibre1">batismo</b> falam dos sofrimentos de Cristo, dos quais os discípulos precisavam ser capazes e ter vontade de participar. No Getsêmani ele falou da sua morte chamando-a de "cálice" (14:36); em Lc 12:50 o termo "batismo" é uma figura do sofrimento e da morte. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">40. </b> As honras da <b class="calibre1">direita</b> e da <b class="calibre1">esquerda</b> não podiam ser distribuídas como favores aos amigos. Tais recompensas tinham de ser dadas <b class="calibre1">aqueles </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">a quem está preparado, </b> isto é, aqueles que as obtém pela fidelidade na vida e no serviço. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">42. </b> Este triste espetáculo de ambição egoísta transformou-se em uma ocasião para o Senhor reenfatizar a natureza da verdadeira grandeza (cons. 9: 35). Primeiro, ele lembrou os Doze do padrão para a grandeza estipulado pelo mundo. Os governadores e dignitários <b class="calibre1">têm-nos sob seu </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">domínio e exercem autoridade</b> sobre o povo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">43. </b> Mas esse não deve ser o costume entre os seguidores de Cristo. </p>
<p class="calibre2">Pelo contrário, aquele que quer <b class="calibre1">tornar-se grande</b> tem de ser o <b class="calibre1">que sirva</b> os seus companheiros. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">45. </b> O próprio Jesus foi o exemplo supremo de alguém que manifestava a verdadeira grandeza. Ele que era o Messias de Deus (<b class="calibre1">Filho do homem</b>; veja 2:10) poderia muito bem fazer-se valer dos seus direitos de ser servido pelos homens. Mas, pelo contrário, ele veio para servir e <b class="calibre1">dar a sua vida</b> pela humanidade. <b class="calibre1">Resgate</b>. Essa palavra significativa era comum no mundo grego do tempo de Jesus, onde era usada com referência ao preço pago para a libertação de um escravo (Adolf Deissmann, <i class="calibre3">Light from the Ancient East</i>, trans. L.R.M. Strachan, pág. 327 e segs.). Este foi o preço exigido por um Deus santo a fim de que a justiça pudesse ser satisfeita no perdão dos pecados. Como resultado desse pagamento, o crente fica livre do pecado e de Satanás. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Por muitos. </b> A preposição grega <i class="calibre3">anti</i> traduzir-se-ia melhor para <i class="calibre3">em lugar de</i>, conforme as fontes gregas comprovam esmagadoramente (cons. J. H. </p>
<p class="calibre2">Moulton and George Milligan, <i class="calibre3">The Vocabulary of the Greek Testament</i>, págs. 46, 47; Arndt, pág. 72, 73; Vincent Taylor, págs. 444, 445). </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">C. A Cura do Cego Bartimeu. 10:46-52. </b></p>
<p class="calibre2">Esta seção conta como Jesus, na companhia de seus discípulos, veio da Peréia através do Jordão até Jericó na Judéia, onde ele restaurou a vista de Bartimeu, o último milagre de cura do seu ministério público. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">46. A Jericó</b> do tempo de Jesus ficava cerca de cinco milhas a oeste do Jordão e quinze milhas a nordeste de Jerusalém. O sítio da cidade cananita do tempo de Josué ficava uma milha ao norte. Há, aqui, uma dificuldade de harmonização. Mateus e Marcos dizem que o milagre aconteceu quando <b class="calibre1">ele saía de Jericó</b>; Lucas diz que foi <b class="calibre1">ao aproximar-se </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">de Jericó</b> (18:35). Talvez a solução mais plausível é que a cura ocorresse quando Jesus deixava o local da antiga Jericó aproximando-se da nova cidade de Jericó. A dificuldade nessa explicação é que não existem evidências de que a velha Jericó fosse habitada no tempo de Jesus. Este problema surge, sem dúvida, por causa da ausência de completa informação histórica e geográfica. Podemos ter a certeza de que não existiria nenhuma discrepância se todos os fatos fossem conhecidos. En-quanto isso, a divergência é um testemunho do caráter independente das duas narrativas. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">47. </b> O mendigo cego, ao chamar Jesus de <b class="calibre1">filho de Davi</b>, estava reconhecendo-o como o Messias. A crença de que o Messias seria um descendente de Davi era comum entre os judeus daquele tempo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">48... . repreendiam. </b> Muitos ordenavam-lhe repetidas vezes (texto grego) que ficasse quieto. Ele, entretanto, continuou gritando (tempo imp.) cada vez mais. Ele se recusou a ficar quieto. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">49. Tem bom ânimo. </b> O verbo significa <i class="calibre3">tenha coragem</i>, como se eles dissessem " <i class="calibre3">Anime-se! </i>" <b class="calibre1">50. </b> O verbo deste versículo sugere a pressa de Bartimeu em atender ao chamado. Ele jogou a sua capa de lado, levantou-se de um salto, e <b class="calibre1">foi </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">ter com Jesus. </b> Era a oportunidade da sua vida, e não devia permitir que se lhe escapasse. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">51. Mestre. </b> A palavra aramaica, <i class="calibre3">rabbouni</i>, usada por Maria Madalena na Ressurreição (Jo. 20:16). Era um termo de alto respeito, uma forma mais vigorosa do que "rabi", combinando, até certo ponto, os significados de professor e Senhor. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">52. </b> A cura foi em resposta à <b class="calibre1">fé</b> do homem, demonstrada, como foi, por sua ansiedade persistente, por seu reconhecimento de Jesus como o Messias e pelo termo <i class="calibre3">rabbouni</i> que usou. O verbo <i class="calibre3">anablepô</i> (<b class="calibre1">viu</b>) significa que sua vista foi restaurada, indicando que o homem não era cego de nascença <b class="calibre1">... te salvou. </b> A palavra grega é <i class="calibre3">sôzô</i>, que quer dizer "salvar", um termo muitas vezes usado nos Evangelhos referindo-se à cura física. Pode ser assim parafraseada, "a tua fé te curou". </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">VI. Conclusão do Ministério de Cristo em Jerusalém. 11:1 – 13:37. </b></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">Nesta seção Marcos registrou os últimos atos e ensinamentos do Salvador antes da sua paixão. Todos esses acontecimentos tiveram lugar em Jerusalém e nos seus arredores. Aqui aconteceu a "Entrada Triunfal" e a purificação do Templo (11:1-26), as numerosas controvérsias com os líderes judeus (11:27 - 12:44), e o longo discurso apocalíptico no Monte das Oliveiras (13:1-37). </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Marcos 11 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">A. A Entrada em Jerusalém e no Templo. 11:1-26. </b></p>
<p class="calibre2">A partir desse ponto, Cristo abandonou a atitude de cautela que o levou a se retirar das áreas de tensão e possíveis crises. Agora desafiava os líderes judeus. Na entrada de Jerusalém provocou, abertamente, desaprovação e oposição. Esta "Entrada Triunfal" devia ser encarada, não como a vinda de um rei glorioso, mas como a apresentação do Salvador que logo sofreria. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1. </b> A comparação com Jo. 12:1 revela que Jesus foi primeiro a <b class="calibre1">Betânia</b>, onde passou a noite. Então no dia depois do sábado fez a sua entrada em <b class="calibre1">Jerusalém</b>. Betânia ficava um pouco além de duas milhas ao sudeste de Jerusalém, não muito longe do aclive oriental do <b class="calibre1">Monte das </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Oliveiras. </b> A localização de Betfagé torna-se mais difícil, mas as melhores evidências apontam para um lugar ao pé do aclive oriental. A ordem de Marcos é o inverso da direção tomada por Jesus, mas ele está olhando para a localização das cidades do ponto de vista de Jerusalém, que foi mencionada em primeiro lugar. João dá motivos para se crer que Jesus chegou à Betânia na sexta-feira (12:1). Considerando que a viagem a Jerusalém levava mais do que o permitido num sábado, presume-se que Cristo passou o sábado em Betânia e que a "Entrada Triunfal" aconteceu no domingo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2. A aldeia</b> era <b class="calibre1">Betfagé</b>, conforme Mt. 21:1 esclarece. <b class="calibre1">Que aí está </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">diante de vós. </b> Isto é, "diante de vós". Se Jesus sabia da existência do jumentinho devido à observação prévia ou através de percepção sobrenatural não ficou esclarecido. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">3. </b> Parece que ele esperava que o proprietário do jumentinho soubesse quem era <b class="calibre1">o Senhor</b> e estivesse pronto a emprestar-lhe o animal. </p>
<p class="calibre2">O texto grego preferido diz, <i class="calibre3">e imediatamente ele o enviará aqui novamente</i>, uma promessa da parte de Jesus de devolver o animal. </p>
<p class="calibre2">Mateus declara que os animais eram dois, uma jumenta e um jumentinho (21:2). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">7. As vestes</b> colocadas sobre o jumentinho eram capas ou mantos, cujas cores vistosas dariam ao animal a aparência de estar com arreios reais. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">8. </b> Outros estenderam suas capas no <b class="calibre1">caminho</b>, fazendo um tapete real para o cortejo. Outros ainda trouxeram ramos que foram espalhados pelo caminho. João os descreve como sendo folhas de palmeiras (12:13). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9. </b> A multidão rodeou o Senhor; alguns <b class="calibre1">iam adiante</b> dele; outros <b class="calibre1">vinham</b>. E eles clamavam sem cessar (gr. imp.), <b class="calibre1">Hosana</b>. Esta é uma transliteração da expressão hebraica que significa <i class="calibre3">Salve</i>! e vem do Sl. 118:25. Transformara-se em um termo de louvor e aclamação, como também um pedido de ajuda. <b class="calibre1">Bendito. .. que vem ... </b> é uma citação exata do Sl. 118:26 da Septuaginta. Era um dos Salmos de Halel cantados por ocasião do festival da Páscoa, e era portanto particularmente apropriado para a ocasião. Que a multidão usou as palavras num sentido messiânico está claro por causa do versículo seguinte. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">10. </b> O povo sentia que o messiânico <b class="calibre1">reino de ... pai Davi</b> estava prestes a se estabelecer. <b class="calibre1">Hosana nas maiores alturas</b> sem dúvida significa "Salve, agora, tu que estás nos mais altos céus". É uma exclamação endereçada ao próprio Deus. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">11. Entrou no templo. </b> A palavra <i class="calibre3">hieron</i> refere-se a todo o conjunto do templo, incluindo os pátios e terraços. Quando ele olhou tudo, seus olhos certamente caíram sobre as barracas dos cambistas e vendedores de pombas, os quais seriam o objeto do seu desprazer no dia seguinte. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12. No dia seguinte. </b> Isto é, na segunda-feira. Depois de passar a noite em Betânia, o Senhor partiu novamente para Jerusalém. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13. </b> Era normal que <b class="calibre1">uma figueira</b> nas vizinhanças de Jerusalém começasse a dar folhas novas nos fins de março ou começos de abril, por ocasião da Páscoa. Parece que esta árvore estava toda coberta de folhas, caso em que deveria ter também figos maduros, embora o tempo de figos maduros fosse em junho. A palavra grega traduzida para <b class="calibre1">porventura</b> esclarece que foram as folhas que levaram Jesus a esperar os frutos. É a conjunção dedutiva <i class="calibre3">ara</i>, significando "por isso". Jesus viu as folhas à distância e foi verificar "se por isso poderia encontrar fruto". </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">15. </b> Esta é a segunda purificação do Templo, que não deve de maneira nenhuma ser identificada com a primeira, a qual aconteceu bem no começo do ministério de Cristo (Jo. 2:13-17). Aqueles que <b class="calibre1">vendiam e </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">compravam, </b> os <b class="calibre1">cambistas</b> e aqueles que <b class="calibre1">vendiam pombas</b> estavam trabalhando para Anás e a família do sumo sacerdote. Os animais eram vendidos com propósito de serem sacrificados, e os cambistas trocavam o dinheiro corrente pelo meio siclo necessário para pagar o imposto do templo. Cobravam, entretanto, preços exorbitantes. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">17. </b> A citação de Jesus foi extraída de Is. 56:7, onde o profeta declara que a casa de Deus seria <b class="calibre1">casa de oração, </b> um lugar reservado para uso sagrado. Além do Senhor acusá-los de profanar o Templo, usando-o para fazer negócios, mostrou também que eles estavam tendo lucros desonestos com os preços excessivamente injustos que cobravam. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Covil de salteadores. </b> Citação de Jr. 7:11. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">20. Pela manhã. </b> Era a manhã da terça-feira, e Cristo retornava a Jerusalém novamente naquele dia. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">22. </b> O único significado da maldição da figueira que os Evangelhos declaram encontra-se nestes versículos. Jesus a usou como um exemplo de <b class="calibre1">fé em Deus. </b> Qualquer outro significado simbólico não tem justificativa bíblica. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">24. Crede. </b> Um imperativo presente, exigindo fé persistente, contínua. <b class="calibre1">Recebestes</b>. Os melhores manuscritos favorecem o tempo aoristo – <b class="calibre1">recebestes</b>. Em outras palavras, devemos continuar crendo pois Deus já atendeu nosso pedido. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">25. Perdoai ... para que vosso Pai... vos perdoe. </b> Declarações como esta que tornam o perdão divino dependente de nosso perdão têm sido mal interpretadas, dando-se-lhe natureza legalista. Entretanto, Cristo aqui não está se dirigindo aos perdidos, mas aos seus discípulos, aqueles que já desfrutam do relacionamento salvador com ele mesmo. O perdão do qual Ele fala não é o argumentativo ato inicial do perdão que anula a culpa do pecado. É, antes, o perdão de um pai que restaura a comunhão. </p>
<p class="calibre2">A questão aqui é que um discípulo não pode orar proveitosamente se um espírito que se nega a perdoar tiver interrompido sua comunhão com Deus. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">B. Controvérsias Finais com os Líderes Judeus. 11:27 – 12:44. </b></p>
<p class="calibre2">Os debates registrados nesta seção aconteceram todos em um dia cheio – a terça-feira da semana da paixão. Relacionavam-se com os seguintes assuntos: a fonte da autoridade de nosso Senhor (11:27-33); a parábola da vinha e dos lavradores (12:1-12); uma pergunta sobre o pagamento de impostos (12:13-17); a ressurreição (12:18-27); o maior dos mandamentos (12:28-34); o relacionamento do Messias com Davi (12:35-40). A seção termina com a narrativa da oferta de duas pequenas moedas feita pela viúva (12:41-44). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">27. Então regressaram para Jerusalém. </b> Era a manhã da terça-feira. Os comentários sobre a figueira que secou (vs. 20-25) foram feitos no caminho para Jerusalém. <b class="calibre1">Os principais sacerdotes. </b> Tecnicamente só havia um sumo sacerdote, mas o termo acabou incluindo todos os ex-sumo sacerdotes vivos. Neste caso, pelo menos Anás, o sogro de Caifás, o sumo sacerdote, deveria estar incluído. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">28. </b> Suas perguntas foram duas: Que tipo ( <i class="calibre3">poiâ</i>) de <b class="calibre1">autoridade</b> possuis? Qual é a fonte de <b class="calibre1">tal autoridade? </b> Por <b class="calibre1">estas coisas, </b> as autoridades se referiam à purificação do Templo (cons. Jo. 2:18). Dizia-se que o Templo só devia ser purificado pelo Sinédrio, por um profeta, ou pelo Messias. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">30. Do céu. </b> Na tentativa de evitar o uso do nome divino, os judeus freqüentemente empregavam o termo "céu" quando falavam de Deus. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">31,32. </b> Com esta pergunta Jesus colocou esses líderes religiosos nas garras de um dilema. Se o ministério de João era de origem divina, então eles, na qualidade de líderes religiosos, deveriam ser os primeiros a crer nele. Se, entretanto, eles declarassem que o seu ministério era de origem humana, reduziriam João à categoria de um impostor, e assim provocariam o desprazer do <b class="calibre1">povo</b> que se voltaria contra eles. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Marcos 12 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12:1. Parábola. </b> Que Jesus apresentou mais de uma parábola nesta ocasião vemos fazendo uma comparação com Mt. 21: 28132, onde a história dos maus lavradores foi precedida pela dos dois filhos. A introdução à parábola, conforme a encontramos em Mc. 12:1, foi inconfundivelmente extraída de Is. 5:1, 2. O fato de que a vinha, lá, representasse Israel (Is. 5:7), deu aos líderes judeus a pista para a interpretação da parábola de Jesus. <b class="calibre1">Sebe. </b> A palavra usada por Marcos quer dizer <i class="calibre3">cerca</i>; poderia ser uma cerca de pedras, ou um muro. O <b class="calibre1">lagar</b> era o lugar onde se espremia o suco das uvas. A <b class="calibre1">torre</b> era uma combinação de atalaia e armazém. Os lavradores eram fazendeiros, neste caso, produtores de vinho, usados aqui para representarem os líderes religiosos de Israel, tais como aqueles aos quais Jesus falava (cons. 11:27; 12:12). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2. O servo, </b> conforme 12:4, 5, representa um profeta que Deus enviou a Israel. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">3. </b> O fato de que, <b class="calibre1">o agarram, espancando, </b> indica a perseguição que sofreram os profetas do V. T. (cons. 23:34, 37). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6. Um, seu filho amado. </b> Essas palavras são uma óbvia descrição do próprio Cristo (Cons. 1:11; 9:7). O termo <i class="calibre3">reverência</i> é muito forte. </p>
<p class="calibre2"> <i class="calibre3">Respeito</i> é o mais indicado. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">7, 8. </b> A conspiração de matá-lo foi uma descrição dos planos nos quais os líderes judeus estavam ocupados exatamente naquela ocasião para condenar Jesus à morte. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9. </b> A predição de que o proprietário <b class="calibre1">exterminará aqueles lavradores</b> cumpriu-se em 70 A.D., quando os romanos sob o comando de Tito destruíram Jerusalém e acabaram com qualquer aparência de governo próprio que os judeus haviam desfrutado anteriormente. Os outros aos quais a vinha seria entregue foram mais amplamente descritos em Mt. 21:43, onde Jesus foi citado, dizendo. <b class="calibre1">O reino de Deus vos será tirado, </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos. </b> Esta é uma referência óbvia aos gentios e à igreja. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">10. </b> A pergunta, <b class="calibre1">Ainda não lestes? </b>, foi feita esperando-se uma resposta positiva. A citação neste versículo e no seguinte é uma citação exata do Sl. 118:23, 24 da Septuaginta. A pedra é Cristo, que foi rejeitado pelos construtores, os líderes religiosos dos judeus. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13. </b> Em 12:13-17, <b class="calibre1">os fariseus</b> e <b class="calibre1">os herodianos</b> interrogaram Jesus em relação ao pagamento do tributo devido a César. Esta combinação não é usual, pois os fariseus pouco tinham em comum com os herodianos. Os primeiros opunham-se decididamente a qualquer domínio estrangeiro, enquanto que os últimos apoiavam o governo estrangeiro dos Herodes. Um dos grupos se oporia ao imposto romano; o outro o favoreceria. A motivação desses conspiradores incongruentes era oculta. </p>
<p class="calibre2">Queriam apanhá-lo <b class="calibre1">nalguma palavra</b> como um caçador apanha a sua presa. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">14. Não te importas. </b> Isto foi dito com a intenção de lisonjeá-lo, querendo dizer que os seus ensinamentos não eram influenciados pelo que pensavam amigos ou inimigos. O <b class="calibre1">tributo</b> em questão era um <b class="calibre1">imposto</b> <i class="calibre3">per capita</i> que tinha de ser pago pessoalmente no tesouro romano. <b class="calibre1">É lícito? </b> Queriam que respondesse quanto à legalidade ou ilegalidade do imposto diante dos olhos de Deus. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">15. Porque me experimentais? </b> O Senhor percebeu o dilema no qual pretendiam colocá-lo. Pensavam que respondendo de modo afirmativo, o povo judeu, que odiava o imposto per capita, levantar-se-ia e o rejeitaria com suas reivindicações; mas se respondesse negativamente, poderia ser acusado de oposição à Roma. <b class="calibre1">Um denário. </b> Era o denário, com o qual se pagava o imposto. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">17. Dai. </b> O verbo significa <i class="calibre3">devolvam totalmente</i>. Implica em obrigação com <b class="calibre1">César</b>. O povo era obrigado a sustentar o governo por causa dos privilégios que o governo romano lhe concedera (cons. Rm. 13:1-7). Tinham, também, de cumprir suas obrigações com Deus. E não há nenhuma incongruência no pagamento de ambas as dívidas, pois ambos os pagamentos são feitos em cumprimento da vontade de Deus. </p>
<p class="calibre2">Uma resposta assim resolveu completamente o dilema previsto, resultando em que os interrogadores ficaram completamente pasmados (<b class="calibre1">muito se admiraram, </b> <i class="calibre3">exethaumazon</i>, uma palavra aumentativa para grande espanto). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">18. </b> A pergunta dos <b class="calibre1">saduceus</b> (vs. 18-27) bastante naturalmente relacionava-se com a <b class="calibre1">ressurreição</b>, a qual Jesus ensinava e eles negavam. Os saduceus não admitiam uma coisa tal como a existência depois da morte. Também negavam a realidade dos anjos e espíritos (Atos 23:8). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">19. Moisés nos deixou escrito. </b> A declaração da lei propriamente dita do levirato, referente ao casamento, encontra-se em Dt. 25:5-10. Se um homem morria sem filhos, seu irmão devia se casar com sua esposa, e o primeiro filho dessa união era então considerado o filho do marido morto. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">23. </b> O problema levantado parecia irrespondível. <b class="calibre1">Na ressurreição ... de qual deles será ela esposa? </b> Os saduceus apenas supõem a possibilidade da ressurreição como base de sua argumentação. O propósito da pergunta era tentar provar a impossibilidade da ressurreição como base de sua argumentação. O propósito da pergunta era tentar provar a impossibilidade da ressurreição reduzindo-a ao absurdo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">24. Não provém o vosso erro. </b> O verbo grego significa <i class="calibre3">desencaminhar</i>. Eles estavam sendo desencaminhados (ou, eles mesmos estavam se desencaminhando) por dois motivos. Um, eles não entendiam o que ensinavam as Escrituras do V.T. com referência à ressurreição (cons. vs. 26, 27). Dois, eles subestimavam <b class="calibre1">o poder de Deus</b> de ressuscitar os mortos e de resolver todas as aparentes dificuldades relacionadas com a idéia da ressurreição. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">25. </b> Com esta declaração de fatos Jesus arrasou com seu aparente problema. Eles haviam erradamente presumido que haveria a continuação do relacionamento conjugal depois da ressurreição. Em vez disso, Cristo explicou, as pessoas terão o mesmo relacionamento dos <b class="calibre1">anjos</b>. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">26. </b> A pergunta, <b class="calibre1">Não tendes lido? </b> aguarda uma resposta afirmativa, pois Cristo sabia bem que esses saduceus estavam inteiramente familiarizados com o Pentateuco. Ele se referiu especificamente a Êx. 3:6, da Septuaginta. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">27. </b> A verdade aqui demonstrada é o fato da imortalidade. Ser o Deus de Abraão é estar em comunhão com Abraão. Não é possível, portanto, ser o Deus <b class="calibre1">de mortos, </b> mas apenas <b class="calibre1">de vivos. </b> Assim, quando Deus falou de dentro da sarça ardente, ainda que os patriarcas estivessem mortos há anos, continuava em comunhão com eles. O argumento de Cristo, então, admite que, havendo vida após a morte, isto é suficiente para provar que a ressurreição se seguirá. A perfeita existência humana exige a união da alma com o corpo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">28. </b> A pergunta relacionada com o quinto mandamento (vs. 28-34) partiu de <b class="calibre1">um dos escribas. </b> Ele, sem dúvida, era um fariseu, pois aprovou a resposta que Jesus deu aos saduceus. Parece que não havia nenhum motivo secreto para esta inquisição (cons. vs. 28, 32-34). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">29,30. </b> Jesus não buscou a tradição dos escribas para dar a sua resposta, mas à Lei escrita. Em Dt. 6:4, 5. A citação foi feita da Septuaginta, com a adição das palavras <b class="calibre1">e de todo o teu entendimento. </b> O <b class="calibre1">entendimento e o coração</b> são, na realidade a mesma coisa na compreensão hebraica. As palavras, <b class="calibre1">Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">é o único Senhor, </b> são do credo conhecido por "Shema" e eram citadas diariamente pelos judeus devotos. Declaram o princípio distintivo da fé hebraica que <b class="calibre1">Deus é um. </b> O significado deste mandamento, amar a Deus, é que ele deve ser amado com todas as forças e a capacidade que o homem possui. Este é o alicerce e o resumo da obrigação total do homem para com Deus. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">31. O segundo</b> mandamento foi citado textualmente de Lv. 19:18 (Septuaginta). Aqui também está a base e o conjunto das obrigações do homem para com o homem. Estes dois mandamentos são fundamentais nos ensinamentos de toda a Lei e os Profetas (Mt. 22:40). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">34. Sabiamente. </b> Isto é, com sabedoria. Cristo declarou que o homem tem o tipo de compreensão espiritual que, se for cultivada, levá-lo-á ao reino de Deus. O presente reino espiritual, no qual se entra pela fé e pelo novo nascimento, é o reino em questão aqui (cons. Jo. 3:3, 5). </p>
<p class="calibre2">Marcos termina sua narrativa desta discussão com uma forte afirmação mostrando como Cristo silenciou completamente seus oponentes. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Ninguém</b> mais tinha coragem de perguntar alguma coisa. Nunca mais tentaram apanhar Cristo com um quebra-cabeça teológico ou legal. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">35. </b> Entretanto, Cristo ainda não terminara de lidar com os seus oponentes. Ele tinha uma pergunta para lhes fazer relativa ao parentesco de Davi com o Messias (vs. 35-40). A citação do ensinamento dos escribas representa a opinião judia padronizada de que o Messias seria um descendente de Davi. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">36. </b> A citação foi tirada do Sl. 110:1 (Septuaginta), uma passagem que os judeus há muito reconheciam como messiânica. Com sua introdução à passagem, Cristo afirmou a autoria davídica como também a inspiração divina do salmo. Seu propósito em usar as palavras de Davi foi de trazer à baila, partindo das próprias Escrituras, a verdade da divindade do Messias. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">37. </b> O fato que Jesus destacou foi que Davi o chamou de <b class="calibre1">Senhor</b>. </p>
<p class="calibre2">Como então, pode o Messias ser as duas coisas, o exaltado Senhor de Davi e <b class="calibre1">seu filho? </b> Mateus declara que ninguém foi capaz de lhe responder essa pergunta (22:46). Contudo, ali de pé diante deles, estava o Filho de Deus encarnado, o Messias de Israel, a própria resposta personificada. Ele era um descendente de Davi "segundo a carne" e o Filho de Deus "segundo o espírito de santidade" (Rm. 1:3,4). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">38. Ensinar. </b> Nossa palavra "ensinamentos" representa melhor o que Marcos quis dizer. As <b class="calibre1">vestes talares</b> eram as longas vestes flutuantes das pessoas ricas ou importantes. As <b class="calibre1">saudações</b> são explicadas em Mt. 23:7. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">39. Primeiras cadeiras e primeiros lugares</b> são os lugares de honra nas sinagogas e nos banquetes. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">40. </b> Mesmo sendo reconhecidos como os honrados líderes da comunidade, os escribas eram na realidade culpados da mais indigna desonestidade. Faziam <b class="calibre1">longas orações</b> nos lares das viúvas para encobrir o fato de que estavam ocupados em planos tortuosos de lhes roubar as <b class="calibre1">casas</b>. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">41. </b> Localizado na área do templo conhecida como o Átrio das Mulheres, o <b class="calibre1">gazofilácio</b> continha treze cornucópias para o depósito das ofertas e do imposto devido ao templo. Parece que Jesus ficou observando as pessoas que davam suas ofertas durante algum tempo e notou algumas pessoas ricas fazendo suas ofertas (cons. imp. grego usado com os verbos <b class="calibre1">observava</b> e <b class="calibre1">lançava</b>, segunda ocorrência). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">42. </b> Dos sinônimos gregos para a pobreza, Marcos escolheu uma palavra que descrevia a condição miserável de um indigente para caracterizar esta <b class="calibre1">viúva pobre</b>. Ela deu uma quantia igual a <b class="calibre1">duas </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">pequenas moedas</b> ou meio centavo. Uma moeda ( <i class="calibre3">lepton</i>) era a menor das moedas de cobre, geralmente igual a um oitavo do centavo americano (Arndt, pág. 473). O meio centavo ( <i class="calibre3">kodantrês</i>) era uma moeda romana valendo um quarto do centavo (Arndt, pág. 438). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">44. </b> O princípio enunciado por nosso Senhor nessa ocasião é que uma oferta deve ser avaliada não pelo tamanho mas pela comparação da oferta com a quantia total possuída pelo ofertante. Um donativo grande vindo da abundância pode ser menos significativo que um donativo pequeno vindo da pobreza. Esta mulher deu a menor oferta possível, mas foi mais significativa do que as outras, pois era <b class="calibre1">todo o seu sustento. </b> </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Marcos 13 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">C. O Apocalipse do Jardim das Oliveiras. 13:1-37. </b></p>
<p class="calibre2">O discurso pronunciado no Jardim das Oliveiras aconteceu na terça-feira depois que se acabaram as controvérsias com os líderes judeus nos átrios do templo. Pode ser dividido da seguinte forma: as perguntas dos discípulos (13:1-4); as condições características da presente dispensação (13: 5-13); a crise que viria (13:14-23); o segundo advento de Cristo (13:24-27); instruções referentes à necessidade de se vigiar (13:28-37). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1. </b> À luz da descrição que Josefo fez do Templo, não nos surpreende que um dos discípulos exclamasse referindo-se às <b class="calibre1">pedras</b> e aos <b class="calibre1">edifícios</b>. </p>
<p class="calibre2">Josefo descreve pedras dizendo que tinham trinta e sete pés, por doze, por dezoito. Explica ainda mais, dizendo que a "... fachada era toda de pedra polida, de maneira que a sua aparência, para os que não a tinham visto, era incrível, e para os que já a tinham visto, era grandemente assombrosa" (<b class="calibre1">Antig</b>. XV xi. 3-5). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2. </b> Jesus usou a forte construção negativa dupla dos gregos (ou <i class="calibre3">mê</i>) duas vezes neste versículo a fim de negar que ficaria <b class="calibre1">pedra sobre pedra. </b> Era positivamente certo que o Templo seria completamente destruído, um fato confirmado pela história quando em 70. A. D. O Templo e a cidade foram deixados em ruínas, sob o comando de Tito. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">4. Essas coisas. </b> Uma referência óbvia à predição declarada em 13:2. Temos motivos para crer, entretanto, que os discípulos também tinham em mente a seqüência dos acontecimentos do fim dos tempos. </p>
<p class="calibre2">Sua segunda pergunta amplificou a primeira em que pediram um sinal que indicasse que o cumprimento estava para acontecer ( <i class="calibre3">mellê</i>). Em Mateus ficamos sabendo que os discípulos também perguntaram com referência ao sinal da vinda de Cristo e sobre o final da dispensação (24:3). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">5. </b> Jesus começou a sua resposta descrevendo as condições características da presente dispensação (vs. 5-13). A primeira é a presença dos enganadores, contra os quais os discípulos deviam estar atentos constantemente (gr., pres. imp.). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6. Em meu nome. </b> Essas palavras referem-se à vinda de falsos messias, que reivindicarão a posição e a autoridade que só pertencem a Cristo. A predição foi cumprida em muitas ocasiões. Talvez a personalidade mais destacada fazendo tal reivindicação fosse Bar Cochba (132 A. D.). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">8. </b> Guerras são características de toda a dispensação, como também <b class="calibre1">terremotos... fomes. </b> A palavra <b class="calibre1">dificuldades</b> não se encontra nos melhores manuscritos gregos. Todas essas condições são descritas como sendo <b class="calibre1">o princípio das dores. </b> Assim, destacam-se do fim propriamente dito (v. 7). A palavra dores são realmente dores de pano, um termo que os judeus usavam para descrever as aflições e as desgraças que introduzirão a vinda do Messias. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9. </b> O discípulo recebe a ordem de prestar atenção, isto é, de estar constantemente alerta (gr., pres. imper.). <b class="calibre1">Tribunais</b>. Literalmente <b class="calibre1">sinédrios</b>. As prisões e os espancamentos preditos aqui começaram a se cumprir no livro de Atos (cons. 4:5 e segs.; 5:27 e segs.), como também as apresentações <b class="calibre1">a presença de governadores e reis</b> (cons. 12:1 e segs. </p>
<p class="calibre2">24:1 e segs.; 25:1 e segs.). Essas apresentações seriam <b class="calibre1">para lhes servir </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">de testemunho</b> ( <i class="calibre3">autois</i>), não contra eles. Examine o testemunho de Paulo diante de Félix (Atos 24:24,25) e Agripa (Atos 26). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">10. </b> Outro aspecto da dispensação é a pregação do <b class="calibre1">evangelho</b> pelo mundo inteiro. O fim (v. 7) não pode vir até que a tarefa evangelística seja <b class="calibre1">primeiro</b> completada. Mateus 24:14 conclui com a declaração <b class="calibre1">então virá o fim, </b> referindo-se ao final da dispensação. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13. </b> No meio de todos esses distúrbios do declínio moral e das perseguições, a perseverança torna-se o distintivo da genuinidade espiritual. <b class="calibre1">O fim. </b> Considerando que as condições descritas em 13:5-13 têm a duração de uma dispensação, "o fim" não se refere aqui ao fim da dispensação, mas antes à duração da vida ou da provação. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Será salvo. </b> Neste contexto não se pode pensar em libertação física. </p>
<p class="calibre2">A promessa é que aquele que perseverar será salvo espiritualmente. A perseverança, entretanto, não é a base da salvação. Apegando-se aos ensinamentos gerais do N. T. a perseverança deve ser encarada como o resultado do novo nascimento (cons. Rm. 8:29-39; I Jo. 2:19). Uma pessoa regenerada, que persevera por causa disso, é mais do que certo que experimentará a consumação da experiência da salvação. </p>
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