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<body class="calibre">
<p class="calibre2">"ver", um termo mais ou menos técnico, indica que esta é uma revelação. </p>
<p class="calibre2">O Espírito de Deus imprime a mensagem no âmago da consciência dos profetas com tanta força e clareza como se tivessem visto algo com os olhos físicos. Em I Reis 22:17 Micaías diz: "Eu <b class="calibre1">vi</b> todo Israel disperso..." </p>
<p class="calibre2">II. O Profeta se Queixa de Violência Incontrolada em Judá. 1:2-4. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2. Até quando. </b> Ao que parece, o profeta se angustiava por causa da situação reinante em Judá. Pela experiência constatara que o povo parecia não ter consciência e sem dúvida já tinha pedido a Deus que corrigisse tal impiedade, pois ele declara que clamou ao Senhor. <b class="calibre1">Tu não </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">me escutarás. </b> Não devemos presumir que o profeta duvidasse de que o Senhor não tivesse ouvido o seu clamor (no sentido de tomar conhecimento). Ele tinha por certo que se Deus ouvisse, também responderia. Como se a sua oração fosse infrutífera (cons. Sl. 22:1, 2). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Violência</b>. A referência é à perversidade violenta e cruel. A pergunta é: Quem é o responsável? Presume-se aqui que seja a dolência dos judeus. </p>
<p class="calibre2">Há os que crêem que, tendo sido usada a mesma palavra em 2:8 e 2:17 para descrever os caldeus, a violência da qual o profeta se queixa era a dos caldeus. Contudo, considerando que seriam o instrumento do castigo que logo seria suscitado, não podiam ser considerados os perpetradores da violência. Ela também não pode se referir ao senhor assírio que já controlava Judá há algum tempo, uma vez que parte da queixa do profeta se prende ao fato da lei ter sido afrouxada e a justiça pervertida (v. 4). </p>
<p class="calibre2">Estas duas palavras costumam se referir no V.T. ao código mosaico, e parece, portanto, que a dolência consistia nos atos de crueldade e injustiça que permeavam a vida pública e privada de Judá. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">3. Por que me mostras a iniqüidade, e me fazes ver a opressão? </b> A aparente indiferença do Senhor com a situação desesperadora era desnorteante para o profeta. Além de Deus ter permitido que o profeta presenciasse a iniqüidade, Ele mesmo tinha visto e aparentemente permanecido indiferente ou inativo. O que preocupava Habacuque era que, considerando que Deus é santo, ele não podia entender como Deus podia olhar complacentemente para a malícia. A forte expostulação do profeta, portanto, é na realidade uma expressão de fé. Sua indignação fora despertada à vista da abundância do pecado e sua confiança em um Deus santo file dizia que Deus tinha de fazer alguma coisa a respeito. <b class="calibre1">A </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">destruição e a violência. </b> Esses termos apontam para a animosidade entre os membros da comunidade judia. Os senhores assírios não se misturavam com os habitantes locais. Eles apenas exigiam submissão política e um imposto, que era recolhido do rei. Essas duas palavras, portanto, apóiam a conclusão de que a maldade da qual o profeta se queixava era a do seu próprio povo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">4. A lei se afrouxa. </b> A lei aqui é a lei divina conforme expressa no código mosaico. A lei, como diz Delitzsch, é a "lei revelada em toda a sua substância que deveria ser a alma e o coração da vida política, religiosa e doméstica". Os dois verbos hebraicos traduzidos para <b class="calibre1">afrouxa</b> e <b class="calibre1">se manifesta</b> indicam que a discórdia em Judá era tal que a lei e a ordem estavam paralisadas. As regras divinas eram um assunto morto. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Justiça</b>. A justiça se faz através de decisões legais baseadas sobre precedentes ou leis já em vigor. Equivale, portanto, à lei em nossa língua. A questão é que a justiça praticamente não existia e aquilo que recebia tal nome era uma perversão dela. Não havia segurança na vida pública para as pessoas ou propriedades. Que tal estado de coisas existiu durante o reinado de Jeoaquim pode ser verificado em Jr. 26:1 – 27:11. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">O perverso cerca o justo. </b> O homem justo vê-se rodeado de maldade e de gente ímpia. Era uma condição triste essa que se descortinava diante do profeta. A lei de Deus era desprezada por toda parte. Até aqueles que deveriam defender a causa da justiça e da verdade entregavam-se eles mesmos à desonestidade. Os piedosos se achavam desesperadamente em minoria e sobrepujados, de modo que o seu testemunho tinha pouca importância. É claro que Deus não poderia suportar por muito tempo tais coisas entre o Seu povo! </p>
<p class="calibre2">III. A Resposta do Senhor: Os Caldeus São o Seu Instrumento de Castigo 1:5-11. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">5. Vede entre as nações</b> (AV, <i class="calibre3">pagãos</i>). O profeta expressou assombro por Deus permitir há tanto tempo que as faltas de Judá ficassem sem castigo. A resposta do Senhor é que há um instrumento na Sua mão que pretende usar imediatamente. Será ainda mais espantoso que a sua indulgência. As palavras estão no plural, uma vez que Deus está falando, não ao profeta sozinho, mas através dele a todo o povo. </p>
<p class="calibre2">O Apóstolo Paulo, citando este versículo da LXX, aplica o princípio da conduta divina no tempo de Habacuque à situação na igreja do seu próprio tempo (Atos 13:41). Sem dúvida a obra de Deus em chamar os gentios para a sua igreja seria exatamente tão espantosa quanto a obra dEle usar os exércitos da Babilônia para punir Judá. A linguagem do versículo justifica a conclusão de que no tempo da profecia a Babilônia não era considerada um grande poder mundial. Os ouvintes do profeta deviam olhar para as nações porque era do meio delas que se levantaria a obra de Deus que seria a recompensa justa para urna gente pecadora. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Maravilhai-vos, e desvanecei</b> (<b class="calibre1">maravilhai-vos</b> e <b class="calibre1">admirai-vos</b>, E.R.C.). </p>
<p class="calibre2">Poucas justificativas haveriam para aqueles que não prestassem atenção, pois, conforme Calvino observa: "Ele lhes diz duas vezes que olhem e duas vezes os exorta a que se maravilhem". <b class="calibre1">Vós não crereis, quando </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">vos for contada. </b> Eles não creriam que a catástrofe lhes poderia sobrevir por determinação divina. Eles tinham um falso senso de segurança, achando que ser o povo escolhido de Deus era simplesmente uma questão de relacionamento externo. Sob o reinado de Josias houvera um retorno às prescritas cerimônias do Templo, mas não necessariamente um retorno ao Senhor que habitava no Templo. O cerimonialismo logo se transforma em um inimigo da verdadeira espiritualidade. Israel sempre estava pronto a dizer: ''Templo do Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é este" (Jr. 7:4). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6. </b> Agora Deus começa descrevendo detalhadamente a nação através da qual vai punir Judá, <b class="calibre1">os caldeus. </b> Embora esta palavra geralmente se refira ao império neo-babilônico, que alcançou o seu zênite sob o reinado de Nabucodonosor, no século sexto A.C., há indicações de que, como um grupo, os caldeus eram um povo muito antigo. Jeremias 5:15 os descreve como um povo primevo ou nação antiga. Provavelmente eles tinham uma organização tribal frouxamente consolidada no começo, como acontecia com muitos grupos semitas, e gradualmente se infiltraram na Babilônia vindos das orlas externas do Vale da Mesopotâmia. Finalmente obtiveram ascendência na cidade de Babilônia. E Merodaque-Baladã, que tentou estabelecer a independência da Babilônia, libertando-a da Assíria, no tempo de Ezequias, era um caldeu. Q Império Neo-Babilônico ou Caldeu foi estabelecido sob a liderança de Nabopolassar, um general caldeu no exército assírio. O mais ilustre monarca dos caldeus foi Nabucodonosor, que é chamado em Esdras 5:12, "o caldeu". Eis que suscito. Os caldeus estavam para serem suscitados, não apenas como um poder político, mas para execução de uma parte especial no plano divino. Esta é a resposta à pergunta do profeta: "Até quando? " <b class="calibre1">Nação amarga e impetuosa. </b> As duas palavras apontam para uma campanha feroz e rápida. Os caldeus não perderam essas características no tempo de Daniel, pois ele viu o império babilônico como um leão com asas de águia (Dn. 7:4). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">7. Cria ela mesma ... a sua dignidade. </b> O conquistador futuro seria arrogante e imperioso. Não reconheceria nenhuma autoridade acima da sua e, com efeito, negaria a Deus. Em caráter e aspecto o império caldeu se pareceria com todos os impérios mundiais posteriores. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">8. Os lobos ao anoitecer. </b> Esta expressão se encontra várias vezes no V.T. (veja Gn. 49:27; Jr. 5:6; Sf. 3:3). Os lobos ao anoitecer são provavelmente aqueles que caçaram o dia todo sem sucesso e são os mais vorazes quando caem as sombras da noite. A guerra é para o invasor como o apanhar da presa para um animal selvagem – um prazer selvagem. <b class="calibre1">Voam como águia, </b> ou melhor, talvez, <i class="calibre3">como abutre</i>. Há alguma evidência de que uma distinção cuidadosa nem sempre tem sido feita entre uma águia e um abutre. Em Mt. 24:28 as palavras de Jesus são traduzidas assim: "Onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias". A águia não é uma ave necrófaga, mas o abutre é. Os abutres são também conhecidos por sua capacidade de ver ou sentir o alimento de grandes distâncias. Voam rapidamente para se apoderar dele e quando o comem, rasgam-no vorazmente. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9. Os seus rostos suspiram por seguir avante</b> (como o vento oriental). Na Palestina o vento oriental sopra vindo do deserto, amontoando areia por onde passa. Tais ventos eram o terror dos habitantes da Palestina porque crestavam as lavouras e eram muito destrutivos. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">10. Amontoando terra, as tomam, </b> isto é, sem dúvida, uma referência ao levantamento de terra para transpor com facilidade os muros da cidade. Muitas inscrições antigas descrevem tais atividades. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">11. Então passam como passa o vento</b> (AV, <i class="calibre3">suas idéias mudam</i>). </p>
<p class="calibre2">Aqui o profeta retoma a metáfora do versículo 9 e indica que o avanço dos caldeus poderia ser impedido localmente por meio de uma fortaleza. </p>
<p class="calibre2">Mas, como o vento, ele rapidamente a transporia, mudada de direção e passaria adiante. <b class="calibre1">Fazem-se culpados esses, cujo poder é o seu deus. </b> Um raio de esperança brilhava através da obscuridade, e, para aqueles que confiavam em Deus, havia uma esperança real. Contudo por mais sucesso que o invasor tivesse, seria culpado diante de Deus, e ainda que fosse o instrumento de Deus para castigar os culpados em Judá, ele mesmo seria no devido tempo julgado por Deus. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">IV. O Segundo Problema: Os Caldeus São Mais Perversos que os Judeus. 1:12 - 2:1. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12. </b> Tem-se sugerido que houve um intervalo de tempo entre a resposta dos versículos 2-11 e a pergunta dos versículos 12-17. Neste intervalo, supõem-se que os caldeus tenham estado em Judá comprovando-se piores que o povo que foram enviados a castigar. Eles infringiram as leis da humanidade. Nada no texto, entretanto, indica que se tenha passado algum período de tempo. O profeta teve uma visão dos caldeus como uma horda veloz reunindo prisioneiros como alguém varre areia. As imagens dos versículos 12-17 dão a idéia de um pescador empregando todos os meios possíveis para apanhar peixes com abundância. Pode ser, então, que a expostulação do profeta brotou do que ele cria com toda a certeza que ia acontecer se tal instrumento de vingança fosse usado por Deus. Sem dúvida Habacuque ficou desesperado não apenas com a destruição de Judá, mas também porque o castigo que estava para ser efetuado contra os perversos. em sua própria terra recairia igual e inevitavelmente sobre os fiéis. <b class="calibre1">Desde a eternidade. </b> A eternidade de Deus em sua conduta com o povo da afiança de antigamente é geralmente o alicerce da confiança dos crentes (com. Is. 40:28; Sl. 90:2). A acumulação de vocativos, <b class="calibre1">ó SENHOR meu Deus, ó </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">meu Santo, </b> é semelhante às expressões de profunda confiança que se encontram com tanta freqüência nos Salmos. O que se quer dizer com Santo está revelado no versículo <b class="calibre1">13. Não morreremos. </b> Pusey diz acertadamente que este é o pensamento iluminador da fé. As palavras dos homens em momentos de crise geralmente indicam suas convicções reais e mais íntimas. O uso do pronome <i class="calibre3">nós</i> deve ser entendido em relação ao remanescente, que é chamado de "os justos" (1: 2-13), ou aqueles que vivem pela fé (2:4). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13. Tão puro de olhos, que não podes ver o mal. </b> Deus não pode olhar para a iniqüidade com complacência ou tolerância, muito menos favorecê-la. Não se refere aqui apenas às atrocidades dos caldeus. Deus é demasiadamente puro de olhos para contemplar <i class="calibre3">qualquer</i> mal. Ele não podia ficar calado, quer diante da violência dos caldeus, quer daquilo que foi encontrado em Judá. Tendo o profeta considerado certo que Deus é puro por natureza, não haveria absolutamente nenhum problema. </p>
<p class="calibre2">Alguém que duvida da onipotência do Senhor, ou de quaisquer outros atributos Seus, diria que a justiça de Deus é irreconciliável com esse mal, e portanto, ou Deus não é justo, ou Ele não é onipotente. O profeta, entretanto, fez duas perguntas: Por quê? Até quando? E foi do próprio Deus que buscou uma resposta. Ao mesmo tempo, o problema permaneceu: a porção piedosa da nação sofreria quando os ímpios fossem punidos. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">14. Fazes os homem como os peixes do mar. </b> Aqui se diz que o Senhor faz o que Ele permite que seja feito pelos outros. Como resultado da aparente indiferença divina diante da destruição, os homens se tornam como peixes apanhados no mar pelo pescador que usa todos os meios concebíveis – anzol, rede, draga (v. 15) – a fim de apanhar o mais possível. Um comentarista diz que este pensamento é o inverso do pensamento de Jesus, que declarou que até os pardais se encontram sob os cuidados de Deus. Entretanto só a crença em uma Providência absolutamente compreensiva pode produzir uma declaração como esta que o profeta faz. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">16. Oferece sacrifício à sua rede. </b> A referência não é provavelmente a qualquer prática real, embora os citas oferecessem sacrifícios de animais a uma cimitarra em honra do seu deus da guerra. O que,se quis dizer é que os babilônios atribuíam honras divinas a suas amuas e, portanto, a eles mesmos. Eles adoravam e serviam à criatura mais que ao Criador. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Habacuque 2 </b></p>
<p class="calibre2">Com 2:1, a expostulação do profeta chega ao fim. Não foi com ceticismo que ele apresentou a sua queixa a Deus, mas com fé, pois estava agora preparado a aguardar no Senhor, certo de que viria uma resposta. A declaração feita às vezes de que Habacuque é o primeiro exemplo nas Escrituras de um duvidador honesto é inteiramente sem garantia. Nada na linguagem da profecia traz qualquer elemento de dúvida. Na realidade, a profecia termina com uma nota de fé sublime. </p>
<p class="calibre2">Uma coisa é encarar os problemas que têm de ser enfrentados por todos aqueles que crêem em um Deus bom e onipotente e perguntar por que as coisas são assim, ou como podem ser assim. É uma coisa inteiramente diferente duvidar da bondade ou justiça divinas, ou da própria existência de Deus, simplesmente porque alguém não consegue responder essas perguntas. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2:1. Torre de vigia. </b> Diversos intérpretes entendem que é uma torre ou elevação de fato, citando os exemplos de Moisés (Êx. 33: 21), ou Balaão (Nm. 22:41) e de Elias no Sinai (Monte Horebe, I Reis 19:8 e seg). Nenhum desses casos é na realidade comparável ao de Habacuque, que talvez apenas usasse uma figura de linguagem. Certamente ele devia ter-se preparado com oração e meditação para receber a resposta divina. </p>
<p class="calibre2">Jeremias esperou dez dias por uma resposta à sua pergunta (Jr. 42:7). </p>
<p class="calibre2">Provavelmente algum intervalo de tempo passou-se entre a expostulação do capítulo 1 e a resposta recebida. Habacuque registra apenas a sua determinação de aguardar uma resposta ; não nos diz quando ela veio. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">V. A Segunda Resposta do Senhor: O Propósito é Certo e a Fé Será Recompensada. 2: 2-4. </p>
<p class="calibre2">Estes três versículos contêm o que talvez seja a porção mais difícil da profecia, tanto do ponto de vista de tradução, quanto da interpretação. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2. Escreve a visão. </b> Tem-se discutido se o profeta realmente anotou a visão em tabuinhas para o público ler, mas todos concordam que ele recebeu a ordem de registrar a visão. O propósito do registro era duplo: Para orientar aquele que lê; a visão foi para um tempo determinado e devia ser preservada a fim de ser comprovada. <b class="calibre1">Sobre tábuas. </b> Diferentes tipos de material eram usados para fazer registros, uma vez que os judeus tiveram cantata com todas as civilizações do Oriente Próximo. (saías e Jeremias usaram códices, embora Isaías também tenha usado tabuinhas (Is. 30:8). Pode-se supor racionalmente que Habacuque registrou a sua visão em uma tabuinha de barro, a qual ele apresentou a muitas pessoas. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Para que a possa ler até quem passa correndo. </b> O assunto devia ficar tão claro que qualquer um pudesse lê-lo e passá-lo adiante. Em Dn. 12: 4 também, as palavras, "muitos o esquadrinharão", parecem apontar para uma publicação de informações, uma vez que acrescentou-se que o saber se multiplicará. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">3. Tempo determinado ... para o fim. </b> O cumprimento da visão devia acontecer no tempo determinado por Deus mesmo. Considerando que essas mesmas duas palavras foram usadas em Dn. 8:19, alguns concluíram que se referem ao tempo do fim, ou os últimos dias. Aqui as palavras se referem ao desígnio divino com referência aos caldeus. </p>
<p class="calibre2">Devemos, portanto, entender que a visão se refere à destruição de uru poder mundial ímpio, do qual a Babilônia era a manifestação existente e que só o dia do Messias veria um cumprimento final dessa promessa. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Mas se apressa para o fim, e não falhará. </b> Os propósitos divinos se apressam para o cumprimento, embora na estimativa humana possa parecer que esteja havendo delongas desnecessárias. João Calvino diz: "Este é o verdadeiro sacrifício do louvor, quando nos refreamos e ficamos firmes na persuasão de que Deus não pode enganar nem mentir, embora possa parecer por algum tempo que ele não nos esteja levando a sério". <b class="calibre1">Certamente virá. </b> A expressão idiomática hebraica que foi usada aqui foi literalmente traduzida na versão grega (a LXX), <i class="calibre3">vindo ele virá</i>. </p>
<p class="calibre2">A referência é à certeza do acontecimento. O escritor da Epístola aos Hebreus usando a LXX, adaptou o texto à promessa da segunda vinda de Cristo, um acontecimento igualmente certo no plano de Deus, embora possa parecer aos olhos dos homens indevidamente deferido. Lemos assim em Hb. 10:37: "aquele que vem virá". </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">4. </b> Uma compreensão clara deste versículo é de grande importância para o cristão. Das passagens do V.T, citadas no N.T., esta aparece três vezes de maneira essencial no contexto. Deve-se notar que quando o versículo é usado no N.T. está como <i class="calibre3">um princípio imutável do relacionamento do Senhor com o seu povo</i>, não como uma predição de acontecimentos na dispensação do N.T. Em Habacuque, a divina resposta tem a intenção de estimula a esperança e a confiança daqueles que são espiritualmente filhos de Deus, enquanto dedara o destino certo do poder mundial caldeu. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Eis o soberbo. </b> Dizer que se refere ao caldeu, distinguindo-o do judeu, é uma resposta muito simples. Mas considerando que a visão é uma resposta à pergunta de 1: 12-17, o caldeu é aquele que se tem em vista. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Pela sua fé. </b> Um problema de menor importância é o seguinte : É o homem, justificado pela fé, que vive, ou o homem justo é o que vive pela fé? O uso que Paulo fez da passagem parece destacar o primeiro significado, embora o caráter de suas obras permita a segunda interpretação. De qualquer forma, o apóstolo usa a palavra "viver" com força particular. Não significa simplesmente sobreviver, mas viver eternamente na graça de Deus. </p>
<p class="calibre2">Uma pergunta mais importante é se o hebraico <b class="calibre1">'êmûnâ</b> deve ser traduzido para "fé" ou "fidelidade". Em muitos lugares do V.T. tem o segundo significado, como, por exemplo, em II Reis 12:15 e Jr. 5:1. </p>
<p class="calibre2">Contudo, é digno de nota que a raiz desta palavra já foi usada em Hc. 1:5 com o sentido de dar crédito à palavra ou promessa de Deus. Mais ainda, a fidelidade, mesmo como um aspecto do caráter do homem, não preenche a lacuna. A fidelidade tem de ser exercida em relação alguém ou alguma coisa. Neste caso o indivíduo tem de ser fiel a Deus, à palavra e à aliança de Deus. Ele deve confiar firme ou profundidade em Deus mesmo. O uso neotestamentário está de completo acordo com isto. </p>
<p class="calibre2">Pode-se destacar também que seria melhor enriquecer nossa idéia neotestamentária do significado da "fé" usada no V.T. A fé não é um mero consentimento para com uma proposição sobre Deus conforme revelada em Jesus Cristo, Seu Filho. É o oposto do orgulho que incha, da auto-confiança. É humildade diante de Deus, uma prontidão de se conformar coma Sua vontade. É uma convicção de que Ele não pode mentir nem falhar (2:3), uma dependência apesar das circunstâncias externas (3:17). Um homem profundamente religioso como Habacuque dificilmente teria deixado de pensar em Abraão e no que se disse dele, que ateu no Senhor e isto lhe foi imputado por justiça. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Viverá. </b> Sem dúvida nesta profecia se encontra presente a idéia de sobrevivência. Não obstante, à vista do relacionamento espiritual envolvido, esta não é a única idéia. O significado verdadeiro está bem ressaltado no pedido que Abraão faz em Gn. 17, 18, usando o mesmo verbo: "Que Ismael possa viver diante de ti". <i class="calibre3">Viver</i> significa não apenas ter segurança ou proteção nesta vida, mas desfrutar a bondade divina, que é melhor do que a vida. É ser querido por Ele, objeto do Seu cuidado. </p>
<p class="calibre2">Permanecem duas perguntas em relação ao uso que Paulo faz de Hc. 2:4 em Rm. 1:17 e Gl. 3:11. O apóstolo não estaria usando a palavra "fé" no sentido distinto de uma antítese às obras da lei como meio de aceitação diante de Deus? Esta antítese não se encontra em Habacuque. </p>
<p class="calibre2">Mais ainda, não seria a fé da qual Paulo fala uma fé no Messias, do qual não se faz menção em Habacuque? Deve-se reconhecer desde o princípio que Paulo não tinha a intenção de ensinar que a justificação pela fé em Cristo foi apresentada pelo profeta. Ele ensina, entretanto, que um princípio definido tem sido exposto nas Escrituras em relação ao relacionamento do homem com Deus e que este princípio opera mais definidamente no refilo do padrão legal do homem diante de Deus. Colocando o assunto em outras palavras, Habacuque estabeleceu um princípio através do qual a fidelidade, que é uma confiança humilde e inabalável na palavra de Deus, foi declarada ser o instrumento que ocasiona o bem-estar e a segurança do povo da aliança. Paulo dedara que o mesmo instrumento é o meio de se alcançar a justificação diante de Deus. Fazendo assim ele não priva a idéia da fidelidade, ou da fé, do seu verdadeiro significado. </p>
<p class="calibre2">Na realidade, se muitos pregadores evangélicos modernos dessem à palavra "fé" o significado que a palavra hebraica tem, haveria menos superficialidade na profissão e prática do Cristianismo. </p>
<p class="calibre2">Por outro lado, também se deveria reconhecer que Paulo, em comparação com Habacuque, alarga infinitamente o alcance da palavra "viver", pois ele a aplica à vida futura, à esfera da salvação ou bem-estar eterno, distinguido-a do bem-estar meramente temporal. Que o apóstolo está justificado fazendo assim é logo reconhecido pelos cristãos, uma vez que os escritores do N.T. empregara muitas formas e figuras do V.T, com uma plenitude de significado de muito transcendendo àquele que trilha para os crentes da velha dispensação. Finalmente, a antítese entre o princípio da fé ativa e o princípio das obras da lei meritórias como meio de salvação é, naturalmente, uma parte do argumento do próprio apóstolo. É um desenvolvimento lógico da natureza da própria fé. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">VI. Cinco Castigos para a Iniqüidade, quer dos Judeus, quer dos Caldeus. 2:5-20. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">5. O vinho é enganoso. </b> A palavra hebraica <i class="calibre3">yayin</i>, "vinho", constitui um problema porque aparece no texto como sujeito do verbo. A LXX a interpreta figuradamente como <i class="calibre3">o arrogante</i>. Alguns comentaristas mudam as consoantes formando outra palavra, "o opressor". O Comentário Qumran apóia o texto hebreu, entretanto. Provavelmente o significado é que a conduta do homem enganoso é como a que o vinho produz. Lembramo-nos das palavras de Kipling em "Recessional": </p>
<p class="calibre2">"Se, bêbados à visão do poder, soltamos Violentas palavras que não Te respeitam". </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Cuja gananciosa boca se escancara como o sepulcro</b> ( <i class="calibre3">sheol</i>). O Sheol, habitação dos que partiram, é imaginada como uma criatura voraz ansiosa por engolir a humanidade. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6. Todos estes. </b> A referência é às nações e povos mencionados no versículo 5. <b class="calibre1">Provérbio. </b> A palavra hebraica significo uma semelhança, da qual ela toma o sentido de parábola. Considerando, entretanto, que não há nenhuma parábola neste capítulo, a palavra deve ser entendida como o equivalente a <b class="calibre1">um dito zombador. </b> <b class="calibre1">Penhores</b>. A palavra que foi usada aqui não se encontra em nenhum outro lugar das Escrituras, mas esta tradução é a melhor. O significado se encontra no ódio do hebreu ao usuário e nas leis levíticas contra a aceitação de penhores de valor maior do que o exigido pela segurança. Os caldeus roubaram os pobres, açambarcando tudo o que podiam ganhar de maneira ilegal. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">7. Os teus credores. </b> Os caldeus, embora agissem como credores, eram na realidade devedores de todos; e chegaria a sua vez de serem abalados ou irritados (cons. Mt. 18:28). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">8. Os mais povos te despojarão a ti. </b> Os babilônios seriam recompensados na proporção de olho por olho e dente por dente. A lei da. retaliação que está em todo o V.T. desde Gn. 9:6 não pretende ser uma regra de vingança mas um princípio de justiça. Os homens receberão o castigo que merecem. </p>
<p class="calibre2">Considerando que os caldeus foram o alvo do primeiro castigo, os castigos enunciados no restante do capítulo, nos versículos 9-20, aplicam-se mais universalmente, e certamente incluem os pecados de Judá e Israel. Confinar a condenação divina aos inimigos de Israel somente seria confirmar num sentido de segurança carnal os pecadores dos quais Habacuque se queixou no princípio. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9. Ajunta ... bens mal adquiridos. </b> Aqui o extorsionário e o concessionário são condenados. Basicamente, é claro que não foram considerados perversos apenas os ates específicos, mas os alvos e as tendências da alma da qual fluíam. <b class="calibre1">Em lugar alto o seu ninho. </b> A águia e o abutre constroem seus ninhos nas alturas, em penhascos inacessíveis. </p>
<p class="calibre2">Esperar manter a felicidade e a permanência através de acumulação desonesta de poder e propriedades é tentar "estabelecer" o seu ninho "em lugar alto". Por outro lado, o Senhor é a habitação dos crentes em todas as gerações. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">10. Vergonha maquinaste</b> (AV, <i class="calibre3">consideraste</i>). Os caldeus e outros não planejaram realmente a confusão para si mesmos; antes, Deus transformaria em vergonha o que eles tinham inventado. Eles, portanto, pecaram contra suas próprias almas, embora talvez parecesse que eles tinham pecado contra outros. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12. Edifica a cidade com sangue. </b> Expressões semelhantes em Mq. </p>
<p class="calibre2">3:10 e Jr. 51:8 apontam para o fato de que os pecados de Judá, como também os da Babilônia estão envolvidos aqui. É muito possível que seja uma referência ao desgoverno de Jeoaquim (cons. Jr. 22:13). Árduas atividades construtivas eram geralmente enfrentadas pelos monarcas na busca da auto-glorificação. <b class="calibre1">Com sangue. </b> É uma expressão freqüente significando culpa de sangue ou culpa grave. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13. Não vem do SENHOR. </b> A causa principal do fracasso dos planos e programas humanos é a providência soberana de Deus. Ela não se limita em sua aplicação à destruição da Babilônia. Os termos usados são muito generalizados e incluem todos os que se opõem à vontade de Deus e o Seu reino. O Senhor dos exércitos não é simplesmente o Deus das batalhas e, portanto, Aquele em quem se encontra a vitória final dos judeus. Ele é o Senhor de todos os exércitos do universo e é capaz de fazer a Sua vontade entre os exércitos dos céus e os habitantes da terra. </p>
<p class="calibre2">Labutem para o fogo. Eles assumirão um trabalho inútil. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">14. A terra se encherá. </b> Muitos têm considerado este versículo como predição ou da dispensação do Evangelho ou do reino milenial de Cristo. Diferindo da predição de Isaías, em Isa. 11:9, que prediz um tempo quando os homens conhecerão a Deus, desfrutando de íntima comunhão com Ele, este versículo diz que haverá uma manifestação da <b class="calibre1">glória</b> do Senhor. A referência é ao poder e à majestade de Deus conforme demonstrados no juízo contra os ímpios e os inimigos do Seu povo (cons. Nm. 14:21-23; Sl. 97). Como a água enche o mar com abundância transbordante, assim a glória de Deus se manifestará a todos os homens em medida abundante. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">15. Que dá de beber ao seu companheiro. </b> Uma comparação com diversas outras passagens do V.T. , tais como Jr. 25:15, 16; Is. 51:17; Sl. 75:8, mostra que esta declaração não deve ser aceita literalmente. O conceito é o de induzir em um estado de humilhação e prostração desamparada como o de uma pessoa embriagada. <b class="calibre1">As vergonhas. </b> A concupiscência foi usada como metáfora para o bárbaro desejo do poder. </p>
<p class="calibre2">O uso dessas figuras implica, naturalmente, em uma forte condenação dos atos pessoais que substituem a figura. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">16. </b> Este versículo promete que os caldeus sofreriam nas mãos do Senhor o mesmo tipo de vergonhosa exposição que eles infligiram aos outros. <b class="calibre1">A tua incircuncisão. </b> Ficar em tal condição era se expor como objeto de zombaria diante do povo de Deus (Juízes 14:3; 15:18; I Sm. 17:26) e não ter condições de comparecer diante de Deus. <b class="calibre1">Chegará a </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">tua vez de tomares o cálice da mão direita do SENHOR. </b> Não é uma convicção de que algo justo deverá prevalecer, ou que a injustiça será punida na ordem natural das coisas. É uma filosofia da história na qual Deus julga as nações e o desmoronar do império é o resultado de Sua vontade. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">17. A violência</b> ( <i class="calibre3">feita</i>) <b class="calibre1">contra o Líbano. </b> Monarcas sucessivos de diversas nações cortaram a madeira do Líbano, caçaram seus animais selvagens e mataram o seu gado. Neste exemplo o Líbano é um nome usado para descrever a Judéia, como também em Jr. 22:6, 23; Zc. 10:10; 11:1. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">18. Mestra de mentiras. </b> Em que sentido podem os ídolos, que são mudos, serem também mestres de mentiras? Conforme Calvino observa, eles seduzem as almas simples. São instrumentos de iludir homens. A imagem, disse Matthew Poole, "era o produto da arte (do homem) e contudo a esperança de sua alma". </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">19. Que diz ao pau: Acorda ... </b> A linguagem, obviamente, é de zombaria, como a de Elias escarnecendo dos sacerdotes de Baal. Uma inscrição babilônica em honra de Bel diz: "Quanto tempo o senhor que dorme continuará dormindo?" <b class="calibre1">20. No seu santo templo. </b> Enquanto os mestres de muitas nuances de opiniões teológicas identificam o <b class="calibre1">santo templo</b> como sendo o santuário de Jerusalém, uma comparação com Sl. 11:4; 18:6, 9; II Sm. 22:7, 10 mostra que a expressão é usada com referência específica aos céus. À vista do fato de toda a terra ser ordenada a permanecer em silêncio diante do Senhor, esta conclusão parece a melhor. <b class="calibre1">Cale-se. </b> O hebraico tem um imperativo forte, <i class="calibre3">has</i>! muito parecido com a nossa expressão <i class="calibre3">Silêncio</i>! Os crentes, especialmente, manterão suas almas em quietude e confiança, pois Deus tem prometido que até mesmo que a visão tarde em se realizar, não deixará de acontecer. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Habacuque 3 </b></p>
<p class="calibre2">VII. Uma Visão do Juízo Divino. 3:1-16. </p>
<p class="calibre2">Este capítulo é chamado de oração pelo escritor ( <i class="calibre3">tepillâ</i>), embora se concorde universalmente que a maior parte dele é a descrição de uma teofania experimentada pelo profeta. Só o versículo 2 é um pedido. </p>
<p class="calibre2">Contudo as atitudes de temor reverente, de respeito, de fé que triunfa em circunstâncias perturbadoras encontram-se tão profundamente enraizadas no espírito da oração que pouca dúvida pode existir que a "oração" inclui todo o capítulo. O capítulo também é chamado de salmo embora não por Habacuque – uma vez que as instruções darias no título se referem ao modo pelo qual devia ser cantado, e a subscrição diz que instrumentos devem acompanhar o cântico. Além disso, o enigmático <b class="calibre1">Selá</b>, que geralmente indica as pausas periódicas, ou talvez mudanças de tempo, aparece três vezes. </p>
<p class="calibre2">Por diversos motivos, como já foi mencionado na Introdução, pensa-se que este capítulo tenha sido escrito por outra pessoa e não por Habacuque. Isto significaria, naturalmente, que 3:1, que lhe atribui o capítulo, estaria incorreto. O fato do terceiro capítulo não aparecer no Comentário Qumran não constitui objeção real. Nem o argumento de que esta passagem não tem a forma de diálogo das seções anteriores. A própria natureza do capítulo, que é uma oração, impede o estilo de diálogo. Há algumas evidências lingüísticas que confirmam a unidade do livro, além do fato da teodicéia ser incompleta sem este capítulo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1. Sob a forma de canto. </b> <i class="calibre3">Shigionoth</i> é uma palavra de significado incerto, sendo mais seguro transliterá-la assim. A Vulgata Latina a traduz para <i class="calibre3">pro ignorantiis</i>, "pelos pecados feitos em ignorância". A profecia não dá a idéia de que os pecados de Judá ou os dos caldeus pudessem ser considerados pecados cometidos em ignorância. </p>
<p class="calibre2">Provavelmente a palavra indica o tipo de música ou o tempo no qual o salmo podia ser cantado quando usado no culto. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2. As tuas declarações. </b> São aquelas do juízo divino que provavelmente trarão sofrimento a Habacuque e àqueles que file são ligados por laços comuns de fé e amor. É o juízo anunciado no cap. 1. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Aviva. </b> Embora as versões inglesas traduzam o hebraico para <i class="calibre3">reaviva</i> ou <i class="calibre3">renova</i>, o profeta não está pedindo a Deus que repita o que já fez nos grandes dias de outrora. O verbo foi usado em outras passagens com força cansativa, como, por exemplo, em Gn. 7:3; 19:32; Dt. 32:39, onde o significado é preservar com vida, ou chamar à vida. Pede-se a Deus que ponha em operação as Suas obras, isto é, Seu programa exposto, para que se torne uma ação viva. Que esse é o caso está confirmado pelo paralelismo: "no decurso dos anos faze-a conhecida". <b class="calibre1">A </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">tua obra</b> é então o propósito anunciado em 1:5, junto com os juízos enunciados no capítulo 2. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">No decorrer dos anos. </b> Bengel, um comentarista mais antigo, declara que este versículo aponta para o nascimento de Cristo e a era cristã. A obra de Deus tem de ser feita em um período que divide a história, o Velho Testamento do Novo. Esta proposição não tem encontrado boa aceitação. Habacuque está pedindo que no correr dos anos futuros Deus possa castigar e curar. </p>
<p class="calibre2">Alguns acham que os versículos 3-15 descrevem uma teofania, ou uma manifestação da Divindade ao profeta. Outros acham que é simplesmente um recital poético das obras divinas com um motivo referente ao Êxodo, isto é, empregando os padrões da atividade divina no período do Êxodo. Não há motivos para acharmos que Habacuque tivesse o tipo de experiências teofanias dadas a Abraão. Ao mesmo tempo estes versículos são mais que uma celebração poética. </p>
<p class="calibre2">Enquanto a linguagem parece referir-se ao Êxodo e narrativas subseqüentes de Deus lidando com Israel, há também uma grande dose de originalidade na descrição. O profeta fala, por exemplo, de montanhas retorcendo-se e fragmentando-se e também de uma exibição de brilhante resplendor que encheu a terra e o céu. É melhor considerar todo o panorama de perturbações cósmicas que são o resultado da presença de Deus como sendo parte da visão do profeta. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">3. De Temã ... de Parã. </b> Parã era a área deserta a oeste do Arabá e perto do sítio tradicional do Monte Sinai. Tema era a rochosa capital-fortaleza de Edom, mas o nome também indica o território a leste de Pará. Deus é representado aproximando-se em Juízo vindo do distrito onde Israel não só experimentara sua graça redentora mas também fizera aliança com ele. Também foram os distritos nos quais algumas das gerações incrédulas pereceram. <b class="calibre1">Do seu louvor. </b> <b class="calibre1">Louvor</b> aqui não se refere ao louvor enunciado pelos habitantes da terra, mas antes à excelência de Deus que merece o louvor de toda a criação. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">4. Raios brilham da sua mão. </b> A palavra hebraica "chifres" também é usada para descrever raios de luz, cujo significado parece óbvio aqui. Esses raios emanavam de ambos os lados. O centro de onde vinha esse brilho parecido como sol era o esconderijo do poder de Deus. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">5. A peste, e a pestilência</b> são fenômenos que acompanham o aproximar-se do senhor, como os relâmpagos e os trovões acompanham o aproximar-se de uma tempestade. Talvez o profeta veja a criação animada murchando diante de Deus, como se fosse ferida por um vento pestilento. Deixa um caminho chamuscado como se fosse cauterizado pelo fogo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6. Ele pára. </b> Jeová interrompeu Seu avanço para que pudesse examinar a terra, para determinar a espécie e grau de juízo a ser administrado. As montanhas tremiam e se desfaziam só por Deus tocar nelas. Aqui há um argumento a fortiori. Se as próprias rochas e montanhas que desafiaram a destruição do tempo desfaziam-se em nada sob o toque dos pés do Senhor, ou sob os seus olhos, então quem permanecerá no dia de Sua ira? <b class="calibre1">7. Cusã. </b> Aceita-se de modo geral que Cusã é a Etiópia. Contudo é mais lógico supor que Cusã era a parte do território sobre o qual os midianitas vagavam e que foi de lá que veio Zípora, a esposa de Moisés, chamada de cusita. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">8. Acaso é contra os fios, SENHOR?... </b> A pergunta é retórica, calculada para levar a mente para o motivo verdadeiro da visitação do Senhor – a <i class="calibre3">salvação</i>. A salvação divina constitui, pode-se presumir, o tipo de livramento pelo qual o profeta orou no capítulo 1. Incluirá o livramento da violência e da malícia pelas quais os piedosos estão rodeados, de modo que a lei já não ficará mais relaxada. A salvação não é sinônimo daquilo que nos é oferecido em nosso Senhor Jesus Cristo, embora sob diversos aspectos seja uma prefiguração da obra do Messias. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9. E farta está a tua aljava de flechas. </b> De todas as cláusulas da profecia inteira, esta é provavelmente a mais difícil de explicar. Pode ser uma interpolação, significando que a única esperança de Judá é a promessa convencional de Deus, particularmente a Aliança do Sinai ou Mosaica. Em um pequeno grupo de manuscritos antigos esta frase diz: <b class="calibre1">E </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">farta está a tua aljava de flechas, </b> que tem bom sentido mas não tem o apoio dos melhores manuscritos hebraicos. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">10. As profundezas do mar... levantam ... as suas mãos. </b> Em sua visão o profeta vê ondas imensas se levantando no mar, e se lembra dos gestos do homem acossado pelo terror. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">11. O sol e a lua param. </b> As duas esferas que dão luz à terra e governam o tempo pareciam estar consternadas, junto com o restante da criação, diante do esplendor do Senhor quando Ele apareceu em juízo. </p>
<p class="calibre2">Pareciam pálidas em comparação com a luz das flechas de Deus e sua espada reluzente. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12. Marchas. </b> O Senhor marchava através da terra como um conquistador triunfante, pisando as nações como um camponês pisa os grãos. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13. Para salvamento do ... </b> ( <i class="calibre3">com</i>) <b class="calibre1">o teu ungido. </b> O <b class="calibre1">ungido</b> deve ser o remanescente fiel entre o povo da aliança. No tempo do V.T. todos os israelitas não constituíam o Israel (Rm. 9:6). A libertação divina estendia-se às pessoas que esperavam pela consolação de Israel na pessoa do seu rei messiânico. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13. E lhe descobres de todo o fundamento</b> ( <i class="calibre3">até o pescoço</i>, ou <i class="calibre3">até a rocha</i>). Aparentemente o texto deveria ser <i class="calibre3">a rocha</i>. As duas palavras são muito parecidas no hebraico. A figura é do conquistador derrubando os fundamentos até o chão. A casa dos ímpios é totalmente demolida. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">16. Ouvi-o. </b> Embora a visão fosse vista, seu significado foi <i class="calibre3">ouvido</i>, ou assinalado pelo profeta. Cons. Is. 55:3, " <b class="calibre1">ouvi</b>, e a vossa rima viverá". </p>
<p class="calibre2">O profeta sabia muito bem o que significava a execução do juízo divino para ele e para o povo entre o qual vivia. O efeito imediato sobre ele foi o de tremendo espanto, como indica a comoção dos órgãos internos. O efeito final, entretanto, foi o de fé confirmada. Conforme Calvino declara: "Aquele que em tempo antecipa a ira de Deus e se sente tocado pelo temor, logo que ouve que o juízo divino está perto, assegura-se do mais seguro refúgio para o dia da aflição". </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">VIII. O Triunfo da Fé. 3:17-19. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">17. </b> A menção da figueira, da videira, da oliveira, dos cereais e dos rebanhos abrange toda a linha dos produtos agrícolas dos quais a nação dependia. Presumivelmente a razão para o fracasso das colheitas fosse a invasão caldéia. As tropas inimigas não só acabavam com a terra mas com freqüência e deliberadamente destruíam árvores e colheitas. Uma antiga crônica egípcia gaba-se de que os soldados egípcios arruinaram as árvores frutíferas de uma planície costeira da Palestina. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">18. Todavia eu me alegro no SENHOR. </b> A ruína tão vivamente descrita leva o profeta não ao desespero mas a fé no seu Senhor. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">19. Os meus pés como os da corça. </b> A corça é veloz e não pisa em falso, por isso escapa rapidamente ao perseguidor. O quadro é o de alguém supremamente confiante em que aquele que leva o seu povo a passar por provações é fiel e fornecerá em cada provação um caminho de escape, para que o povo seja capaz de enfrentá-la. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Ao mestre de música. </b> Esta oração foi evidentemente destinada ao coro dos levitas, embora o salmo, ao contrário de alguns outros que foram encontrados fora da coleção, como, por exemplo, II Sm. 22:2 e segs. e I Cr. 16:8 e segs., jamais fosse colocado dentro do Livro dos Salmos. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">SOFONIAS </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1"> </b> <b class="calibre1"> <a href="index_split_000.html#0">Introdução</a></b><b class="calibre1"> </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1"> <a href="index_split_000.html#0">Esboço </a></b></p>
<p class="calibre2"><a href="index_split_000.html#0"><b class="calibre1"> Capítulo 1</b></a><b class="calibre1"> <a href="index_split_000.html#0">Capítulo 2 Capítulo 3 </a></b></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">INTRODUÇÃO </b></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Título. </b> O livro de Sofonias recebe o seu nome do profeta cujo ministério ele registra. <i class="calibre3">Sepanyâ</i> significa "o Senhor esconde" ou "o Senhor tem escondido". O profeta nasceu durante o cruel reinado de Manassés (692-638 A.C.), que "derramou muitíssimo sangue inocente, até encher a Jerusalém de um ao outro extremo" (II Reis 21:16). Seu nome indica uma confiança do poder de Deus para esconder (isto é, proteger) seu adorador em momentos de perigo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">O Profeta e a Sua Mensagem. </b> De Sofonias muito pouco se sabe. </p>
<p class="calibre2">Era provavelmente de descendência real (Sf. 1:1; presumivelmente Ezequias era o Rei Ezequias) e profetizou durante o reinado de Josias (637-607 A.C.), entre a queda de Nínive e o ataque babilônico à Judéia. </p>
<p class="calibre2">Sob Josias a administração da Lei e a adoração do Senhor foi brevemente revivida, mas o povo continuou praticando a idolatria em segredo. A percepção desta hipocrisia incitou o jovem profeta à ação. </p>
<p class="calibre2">Embora o rei se juntasse ao profeta em um movimento de reforma, a maré do mal avançou. O desenvolvimento da impiedade inevitavelmente levou ao momento em que Deus usaria Nabucodonosor como vara de Sua ira. </p>
<p class="calibre2">Sofonias aponta a causa do juízo de Deus, proclamando a degeneração moral do povo. Ele, entretanto, torna claro que a porta da misericórdia está aberta para aqueles que sinceramente se arrependem. O profeta vê o significado de tudo isto à luz do propósito de Deus em enviar o seu Filho, o Senhor Jesus, como o Messias de Israel e o Salvador de toda a humanidade. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Autoria e Data. </b> O primeiro versículo de Sofonias (usando a fórmula costumeira das obras dos profetas) indica que o livro constitui a mensagem que Deus concedeu ao profeta e que o profeta mesmo registrou. E não temos motivos para considerar esta indicação como inserção de algum escritor não identificado posteriormente. Embora Sofonias tivesse nascido durante o reinado de Manassés (692-638 A.C.), ele não assumiu seu ofício profético até o começo do reinado de Josias, provavelmente em 627-626 A.C. Presumivelmente a profecia foi escrita não muitos anos depois. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Antecedentes Históricos. </b> Os perversos reinados de Manassés (692-638 A.C.) e Amom (638-637 A.C.) já tinham chegado ao fim. O Rei Josias (637-607 A.C.) tinha subido ao trono de Judá. Sua reforma ainda se encontrava diversos anos pela frente, e as condições apóstatas que prevaleciam por mais de meio século durante os reinados de Manassés e Amam ainda não tinham sido contestados. No começo do reinado de Josias (provavelmente cerca de 627-626 A.C.), Sofonias começou a advertir o seu povo do juízo divino iminente, cuja ira tinha sido provocada pelo seu comportamento. O destino de Samaria em 722 A.C, foi um solene lembrete do poder e justiça divinos. Com vigor juvenil Sofonias estabeleceu os fundamentos das reformas que aconteceram mais tarde no reinado de Josias. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">ESBOÇO </b></p>
<p class="calibre2">I. Introdução. 1:1. </p>
<p class="calibre2">II. Uma advertência do juízo iminente. 1:2-18. </p>
<p class="calibre2">A. O juízo anunciado. 1:2-6. </p>
<p class="calibre2">B. O juízo definido. 1:7-13. </p>
<p class="calibre2">C. O juízo descrito. 1:14-18. </p>
<p class="calibre2">III. Uma exortação ao arrependimento imediato. 2:1 – 3:8. </p>
<p class="calibre2">A. Um convite ao -arrependimento. 2:1-3. </p>
<p class="calibre2">B. Uma advertência detalhada do juízo. 2:4 – 3:8. </p>
<p class="calibre2">1. A terra dos filisteus. 2:4-7. </p>
<p class="calibre2">2. A terra de Moabe e Amom. 2:8-11. </p>
<p class="calibre2">3. A terra dos etíopes. 2:12. </p>
<p class="calibre2">4. A terra dos assírios. 2:13-15. </p>
<p class="calibre2">5. A terra de Judá e a cidade de Jerusalém. 3:1-8. </p>
<p class="calibre2">IV. A promessa da bênção futura. 3:9-20. </p>
<p class="calibre2">A. A promessa da conversão. 3:9-13. </p>
<p class="calibre2">B. A promessa da restauração. 3:14-20. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">COMENTÁRIO </b></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Sofonias 1 </b></p>
<p class="calibre2">I. Introdução. 1:1. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1. </b> A declaração de Sofonias sobre a sua ordenação no ofício de profeta assume a forma familiar: <b class="calibre1">Palavra do SENHOR que veio </b>ao profeta. Um homem assumia o ofício profético em atenção a um chamado direto; o ofício sacerdotal, que era restrito à família de Arão, passava de pai para filho. O pai de Sofonias foi Cusi; seu avô, Gedalias; seu bisavô, Amarias; e seu tetravô, Ezequias, com toda probabilidade o piedoso rei Ezequias. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">lI. Uma Advertência do Juízo Iminente. 1:2-18. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">A. O Juízo Anunciado. 1:2-6. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2. De fato consumirei. </b> A descrição seria certa e completa. </p>
<p class="calibre2">Destruição total sugere as conseqüências horríveis da idolatria e do adultério espiritual. Alguns mestres sugerem que o juízo pronunciado tinha referências iminentes e futuros também. Sua referência imediata, alguns acham, foi aos citas bárbaros, que deixaram sua terra natal ao norte do Mar Negro, que estavam varrendo a Ásia Ocidental e poderiam atacar Judá a qualquer momento. Os cruéis citas empregavam a política da terra arrasada com fúria e vingança. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">3. Consumirei os homens e os animais. </b> Nada poderia escapar. O homem, os animais, as aves e os peixes seriam sujeitos à ira do Senhor. </p>
<p class="calibre2">As águas ficariam infestadas e o ar contaminado. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">4. Exterminarei deste lugar o resto de Baal. </b> Os homens se inclinando diante de Baal, o deus da fertilidade dos cananeus, cujo culto incluía atos de. prostituição ritual, teriam de ser destruídos. <b class="calibre1">O nome dos </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">ministrantes. </b> Esses sacerdotes de longas vestes que representavam os ídolos (cons. II Reis 23:5) tinham de ser completamente exterminados. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">5. O exército do céu. </b> A astrologia e a adoração dos corpos celestiais conforme praticados pelos assírios e babilônios eram comuns entre os idólatras de Judá (cons. (II Reis 23:11; Jr. 19:13; 32:29; Ez. 8:16). <b class="calibre1">Milcom</b>. Moloque, uma divindade semita honrada com sacrifícios de crianças. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6. Os que deixam de seguir. </b> Apanhados nesta rede de apostasia estavam aqueles que rejeitaram as reivindicações do Deus de Israel e foram atraídos pelo culto sensual e imoral prestado à fertilidade. <b class="calibre1">Os que </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">não o buscam. </b> Alguns jamais se aproveitaram da graça e misericórdia do Senhor. Eram auto-centralizados e auto-suficientes, vivendo em total ignorância de suas necessidades espirituais. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">B. O Juízo Definido. 1:7-13. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">7. Cala-te diante do SENHOR. </b> As pessoas que apostataram ao ponto de não poderem retornar. O castigo era agora 1nevitável. Seu clamor vão nos fazer lembrar da geração que pereceu no Dilúvio quando a porta da arca foi fechada. Tinham-se recusado a oferecer um sacrifício quebrado ao Senhor; agora elas seriam o sacrifício. <b class="calibre1">O dia do SENHOR</b> é o dia do juízo como em Amós 5:18. Os <b class="calibre1">convidados</b> são os inimigos de Judá, e o <b class="calibre1">sacrifício</b> é Judá (cons. Is. 34:6). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">8. Hei de castigar os oficiais e os filhos do rei. </b> Após a morte de Josias, Judá apressou-se em concretizar o seu destino. O péssimo reinado de Jeoacaz (o sucessor de Josias) só durou três meses e o governo do idólatra Jeoaquim só durou onze anos. O reinado de três meses de Jeoaquim foi rapidamente seguido pela segunda deportação à Babilônia. </p>
<p class="calibre2">Então veio a destruição final de Jerusalém durante o reinado de Zedequias, que foi levado à Babilônia como prisioneiro, depois que seus olhos foram arrancados (II Reis 25:6, 7). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9. </b> Aqui, ao que parece, a referência foi feita aos servos do rei que constantemente se achavam à sua disposição. Eram evidentemente os políticos corruptos daquele tempo – vendendo sua influência e posição por dinheiro. Os mestres rabínicos judeus sugerem que <b class="calibre1">aqueles que </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">sobem ao pedestal</b> eram os filisteus, que, depois que Dagom caiu diante da arca, não pisavam mais na soleira da porta ao entrarem no templo, mas, antes, pulavam por cima dela. Outros defendem que eram bandidos que arrombavam as casas das pessoas e levavam o que queriam. Talvez eles pulassem por cima do pedestal para evitar provocar os deuses que eles pensavam que guardassem a porta das casas. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">10. Far-se-á ouvir um grito ... e um uivo. </b> Um quadro profético apresentado sobre o ataque inimigo vindo do norte sobre Jerusalém. A Porta do Peixe se abria para o lado setentrional do Vale de Tyropoeon (cons. Ne. 3:3; 12:39). Esta seria a direção da qual a notícia da aproximação do exército caldeu viria. O som da aproximação do inimigo está descrito como <b class="calibre1">grande lamento desde os outeiros. </b> <b class="calibre1">11. Mactés</b> ("um pilão", "uma gamela", ou "uma bacia"). Alguns comentaristas identificam Mactés com a parte de Jerusalém que fica no Vale do Cedrom, onde se moia arroz, trigo e outros cereais em um pilão. </p>
<p class="calibre2">A configuração de <b class="calibre1">Mactés</b> talvez desse origem ao seu nome. </p>
<p class="calibre2">Profeticamente é usado para descrever o modo pelo qual os habitantes seriam batidos e triturados, como grãos em um pilão. <b class="calibre1">Todos os que </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">pesam prata são destruídos. </b> Mais especificamente, os comerciantes e cambistas seriam abatidos até a morte sem esperanças e privados de toda a ajuda. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12. Esquadrinharei a Jerusalém com lanternas. </b> Uma busca total, de dia e de noite, seria feita. Ninguém escaparia. Não ficaria nenhum cantinho não esquadrinhado no qual o pecado escapasse ao castigo. <b class="calibre1">Os </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">homens que estão apegados à borra. </b> A borra constitui o refugo ou os sedimentos depositados pelo vinho ou licor (cons. Is. 25:6). Apegar-se à borra significava tornar-se complacente e satisfeito com o seu próprio caráter e circunstâncias – talvez ficar em estupor alcoólico (cons. Jr. 48:11). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13. Os seus bens. </b> As coisas nas quais confiavam viriam a se tornar uma armadilha para eles. Seus esforços pelo ganho material acabariam em nada. Não desfrutariam dos frutos do seu trabalho. Não morariam nas curas construídas por eles, nem colheriam as uvas plantadas (cons. Amós 5:11). </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">C. O Juízo Descrito. 1:14-18. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">14. Está perto. </b> Após a morte de Josias, o juízo aproximou-se rapidamente. Aqui ele é comparado a uma tempestade que se movimenta com rapidez. Enquanto a referência imediata parece referir-se à invasão cita, o cumprimento final virá com o Juízo final, quando haverá "choro e ranger de dentes" (Mt. 8:12; 25:30, e outras). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">15. Aquele dia é dia de indignação. </b> Quando as misericórdias do Senhor são desdenhadas, a ira é o resultado certo. <b class="calibre1">Dia de angústia e dia </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">de alvoroço. </b> Todas as horríveis conseqüências do juízo: a invasão, o ataque, a confusão, a tortura – sofrimento e horror de todo tipo. Será um dia de trevas. A cidade ficará encoberta por pesado véu de fumaça e cheiro de carnificina. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">16. Dia de trombeta. </b> O alarme soará, e correios levarão as terríveis notícias, mas sem resultado. A nação terá chegado ao ponto em que não há retorno. O juízo terá de prosseguir o seu curso. As cidades muradas serão invadidas e <b class="calibre1">as torres altas</b> cairão sob o toque dos aríetes. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">17. Angústia sobre os homens. </b> Um severo estado de sofrimento, dor e aflição virão. Em seu desespero sem esperanças, os homens ficarão enlouquecidos. Andarão às apalpadelas em busca de auxílio e salvação, mas toda a esperança de livramento do juízo terá desaparecido. Seu pecado e apostasia contra o Senhor terão provocado a Sua ira. O sangue cobrirá as ruas como pó, e corpos humanos ficarão amontoados em montes como lixo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">18. Nem a sua prata nem o seu ouro. </b> Já se foi o tempo em que os privilegiados podiam comprar tudo. Seu dinheiro não comprará mais comida, porque não haverá comida. Um juízo de fogo consumirá suas posses terrenas. Uma desolação universal tomará conta da terra. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">III. Uma Exortação para o Arrependimento mediato. 2:1 – 3:8. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Sofonias 2 </b></p>
<p class="calibre2">A. Um Convite ao Arrependimento. 2:1-3. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1, 2. Concentra-te. </b> A miséria gosta de companhia. O povo de Judá devia se reunir para que pudesse observar sua própria corrupção coletiva. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Ó nação, que não tens pudor. </b> Através de sua apostasia eles tinham perdido o seu direito à vida. Tinham se divorciado do Senhor. <b class="calibre1">Antes que </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">saia o decreto. </b> O povo foi convidado a uma convocação final <b class="calibre1">antes que </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">venha sobre ti o furor da ira do SENHOR. </b> Os agentes do castigo do Senhor, talvez os citas, dariam início imediato ao juízo e os babilônios terminariam o que os cita deixassem por fazer. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">3. Buscai o SENHOR. </b> Um último rogo foi feito pelo Senhor através do profeta. <b class="calibre1">Porventura lograreis esconder-vos no dia da ira do </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">SENHOR. </b> Ainda seria possível o arrependido escapar ao juízo se ao menos se voltasse para o Senhor. Tal como Deus advertira os endurecidos entre o povo a que se humilhassem, assim ele agora advertia os humildes a que o buscassem a fim de escapar da calamidade geral (cons. Sl. 76:9). </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">B. Uma Detalhada Advertência de Juízo. 2:4 – 3:8. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">1) A Terra dos Filisteus. 2:4-7. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">4. Porque Gaza será desamparada. </b> Até mesmo a vizinha comunidade dos filisteus sentiria o juízo iminente. Esse povo tinha sido importunado pelos egípcios; agora os babilônios trariam o juízo total. É impossível reproduzir a assonância deste versículo exatamente, mas a tradução de J.R. Dummelow sugere o seguinte: "Gaza será uma ruína horripilante; Ascalom um monte de cinzas deserto" ( <i class="calibre3">A Commentary on the Holy Bible</i>, in loco). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">5. </b> Os <b class="calibre1">quereítas</b>. Um povo que ocupava a costa sul da Filístia (veja I Sm. 30:14; Ez. 25:16). A LXX traduz esta palavra para oveus (Amós 9:7; Dt. 2:23). Os <b class="calibre1">quereítas</b> eram provavelmente parentes dos filisteus e eram imigrantes de Creta. Toda a costa filistéia sentiria a ira de Deus. </p>
<p class="calibre2">Nenhum habitante seria deixado; todos seriam mortos ou levados prisioneiros. O invasor não faria acepção de pessoas. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6. O litoral ... com refúgios para os pastores. </b> Todos os edifícios permanentes seriam destruídos. Os pastores levantariam pequenos abrigos e currais de alvenaria (Is. 17:2). A população e a lavoura desapareceriam da região. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">7. Aos restantes da casa de Judá. </b> Um pequeno remanescente seria deixado depois do ataque babilônico. Um remanescente, mantido pelo poder de Deus na Babilônia, voltaria no final do Exílio. <b class="calibre1">E lhes mudará </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">a sorte. </b> Novamente voltariam a ser povo livre (cons. Mq. 4:6, 7). </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">2) A Terra de Moabe é Amom. 2: 8-11. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1"> </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">8. Moabe, e ... Amom ... escarneceram do meu povo. </b> O castigo lhes seria imposto por terem abusado do povo de Judá (com. Jr. 48:27-31; Ez. 25:8-11). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9. Moabe será como Sodoma, e os filhos de Amom como Gomorra. </b> Sodoma e Gomorra são mencionados como símbolo do juízo violento do Senhor. Tal como essas cidades foram totalmente destruídas, assim o juízo de Deus cairia sobre as cidades de Moabe e Amom. Todo o distrito seria reduzido a um canteiro de espinhos e sua desolação perpétua seria comparável a marnotas (cons. Is. 15:1 e segs.). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">10. Isso lhes sobrevirá por causa da sua soberba. </b> Um espírito orgulhoso precede a queda (Pv. 18:12). Os amonitas e os moabitas exibiram a sua arrogância diante do povo de Judá. Agora o seu orgulho seria reduzido à humilhação e à calamidade (cons. Ez. 25:8-11). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">11. Aniquilará todos os deuses. </b> A destruição de Jerusalém pelos babilônios demonstrava a futilidade da confiança nos deuses de Canaã. O culto a Baal perdeu o seu destaque entre os judeus durante o Exílio. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">3) A Terra dos Etíopes. 2:12. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12. Também vós, ó etíopes. </b> Eles também seriam vítimas da matança de Nabucodonosor (cons. Jr. 46:2, 9; Ez. 30:4, 5; Amós 9:7). </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">4) A Terra dos Assírios. 2:13-15. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13. Destruirá a Assíria; e ... Nínive. </b> Nínive foi tão completamente destruída que sua localização se perdeu na memória dos homens até o seu redescobrimento pelos arqueólogos durante o século dezenove. Naum dá uma descrição viva de sua destruição total em 612 A.C. (cons. Is. 10:12; Na. 1:2; 2:10; 3:15). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">14. No meio desta cidade repousarão os rebanhos. </b> Esta profecia foi literalmente cumprida. Ovelhas pastam exatamente onde antes se levantava a orgulhosa Nínive. Arqueólogos têm escavado porções desta grande cidade, inclusive as imensas figuras de bois alados com cabeças humanas que ficavam de nabos os lados do portão principal simbolizando o seu poder. Atualmente este sítio é verdadeiramente o local da habitação do <b class="calibre1">pelicano</b> (uma ave de grande porte, cons. Lv. 11:17) e do <b class="calibre1">ouriço</b>. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">15. Esta é a cidade alegre e confiante</b> (cons. Is. 47: 8, 9). Nínive foi a arrogante capital da Assíria – a cidade de imperadores tais como Senaqueribe e Esaradom. Esta orgulhosa cidade, a capital da Ásia ocidental, onde os emissários de toda a região do Mediterrâneo oriental apresentavam suas credenciais reais em busca de favores – se tornaria um lugar de desolação e ruína. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Qualquer que passar por ela assobiará com desprezo, e agitará </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">a mão. </b> Ambas atitudes são sinais de desprezo e vergonha. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Sofonias 3 </b></p>
<p class="calibre2">5) A Terra de Judá e a Cidade de Jerusalém. 3:1-8. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1. Cidade opressora ... rebelde e manchada. </b> Como resultado da adoração de Baal e Moloque, Jerusalém ficou degenerada. Os líderes religiosos viviam em adultério, e ofereciam seus filhos como sacrifício humano a fim de obter o favor dos deuses da natureza (Jr. 19:5; 23:13, 14; 32:35). Jeremias tinha dificuldade em descobrir um homem justo em Jerusalém (Jr. 5:1). Seus líderes civis e religiosos estavam do lado da idolatria e não agiam como porta-vozes de Deus. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2. Não atende a ninguém. </b> Jerusalém fora advertida. Os profetas insistiram com o povo, mas toda a sua insistência para que houvesse arrependimento foi ignorada. A ruptura entre o povo e o Senhor alargava-se com o passar de cada dia (cons. Jr. 22:21). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">3. Os seus príncipes são leões rugidores. </b> As pessoas que tinham autoridade e poder não davam importância à verdade e à justiça. Seus arrogantes rugidos eram os de animais selvagens. <b class="calibre1">Seus juízes são lobos </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">do cair da noite. </b> Os juízes rasgavam em tiras qualquer vestígio de justiça. Eles se esgueiravam pelas sombras, prontos a aceitarem subornos. Praticavam a violência e a opressão predatória dos animais selvagens (Ez. 22 : 27 ; Mq. 3 : 9-1 1). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">4. Os seus profetas são levianos, homens pérfidos. </b> Os profetas já não possuíam a seria convicção e integridade dos homens santos. Eles enganavam as almas cegas. <b class="calibre1">Os seus sacerdotes profanam o santuário. </b> Os sacerdotes violaram a Lei oferecendo animais com manchas e defeitos. Os sacrifícios eram destituídos de conteúdo espiritual (cons. Jr. 23:11, 32). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">5. O SENHOR é justo, no meio dela. </b> O Senhor continuava presente e mantinha um registro das perversidades deles. A bondade seria a porção do justo, mas o castigo seria certo para o perverso (cons. Dt. 32:4). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6. Exterminei as nações. </b> Evidentemente Síria e Israel são as aludidas. Era profético o que o Senhor estava executando. <b class="calibre1">Ninguém que </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">as habite. </b> Todos os lares seriam desarraigados. <b class="calibre1">Certamente me temerás. </b> O Senhor tinha razão para esperar o arrependimento e a obediência depois do castigo intermitente imposto a Jerusalém, mas o povo persistia em seus maus caminhos. Finalmente, a destruição total veio pelas mãos dos babilônios. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">8. A minha resolução é ajuntar as nações. </b> A misericórdia do Senhor é dirigida a todos os povos e nações. Até Nínive arrependeu-se com a pregação de Jonas. Mas, do mesmo modo, o juízo virá sobre todos aqueles que abandonam o Senhor. O julgamento pelo fogo está sempre associado com o castigo das nações através da guerra. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">IV. A Promessa de Bênçãos Futuras. 3:9-20. </p>
<p class="calibre2">A. A Promessa de Conversão. 3:9-13. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9. Então darei lábios puros aos povos. </b> Esta é uma referência ao período quando os judeus abandonariam a blasfêmia da idolatria e prefeririam louvores ao Senhor (cons. Joel 2:28; Atos 2:16-21). <b class="calibre1">Lábios </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">puros</b> talvez se refira à forma do culto religioso que praticarão. Eram idólatras; agora Deus prometia restaurar o seu culto entre eles. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">10. Dalém dos rios da Etiópia. </b> Após o julgamento o Senhor traria o Seu povo de volta de todas as regiões para onde foram levados prisioneiros. Até mesmo a remota terra da Etiópia experimentaria este ato de graça soberana. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">11. Naquele dia não te envergonharás. </b> O castigo teria um fim para aqueles que se arrependessem. Um remanescente seria purificado da idolatria e retornada. <b class="calibre1">Tirarei do meio de ti. </b> Os perversos líderes teriam o seu destino. <b class="calibre1">E tu nunca mais te ensoberbecerás. </b> Falso orgulho se converteria em humildade. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12. Um povo modesto e humilde. </b> O cativeiro reduziria muitos dentre o povo à pobreza. Na verdade, muitos dentre os pobres reagiram diante da liberação de Ciro, enquanto os ricos ficaram escondidos. A profecia também vê além do retorno da Babilônia para o tempo quando os pobres e os humildes finalmente aceitarão o Messias – "E os do povo o ouviam com prazer" (Marcos 12:37). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13. Os restantes de Israel. </b> Após o cativeiro da Babilônia um remanescente limpo e purificado retornaria. Jamais tornariam a se inclinar diante dos deuses pagãos (cons. Mq. 4:7). </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">B. A Promessa da Restauração. 3:14-20. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">14. Canta, ó filha de Sião. </b> Um tempo de regozijo viria quando o remanescente tornada novamente a adorar no Templo reconstruído. </p>
<p class="calibre2">Haveria também um tempo de regozijo num futuro mais distante quando Israel aceitasse o seu Messias. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">15. O Rei de Israel, o SENHOR, está no meio de ti. </b> Esta é uma antecipação profética do dia quando o Rei Messias as governar. Israel não teve mais um rei davídico no trono desde a morte de Zedequias. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">16. Não temas. </b> No glorioso dia do Messias, todos os cativeiros e aflições nacionais serão removidas. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">17. O SENHOR teu Deus. </b> Este é o ponto alto da profecia de Sofonias. <b class="calibre1">O SENHOR ... Deus</b> é o Ser divino e auto-existente que permanecerá no meio de Israel. <b class="calibre1">Poderoso</b>. Ele é o Herói conquistador. </p>
<p class="calibre2">Este é o caráter que Isaías dá ao Messias (Is. 9:6). Ele salvará o Seu povo. <b class="calibre1">Ele se deleitará em ti. </b> Após salvá-los, o Messias encontrará no Israel redimido seu motivo de alegria (cons. João 15:11). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">18. Os que estão entristecidos ... eu os congregarei. </b> Um remanescente se arrependerá dos seus pecados, e novamente se reunirá em Jerusalém para ver o seu grande esplendor restaurado. <b class="calibre1">Sobre os </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">quais pesam opróbrios. </b> O povo judeu não tem podido desfrutar de sua religião nas terras de sua dispersão por causa do opróbrio acumulado sobre ele pelos vizinhos pagãos (cons. Sl. 137). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">19. Procederei contra todos os que te afligem. </b> Aqueles que puniram Judá serão punidos. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">20. Eu vos farei voltar. </b> Eles tomarão a possuir a sua terra e serão restaurados no favor do Senhor. Finalmente, todas as nações da terra serão abençoadas pelos judeus através do seu Rei Messiânico, o Senhor Jesus (cons. Is. 11:12; Ez. 28:25; 34:13; Amós 9:14). </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">AGEU </b></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1"> <a href="index_split_000.html#0"> Introdução </a></b><b class="calibre1"> <a href="index_split_000.html#0">Capítulo 1</a></b><b class="calibre1"> </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1"> <a href="index_split_000.html#0">Esboço</a></b><b class="calibre1"> <a href="index_split_000.html#0">Capítulo 2</a></b></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">INTRODUÇÃO </b></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Data e Autoria. </b> O autor deste livro é a única pessoa do Velho Testamento com o nome de <b class="calibre1">Ageu</b> (significando "festivo" ou "alegre"). O nome talvez indique a fé dos pais do profeta em que o filho tivesse a alegria de ver suas predições de restauração cumpridas. É possível que fosse chamado por ter nascido em alguma festa sagrada do calendário hebraico. Embora seja um dos profetas cujos detalhes da vida pessoal são desconhecidos, ele foi mencionado por Esdras (Esdras 5:1; 6:14). Ele foi o primeiro dos profetas pós-exílicos que ministrou ao remanescente que voltou do cativeiro da Babilônia. Sua profecia está claramente datada de 520 A.C., o segundo ano do rei Dario. Ageu provavelmente nasceu no exibo no começo do século sexto. Seu contemporâneo no ofício profético foi Zacarias (cons. Ageu 1:1 com Zc. 1:1; veja também Esdras 5:1; 6:14). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Antecedentes Históricos. </b> Os profetas antes do Exílio (586 A.C.) previram a queda do reino judeu para o novo império babilônio. </p>
<p class="calibre2">Também foi revelado que depois de setenta anos o Senhor restauraria o Seu povo à sua terra (Jr. 25:11, 12; Dn. 9:2). Quando Ciro, o persa, destruiu o poder babilônico, favoreceu e promoveu o retorno dos judeus à terra da promessa para reconstrução do santuário em Jerusalém. Os alicerces do novo Templo foram colocados e a obra começou com grandes esperanças. Logo vizinhos hostis empregaram seus ardis para impedir o trabalho. A obra foi interrompida, mas a oposição externa à tarefa foi apenas parte do problema. Um estado de indiferença apoderou-se dos cinqüenta mil exilados que retornaram com a resolução de reconstruir a casa de Deus. Quando Dario Histaspes subiu ao trono persa, o Templo estava intacto por cerca de dezesseis anos. Ageu (e mais tarde Zacarias) foi enviado por Deus para despertar o povo e ativá-lo de sua letargia prosseguindo na obra da restauração. Seria injusto para com Ageu considerar que suas mensagens só se ocupassem de assuntos da reconstrução. Ele começa desse ponto de partida, mas prossegue falando da glória da presença do Senhor Jesus Cristo, o futuro estabelecimento do reino de Deus na terra, do juízo divino dos poderes mundiais ímpios e das bênçãos que aguardavam as nações que se voltassem para Deus. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">ESBOÇO </b></p>
<p class="calibre2">Capítulo I. </p>
<p class="calibre2">I. Censura à indiferença. 1:1-4. </p>
<p class="calibre2">II. Convocação à reflexão séria. 1:5, 6. </p>
<p class="calibre2">III. Os castigos de Deus para Israel. 1:7-11. </p>
<p class="calibre2">IV. Obediência da nação. 1:12-15. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">Capítulo II. </p>
<p class="calibre2">I. Estímulo à construção. 2:1-5. </p>
<p class="calibre2">II. Promessa da glória futura. 2:6-9. </p>
<p class="calibre2">III. Puro e impuro nas questões levíticas. 2:10-14. </p>
<p class="calibre2">IV. A aplicação dessas verdades. 2:15-19. </p>
<p class="calibre2">V. A futura bênção de Deus para Zorobabel. 2:20-23. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">COMENTÁRIO </b></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Ageu 1 </b></p>
<p class="calibre2">I. Censura à Indiferença. 1:1-4. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1. No segundo ano. </b> Cons. Introdução. O profeta data todas as suas profecias, como se mantivesse um compenetrado diário de todos os acontecimentos importantes na reconstrução do Templo. <b class="calibre1">No primeiro </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">dia do mês. </b> A lua nova era o período quando o povo se reunia para adoração (como o fazem atualmente os judeus ortodoxos); portanto era urna ocasião apropriada para a pregação da divina mensagem de Ageu. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">No sexto mês. </b> Chamado Elul, este mês caía em Setembro mais ou menos. A data da profecia no reinado de um monarca gentio é testemunho eloqüente de que "o tempo dos gentios" já tinha começado (cons. Lc. 21:24; Esdras 4:24). Conforme as datas se sucedem através de toda a profecia, o progresso da obra se torna claro. <b class="calibre1">Zorobabel</b>. Seu nome significa "nascido ou gerado na Babilônia". Nos registros históricos ele é chamado de Sesbazar (veja Esdras 1:8; 5:14, 16). Ele era um descendente da dinastia davídica, o bisavô de Jeoaquim (Jeconias; I Cr. 3:17, 19), e foi feito governador de Judá por Ciro (Esdras 5:14). <b class="calibre1">Josué</b>. </p>
<p class="calibre2">Era filho de Jeozadaque, sumo sacerdote no tempo da invasão babilônica (I cr. 6: IS). Assim a profecia de Ageu se dirige aos chefes civis e religiosos da nação. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2. Este povo. </b> Não o "Meu" povo, mas "Este" povo, a fim de demonstrar o desagrado do Senhor. <b class="calibre1">Não veio ainda o tempo. </b> Esta era a desculpa que o povo oferecia para não reconstruir o Templo. De acordo com o seu modo de pensar, o tempo não era apropriado. Na realidade, a raiz da dificuldade se encontrava neles mesmos, não em alguma circunstância externa ou fator de tempo. O subterfúgio está claro ; eles não diziam que a obra não deveria prosseguir, mas que não era o momento apropriado de fazê-lo. Alguém poderia achar que um lapso de dezesseis anos teria demonstrado a necessidade de um esforço de sua parte. Mas o coração que não está pronto sempre encontra desculpas. </p>
<p class="calibre2">Dificilmente podemos aceitar que eles tivessem calculado meticulosamente os setenta anosa partir de 586 A.C. A impressão é, antes, de que eles achavam que uma renovação da atividade da construção despertada a hostilidade latente dos persas e os colocaria em dificuldades. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">4. Acaso é tempo ... ? </b> A ASV traduz o pronome adicional no original, <i class="calibre3">vós mesmos</i>. Ageu perguntou aos líderes se a hora não era auspiciosa apenas para os assuntos relacionados com Deus. Sua atividade nas questões pessoais (tais como a construção de casas) dava uma impressão totalmente diferente. Que contraste – o Templo do Senhor desolado e devastado ao lado das habitações particulares acabadas e enfeitadas dos exilados que tinham retornado! A pergunta do profeta, com um golpe magistral, desmascarou a indiferença, o egoísmo e a desobediência da nação. <b class="calibre1">Casas apaineladas. </b> Eram casas meticulosamente adornadas. Lambrisamento com cedros se encontravam em palácios de reis (veja I Reis 7:7; Jr. 22:14). Considerando que essa madeira era cara e não comum na Judéia, o seu uso era sinal de luxo. <b class="calibre1">Em </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">ruínas. </b> Onde estavam os seus corações, aí também se encontrava o Seu tesouro. Compare sua indiferença para com a casa de Deus coma elogiável preocupação de Davi (II Sm. 7:2). </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">II. Convocação à Séria Reflexão. 1:5, 6. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">5. Considerar o vosso passado. </b> A necessidade da hora era considerar (lit., <i class="calibre3">colocai o vosso coração em</i>) suas ações. No vi, o coração geralmente representa a sede dos pensamentos. Para uma pessoa se sentir grata ela deve refletir nas causas de sua gratidão. Convocação à reflexão. </p>
<p class="calibre2">Convocação à reflexão é um assunto favorito deste profeta. Ele fala nisso no versículo 7 e então duas vezes em 2:18. É um desafio para o auto-exame e o auto-julgamento. O povo judeu podia facilmente avaliar a natureza dos seus atos pelos resultados obtidos deles. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6. Tendes semeado muito. </b> Eles se consumiam por ocasião da semeadura. Eles não poupavam esforços para assegurar a prosperidade. </p>
<p class="calibre2">Mas suas colheitas eram totalmente desapontadoras. Eles deviam ter percebido que não podiam se enriquecer à custa de Deus (cons. Lv. 26:26; Os. 4:10; Mq. 6:14). <b class="calibre1">Vestis-vos. </b> Nada parecia ser o suficiente, nem o alimento, nem a bebida, nem as roupas. <b class="calibre1">Saquitel furado. </b> Os salários eram tão pequenos que desapareciam diante das necessidades diárias; os ganhos dos trabalhadores logo eram gastos. Não há nenhuma contradição entre a descrição da pobreza aqui e a descrição das casas apaineladas e caras do versículo 4. Como em outras sociedades, os ricos coexistem com os pobres. Aquela época, como toda época na história da humanidade, comprovou a verdade de Mt. 6:33. Quando Deus é esquecido, todo o trabalho é sem lucro. As civilizações materialistas da atualidade precisam pensar nesta verdade mais do que em qualquer outra coisa. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">III. Os Castigos de Deus para Israel. 1:7-11. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">8. Subi ao monte. </b> Após outra convocação para um sério exame de sua condição, apresenta-se o remédio. O povo devia subir às terras altas e às áreas cobertas de matas para buscar madeira para o Templo. <b class="calibre1">Dela </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">me agradarei. </b> Deus prometeu desde o início que a obediência resultaria em sua aprovação. Resumidamente Ageu dedara: "Obedecei a Deus e tereis as suas bênçãos e a sua aprovação". <b class="calibre1">Serei glorificado. </b> Aqui está a prova de que Deus se preocupava, com Ageu, com os aspectos espirituais da reconstrução. Salomão tinha orado (I Rs. 8:30) que Deus fosse magnificado através da adoração do Seu povo. Quando essa atividade da vida espiritual foi negligenciada, resultou em esterilidade. O Talmude Babilônico declara que cinco das coisas que havia no primeiro Templo faltavam no Templo de Zorobabel: 1) a glória do Shequiná, 2) o fogo Santo, 3) a arca da aliança, 4) o Urim e o Tumim, e 5) o espírito de profecia (provavelmente o Espírito Santo). Apesar de qualquer coisa que possa ter faltado na restauração do Templo, Deus inequivocamente prometera que Suas bênçãos lá estariam. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9. Esperastes o muito. </b> Ageu retorna ao tema das conseqüências desastrosas da indiferença do povo pelas coisas espirituais. Tal negligência tinha um efeito direto em seus assuntos temporais. Embora tivessem grandes esperanças em colheitas abundantes, tais expectativas foram frustrantes. Pouco havia para exibirem pelo seu grande dispêndio de energias. <b class="calibre1">Eu com um assopro o dissipei. </b> Até o pouco que foi colhido de nada lhes adiantou. Deus providenciou que fosse impróprio para o consumo ou que fosse disperso. O povo foi assina informado que não devia atribuir a pequena produção do solo a nenhuma outra causa, como por exemplo à terra há tanto negligenciada durante o período do cativeiro, mas ao castigo direto de Deus. <b class="calibre1">Por quê? </b> Como a providência divina podia ser explicada? O castigo divino tinha de ser declarado segundo seus atos. Em que eles falharam? <b class="calibre1">Cada um de vós corre. </b> A resposta é clara. Em buscar a sua própria sorte, exibiram considerável grau de zelo, correram para se dizer a verdade, na busca de seus interesses egoístas, ignorando os interesses do Senhor. Um contraste notável entre a minha casa e a sua própria casa. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">10. Retêm o seu orvalho. </b> O Senhor reteve o orvalho que substituía a chuva durante os meses secos do verão, de modo que a terra não produzia. Assim Deus manifestou claramente que Ele era o administrador supremo do alimento de Israel. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">11. Fiz vir a seca. </b> Mais de uma vez na história de Israel Deus viu que havia necessidade de fazer a nação perceber sua total dependência dEle para todas as necessidades da vida. Repetidas vezes os mestres e profetas do V.T. enfatizaram que no caminho da obediência Israel encontraria o equilíbrio das forças da natureza para o seu benefício e recebimento de bênçãos. Deus advertira o povo de que se fosse desobediente, os próprios céus se tornariam como bronze (Dt. 28:23). A seca que ele enviou à terra e às montanhas afetou o <i class="calibre3">cereal</i>, o vinho, o azeite, todos os produtos da terra e todo o trabalho do homem e do gado. </p>
<p class="calibre2">A fome sempre fora um flagelo terrível na mão de Deus. Veja II Rs. 8:1; Sl. 105:16; cons. Dt. 11:14; 18:4. A criação inferior sempre fica envolvida na sorte do homem (Rm. 8:19-21). </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">IV. Obediência da Nação. 1:12-15. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12. Atenderam à voz do SENHOR. </b> Aqui se encontra a indicação de que houve uma cooperação sincera entre os líderes e o povo. A mensagem do profeta tivera o efeito pretendido. O povo prontamente avaliou a mensagem de Ageu, aceitando-a como a vontade de Deus expressa através do seu servo. <b class="calibre1">Seu Deus. </b> Duas vezes Deus foi assim chamado. Parece que há uma implicação aqui de que a nação agora se inclino u a uma conformação mais achegada com o relacionamento que tinha com Deus na qualidade de Seu povo escolhido e participante da aliança. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13. O enviado do SENHOR ... a mensagem do SENHOR. </b> Com nova visão espiritual, o povo reconheceu Ageu como o porta-voz do senhor, investido de autoridade divina <b class="calibre1">Eu sou convosco. </b> A mensagem era curta, mas não poderia ser mais confortadora ou mais fortalecedora. </p>
<p class="calibre2">No passado esta mensagem fora usada por Deus para incitar os homens a grandes realizações (como, por exemplo, em Êx. 3:12; Jr. 1:8) e continua sendo a mais tranqüilizadora de todas as promessas feitas aos servos do Senhor Jesus Cristo em todo o mundo (cons. Mt. 28:20). O retorno ao Senhor foi sincero; caso contrário esta forte palavra de tranqüilização não lhes teria sido dada. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">14. O Senhor despertou. </b> Todas as boas intenções e propósitos do povo de Deus emanam do Senhor. Ele é que dá energia aos homens para querer e fazer a Sua vontade (Fp. 2:13). Espírito. O uso triplo do termo indica que a batalha estava ganha ou perdida no reino espiritual, não em qualquer condição externa favorável ou desfavorável. <b class="calibre1">Eles vieram e se </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">puseram ao trabalho. </b> O povo começou a trabalhar reunindo o material necessário para a estrutura; os fundamentos não foram, contudo, colocados até três meses mais tarde. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">15. Vigésimo quarto dia. </b> Ageu toma o cuidado de dar uma outra data precisa, tão importante é o assunto no qual tem colocado o seu coração. Houve um intervalo de vinte e três dias entre esta data e a que foi dada no versículo 1. Deus sempre toma nota de qualquer aspecto da obediência dos seus filhos. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Ageu 2 </b></p>
<p class="calibre2">I. Estimulo à Construção. 2:1-5. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1. No sétimo mês, no vigésimo primeiro do mês. </b> A segunda mensagem do profeta está datada do sétimo dia da Festa dos Tabernáculos, a festa final da colheita no calendário hebreu (cons. Lv. 23:39-44). A festa ficava assinalada por muita alegria (como ainda acontece hoje em dia) e os sacrifícios de ação de graça eram mais numerosos no último dia do que em qualquer outro dia do ano. Contudo, comas colheitas escassas e o humilde começo da construção do Templo, o contraste com as antigas condições devia ser especialmente doloroso. </p>
<p class="calibre2">Havia, portanto, necessidade de estímulo (cons. Esdras 3:12, 13). </p>
<p class="calibre2">Freqüentemente Satanás faz seus mais fortes ataques aos homens logo após eles terem firmemente se resolvido a seguir a liderança do Senhor. </p>
<p class="calibre2">O povo precisava de forte estímulo para resguardá-lo do desalento. No primeiro capítulo a necessidade era uma mensagem às consciências e vontades de um povo indiferente; aqui havia necessidade de uma palavra de conforto e estímulo para os corações da nação despertada. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">3. Quem há entre vós ... ? </b> As palavras são dirigidas aos líderes civis e religiosos e ao remanescente que voltara. Deus comparava o Templo de Salomão com o que estava em construção. Através de Ageu perguntava aos líderes e ao povo quantos deles se lembravam da glória da primeira estrutura. Passado um período de setenta anos de exílio, provavelmente poucos eram os que tinham visto o primeiro Templo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Como nada. </b> A conjuntura da pergunta do Senhor se encontra na narrativa de Esdras 3:8-13. O registro declara que na colocação dos alicerces do segundo Templo os sacerdotes acompanharam a cerimônia com o cânticos de salmos e tocar de trombetas. A geração mais jovem, sem meios de comparação neste caso, exultava por causa da realização. </p>
<p class="calibre2">Mas os homens mais velhos que tinham conhecido o primeiro e glorioso Templo choravam abertamente por causa do notável contraste entre os dois santuários. Ageu dirigiu a sua pergunta a este último grupo. Do ponto de vista divino só havia uma única casa do Senhor em Jerusalém, quer edificada por Salomão, Zorobabel ou mais tarde por Herodes. Uma vez Deus se referira ao edifício de Salomão chamando-o de "esta casa em sua primeira glória". Os pensamentos divinos não são humanos, e os seus juízos são tomados com base no absoluto. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">4-2. Sê forte. </b> No exórdio dirigido ao príncipe, sacerdote e povo, o Senhor ordena a todos que sejam fortes. Deus, que primeiro estabeleceu um contraste notável entre as edificações, agora oferecia ao povo preparação espiritual para a execução de suas tarefas. Seu propósito em estabelecer a diferença não era o de desencorajá-los, mas antes de fazê-los perceber a magnitude de sua obra, sua incapacidade de realizá-la com suas próprias forças e a necessidade de confiar na suficiência dEle. O Senhor era a sua força. Novamente, a palavra encorajadora de que a presença do Senhor seria sua constante porção lhes foi apresentada. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">5. Segundo a palavra da aliança que fiz convosco. </b> Se havia uma nação da terra que devia estar certa da fidedignidade de Deus em relação às suas promessas, essa nação era Israel. Ela tinha feito uma aliança (lit., <i class="calibre3">cortado uma aliança</i>, falando com referência às vítimas que eram divididas pelo meio para ratificação de uma aliança; cons. Gn. 15:10) para estabelecer um relacionamento permanente com os filhos de Israel quando saíram do Egito. A aliança no Monte Sinai é o que se temem vista (cons. Ex. 19:5; especialmente 33:12-14). Considerando que Deus fora fiel a essa promessa através dos séculos passados da história de Israel, podia-se confiar nEle com toda certeza para manutenção de sua palavra empenhada aos contemporâneos de Ageu. <b class="calibre1">O meu Espírito habita </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">no meio de vós. </b> Um sinal da veracidade da promessa era a presença do Espírito de Deus habitando entre eles. Deus não os abandonara, embora estivesse grandemente aborrecido com sua indiferença para com o Seu amor e Suas ordens. Eles nada tinham a temer. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">II. Promessa de Glória Futura. 2:6-9. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6. Ainda uma vez, dentro em pouco. </b> A expressão crítica provavelmente significa que dentro de muito pouco tempo os acontecimentos mencionados se realizariam. <b class="calibre1">Farei abalar o céu. </b> Este versículo e os três seguintes são distintivamente messiânicos no pensamento (veja também Is. 61:1-3; Dn. 9:24-27; Zc. 9:9, 10). Aqui a mensagem do profeta mescla detalhes da primeira e segunda vindas de Cristo, como outras profecias do V.T. fazem com freqüência. A predição do abalo nos céus, na terra, no mar, certamente se refere a algo mais que uma exibição fora do comum da onipotência de Deus no reino natural; toda a atmosfera da profecia leva o leitor para o período apocalíptico. </p>
<p class="calibre2">Vemos aqui novamente Deus intervindo sensível e manifestamente nos negócios dos homens. Qual seria o relacionamento de idéias entre a declaração deste versículo e a do versículo 5? O profeta encorajou os judeus a prosseguirem na obra do Templo com toda a diligência, pois, conforme ele lhes assegurava, o seu Deus, o Senhor das nações, logo demonstraria o Seu grande poder em benefício de Israel. Ele sacudiria o universo material e derrubaria os reinos terrenos e finitos a fim de estabelecer um reino final e definitivo na terra, o reino do querido Filho de Deus. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">7. Farei abalar todas as nações. </b> Esta predição tem se referido à ascensão e sublevação dos impérios persas e grego. Ninguém pode negar racionalmente que esses governos foram abalados no passado. Mas a leitura cuidadosa das profecias da Escritura convencem o estudante sem preconceitos que essas ocorrências não passaram de passos preparatórios no processo através do qual Deus pretende desalojar os reinos deste mundo, para substituí-los pelo governo justo do Messias de Israel e Redentor do mundo (veja Hb. 12:26, 27; Ap. 11:15). <b class="calibre1">As coisas preciosas </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">de todas as nações. </b> Os tradutores não têm concordado com a tradução das quatro palavras hebraicas desta porção do versículo. A LXX as traduz assim: <i class="calibre3">as coisas preferidas de todas as nações virão</i>. A ASV prefere esta tradução: <i class="calibre3">as coisas preciosas de todas as nações</i>, com a anotação à margem, <i class="calibre3">as coisas desejadas</i> (heb., <i class="calibre3">desejo</i>) <i class="calibre3">de todas as nações virão</i>. Outros sugeriram: <i class="calibre3">os gentios virão com suas coisas deliciosas</i>, ou <i class="calibre3">as possessões preciosas dos pagãos</i>. Que significado deve ser dado à passagem segundo essas traduções? A falta de esplendor e adornos externos no Templo de Zorobabel seriam mais que compensados pelos presentes preciosos que todos os povos trariam para tornar o Templo do Senhor em uma coisa bela e gloriosa. É claro que tal tributo ao Senhor será prestado como sincera homenagem. Faz jus a esta <i class="calibre3">interpretação</i> o uso do sujeito feminino singular e do verbo no plural. </p>
<p class="calibre2">É bom lembrar, contudo, que desde o começo a maioria dos intérpretes cristãos seguiram a tradição judia associando a passagem à vinda do Messias de Israel. Parece claro a esses intérpretes que o anseio que todas as nações têm em comum deve ser o seu anseio pelo Libertador, quer percebam ou não a natureza do seu desejo ou a identidade do seu verdadeiro cumprimento no Senhor Jesus Cristo. Mais ainda, no hebraico geralmente um nome abstrato substitui um concreto; assim a referência ao Messias não é automaticamente excluída com base nas considerações lingüísticas. O uso do verbo no plural não milita contra a interpretação messiânica, pois há exemplos nos quais o verbo concorda com o segundo dos dois nomes. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Encherei de glória esta casa. </b> É interessante que toda a habitação terrena do Deus infinito encheu-se de glória (veja Êx. 40:35 com referência ao Tabernáculo Mosaico; I Rs. 8:10,11; II Cr. 5:13, 14 quanto ao Templo Salomônico). O Templo de Zorobabel tinha ainda de se encher com a glória da presença do Filho de Deus encarnado (João 1:14), não se mencionando a glória do Segundo Advento (Ml. 3:1). O Senhor prediz que as nações serão abaladas (não redimidas). Esse abalo foi o preparativo de Sua primeira vinda e se completará com o segundo aparecimento (Dn. 2:35, 44; Mt. 21:44). Concordantemente, Deus encherá a sua casa, o Templo do futuro, com glória sem precedentes. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">8. Minha é a prata. </b> Para que o remanescente não ficasse sobrecarregado com a preocupação sobre a falta dos preciosos metais para a restauração do Templo, o Senhor apontava para os seus inesgotáveis suprimentos. Tem-se calculado que no Templo de Salomão foram usados cerca de vinte milhões de dólares em ouro para revestimento do compartimento mais interno do santuário. Mas o que era isto em comparação com os suprimentos dAquele que tem tudo? (Sl. 50:12). Sim, mais do que isso, Deus o embelezará na vinda do Seu Filho. </p>
<p class="calibre2">Os pobres exilados tinham pouco para enfeitar o Templo, mas Deus lhes assegurou que supriria a falta. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9. A glória desta última casa. </b> O sentido é que a última glória da casa excederia de muito toda a glória antiga. É de vital importância que se perceba que nas Escrituras o Templo de Deus em Jerusalém é considerado como uma entidade, existindo sob diferentes formas em diferentes períodos da história. A presença de Cristo emprestaria uma glória ao segundo Templo que o primeiro Templo jamais conheceu. </p>
<p class="calibre2">Tem-se defendido o ponto de vista que a última glória se refere à glória milenial do Templo visto em Ezequiel, capítulos 40 a 48. Considerando que há uma continuidade nos Templos das diferentes épocas, esta posição não pode ser excluída. Embora o Templo de Zorobabel fosse totalmente modificado por Herodes quando o reformou, o seu Templo continuou sendo considerado como o segundo Templo. É assim chamado por todas as autoridades judias. <b class="calibre1">E neste lugar darei a paz. </b> Cristo estabeleceu as bases para a paz espiritual de -Jerusalém (Cl. 1:20). Ele garante a paz do coração e da mente para os crentes agora (Rm. 5:1; Fp 4:7) Mas finalmente Ele proporcionará a paz mundial na pessoa do Príncipe da paz (Is. 9:6, 7). Mais do que suficiente, então, é esta resposta de Deus para a aparência pouco impressionante do versículo 3 Deus sempre reserva o melhor para o fim só os olhos da fé podem vê-lo. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">III. Puro e Impuro nas Questões Levíticas. 2:10-14. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">10. Ao vigésimo quarto dia do mês nono. </b> A quarta mensagem da profecia de Ageu foi dada dois meses depois da anterior. Foi no nono mês que as chuvas temporãs podiam ser esperadas para regarem as lavouras. Tendo já experimentado a escassez e o desapontamento no período anterior o povo devia estar especialmente preocupado com a produção para o ano seguinte. Durante seu anterior período de desobediência, foram castigados em assuntos temporais. Haveria uma mudança agora que tinham obedecido à ordem de Deus através de Ageu? O profeta responde agora a esta pergunta. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">11. Pergunta agora aos sacerdotes, a respeito da lei. </b> O povo devia buscar ajuda legal com os sacerdotes daquele tempo. Os sacerdotes de Israel eram os mestres autorizados da Lei Mosaica (veja Dt. 17:8, 9). </p>
<p class="calibre2">Eram comissionados por Deus a interpretar a Lei; os profetas eram enviados para aplicá-la (por exemplo, Ageu 2:13, 14). Nos versículos 11 a 13 o povo de Israel foi descrito, indiretamente, no seu estado de desobediência, condição que não devia se repetir. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12. Se alguém leva carne santa. </b> Duas perguntas distintas foram feitas. A primeira é: Se um homem estivesse carregando carne santa (sacrificial) e tocasse em outro objeto, esse objeto ficaria santo ou separado para o Senhor por causa do contato com a carne? <b class="calibre1">Responderam os sacerdotes: Não. </b> A resposta no primeiro caso está na negativa (cons. Lv. 22:4-6; Nm. 19:11). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13. Ficará ela imunda? </b> A segunda pergunta era: Se um homem cerimonialmente impuro por causa de contato com um cadáver tocasse em um objeto, o objeto ficaria impuro por causa da impureza Cerimonial do homem? A resposta à segunda pergunta está na afirmativa. O princípio é que a pureza moral não pode ser transmitida, de acordo com os regulamentos mosaicos, mas a impureza moral pode ser transmitida. </p>
<p class="calibre2">A impureza legal é transmitida e não a pureza legal ou levítica. Um homem não pode transmitir sua saúde a uma criança doente, mas uma criança doente pode transmitir sua doença a um homem. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">14. Assim é este povo. </b> Embora o povo estivesse negligenciando a obra do Templo, estivera oferecendo sacrifícios sobre um altar improvisado em Jerusalém (Esdras 3:3). Essas ofertas não eram agradáveis ao Senhor; por isso Deus tinha retido Suas bênçãos do povo, conforme se vê claramente no capítulo 1. <b class="calibre1">O que ali oferecem: tudo é </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">imundo. </b> Exatamente como os israelitas impuros poluíam tudo o que tocavam, assim o povo em sua desobediência transmitia os resultados dessa desobediência a sua obra, que se comprovava sem proveito. Assim como carne sagrada não podia comunicar sua consagração a qualquer objeto, as ofertas que tinham o cuidado de apresentar sobre o altar de Deus não eram suficientes para garantir a bênção de Deus e a alegria da santidade. Todo o seu trabalho passado participava de sua impureza espiritual. A conclusão é clara: não deviam retornar à sua desobediência anterior, mas deviam abandoná-la. Aqui Ageu está interpretando causa e efeito de um ângulo da Lei Mosaica, exatamente como antes a explicara (1:6, 9-11) do ponto de vista da semeadura e colheita. Os paralelos são claros entre "este povo", "esta nação" aqui e "Este povo" em 1: 2. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">IV. Aplicação Destas Verdades. 2:15-19. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">15. Antes de pordes pedra sobre pedra. </b> O povo de Deus foi intimado a considerar suas difíceis circunstâncias durante o período em que fora interrompido o trabalho no Templo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">16. Alguém vinha a um monte de vinte medidas. </b> Naqueles dias de escassez, quando um homem se aproximava de um monte de trigo do qual pensava obter vinte medidas, descobria que, após debulhado, só dava metade daquela porção. <b class="calibre1">Vinha ao lagar. </b> O lagar do qual se esperava que desse cinqüenta medidas de vinho só dava vinte. As expectativas eram constantemente frustrantes, pois a próspera não de Deus não estava sobre elas. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">17. Eu vos feri. </b> Como nos dias do profeta Amós (cons. Amós 4:9), o Senhor feria os campos e as vinhas do Seu povo com crestamento, em resultado da seca excessiva, e com mofo, em conseqüência de umidade excessiva. O restante da obra de suas mãos era destruído pela saraiva. </p>
<p class="calibre2">Toda a natureza era convocada contra eles. <b class="calibre1">E não houve entre vós </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">quem voltasse para mim. </b> Esses sinais do desprazer divino deviam ser advertências bastante claras de castigos futuros, mas o povo era lento em perceber e não se voltava para Deus com arrependimento e confiança. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">18. Considerai ... desde este dia em diante. </b> Este versículo expressa uma exortação dupla. Como os homens dedicam pouco de suas mentes e pensamentos ao relacionamento que mantém com o Senhor! ... Antes do vigésimo quarto dia o povo ainda não tinha se entregado sem reservas à obra, como deveria ter feito. Queriam comparar condições antes e depois de sua obediência. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">19. Já não há somente no celeiro? </b> O povo podia facilmente verificar a veracidade ou falsidade das conclusões do profeta. Ao fazê-lo teriam descoberto há muito que não havia mais sementes no celeiro, e que as videiras e árvores já não produziam mais frutos. <b class="calibre1">Mas desde este </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">dia vos abençoarei. </b> Mas agora, permanecendo obedientes, Israel acharia tudo diferente. O profeta não falava como um técnico agrícola inteligente, prevendo boas colheitas, mas como o profeta de Deus anunciando a bênção da fé, a prosperidade da confiança. O Deus que podia reter bênçãos também podia concedê-las ao povo fiel. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">V. As Futuras Bênçãos de Deus para Zorobabel. 2 : 20-23. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">20. Aos vinte e quatro do mês. </b> No mesmo dia em que transmitiu sua mensagem anterior (v. 10), Ageu transmitiu também seu último pronunciamento, uma palavra de encorajamento pessoal a Zorobabel, o líder civil. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">21. Fala a Zorobabel. </b> É possível que Zorobabel, na qualidade de governador e líder civil, tivesse dificuldade em entender as predições anteriores (vs. 6, 7) referentes às revoluções entre os poderes e feitios mundiais. Talvez ele se preocupasse sobre como esses procedimentos divinos afetariam o povo cujo chefe ele era. <b class="calibre1">Farei abalar o céu e a terra. </b> Prontamente se verá e reconhecerá que a mensagem pessoal a Zorobabel funde-se com o pronunciamento profético referente aos futuros juízos de Deus sobre as nações. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">22. Derrubarei o trono dos reinos. </b> Alguns intérpretes têm colocado esta passagem no período da revolta das nações súditas contra o Império Persa. Isto aconteceu quando Dario Histaspis subiu ao trono em 521 A.C. Mas a profecia de Ageu considera o futuro ; não se refere a algum acontecimento histórico conhecido de todos. Mais ainda, há um significado no uso do singular "trono". É melhor que se veja aqui, de acordo com hábeis expositores, uma referência à derrota final deste sistema mundial dominado por Satanás, quando o Rei da justiça, o Senhor Jesus Cristo, retornar para absorver os governos (cons. A. </p>p
<p class="calibre2">11:15). <b class="calibre1">O carro. </b> As nações, naquele tempo como agora, ainda dependerão de forças e armas materiais para alcançarem seus objetivos carnais, mas o Senhor destruirá totalmente seu poder e demonstração de força. <b class="calibre1">Pela espada do outro. </b> A destruição começada pelo Senhor terá um fim através da insanidade da luta civil (veja também Ez. 38:21; Zc. 14:13). Esses acontecimentos terão lugar nos dias da Guerra do Armagedom. Sem muito esforço de imaginação os acontecimentos deste versículo podem ser torcidos para se encaixarem em algum conflito ou movimento político de impérios outrora grandes. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">23. Naquele dia, diz o SENHOR dos exércitos, tomar-te-ei. </b> A nota pessoal é inconfundível. Zorobabel não se destinava ao juízo, mas para uma missão específica. Deus trilha reservado honras especiais para este servo Seu. A promessa realmente se refere ao ofício que Zorobabel exercia como governador em Judá; não pode se referir ao período de vida do próprio Zorobabel. No seu tempo os acontecimentos preditos não transpiravam. O significado é que o descendente messiânico viria através de Zorobabel, da linha de Davi, tal como se fosse através do próprio Davi. O trono garantido a Davi está aqui comparado com as dinastias vacilantes do mundo. Zorobabel se encontra em ambas as genealogias do Messias (Mt. 1:12; Lc. 3:27). Os expositores judeus relacionavam esta passagem de Ageu com o Messias. Em Zorobabel como tipo está prefigurada, portanto, a pessoa do antítipo, o Messias. Ambos eram descendentes de Davi; por isso a mistura nesta profecia. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Como um anel de selar. </b> O selo era um objeto de valor e cuidado no Oriente. Era sinal de honra e autoridade (veja Cantares 8:6; Jr. 22:24). </p>
<p class="calibre2">Antigamente, quando o anel de selar era usado para assinatura de cartas e documentos, representava o seu possuidor, que sempre o usava (cons. Gn. 38:18; Jr. 22:24). Era uma propriedade de sua estima. Aqui o selo prefigurava o Cristo precioso. <b class="calibre1">Porque te escolhi. </b> Como outras pessoas ilustres do V.T. tomaram o seu lugar na linhagem da sucessão messiânica pela seleção soberana de Deus, assim Zorobabel foi honrado tomando lugar nesse grupo de homens que apontavam para o Escolhido de Deus, o Senhor Cristo. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"></p>
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<p class="calibre2"><b class="calibre1">ZACARIAS </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1"> </b> <a href="index_split_000.html#0"><b class="calibre1"> Introdução </b></a></p>
<p class="calibre2"><a href="index_split_000.html#0"><b class="calibre1"> Esboço </b></a></p>
<p class="calibre2"><a href="index_split_000.html#0"><b class="calibre1"> Capítulo 1 Capítulo 5 Capítulo 9</b></a><b class="calibre1"> <a href="index_split_000.html#0">Capítulo 13 </a></b></p>
<p class="calibre2"><a href="index_split_000.html#0"><b class="calibre1"> Capítulo 2 Capítulo 6 Capítulo 10</b></a><b class="calibre1"> <a href="index_split_000.html#0">Capítulo 14 </a></b></p>
<p class="calibre2"><a href="index_split_000.html#0"><b class="calibre1"> Capítulo 3 Capítulo 7 Capítulo 11</b></a><b class="calibre1"> </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1"> <a href="index_split_000.html#0">Capítulo 4</a></b><b class="calibre1"> <a href="index_split_000.html#0">Capítulo 8</a></b><b class="calibre1"> <a href="index_split_000.html#0">Capítulo 12</a></b></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">INTRODUÇÃO </b></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Data e Autoria. </b> Zacarias, um contemporâneo de Ageu, começou o seu ministério profético em 520 A.C. A data mais antiga indicada no livro (7:1) é 518 A.C. , o quarto ano de Dario Histaspes. O nome "Zacarias" era comum no Velho Testamento, sendo usado por vinte e nove pessoas. Significa o Senhor se lembra. Mestres "liberais", observando certas diferenças de estilo e tema, acham que os capítulos de 9 a 14 não foram escritos pelo autor dos capítulos 1 a 8. Contudo, os capítulos de 9 a 14 parecem ter sido escritos mais tarde, e a isto se deve naturalmente a mudança de estilo. A diferença de tema nasce do fato de que na última parte do livro o profeta foi comissionado a revelar acontecimentos apocalípticos relacionados com a vinda do Messias e seu reino terrestre. Todas as evidências internas apontam para um só autor e não para uma autoria múltipla. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Antecedentes Históricos. </b> Ciro, o rei persa, assinou um decreto (em cerca de 538 A.C.) dizendo que todos aqueles que desejassem retornar a Jerusalém para reconstrução do Templo tinham permissão de fazê-lo (II Cr. 36:22, 23; Esdras 1:1-4). Cerca de 50.000 exilados aproveitaram-se desta política de demência. Com nobres propósitos determinaram restabelecerem-se na terra e restaurarem o Templo. No segundo mês de 536 A.C. lançaram os alicerces (Esdras 3:11-13). Logo no começo do trabalho, os samaritanos, não recebendo licença de participarem na reconstrução, opuseram-se ao projeto (Esdras 4:5). Por quase quatorze anos a obra ficou paralisada. </p>
<p class="calibre2">Quando Dario Histaspes subiu ao trono persa em 521 A.C., Ageu e Azarias, supondo que os decretos dos monarcas anteriores não estivessem em vigor, estimularam seus compatriotas a retornarem a tarefa. Zorobabel e Josué, o governador e o sumo sacerdote respectivamente, orientaram a reconstrução. Uma investigação feita por Tatenai, governador persa do território ocidental do Eufrates, interrompeu a obra novamente, mas Daria confirmou o decreto original de Ciro. Infelizmente, a esta altura houve uma mudança de atitude do povo judeu. Achavam que impedimentos na reconstrução indicavam que Deus não estava empenhado na obra. Ageu e Zacarias tentaram despertar a nação da sua indiferença. O povo reagiu, e a construção foi terminada em 516 A.C., o sexto ano do reinado de Dario. A data cronológica desta profecia cai dentro do período da construção do Templo. Embora Zacarias comece com o tema da restauração do santuário, ele se refere a muitas fases da vida espiritual da nação, e trata com notável amplidão dos acontecimentos proféticos que preparam o caminho para a volta e o reinado do Messias. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">ESBOÇO </b></p>
<p class="calibre2">I. Introdução : Chamado ao arrependimento. 1:1-6. </p>
<p class="calibre2">II. As visões noturnas de Zacarias. 1:7 – 6:15. </p>
<p class="calibre2">A. A visão dos cavalos e cavaleiros. 1:7-17. </p>
<p class="calibre2">B. Visão dos chifres e dos ferreiros. 1:18-21 C. Visão do topógrafo. 2:1-13. </p>
<p class="calibre2">D. Visão de Josué, o sumo-sacerdote. 3:1-10. </p>
<p class="calibre2">E. Visão do candelabro de ouro. 4:1-14. </p>
<p class="calibre2">F. Visão do rolo volante. 5:14. </p>
<p class="calibre2">G. Visão da mulher na efa. 5:5-11. </p>
<p class="calibre2">H. Visão dos carros. 6:1-8. </p>
<p class="calibre2">I. A coroação de Josué. 6:9-15. </p>
<p class="calibre2">III. Perguntas referentes ao jejum. 7:1 – 8:23. </p>
<p class="calibre2">A. As perguntas. 7:1-3. </p>
<p class="calibre2">B. A ação da história. 7:4-14. </p>
<p class="calibre2">C. O propósito de Deus em abençoar Israel. 8:1-23. </p>
<p class="calibre2">IV. O futuro das nações, Israel e o reino do Messias. 9:1 – 14:21. </p>
<p class="calibre2">A. A primeira sentença. 9:1 – 11:17. </p>
<p class="calibre2">1. As vitórias de Alexandre, o Grande. 9:1-8. </p>
<p class="calibre2">2. O reinado de paz do Messias. 9:9, 10. </p>
<p class="calibre2">3. As vitórias dos Macabeus. 9:11-17. </p>
<p class="calibre2">4. Bênçãos através do reinado do Messias. 10:1-12. </p>
<p class="calibre2">5. A rejeição do Bom Pastor. 11:1-17. </p>
<p class="calibre2">B. A segunda sentença, 12:1 – 14:21. </p>
<p class="calibre2">1. Os poderes mundiais contra Jerusalém. 12:1-14. </p>
<p class="calibre2">2. A terra e o povo purificado. 13:1-6. </p>
<p class="calibre2">3. O Pastor ferido e o remanescente. 13:7-9. </p>
<p class="calibre2">4. O visível retorno do Messias à terra. 14:1-5. </p>
<p class="calibre2">5. O santo reino do Messias. 14:6-21. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">COMENTÁRIO </b></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Zacarias 1 </b></p>
<p class="calibre2">I. Introdução: Chamado ao Arrependimento. 1:1-6. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1. O segundo ano de Dario. </b> Datar uma profecia segundo o reinado de um monarca gentio evidencia que o tempo dos gentios, que começou com Nabucodonosor, já estava em andamento (cons. Lc. 21:24). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2. O SENHOR se irou em extremo. </b> Em linguagem enfática o profeta declara o aborrecimento divino com os pais de seus patrícios. Foi mais que a negligência deles em construir o Templo que o aborreceu; foi a sua visão espiritual de modo geral. Voltar do exílio não bastava para agradar ao Senhor; eles precisavam fazê-lo de coração. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">3. Eu me tornarei para vós outros. </b> Seu arrependimento encontraria Deus pronto e desejoso de recebê-los e abençoá-los. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">4. Não sejais como vossos pais. </b> O mau exemplo é tão infeccioso que Zacarias precisou advertir seus correligionários a não imitarem o modo de vida de seus predecessores. Estes trilham fracassado em atender às mensagens autênticas dos profetas de Deus e conseqüentemente tinham feito uma colheita de miséria e sofrimento no cativeiro babilônico. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">5. Vossos pais, onde estão eles? </b> Pais e profetas, todos tinham partido. O homem é uma planta que murcha, mas há uma força permanente no universo (Is. 40:6-8). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6. Não alcançaram a vossos pais? </b> O homem é mortal, mas as palavras e os estatutos de Deus são imortais. Embora a geração anterior já tivesse partido, os acontecimentos subseqüentes revelaram a verdade da mensagem de Deus nos juízos que sobrevieram a Israel por causa da desobediência. <b class="calibre1">Assim ele nos fez. </b> Deus cumpriu todas as predições ao pé da letra. Os contemporâneos de Zacarias deviam aprender das lições da história e decidir a obedecer a Deus implicitamente. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">II. As Visões Noturnas de Zacarias. 1:7 – 6:15. </p>
<p class="calibre2">A. Visão de Cavalos e Cavaleiros. 1:7-17. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">7. Aos vinte e quatro dias do mês undécimo. </b> Todas as oito visões noturnas foram concedidas ao profeta em uma só noite, três meses depois da primeira mensagem. Formam uma unidade que tem a sua chave na primeira visão. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">8. Um homem montado num cavalo vermelho. </b> Nos versículos 11 e 12 o homem sobre o cavalo vermelho é chamado de "anjo do Senhor". </p>
<p class="calibre2">O Anjo do Senhor através de todo o V.T. é considerado o próprio Deus (veja Gn. 16:7-13; Êx. 3:2-6; Juízes 13:9-18, 22; e outros). O Talmude babilônico interpreta assim : "Este homem não é outro que o Santo, bendito seja"; pois foi dito, "O Senhor é um homem de guerra". <b class="calibre1">Cavalos </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">vermelhos, baios e brancos. </b> Já houve quem dissesse que as cores dos cavalos representam as diversas missões dos cavalos com os seus cavaleiros. De acordo com este ponto de vista, o vermelho significa guerra, e, neste exemplo, juízo para os inimigos de Israel (cons. Ap. 6:4). </p>
<p class="calibre2">O fato do Anjo do Senhor estar cavalgando este animal revela qual o propósito de Deus para aquela hora. O bafo indica uma mistura das outras cores. O branco indica vitória (cons. Ap. 6:2). As murteiras representam Israel. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9. O anjo que falava comigo. </b> Este anjo é o mediador ou anjo intérprete, comissionado para explicar as visões ao profeta (cons. A. </p>p
<p class="calibre2">1:1; 22:16). Ele não apresenta as visões, mas esclarece o seu significado a Zacarias. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">10. O SENHOR tem enviado para percorrerem a terra. </b> Os cavalos que simbolizam atividade divina entre as nações da terra, foram enviados em uma missão de reconhecimento. Deus está sempre interessado nos negócios da terra, especialmente quando se relacionam com a sorte de Israel, Seu povo terrestre. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">11. Eis que toda a terra está agora repousada e tranqüila. </b> O relatório dos cavaleiros foi fora do comum; disseram que a terra estava em paz. Na realidade, os primeiros anos do reinado de Dario foram tempestuosos, marcados por repetidas rebeliões através de todo o seu domínio; mas nesse ano tudo estava em paz novamente. Mas Deus antevira que as nações seriam abaladas (Ageu 2:21, 22). Por que essa disparidade e como podia ser explicada? <b class="calibre1">12. Até quando não terás compaixão? </b> O contraste entre as nações tranqüilas e o povo de Deus tiranizado era doloroso; por isso o Anjo de Deus intercedeu por eles. Ele orou pedindo que a misericórdia fosse estendida a eles após seu longo período de castigo sob a disciplinadora mão de Deus. <b class="calibre1">Setenta anos. </b> O período tem sido diversamente computado. Um cálculo estabelece as datas finais em 606 A.C. (cons. II Reis 24:1) e 538 A.C., o ano do decreto de Ciro para a reconstrução (cons. Jr. 25:11; 29:10). Neste caso setenta anos seriam obtidos ou contando ambos os anos finais, que é uma prática antiga, ou considerando setenta como um número redondo. Aqui os setenta anos parecem referir-se ao período de 586 a 516, quando o Templo ("minha casa", v. 16) se encontrava em ruínas. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13. Palavras boas, palavras consoladoras. </b> De acordo com sua necessidade Deus lhes respondia com palavras que previam coisas boas e davam conforto. O restante da primeira visão mostra o que eram essas palavras consoladoras. O conforto consistia na certeza que o Senhor dava de 1) que tinha ciúmes contínuos por Israel; 2) que estava grandemente aborrecido com as nações; 3) que retornariam a Jerusalém pela misericórdia; 4) que o Templo seria reconstruído; 5) que a cidade arruinada seria restaurada; 6) que as cidades da terra prosperariam; 7) que Sião seria consolado; e 8) que Jerusalém seria escolhida. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">14. Estou zelando por Jerusalém. </b> Em confortador para Israel saber que Deus anda se preocupava grandemente e zelava pelo seu bem-estar. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">15. Estou irado contra as nações. </b> Este é o inverso do conceito do amor zeloso de Deus por Israel. Mas pela própria natureza do caso Ele devia se opor inalteravelmente a tudo o que buscasse prejudicar o Seu povo. <b class="calibre1">Confiantes. </b> O fato das nações estarem desfrutando de paz não significava que Deus as estava abençoando. <b class="calibre1">Elas agravaram o mal. </b> É verdade que Deus comissionou as nações para castigar Israel, mas elas assumiram e executaram a tarefa por si mesmas e não por causa dEle. </p>
<p class="calibre2">Seus propósitos malignos dominavam suas ações. Elas não pensavam na glória de Deus; assim elas se sentiam despreocupadas e insensivelmente confiantes. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">16. Voltei-me para Jerusalém com misericórdia. </b> Agora os propósitos divinos em relação a Israel referiam-se à sua restauração, bênçãos e engrandecimento. A minha casa nela será edificada. O sinal do favor divino restituído a Jerusalém era a reconstrução do Templo. O Templo já estava sendo reconstruído, mas não ficou pronto até o sexto ano de Dario (Esdras 6:15). <b class="calibre1">O cordel será estendido. </b> Antes de uma cidade ser destinada à destruição, estendia-se um cordel sobre ela, como para delimitar e definir a área da destruição (cons. lI Reis 21:13). Agora uma linha devia ser estendida sobre a cidade de Jerusalém em preparação para a reconstrução (cons. Jó 38:5). Uma completa inversão de condições é o que se indica aqui. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">17. Ainda se transbordarão. </b> As cidades de Judá veriam uma notável prosperidade. Josefo, o historiador judeu do primeiro século d.C., declarou que a população do país aumentou grandemente no tempo dos Macabeus (século segundo A. C.). <b class="calibre1">O SENHOR ainda consolará a </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Sião. </b> As fortes consolações de Deus para o Seu povo revelariam aos seus corações compreensivos a imutabilidade da escolha que fizera deles para si mesmo. Ninguém pode negar que essas predições se cumpriram naqueles dias do século sexto A.C. , mas o campo de ação mais amplo das Escrituras mostra que elas se cumprirão mais detalhadamente nos dias messiânicos. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2">B. Visão dos Chifres e dos Ferreiros. 1:18-21. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">18. Eis quatro chifres. </b> No cânon hebraico a segunda visão começa o segundo capítulo do livro. As versões inglesas seguem a LXX e a Vulgata. Nenhum dos arranjos afeta o sentido da passagem.. Na Bíblia o chifre é uma figura bem conhecida de poder; animais com chifres manifestam sua força através deles (cons. Mq. 4:13; Dn. 8:3, 4). </p>
<p class="calibre2">Intérpretes não concordam quanto ao significado dos quatro chifres. Já se disse que eles representam: os quatro cantos da terra; os inimigos de Israel de cada lado; inimigos específicos nas fronteiras da Terra Prometida; todos os adversários de Israel até o reino do Messias. </p>
<p class="calibre2">Aceitando o amplo testemunho das Escrituras, especialmente à vista das figuras de Daniel e do Apocalipse, um grande número de expositores relacionam os chifres com os quatro poderes mundiais de Daniel 2, 7 e 8, a saber, Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma. Provavelmente este é o ponto de vista melhor consubstanciado. Não se pode negar que no tempo de Zacarias o terceiro e quarto reinas ainda não existiam, mas sabe-se que a preferia reúne em um amplo panorama os elementos componentes do plano profético. Compare Is. 61:1-3; Dn. 9:24-27; Zc. 9:9, 10. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">20. Quatro ferreiros. </b> A palavra usada no original é empregada em relação a qualquer trabalhador especializado em madeira, metal ou pedra. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">21. Vieram para os amedrontar. </b> Os artesãos vieram com o propósito de amedrontar e aterrorizar os corações das nações que não tiveram misericórdia de Israel, deixando-a prostrada e esmagada. Para cada inimigo de Israel Deus tinha um instrumento de juízo correspondente para execução do castigo. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Zacarias 2 </b></p>
<p class="calibre2">C. Visão do Topógrafo. 2:1-13. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1. Um homem que tinha na mão um cordel de medir. </b> Da </p>
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