-
Notifications
You must be signed in to change notification settings - Fork 0
/
Copy pathindex_split_001.html
403 lines (403 loc) · 132 KB
/
index_split_001.html
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
111
112
113
114
115
116
117
118
119
120
121
122
123
124
125
126
127
128
129
130
131
132
133
134
135
136
137
138
139
140
141
142
143
144
145
146
147
148
149
150
151
152
153
154
155
156
157
158
159
160
161
162
163
164
165
166
167
168
169
170
171
172
173
174
175
176
177
178
179
180
181
182
183
184
185
186
187
188
189
190
191
192
193
194
195
196
197
198
199
200
201
202
203
204
205
206
207
208
209
210
211
212
213
214
215
216
217
218
219
220
221
222
223
224
225
226
227
228
229
230
231
232
233
234
235
236
237
238
239
240
241
242
243
244
245
246
247
248
249
250
251
252
253
254
255
256
257
258
259
260
261
262
263
264
265
266
267
268
269
270
271
272
273
274
275
276
277
278
279
280
281
282
283
284
285
286
287
288
289
290
291
292
293
294
295
296
297
298
299
300
301
302
303
304
305
306
307
308
309
310
311
312
313
314
315
316
317
318
319
320
321
322
323
324
325
326
327
328
329
330
331
332
333
334
335
336
337
338
339
340
341
342
343
344
345
346
347
348
349
350
351
352
353
354
355
356
357
358
359
360
361
362
363
364
365
366
367
368
369
370
371
372
373
374
375
376
377
378
379
380
381
382
383
384
385
386
387
388
389
390
391
392
393
394
395
396
397
398
399
400
401
402
403
<?xml version='1.0' encoding='utf-8'?>
<html xmlns="http://www.w3.org/1999/xhtml" lang="">
<head>
<title>index</title>
<meta content="pdftohtml 0.36" name="generator"/>
<meta content="pc" name="author"/>
<meta content="2011-04-20T16:04:09+00:00" name="date"/>
<meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"/>
<link href="stylesheet.css" rel="stylesheet" type="text/css"/>
<link href="page_styles.css" rel="stylesheet" type="text/css"/>
</head>
<body class="calibre">
<p class="calibre2">muitas regiões do mundo, especialmente no Egito e Canaã. Os assírios e babilônios, entretanto, recusavam-se a participar dele. Observe que Davi se refere desdenhosamente a Golias chamando-o de "filisteu incircunciso" (I Sm. 17:26; cons. 14:6). Deus ordenou a Abraão que selasse a aliança entre eles com o símbolo ou sinal da circuncisão. Isto seria para sempre "o sinal externo e visível de uru relacionamento interior e invisível". Toda criança do Sexo masculino da casa de Abraão tinha de experimentar este divinamente ordenado ritual no oitavo dia depois do nascimento. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">15,16. Sara. </b> O nome Sarai fora usado pela esposa de Abraão durante muitos anos. Agora Deus ordenou que o seu nome fosse mudado para <b class="calibre1">Sara, Princesa</b>. É a forma feminina de <i class="calibre3">sar</i>, "príncipe". Este novo nome enfatizava o papel da esposa de Abraão a ser desempenhado no futuro, como a mãe das nações. Abraão é considerado como o "Pai Abraão" pelos judeus, maometanos e cristãos. Seria bom lembrar que Sara também teve papel vital no drama dos séculos. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">17-22. </b> Novamente <b class="calibre1">se prostrou Abraão, rosto em terra, </b> diante do senhor. Deus tinha predito que o tão esperado filho nasceria realmente de sua própria esposa. Embora Sara tivesse noventa anos de idade, teria contudo a alegria de receber um filho, através do qual as promessas da aliança divina seriam realizadas. Abraão tinha chegado a considerar Ismael o seu herdeiro e a crer que as douradas promessas tinham de se realizar através dele (cons. v. 18). Agora recebia a palavra segura de que baque nasceria para ser o filho da promessa. <b class="calibre1">Abraão... se riu</b> (v. 17). </p>
<p class="calibre2">Ele estava atônito. Aqui não se insinua que houvesse incredulidade, mas antes vê-se evidência de espanto e grande alegria. Abraão não tinha capacidade de compreender esse aviso tão pasmoso. O hebraico <i class="calibre3">sheiheiq</i> significa "rir". É o verbo que forma a raiz para a palavra <b class="calibre1">Isaque</b>, Compare a reação de Sara e o seu riso em 18:12. Aqui há uma diferença decisiva nos motivos do riso nos dois exemplos. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">23-27. </b> Abraão agiu pela fé e com espírito obediente executou a ordem de Deus. Imediatamente instituiu o ritual da circuncisão em todo o seu grupo. Ismael estava entre os circuncidados. Abraão estava obedecendo a Deus e tornando-se, tanto ele como a sua família, qualificado para a realização das promessas divinas. O plano do Senhor de alcançar e abençoar todas as nações estava caminhando para a realização. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">8) Sodoma e Gomorra. 18:1 - 19:38. </b></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 18 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">18:1. Os carvalhais de Manre. </b> A residência de Abraão ficava na vizinhança imediata de Hebrom. Embora a palavra hebraica <i class="calibre3">'ilon</i> possa ser traduzida para "carvalho" ou "terebinto", este último é provavelmente o que deve ser preferido. Eram árvores sagradas do santuário cananita do Hebrom. A caverna de Macpela estava localizada no mesmo local. O patriarca estava em íntimo contato com os lugares sagrados e sítios santificados. Através dos séculos, carvalhos sagrados ou terebintos remontam aos tempos patriarcais. <b class="calibre1">Apareceu o Senhor. </b> Embora Abraão não reconhecesse imediatamente o Senhor na pessoa do celestial visitante, logo percebeu que o principal dos três mensageiros era o próprio Jeová. Era o "anjo do Senhor", que aparece diversas vezes nas primeiras páginas do Gênesis. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2-5. Correu. . ao seu encontro, prostrou-se em terra. </b> Abraão demonstrou hospitalidade extraordinária. Tudo fez para seus hóspedes segundo a hospitalidade oriental. Suas atitudes foram exatas. Tudo preparou para dar boas-vindas verdadeiramente reais aos visitantes celestiais. Convidou-os a <b class="calibre1">repousar</b> ou <i class="calibre3">reclinar-se</i>, e a refazer as forças enquanto a refeição era preparada. O hebraico <i class="calibre3">sei'eid</i>, refazer as forças, significa "fortalecer-se" ou "tomar forte". O descanso e o alimento, ambos "refariam as forças". </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6-8. Amassa depressa três medidas de flor de farinha. </b> Abraão, Sara e Ismael ( <i class="calibre3">o rapaz</i>) rapidamente executaram a tarefa de servir os visitantes. Uma medida, <i class="calibre3">sei'a</i>, era um terço de uma efa, ou cerca de um salamim e meio. Duas palavras hebraicas, <i class="calibre3">gem'eh</i> e <i class="calibre3">solet</i>, foram usadas para designar o caráter excepcional da farinha usada na confecção dos pães para a refeição. <i class="calibre3">Hem'e</i>, "leite coalhado" misturado com leite fresco, era uma bebida refrescante servida a viajantes cansados, enquanto se preparava uma refeição mais substancial. O novilho era um luxo raro e extra que ele providenciou para os respeitáveis visitantes. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9-15. </b> O Senhor, clara e distintamente, anunciou que Sara teria uru menino <i class="calibre3">quando a estação voltasse à vida novamente</i> (<b class="calibre1">daqui a um ano</b>). </p>
<p class="calibre2">O feliz acontecimento seria para dali a um ano. Deus não se esquecera de Sua promessa e estava trabalhando no sentido de Seu milagroso cumprimento. <b class="calibre1">Estava escutando. </b> O hebraico <i class="calibre3">shoma'at </i> indica que estava escutando naquele momento. Avançados em idade. Expressão idiomática hebraica significando "entrados em dias". <b class="calibre1">Riu-se, pois, Sara. </b> Sara riu-se de mera incredulidade ao imaginar como era impossível para ela gerar um filho. Ela se descreve aqui como <i class="calibre3">beloti</i>, <b class="calibre1">“gasta” </b>, "murcha", "quase a se desfazer, como uma vestimenta". Ela se lembrou que Abraão, também, era velho e já tinha passado da idade de ser pai. A palavra divina assegurou a Sara e Abraão que nada é <b class="calibre1">demasiadamente difícil</b> (lit., <i class="calibre3">maravilhoso</i> ) <b class="calibre1">para Deus. </b> Mesmo se a coisa a ser realizada era incomum, extraordinária, ou além do comportamento natural, Jeová era capaz de realizá-la a qualquer hora e do modo que Ele escolhesse. </p>
<p class="calibre2">"Porque para Deus nada é impossível" (Lc. 1:37). No nascimento de Isaque, como no nascimento de Jesus, foi necessário que Deus operasse um milagre. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">16-22. Sodoma e Gomorra. </b> As duas principais cidades no extremo sul do Mar Morto. As outras – Adama, Zeboim e Zoar – seriam destruídas junto com Sodoma e Gomorra na conflagração que purificaria aquelas pocilgas de iniqüidade. (No final Deus poupou Zoar que foi o novo lar de Ló.) As Escrituras indicam claramente que uma visitação divina desencadearia terrível juízo e sentença sobre seus habitantes pecadores. As cidades ficavam cerca de dezoito milhas do lar de Abraão em Hebrom. Das vizinhanças do Hebrom ele podia ver o extremo sul do Mar. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">23-33. </b> Em sua soberba oração de intercessão pelos poucos homens justos de Sodoma, Abraão revelou os mais ricos elementos do seu caráter - sua generosidade, simpatia, sensibilidade e preocupação pela justiça em Deus e no homem. Ele demonstrou que entendia o desejo que Deus tem de perdoar e garantir pleno perdão, lidando com Suas criaturas, embora perversas, de acordo com os padrões de justiça revelados. Ele sabia que podia esperar que Jeová agisse de acordo com Sua natureza santa. </p>
<p class="calibre2">Quando Abraão parou de interceder, tinha a promessa de Deus de que pouparia Sodoma, se houvesse ali, ao menos dez pessoas justas. </p>
<p class="calibre2">Mas, quando o número exigido não foi encontrado, nada pôde evitar a catástrofe. A oração intercessória faz o lado mais belo do homem transparecer. Sua altruísta preocupação pelos outros brilha como linda jóia. Ao interceder junto ao senhor, Abraão demonstrou claramente seu amor genuíno e sua preocupação. E ele experimentou uma renovação de sua amizade com Deus, que quis aconselhar-se com Abraão e concedeu-lhe revelação especial antes que a sentença fosse executada. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 19 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">19:1-3. Estava Ló assentado. </b> Ló obtivera algum destaque entre seus concidadãos na perversa cidade. Talvez o seu assentar-se junto a porta indique que ele ajudava a fazer justiça ao povo. Mas para os visitantes celestiais, a figura fraca, mundana e egoísta de Ló parecia patética. Imediatamente ele se prontificou a fazer o papel de um anfitrião generoso diante dos dois estrangeiros. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">4-22. </b>As trágicas experiências com os homens da cidade, na casa de Ló, demonstram que em Sodoma predominava a mais negra situação. Os anjos, que foram sob ordens divinas para descobrirem a extensão da depravação humana ali, não precisaram de mais nada. Os pecados mais vis, mais execráveis, eram praticados aberta e descaradamente. Os mensageiros divinos só tinham de pronunciar a sentença oficial, apresentar a devida advertência e, de todas as maneiras, procurar retirar Ló e sua relutante família da cidade condenada. A pressa foi necessária. </p>
<p class="calibre2">Foi exigida uma obediência fora do comum. Ló tentou freneticamente admoestar e persuadir os membros de sua família a partirem com ele. </p>
<p class="calibre2">Mas, como diz a narrativa, acharam, porém, que ele gracejava com eles. </p>
<p class="calibre2">Ló agiu egoísta e tolamente quando preferiu participar da vida de Sodoma, onde seus filhos foram aviltados pelo opróbrio da cidade. </p>
<p class="calibre2">Embora tivesse alcançado certo destaque entre o povo, jamais a sua influência foi bastante grande para que houvesse alguma mudança de comportamento; por isso, na hora da crise, fracassou na liderança moral. </p>
<p class="calibre2">Sua própria família, no fim, não acreditou nas suas mais insistentes advertências. Que contraste extraordinário entre a depravação de Ló e a vida justa de Abraão! Os membros da família de Ló eram todos corruptos. Nenhum deles valia nada na balança da justiça e da honestidade. Enquanto Ló, sua esposa e suas duas filhas saíam relutantes da cidade condenada, Deus deteve a destruição pendente até que seus mensageiros os livrassem das garras nojentas de Sodoma. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">23-25. Então fez o Senhor chover enxofre e fogo. </b> É bom que aceitemos esta narrativa literalmente, como registro de um juízo definido do Senhor sobre um povo tão corrupto, que não tinha mais o direito de viver. Deus tinha poder de produzir um terremoto que teria aberto uma brecha nas rochas para libertar o gás armazenado, que explodindo jogou quantidades imensas de petróleo para o ar. Quando o material inflamável se incendiou, lençóis de fogo caíram sobre a cidade para completar a destruição. Chamas cauterizantes e fumaça negra deve ter coberto toda a área da cidade, sufocando e consumindo todas as coisas vivas. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">26. Uma estátua de sal. </b> A esposa de Ló fez algum esforço para escapar ao desastre iminente. Mas deixou que a sua curiosidade e seu desordenado amor pelas coisas de Sodoma (como também por sua família, provavelmente) a levasse a desobedecer as ordens e ela olhou para trás. Foi uma atitude fatal. A mulher ficou paralisada, e seu corpo se transformou em uma estátua de sal, coberta e incrustada com sedimentos da chuva de enxofre. Ali ficou por muitos anos como terrível advertência contra a desobediência às ordens específicas de Deus, e um lembrete mudo do caráter imutável do senhor. Alguém já disse: "Ela ficou ali, uma silenciosa sentinela do egoísmo sórdido". Até o dia de hoje, colunas e torres de sal são visíveis na área ao sul do Mar Morto. Jesus, tentando lembrar seus discípulos das trágicas conseqüências do amor às coisas materiais, advertiu-os dizendo "lembrai-vos da mulher de Ló" (Lc. 17:32). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">27, 28. Da terra subia fumaça, como a fumarada de uma fornalha. </b> Abraão subiu a uma elevação perto do Hebrom e olhou para o inferno no vale lá em baixo. Fizera todo o possível para poupar Ló e sua família. </p>
<p class="calibre2">Agora observava a destruição das quatro cidades ímpias que foram tão insolentes no seu comportamento. Certamente o salário do pecado é a morte. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">30-38. Duas filhas. </b> O último capítulo da vida de Ló é de inspirar pena. Ele descreve as relações incestuosas que gostaríamos de esquecer. </p>
<p class="calibre2">As duas filhas, educadas na ímpia Sodoma, rebaixaram-se o suficiente para praticarem um ato que é indescritivelmente revoltante. O resultado desse ato foi o nascimento de dois meninos, que foram os progenitores dos moabitas e dos amonitas, Ló e sua família fracassaram miseravelmente. Tragédia, desgraça, desespero e morte estão sobre os seus epitáfios. "Não erreis ; Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isto também ceifará" (Gl. 6:7). </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 20 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9) Abraão e Abimeleque. 20:1-18. </b></p>
<p class="calibre2">Este lamentável episódio acrescenta outra linha deplorável ao quadro da vida do patriarca. Por que ele cometeu o mesmo erro duas vezes? (cons. 12:11-20) Por que o representante escolhido por Deus tinha de errar desse modo, dando a um rei pagão a oportunidade de repreendê-lo merecidamente? Por causa de medo e da falta de fé temporária, Abraão apelou para a falsidade, mentira e rematada deturpação dos fatos. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1. Abraão... morou em Gerar. </b> Gerar ficava provavelmente cinco a seis milhas ao sul de Gaza e, portanto, fazia parte do território pertencente aos filisteus. Alguns comentadores, contudo, localizaram-na a cerca de treze milhas ao sudeste de Cades. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">4-6. Sinceridade de coração e na minha inocência. </b> Abimeleque, que reinava sobre o povo de Gerar, era incomumente honesto, ético e imparcial. Suas reivindicações de sinceridade, isto é, "perfeição" ou "integridade" e inocência destacam-no como homem de elevados padrões. Quando advertido em sonhos por Jeová, enfrentou a dificuldade honestamente, com hombridade. Ele se destaca sob uma luz melhor que a do representante de Deus. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">7. </b> Abraão é chamado aqui de <b class="calibre1">profeta</b>. Como tal, tinha relacionamento peculiar com o senhor. Tinha acesso a Deus, era protegido pelo poder divino, recebia revelação espiritual e estava obrigado a falar em nome de Deus, transmitindo a mensagem que recebesse. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9.16. </b> Abimeleque repreendeu Abraão, devolveu-lhe Sara e, além disso, ofereceu-lhe ovelhas, bois e escravos e um tesouro especial (talvez o equivalente de quatrocentos dólares); e assegurou a Abraão que podia se estabelecer em seu reino. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">17,18. </b> Em troca, Abraão intercedeu pelo rei para que a aflição enviada por Deus sobre ele e seu povo fosse removida. O patriarca despediu-se de Abimeleque, mais sábio, embora mais triste. Estava aprendendo que a mão de Jeová estava sobre ele para cumprimento do seu destino. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 21 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">10) O Nascimento de Isaque; Ismael Expulso. 21:1-21. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1-7. Visitou. </b> De <i class="calibre3">peiqeid</i>, "visitar", no sentido de "trazer julgamento ou uma bênção". Neste caso foi uma bênção muito apreciada de Deus. </p>
<p class="calibre2">Graça e poder divinos operaram o milagre. <b class="calibre1">Sara... deu à luz um filho a </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Abraão na sua velhice. </b> Cumprindo a Sua promessa, Deus deu um menino a Sara e Abraão. Toda promessa ligada à aliança se realizaria através deste filho de Abraão. O pai teve a alegria de dar nome ao menino e então o privilégio de circuncidá-lo quando tinha oito dias de idade. Quando Sara ergueu a criancinha em seus braços, sua alegria foi sem limites. Durante meses vivera para este momento sagrado. Ela disse: <b class="calibre1">Deus me deu motivo de riso</b> (<b class="calibre1">me tem feito riso</b>, E.R.C.)<b class="calibre1">; todo aquele </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">que ouvir isso, vai rir-se juntamente comigo. </b> Para os vizinhos seria motivo de riso bem-humorado da surpresa aliado a uma genuína alegria e sinceras felicitações. Para Sara, era o riso feliz da maravilhosa realização. segurava em seus braços o presente de Deus ao mundo. Foi um momento inesquecível de ação de graças, alegria e sagrada dedicação. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">8. Isaque cresceu. </b> O dia em que Isaque devia ser desmamado, provavelmente aos três anos de idade, foi um grande acontecimento na vida de toda a família. Era ocasião que devia ser celebrada com regozijo e festas. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9-11. </b> Logo, entretanto, surgiu um problema. <b class="calibre1">Vendo Sara que o </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">filho de Hagar ... caçoava de Isaque. </b> Sara já tinha sofrido por causa de Hagar e Ismael. Agora o conflito foi renovado quando Sara viu que o filho de Hagar tomava uma atitude que a enraiveceu. A palavra hebraica <i class="calibre3">mesahiq</i> é uma forma intensiva (<b class="calibre1">piel</b>) do verbo sobre o qual a palavra <i class="calibre3">Isaque</i> se fundamenta. Tem sido traduzida para "caçoar", "divertir-se", "brincar" e "fazer troça". Não temos boas razões para introduzirmos a idéia de caçoar. O que Ismael fazia não importa tanto quanto o fato de que Sara se enfureceu. Talvez ela simplesmente não agüentasse ver o seu filho brincando com Ismael em igualdade de condições. Ou talvez o ciúme, esse monstro de olhos verdes, estivesse no controle. Talvez Sara temesse que Abraão, por causa do seu amor pai Ismael, desse ao filho mais velho lugar destacado na herança. De qualquer forma, a vida familiar não podia continuar assim. Hagar e Ismael tinham de partir. </p>
<p class="calibre2">Expulsá-los deve ter sido excessivamente penoso para Abraão, pois ele amava o menino, e durante anos o considerou seu herdeiro. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12-14b. </b> Jeová confortou o seu amigo assegurando-lhe que cada rapaz teria um lugar importante no futuro. Abraão devia deixar que Hagar e Ismael partissem, como Sara exigia. No futuro, Ismael seria o pai de uma grande nação. Mas Isaque seria o herdeiro das promessas e uma bênção para todo o mundo – <b class="calibre1">por Isaque será chamada a tua </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">descendência. </b> Relutantemente Abraão despediu Hagar e Ismael na direção do deserto, com um odre cheio de água. Não se sabe exatamente qual era a idade de Ismael. Estudos cuidadosos do texto hebreu dão liberdade ao estudante de considerá-lo um jovem adolescente, talvez com cerca de dezesseis anos de idade. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">14c-16. Berseba, </b> na fronteira do Egito, ficava cerca de 80 kms ao sul de Jerusalém e 43,2 kms ao sul de Hebrom. Para aqueles que se dirigiam para o sul, era a última parada significativa na Palestina. Nessa região deserta, esses dois viajantes não poderiam passar muitas horas sem experimentar sede extrema. Quando a água acabou, o menino foi tomado de exaustão; e sua mãe o colocou sob a pequena sombra de um arbusto para que morresse. Mas Deus, na Sua misericórdia e amor, interveio trazendo esperanças, vida e segurança. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">17-19. Deus, porém, ouviu a voz do menino. </b> O Senhor providenciou abundância de água fresca, corrente, e poupou a vida do rapaz. Para ambos, mãe e filho, despontou um novo dia. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">20,21. Deus estava com o rapaz. </b> Era evidente que Deus pretendia cumprir Sua promessa em relação ao filho de Abraão; faria dele a grande nação dos ismaelitas. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">11) Abimeleque e Abraão. 21:22-34. </b></p>
<p class="calibre2">Quando surgiram os problemas (v. 25) entre os homens de Abraão e os de Abimeleque, os dois senhores concordaram em fazer uma afiança entre si. Primeiro, resolveram as dificuldades e acertaram as diferenças. </p>
<p class="calibre2">Então Abraão deu um presente ao rei e ratificou o acordo. Dentre outras Coisas, ofereceu a Abimeleque sete ovelhas. Assim fizeram afiança em Berseba (v. 32). A semelhança entre as palavras hebraicas <i class="calibre3">sheba' </i> "sete" e <i class="calibre3">sheiba' </i> 'jurar", parece indicar que existe ligação entre elas. Por causa disso, Berseba pode significar "poço dos sete" ou "poço do juramento". </p>
<p class="calibre2">O uso reflexivo da palavra "jurar" significa "setificar-se" ou seja, obrigar-se diante de sete coisas sagradas. Diante do compromisso feito, Abraão expressou gratidão ao <b class="calibre1">Senhor, Deus eterno</b> ( <i class="calibre3">'El'oleim</i>, v. 33). O patriarca logo sairia do mapa da história, mas o seu Deus, o Imutável, o Eterno, permaneceria. Evidentemente Abraão havia deixado uma impressão indelével sobre Abimeleque, o rei pagão, pois à sua maneira o rei confessou sua dependência do Deus de Abraão. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 22 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12) Abraão e Isaque. 22:1-19. </b></p>
<p class="calibre2">O supremo teste da fé e obediência de Abraão veio depois da partida de Ismael, quando todas aS esperanças para o futuro estavam alojadas em Isaque. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1. Pôs Deus Abraão à prova. </b> O <i class="calibre3">nissa</i> hebraico, <b class="calibre1">provar</b> (E.R.C., <i class="calibre3">tentar</i>), significa um teste que revelaria a fé de Abraão como nada ainda o conseguira fazer. Ele tinha de dar prova de obediência absoluta e incontestada fé em Jeová, obedecendo até mesmo de olhos fechados, passo a passo, até que a fé se destacasse clara como o sol do meio-dia. </p>
<p class="calibre2">Abraão passou pelo fogo mais ardente, permaneceu firme sob as maiores pressões e suportou a mais difícil tensão, para emergir da prova em completo triunfo. </p>
<p class="calibre2">2. Nenhum teste seria mais severo do que aquele que agora Deus lhe impunha. E nenhuma obediência seria mais perfeita do que a de Abraão. Quando Deus o chamou, o patriarca respondeu imediatamente. </p>
<p class="calibre2">Mesmo sabendo que estava à sua frente, disse calmamente aos seus servos: "Esperai aqui... eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós" (v. 5). Sua fé em Deus que vê e se encarrega de tudo, garantiu-lhe que tudo estava bem. Ele confiou em Jeová para a execução de Suas promessas. "Pela fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito. Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar. E daí também em figura ele o recobrou" (Hb. 11:17-19). A fé via além do sacrifício e estava pronta a obedecer. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Moriá. </b> O lugar do sacrifício não pode ser positivamente identificado. II Crônicas 3:1 parece localizá-lo no local do Templo de Salomão. A tradição tem-se apegado a esta opinião, e seria difícil encontrar um local mais aceitável. A viagem a pé de Berseba deve ter levado a maior parte dos três dias. Oferece-o ali em holocausto. A palavra hebraica usada aqui, <i class="calibre3">'eila</i>, literalmente, <i class="calibre3">levante-o</i>, significa oferecer a vitima como um todo em holocausto, em sinal de completa dedicação. Não se faz nenhuma referência a matar o rapaz. A intenção original de Jeová, ao que parece, foi a de garantir a oferta completa, mas interferir antes que a vitima fosse morta. O propósito de Deus, em parte, foi o de apresentar uma lição objetiva sobre a Sua aversão aos sacrifícios humanos que eram abertamente praticados pelos pagãos por todos os lados. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">7,8. </b> Conforme os dois lentamente subiam a encosta da montanha, o jovem observador perguntou: <b class="calibre1">Onde está o cordeiro para o holocausto? </b> Que cena patética! A resposta do pai foi dada sem delongas: <b class="calibre1">Deus </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">proverá para si... o cordeiro para o holocausto. </b> O verbo significa "ver". Na verdade, Abraão dizia que Jeová era capaz de <i class="calibre3">ver</i> e providenciar à Sua maneira. Ele tinha em seu coração uma segurança calma de que Deus seria capaz de cuidar dos detalhes. Abraão não sabia que o rapaz seria poupado da experiência da morte. Mas tinha a fé para crer que o Onipotente providenciaria o necessário à Sua maneira e na hora exata. Paulo penetrou nas profundezas desta verdade quando disse: "Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas cousas?" (Rm. 8:32). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9,10. </b> Tudo estava em seu devido ligar sobre o altar. O filho amado das promessas estava amarrado e prostrado sobre a lenha que ele mesmo trouxera sobre os ombros. O fogo estava pronto. Tudo estava calmo e quieto. A faca afiada foi desembainhada e levantada. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12,13. </b> De repente a voz do céu quebrou o silêncio. Deus ordenou que Abraão deixasse a faca de lado, desamarrasse as correias que prendiam o rapaz e que trouxesse o carneiro preso entre os arbustos. Essa foi a hora suprema de Abraão. Deus experimentara o seu coração e estava satisfeito. Novamente Isaque se colocou ao lado de seu pai, uma testemunha da misericórdia, da graça e da provisão do Senhor (cons. v 14). Foi por isso que Jesus disse. "Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia e viu-o, e alegrou-se" (Jo. 8:56). O homem de Deus retornou a Berseba iluminado com o senso da presença de Deus. Jamais tornaria a ser o mesmo. As grandes promessas foram renovadas, e foi-lhe assegurado que as bênçãos da aliança seriam dele e e de seus descendentes. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 23 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13) A Morte e o Sepultamento de Sara. 23:1-20. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1,2 Sara . . morreu em Hebrom. </b> Aos 127 anos de idade Sara morreu, deixando Abraão vergado pela dor. O amor dele por ela fora genuíno e meigo. Ela fora a sua "princesa". Podemos bem imaginar que durante as horas negras e as felizes, ela foi um arrimo constante para a sua fé e uma fonte de força em toda a sua jornada. Eles tinham se mudado de Berseba para Hebrom, uma cidade a 28,8 kms ao sul de Jerusalém. Isaque tinha agora trinta e sete anos de idade. Em sua tristeza Abraão revelou algo da dignidade da sua alma que caracteriza o forte homem de Deus. Além de gemer e manifestar sua dor audivelmente, ele chorou. As palavras hebraicas para lamentar e chorar transmitem ambas as idéias. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">3-20. </b> No devido tempo, contudo, levantou-se do chão, local de lamentação, e corajosamente foi tratar dos negócios referentes à sepultura e ao sepultamento propriamente dito. Em lugar de levar o corpo de Sara de volta para Harã ou Ur, preferiu escolher um sepulcro na terra que Deus lhe dera. Negociou com os nativos hititas e comprou, por uma quantia considerável, a caverna de Macpela, para que a sua família tivesse um local adequado para todos os sepultamentos no futuro. Ao negociar com os proprietários, Efrom e os outros, intitulou-se estrangeiro e morador naquela parte do mundo, indicando que sua origem era estrangeira e o seu período de permanência na terra incerto. Os filhos de frete (hititas) chamaram-no de príncipe de Deus, (v. 6). Eles o estimaram muito. Macpela, uma caverna dupla, tornou-se a sepultura de Sara, Abraão, Isaque, Rebeca, Jacó e Lia. Anos mais tarde foi tomada pelos maometanos e construiu-se uma mesquita sobre ela. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 24 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">14) Elíézer, Isaque e Rebeca. 24:1-67. </b></p>
<p class="calibre2">O velho patriarca estava avançado em anos (heb., <i class="calibre3">entrado em dias</i>). </p>
<p class="calibre2">Isaque continuava solteiro. Abraão estava preocupado com a possibilidade de seu herdeiro vir a se casar com uma cananita e não com uma moça do seu próprio povo. Mandou Eliézer, o seu servo de confiança, fazer a longa viagem até a Mesopotâmia em busca de uma noiva para Isaque. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1-9. Disse Abraão ao seu mais antigo servo ... tomarás esposa </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">para Isaque, meu filho. </b> Antes que Elíézer partisse, Abraão lhe deu instruções detalhadas e exigiu que fizesse um voto sagrado. Colocar a mão sob a coxa era atitude solene, significando que se o juramento fosse violado, os filhos, mesmo os que ainda não tinham nascido, vingariam o ato de deslealdade. Por meio do juramento, o servo ficaria obrigado a maior diligência na obtenção de uma esposa aceitável para Isaque. </p>
<p class="calibre2">Abraão assegurou-lhe que receberia a ajuda de Deus: <b class="calibre1">Ele enviará o seu </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">anjo, que te há de preceder, e tomarás de lá esposa para meu filho. </b> <b class="calibre1">10-14. O servo ... levantou-se e partiu... para a idade de Naor. </b> O servo recebeu a promessa de orientação divina e estava ansioso em ser conduzido. Um homem devoto, que buscava conhecer a vontade de Deus, orou fervorosamente e confiou que receberia orientação detalhada. </p>
<p class="calibre2">Sentia que um erro poderia ser desastroso. É claro que Eliézer era o homem de Deus para uma expedição altamente importante. <b class="calibre1">A cidade de </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Naor. </b> A cidade de Harã ou uma cidade chamada Naor nas vizinhanças de Harã. <b class="calibre1">Mesopotâmia</b> é a tradução do hebraico que poderia literalmente ser traduzido para "Arão dos dois rios", isto é, a região dos vales dos rios Tigre e Eufrates. Betuel era o pai de Labão e Rebeca. Os pais de Betuel eram Naor e Milca. Abraão era seu tio. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">15-28. </b> Quando o servo encontrou-se com Rebeca junto ao poço, convenceu-se de que Deus tinha respondido sua oração e o guiara diretamente à moça. Ela era linda e inteligente, e atendia a cada requisito que ele estipulava. Então Eliézer deu-lhe alguns presentes preliminares – um pendente para o nariz e dois braceletes, tudo vistoso e extremamente valioso. Outros presentes se seguiriam quando a família se reunisse na tenda da mãe de Rebeca. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">29-31. Labão ... Elíézer ... Rebeca. </b> Labão revelou seu verdadeiro caráter vendo o valioso pendente e os braceletes, decidiu que nada deveria ser poupado para reter Eliézer. Ele não poderia deixar de ser hospitaleiro com um homem que fazia tais presentes. Aquelas jóias eram apenas o começo. Logo outras jóias de prata e ouro e lindas vestes foram oferecidas a Rebeca. E ricos presentes (v. 53), presentes especiais, foram oferecidos à mãe e ao irmão da noiva. De uma certa forma eram para compensar a perda de um membro querido da família. O costume de dar ricos presentes aos membros da família da noiva vem desde os tempos de Hamurabi (1728-1686 A.C). Talvez fosse resquício dos tempos em que a noiva era realmente negociada. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">34-48. </b> Elíézer contou com alguns detalhes a surpreendente resposta que recebeu à sua oração quando pediu orientação e certeza. O homem de Deus sabia que o Senhor o orientara e que Rebeca era a escolha de Deus para o seu jovem senhor. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">49-61. </b> Sem consultar a noiva escolhida, os outros membros da família deram sua palavra definitiva: Rebeca seria a esposa de Isaque. </p>
<p class="calibre2">Eles queriam que a moça ainda permanecesse em casa por algum tempo (talvez alguns meses), mas ela, quando indagada, declarou estar pronta a partir imediatamente. Foi uma decisão momentosa para ser tomada por uma jovem. Seu novo lar ficava muito longe e provavelmente nunca mais veda sua família. Ela ia pela fé, como Abraão o fizera anos antes. </p>
<p class="calibre2">Nova vida em Canaã seria sua recompensa. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">62-65. Saíra Isaque a meditar no campo. </b> Isaque estava esperando a sua noiva perto de <i class="calibre3">Beer-Laai-Roi</i>, onde Hagar encontrara esperança, alegria e orientação divina. O hebraico <i class="calibre3">sueih</i>, geralmente traduzido para meditar, também pode ser "passear", "orar", "gemer", "lamentar". O versículo 67 pode jogar alguma luz sobre o seu significado. Isaque precisava de conforto. É possível que Sara tenha falecido durante a ausência de Eliézer. A narrativa descreve Rebeca literalmente saltando do camelo, em atitude de respeito diante de Isaque e devida consideração por sua importância. Rapidamente arrumou o seu véu, de acordo com as regras da etiqueta vigente. Uma mulher comprometida devia permanecer com o rosto velado até que o casamento fosse consumado. Só então seu esposo poderia olhar o seu rosto. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">66,67. </b> Elíézer deu a Isaque um relatório completo de tudo o que aconteceu na longa viagem. Isaque compreendeu que Deus guiara o servo na escolha de Rebeca e reconheceu que a vontade dEle devia ser cumprida no assunto. Instalou Rebeca na tenda da própria Sara, e assim ela veio a ser a primeira dama daquela terra. Dois verbos destacam-se no versículo que encerra o capítulo: <b class="calibre1">Isaque ... a amou; assim foi Isaque </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">consolado. </b> O amor veio naturalmente, trazendo conforto e alegria ao coração de Isaque. Foi apropriado que uma alma solitária pudesse encontrar uma mulher que fosse linda e amável. O amor de Isaque engendrou compreensão, consideração e gentileza de alma. Foi muito bom que a jovem, tão longe de sua casa, fosse abençoada com um marido que a amou verdadeiramente. A palavra "consolado" tem significados ainda mais profundos quando considerados à luz do coração, do lar e do casamento. Isaque estava necessitando desesperadamente de "consolo". Rebeca forneceu algo que estivera em falta desde a partida de sua mãe. </p>
<p class="calibre2">O hebraico <i class="calibre3">neiham</i>, "conforto", significa realmente dar força ou poder para ficar de pé (cons. Jr. 10:4, onde o escultor de ídolos "conforta o seu ídolo com pregos e martelos"). O homem de fé sossegada, passiva e tímida uniu-se pelo casamento a uma mulher tão atirada, tão intrépida, tão ambiciosa, que seria destinada a lhe causar sofrimento nos anos vindouros. No entanto Deus estava liderando, e usaria até mesmo esses indivíduos imperfeitos para a execução de Sua vontade para o Seu povo. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 25 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">15) Últimos Dias de Abraão. 25:1-18. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1-6. Desposou Abraão outra mulher ... Quetura. </b> Além de Sara e Hagar, Abraão tomou Quetura como segunda esposa, ou concubina (I Cr. 1:32). Isto deve ter acontecido muitos anos antes da morte de Sara, pois diversos filhos são citados. Os filhos e netos de Hagar e Quetura receberam presentes da mão de Abraão, mas toda a propriedade e autoridade e haveres espirituais ficaram para Isaque, o herdeiro legal do patriarca. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">7-10. </b>Com a idade de 175 anos Abraão chegou ao fim de sua caminhada terrena e expirou. Ele expirou. A expressão vem do hebraico <i class="calibre3">geiwa' </i>, "exalar o seu fôlego", "desaparecer", "sucumbir". Imediatamente ele foi reunido ao seu povo (literalmente) e tomou posse de sua residência no Sheol. o lugar dos espíritos dos que morrem. <b class="calibre1">Morreu em </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">ditosa velhice, avançado em anos. </b> Um epitáfio adequado para um grande homem de Deus. Sua vida verdadeiramente foi concluída e completa. Ele viveu intrepidamente. Andara pela fé pelos caminhos indicados por Deus. Ao lado do sepulcro na caverna de Macpela estavam seus dois filhos (v. 9), os quais ele amou com afeto insuperado. Isaque e Ismael uniram-se na dor comum e na devoção que ambos tinham por aquele que tanto significara para eles. Sem dúvida Isaque foi fortalecido na sua dor com o pensamento de que permanecia dentro do favor divino especial e que não teria de continuar sozinho. Ele seria o herdeiro das ricas bênçãos da aliança prometidas a Abraão e por meio dele. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">B. Isaque. 25:19 - 26:35. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1) Isaque e Sua Família. 25:19-34. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">19-23. </b> Sara, Rebeca, Raquel e Ana, todas foram estéreis e portanto sem filhos até uma certa idade. Foi uma experiência trágica para cada uma delas. Isaque orou ao Senhor por sua mulher. O verbo hebraico <i class="calibre3">'eitar</i> significa "orar suplicando", ou "implorar". Quando usado no sentido passivo, indica que o sujeito foi vencido pela oração e atendeu. </p>
<p class="calibre2">Isaque orou fervorosamente por sua esposa estéril, e Jeová submeteu-se às suas súplicas. Rebeca deixou de ser estéril e concebeu. A oração incessante recebeu a recompensa divina. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">24-34. Eis que se achavam gêmeos no seu ventre. </b> (v. 24). Antes mesmo de Esaú e Jacó nascerem, lutaram entre si em seu confinamento pré-natal. E continuaram vivendo em conflito conforme foram crescendo. Hoje seus muitos descendentes lutam apaixonadamente para se sobrepujarem no Oriente Médio. Esaú foi um peludo homem do campo, pouco apreciando os valores espirituais. Ele mergulhou arriscadamente dentro da vida, apenas para descobrir que fora defraudado da melhor coisa que possuía, sofrendo um xeque-mate de um astuto suplantador. Jacó recebeu sua inspiração de Rebeca, que não via obstáculos quando queria alguma coisa. Isaque era fraco demais para manter a disciplina e impedir as tramas de Jacó e Rebeca. </p>
<p class="calibre2">Esaú parecia se preocupar apenas com assuntos materiais. Para ele, o direito de primogenitura, que envolvia bênçãos materiais e espirituais, tinha pouco valor até que o perdeu por sua própria culpa. O direito de primogenitura pertencia ao primogênito. Garantia-lhe uma posição mais honrosa do que a dos seus irmãos, a melhor parte da herança, as terras mais ricas, além das bênçãos que Deus fizera a Abraão e aos seus descendentes. O direito de primogenitura era de Esaú porque Deus permitiu que nascesse primeiro. </p>
<p class="calibre2">Nem Esaú nem Jacó demonstraram qualquer interesse louvável pelos tesouros espirituais. Ambos eram sordidamente egoístas e não compreendiam qual comportamento à altura de um homem que era príncipe de Deus. Jacó era ambicioso e queria pala si mesmo tudo o que pudesse lhe conceder algum destaque. Rebeca forneceu a faísca e tramou o esquema que garantiram vantagens para o seu filho favorito. Este teria um longo caminho a percorrer até se tomar o líder espiritual daqueles que teriam de adorar Jeová. Mas Deus era paciente; Ele não tinha pressa; Ele treinaria Seu líder. </p>
<p class="calibre2">Esaú estabeleceu sua residência nas montanhas rochosas do Edom. </p>
<p class="calibre2">Anos mais tarde seus descendentes, o povo cuja nação ele instituiu, revelariam o mesmo tipo de filosofia que tinha seu antepassado e a mesma indiferença profana pelo programa eterno de Jeová dos Exércitos. </p>
<p class="calibre2">Apesar de todos os incidentes desanimadores, o reino de Deus prosseguiu na direção da realização total do propósito divino. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 26 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2) Isaque e Abimeleque. 26:1-35. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1. Foi Isaque... avistar-se com Abimeleque. </b> Por causa de uma fome em Canaã, Isaque foi morar temporariamente na terra dos filisteus. </p>
<p class="calibre2">Este Abimeleque, rei dos filisteus, não era o Abimeleque das experiências de Abraão. O nome poderia ter sido um nome dinástico dos governantes da Filístia. <b class="calibre1">Gerar</b>. Uma pequena colônia sobre a estrada do Egito, cerca de onze milhas a sudeste de Gaza. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2-5. </b> Isaque estava a ponto de se decidir a uma mudança para o Egito em busca de abundância de alimento e pastagens, quando Jeová lhe apareceu em uma teofania especial. O Senhor advertiu (saque a que não fosse para o Egito, e encorajou-o a dirigir-se para a Filístia até que pudesse habitar na terra da aliança. Serei contigo, Ele disse, e te abençoarei (v.3). Nessa ocasião Jeová renovou definitivamente as promessas que fizera a Abraão. Claramente explicou que estava concedendo essas bênçãos a Isaque por causa da piedade e fidelidade de seu pai. Abraão obedeceu à voz de Deus e manteve-se fiel aos seus encargos, mandamentos, estatutos e leis. Isaque podia esperar com segurança pelas repetidas realizações das promessas divinas ao longo do caminho. E ele podia contar com a sua participação no plano de Deus, já delineado, de testemunhar a todos os povos. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6-11. É minha irmã</b> (v. 7). Isaque revelou algo de sua fraqueza humana, em Gerar, quando deixou-se levar pela mentira em relação a sua esposa, Rebeca. Exatamente como Abraão o fizera em duas ocasiões, Isaque tentou fazer sua esposa passar por sua irmã. Quando Abimeleque viu-o comportar-se com Rebeca de maneira mais adequada a um marido do que irmão, repreendeu Isaque severamente pela mentira. Novamente, alguém que estava fora da aliança repreendeu rudemente aquele que devia comportar-se acima de qualquer reprovação. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12-22. </b> Logo após este episódio desagradável, Isaque estabeleceu-se como próspero fazendeiro, tomando-se invejado por todos os seus vizinhos. Até mesmo Abimeleque ficou com inveja e emitiu uma ordem no sentido de que Isaque saísse dos seus domínios. O rico proprietário mudou-se para um pouco mais adiante e começou a vida de novo. </p>
<p class="calibre2">Descobriu que os nativos haviam entulhado os poços que tinham fornecido água desde os dias de Abraão. Isaque mandou que seus servos abrissem de novo todos esses poços e mandou também que abrissem outros novos. Cada vez que os homens cavavam novos poços, os filisteus criavam dificuldades a respeito deles. O patriarca chamou o seu primeiro poço novo de <i class="calibre3">'Esek</i>, <b class="calibre1">contenção</b>, e o segundo de <i class="calibre3">Sitneih</i>, <b class="calibre1">inimizade</b>. O terceiro poço, que foi terminado sem luta, ele chamou de <i class="calibre3">Rehobot</i>, <b class="calibre1">lugares largos. </b> <b class="calibre1">23-33. </b>Viajando pelas redondezas de Berseba, Isaque recebeu uma comunicação especial de Jeová, assegurando-lhe bênçãos incomuns e contínuas – <b class="calibre1">Não temas porque ... abençoar-te-ei</b> (v. 24). Agora que já estava novamente de volta ao território santo, tornou-se particularmente oportuno que construísse uru altar a Jeová e assim anunciasse a todos que se dedicava à tarefa que lhe fora designada. Isaque começou a dar evidências de um espírito piedoso que, até então, não tinha revelado tão claramente. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">C. Jacó. 27:1 - 36:43. </b></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 27 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1) Jacó e Esaú. 27:1-46. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1-17. Tendo-se envelhecido Isaque .. . chamou a Esaú. </b> É difícil imaginar todo o sofrimento, agonia e cruel desapontamento envolvidos nesta narrativa pitoresca. O velho patriarca, cego e trôpego, fez planos de transmitir as sagradas bênçãos ao seu filho primogênito. Mas a astuciosa Rebeca, que ouviu as instruções dadas a Esaú, imediatamente resolveu subverter e frustrar seus planos. Jacó, seu filho predileto, já tinha o direito de primogenitura; ela determinou que ele também receberia a bênção oral, dos lábios do representante do Senhor, para que tudo ficasse em ordem com a herança divina. Ela não podia arriscar-se esperando que Deus realizasse Seus planos à Sua maneira. Por isso apelou para a mais desprezível mentira a fim de assegurar-se da bênção para o seu filho mais moço. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">18-29. Respondeu Jacó ... Sou Esaú, teu primogênito. </b> Apoiado por sua mãe, Jacó compareceu diante de seu velho pai com enganos e mentiras. Chegou até a declarar que Jeová o ajudara nos rápidos preparativos. Depois de mentir a seu pai, depositou um beijo falso sobre o rosto do velho homem. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">34-40. E, levantando Esaú a voz, chorou </b>(v. 38). A tragédia de Esaú era que ele estava completamente ignorante da santidade da bênção, e só desejava as vantagens que esta lhe proporcionaria. A dor profunda que sentia por Jacó ter-lhe passado a perna da obtenção da primogenitura, Seu amargo desapontamento, seus soluços patéticos e ardente vergonha que logo se transformaram em ódio intenso e desejo de vingança são profundamente comoventes. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">41-46. Retira-te para a casa de Labão. </b> Para proteger Jacó da vingança de seu irmão, Rebeca encontrou uma desculpa para mandá-lo embora. Qual desses três – Rebeca, Jacó ou Esaú – era o mais digno de dó? Sua vida familiar foi destruída, e cada um deles teve de agüentar longas horas de separação, desilusão e arrependimento. Rebeca jamais veria seu filho favorito novamente, e Jacó teria de enfrentar a vida sem pai, sem mãe, sem irmão. E o que dizer dos planos divinos para o reino? Como seriam executados em face de tamanho egoísmo, tanta intriga e mentira? O Senhor dos Exércitos não pode ser impedido pela oposição, fracasso ou falta de fé do homem. Ele é capaz de fazer a Sua vontade prevalecer apesar de tudo. Enquanto Isaque se aproximava mais da hora da sua morte, Rebeca lamentava a situação desesperadora que ela provocara e Esaú pensava em vingança, Jacó fez a sua solitária viagem de Berseba para Padã-Arã. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2) Jacó, Labão, Lia e Raquel. 28:1 - 30:43. </b></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 28 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">28:1-5. Isaque ... dando-lhe a sua bênção, lhe ordenou... vai a </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Padã-Arã</b> (vs. 1, 2). Isaque não permitiu que Jacó partisse sem uma bênção. Ele falou em tom de pronunciamento profético, e numa linda linguagem que revela sua percepção espiritual. Jacó devia procurar esposa entre seus parentes em Harã, mas devia se preocupar mais com a sul participação na rica promessa herdada por Abraão. Isaque invocou <i class="calibre3">'El Shadday</i>, <b class="calibre1">Deus Todo-poderoso </b>(v. 3), para que este fornecesse riqueza, prosperidade e perspicácia para tomar Jacó capaz de assumir a liderança espiritual. Profetizou que, se o seu filho entregasse seus caminhos ao Senhor, as bênçãos de Deus prometidas a Abraão, seriam dele. Através de Isaque, Deus deu a Jacó uma ordem, um desafio, uma certeza e orientação para a viagem. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6-9. </b> Esaú observou e ouviu; depois foi à casa de Ismael à procura de uma esposa dentro da linhagem familiar, a fim de agradar a seus pais. </p>
<p class="calibre2">Evidentemente queda fazer um esforço na direção certa. Mas, sendo basicamente mundano, sua carreira na terra de Edom deixou de ser do tipo que agradasse ao Senhor Jeová. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">10-17. </b>Jacó fez a viagem de Berseba até Luz, cerca de doze milhas ao norte de Jerusalém, onde passou a noite. Betel ficava ali perto. De noite recebeu uma honrosa e especial comunicação de Deus, uma visão ou sonho com anjos subindo e descendo uma escada que ia da terra ao céu. Ele tomou conhecimento de que, na realidade, há uma comunicação entre o céu e a terra. Reconheceu que, naquele lugar, Deus estava ao seu lado, prometendo-lhe orientação pela vida afora e um trituro grandioso. </p>
<p class="calibre2">Jeová disse, <b class="calibre1">Eis que estou contigo, e te guardarei ... e te farei voltar </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">a esta terra, porque te não desampararei </b>(v.15). Que mensagem desafiante! Não foi por menos que Jacó exclamou: <b class="calibre1">O Senhor está neste </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">lugar... Quão temível</b> ( <i class="calibre3">pavoroso</i>) <b class="calibre1">é este lugar! </b> (vs. 16,17). Ele ficou profundamente emocionado. Talvez pela primeira vez em sua vida tomou consciência da presença de Deus ao seu lado. A voz, as palavras de esperança, a presença real de <i class="calibre3">'El Shadday </i> levaram-no a adorar com admiração e submissão. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">18-22. </b> Ele chamou o lugar de <b class="calibre1">Betel, Casa de Deus</b>, pois Deus estava ali. Para tornar a experiência inesquecível, levantou ali uma coluna de pedras para indicar que aquele era um local santo, um santuário onde seria sempre possível desfrutar da íntima comunhão com Deus (v. 18). Espiritualmente, ainda tinha um longo caminho a percorrer, mas já fizera progressos neste seu encontro com Deus. Também ofereceu sua vida ao Senhor e o dízimo de tudo o que viesse a possuir. Mas impôs uma condição. Se Deus continuasse ao seu lado, e o guardasse em sua viagem, e o trouxesse de volta novamente, ele cumpriria a sua parte no voto. Era um grande passo que estava dando. A pedra ( <i class="calibre3">massebâ</i>) que erigiu seda um lembrete permanente do voto que fizera (v. 22). </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 29 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">29:1-12. Pôs-se Jacó a caminho</b> (v. 1). A expressão idiomática hebraica, <i class="calibre3">levantou os seus pés</i>, fala da reação do jovem diante do estÍmulo divino. Estava a caminho de Padã-Arã, à procura da família de sua mãe perto de Harã. Era difícil fazer tão longa viagem, mas parece que Jacó não tinha outra alternativa. Finalmente se encontrou ao lado de um poço, no meio de rebanhos de ovelhas, com seus pastores aguardando que a grande pedra fosse removida da boca do poço para que suas ovelhas pudessem se dessedentar. Possivelmente foi o mesmo poço onde Eliézer encontrou Rebeca para o jovem Isaque. Embora muitos anos tivessem passado, Labão ainda estava vivo, conforme Jacó ficou sabendo dos pastores, e sua filha Raquel era a guardadora do seu rebanho (v. 6). Quando Raquel se aproximou com o rebanho de Labão, Jacó se aproximou para remover a grande pedra a fim de que as ovelhas pudessem matar a sua sede. Depois beijou sua prima e apresentou-se. </p>
<p class="calibre2">Profundamente comovido com tudo o que lhe tinha acontecido e com este seu primeiro encontro com seus parentes, Jacó, erguendo a voz, chorou, enquanto Raquel corria para contar a Labão que seu sobrinho tinha chegado. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13,14. </b> Labão, irmão de Rebeca, neto de Naor, ficou felicíssimo em poder dar as boas-vindas a alguém que era de sua própria família. Já se passara tanto tempo desde que sua irmã partira como noiva de Isaque. </p>
<p class="calibre2">Alegremente recebeu o filho de Rebeca no seio de sua família. Talvez ele se lembrasse da generosa demonstração de riqueza feita por Elíézer. </p>
<p class="calibre2">Talvez ficasse impressionado pela robustez do jovem, que poderia dar um bom pastor. Quase com certeza ele considerou a possibilidade de um marido para suas filhas. <b class="calibre1">Lia e Raquel</b>, ambas eram moças casadouras. </p>
<p class="calibre2">Labão nunca perdia a oportunidade de fazer um bom negócio. O jovem sobrinho vindo das montanhas logo aprenderia a lidar com ele cautelosamente. Na verdade, Jacó aprenderia a superar o principal trapaceiro de todos os "filhos do Oriente". </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">15-20. </b> Raquel era excepcionalmente linda e atraente e Jacó já estava impressionado com ela. As Escrituras dizem, <b class="calibre1">Jacó amava Raquel</b> (v. 18). Lia, a irmã mais velha, estava longe de ser bonita. Seus olhos não tinham o brilho, a vivacidade e atração que os homens admiram. </p>
<p class="calibre2">Mas Lia ficou tão firmemente evidenciada na história sagrada que gerações sucessivas teriam de levá-la em conta. Seria um dos seus filhos que seria escolhido para tomar lugar na linhagem messiânica. Estes quatro – Labão, Jacó, Lia e Raquel – foram figuras significativas no procedimento divino com Seu povo escolhido. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">21-30. </b> Depois de trabalhar arduamente sete anos pela filha mais moça, Jacó foi enganado e induzido a se casar com Lia. Depois das festividades do casamento de Lia, Jacó casou-se com Raquel, sua irmã mais moça, mas teve de trabalhar mais sete anos em pagamento. Assim ele teve duas esposas de igual posição. Seu ardente amor por Raquel tornou o relacionamento com Lia mais ou menos estranho e frustrante. </p>
<p class="calibre2">Lia devia sofrer muito sabendo que seu marido não a amava. Contudo tinha esperanças de que um dia o coração de Jacó se voltaria para ela. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">31-35. </b> No começo nem Raquel nem Lia deram filhos a Jacó. </p>
<p class="calibre2">Naquele tempo, ser estéril era uma situação patética. Contudo, no devido tempo, Jeová veio em socorro de Lia e curou a sua esterilidade, e ela veio a ser mãe. Um após o outro seus filhos vieram, até que já tinha seis filhos. Uma filha, Diná, foi-lhe acrescentada. Com regularidade de partir o coração, Lia apresentava um filho com as palavras: <b class="calibre1">Agora me amará </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">meu marido. </b> Mas nenhuma palavra de reconhecimento ou apreciação partia de Jacó. A palavra traduzida para <b class="calibre1">preterida</b> ( <i class="calibre3">seini</i>) indica "menos afeição", ou "menos devoção". Não indica ódio positivo. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 30 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">30:1-13. </b> Raquel também sofria, pois sua esterilidade não se alterava e ela não estava dando filhos a Jacó. O hebraico <i class="calibre3">qeini' </i>, <b class="calibre1">ciúmes</b>, envolve nele o sentimento de alguém que já agüentou o máximo. Inveja, descontentamento, petulância marcavam sua voz, sua linguagem e sua expressão facial. Lia, Raquel e Jacó eram todos infelizes. Seus problemas domésticos e sofrimento tornavam suas palavras e atitudes indignas, desnecessárias e indecorosas. Tentativas humanas de se remediar a situação provaram-se insatisfatórias. O oferecimento de <b class="calibre1">Bila</b> e <b class="calibre1">Zilpa</b> como esposas secundárias para ajudarem a "edificar" a família, só tornou a situação ainda mais dolorosa. Filhos nasciam, mas os corações continuavam em desarmonia e infelizes. Além dos seis filhos e uma filha (ao menos) de Lia, dois filhos nasceram de Bila e dois de Zilpa. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">14-24. </b> Raquel tentou usar <b class="calibre1">mandrágoras</b> ( <i class="calibre3">dudei'im</i>) para induzir a fertilidade. Essas mandrágoras eram popularmente chamadas de "maçãs do amor". Ryle diz: "A mandrágora é uma planta tuberosa, como fruto amarelo semelhante à ameixa. Supunha-se que agia como um talismã do amor. Amadurece em maio, o que está de acordo com a menção (v. 14) dos dias da ceifa do trigo" ( <i class="calibre3">Cambridge Bible</i>, <i class="calibre3">in loco</i>). Raquel continuou estéril apesar do supersticioso talismã . A situação estava nas mãos do Senhor e Ele não permitiria que tentativas humanas a mudassem. </p>
<p class="calibre2">Finalmente, <b class="calibre1">lembrou-se Deus de Raquel, ouviu-a e a fez fecunda. Ela </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">concebeu, deu à luz um filho... e lhe chamou José</b> (vs. 22-24). Na hora determinada por Ele, Jeová deu a resposta. Retirou o vexame de Raquel e a encheu de alegria e louvor. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">25-30. Disse Jacó a Labão: Permite-me que eu volte ... à minha </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">terra. </b> Quanto José nasceu, Jacó já terminara de pagar todo o seu débito a Labão, e queria retornar a Canaã. Se tivesse partido nessa ocasião só teria levado consigo sua família; nada possuía. Pediu ao tio que o deixasse voltar para casa. Labão declarou que recebera revelação especial (<b class="calibre1">tenho experimentado</b>) por meio de mágica ou adivinhação dos seus deuses domésticos, que devia manter Jacó por perto a fim de garantir o seu sucesso e prosperidade. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">31-36. </b> Ofereceu a Jacó que estipulasse seu salário. Imagine a sua surpresa quando o seu sobrinho lhe fez uma contra-oferta que lhe pareceu esmagadoramente a seu favor. Na Síria as ovelhas são brancas e as cabras são negras, com muito poucas exceções. Jacó ofereceu-lhe para começar o seu acordo imediatamente, aceitando como suas as ovelhas que não fossem brancas e as cabras que não fossem negras, deixando o restante para Labão. Assim, ambos os patrimônios poderiam prosperar. </p>
<p class="calibre2">Labão aceitou a oferta imediatamente. Naquele mesmo dia levou para uma distância segura todas as ovelhas e cabras "fora de série" para que Jacó não tivesse com o que começar. Os animais que ele separou entregou a seus filhos. Foi um ardil baixo e covarde Labão acreditava que tornara impossível a vitória de Jacó, porque removera todo o capital de Jacó antes de começar a competição. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">37-42. </b> Mas Jacó não se entregava tão facilmente assim. Ele usou de três expedientes para derrotar seu tio. Colocou varas listadas diante das ovelhas nos locais onde bebiam água, para que o colorido das crias ficasse sujeito à influência pré-natal. É fato estabelecido, declara Delitzsch, que se pode garantir crias brancas nas ovelhas colocando muitos objetos brancos junto dos bebedouros ( <i class="calibre3">New Commentary on Genesis, in loco</i>). Jacó também separou do rebanho os cordeiros e cabritos listados e salpicados. mas os manteve à vista das ovelhas, para que estas fossem influenciadas. Seu terceiro expediente foi deixar que essas influências predeterminantes agissem sobre as ovelhas mais fortes, para que os seus cordeiros e cabritos fossem mais fortes e mais viris que os outros. Jacó foi bastante astuto para recorrer à influência pré-natal e reprodução seletiva. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">43. </b> Como resultado desse esquema, dentro de poucos anos Jacó ficou imensamente rico em ovelhas e cabras. Embora tivesse usado a sua cabeça, ele foi o primeiro a declarar que o Senhor interveio na sua vitória. Jeová tornava possível que o patriarca retornasse a terra prometida com recursos, vindo a ser o príncipe de Deus, que executara à vontade divina. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 31 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">3) Jacó Retorna a Canaã. 31:1-55. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1-3. O rosto de Labão não lhe era favorável, como anteriormente. </b> Finalmente, o relacionamento entre o tio e sobrinho chegou ao fim. Jacó percebeu que Labão e seus filhos eram-lhe hostis por causa do seu sucesso. Além disso, já possuía riqueza e propriedades suficientes para satisfazê-lo. Assim, quando recebeu ordem do Deus de Betel para se por a caminho, sabia que já era hora de voltar para casa. Vinte anos tinham se passado, durante os quais sua mãe já morrera. Talvez Labão ficasse ainda mais desagradável. Era hora de partir. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">4-13. </b> Jacó explicou sua decisão às suas esposas, dizendo-lhes como o <b class="calibre1">Anjo de Deus</b> lhe falara em sonho e o encorajara em seu propósito. O "anjo" se identificou com Aquele que apareceu a Jacó em Betel. Era realmente o próprio Jeová. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">14-16. </b> Lia e Raquel apoiaram fortemente a decisão de Jacó. Elas conheciam seu pai e tinham perdido o amor e o respeito por ele. </p>
<p class="calibre2">Lembraram-se que recebera quatorze anos de trabalho de Jacó sem lhes dar a parte que uma noiva tinha direito de receber. <b class="calibre1">Não nos considera </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">ele como estrangeiras? disseram. Pois nos vendeu, e consumiu tudo o </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">que nos era devido</b> (v. 15 ). </p>
<p class="calibre2">17-21. Jacó aprontou seus rebanhos, gado, filhos e propriedades para a longa viagem, e aguardou que Labão saísse para o festival da tosquia. Enquanto isso Raquel providenciou que Jacó pudesse reclamar uma boa parte dos direitos hereditários levando consigo os ídolos do lar ou <i class="calibre3">tereipim</i> (cons. latim <i class="calibre3">penates</i>), altamente estimados por Labão. As placas de Nuzu datadas do século quinze A.C. indicam que a posse dos <i class="calibre3">tereipim</i> tornava o proprietário o herdeiro principal. Evidentemente Raquel não aprendera a confiar em Jeová para suprimento de suas necessidades. Jacó fracassou em ensinar a sua família a confiar e adorar a Deus de todo o coração. Dali a pouco Jacó e o seu grupo partiram de Harã, atravessaram o Eufrates e viajaram o mais rapidamente possível na direção de Canaã. Seu destino imediato eram as montanhas de Gileade no lado oriental do Rio Jordão. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">22-24. Labão... saiu-lhe no encalço. </b> Depois de três dias Labão ficou sabendo da fuga. Labão logo conseguiu organizar seus homens para a perseguição, já estava a caminho para os alcançar. Embora fosse uma viagem de 480 kms, ele conseguiu alcançar o grupo fugitivo nas montanhas de Gileade. No caminho Labão recebeu uma estranha mensagem de Deus, uma ordem de abster-se de fazer qualquer pressão contra Jacó. Não devia falar bem nem mal, isto é, não devia dizer nada. </p>
<p class="calibre2">(Os opostos são freqüentemente usados nas Escrituras para indicar totalidade.) <b class="calibre1">23-25. </b> Labão não poderia ser detido por visitações divinas. Deu início ao seu protesto, expressando grande desespero ao ver suas filhas e netos arrastados para fora de sua casa sem as devidas despedidas. De repente fez a pergunta: <b class="calibre1">Por que me furtaste os meus deuses? </b> Referia-se aos seus <i class="calibre3">tereipim</i> (v. 30; cons, 19). Evidentemente Labão estava mais preocupado com as imagens do que com a família de Jacó. Uma busca mostrou-se infrutífera e os pequenos "deuses" não foram achados, porque Raquel os escondera na cesta de vime que fazia parte da sela sobre a qual estava assentada. Esta sela de um camelo (v. 34) proporcionava às senhora do Oriente um pouco de conforto e intimidade durante as viagens. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">36-55. </b> Sem dúvida Jacó sentiu grande alívio em poder replicar a Labão. A atmosfera clareou-se e Labão abandonou a sua mordacidade. </p>
<p class="calibre2">Os dois homens fizeram um acordo, ratificando-o e comemorando o acontecimento com o levantamento de uma coluna de pedras no alto da colina. A coluna constituiu o que foi chamado de Mispa ou "posto de observação", de onde um observador podia ver toda a terra em ambas as direções. Indicava suspeitas e falta de confiança. Ao levantar essa coluna os homens queriam dizer que estavam convidando Jeová para se assentar ali e observar as duas pessoas nas quais não se podia confiar. Deus tinha de ser uma sentinela para vigiar Labão e Jacó, na esperança de que a luta fosse evitada. Jacó foi obrigado a prometer que trataria as filhas de Labão com bondade e consideração. Nenhuma das duas partes deveria atravessar a fronteira estabelecida para praticar violência contra a outra. </p>
<p class="calibre2">Jamais uma deveria prejudicar a outra. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">4) O Encontro de Jacó com Esaú. 32:1 - 33:17. </b></p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 32 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">32:1-5. Jacó seguiu o seu caminho, e anjos de Deus lhe saíram a </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">encontrá-lo. </b> Tanto no caminho da saída como no caminho da entrada em Canaã, esses mensageiros celestes vieram ter com Jacó para fazê-lo cônscio da presença celestial e para lhe assegurar da proteção divina. A palavra <b class="calibre1">Maanaim</b>, dois acampamentos, descreve um acampamento interno formado pelo grupo de Jacó e outro externo formado pelos mensageiros de Deus, o externo formando um maravilhoso círculo de proteção à volta dos viajantes. Um lindo quadro de segurança e proteção e serenidade de alma! (cons. II Reis 6:15-17). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6-8. </b> Esaú vinha de Edom, os mensageiros de Jacó o informaram, para se encontrar com o grande grupo de viajantes que vinha de Padã-Arã. Edom era a terra que ficava ao sul do Mar Morto, que geralmente é chamada de <b class="calibre1">Seir</b>, no Monte Seir (v. 3) na Bíblia. No Novo Testamento o povo de Edom é chamado de os idumeus. Jacó estava com o coração cheio de medo, lembrando-se das ameaças de Esaú anos antes e imaginando que o seu irmão estivesse fazendo planos para se vingar dele. <b class="calibre1">Quatrocentos homens</b> sob o comando do selvagem homem de Edom poderiam ser perigosos. Jacó adotou três medidas definidas para garantir a segurança. Primeiro, orou ao Senhor humildemente. Segundo, enviou pródigos presentes a Esaú para despertar sua boa vontade. </p>
<p class="calibre2">Terceiro, arrumou sua família, suas propriedades e seus guerreiros da maneira mais vantajosa e preparou-se para lutar caso fosse necessário. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9-12. </b> Na sua oração Jacó fez o Senhor se lembrar de que Ele o convocara a fazer esta viagem para Canaã e lhe prometera proteção e vitória. A oração foi sincera e humilde. uma sincera súplica pedindo segurança, livramento e proteção na emergência que se lhe defrontava. </p>
<p class="calibre2">Embora nenhuma palavra de confissão saísse dos lábios do suplicante com referência as injustiças que cometera a Esaú e Isaque, Jacó admitiu humildemente que era completamente indigno do favor de Deus literalmente, <b class="calibre1">sou indigno </b>(v.10). Demonstrou o seu temor de Deus e a sua fé nEle. Estava literalmente lançando-se nos braços do Senhor para obter a vitória e o livramento. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13-21a. </b> O <b class="calibre1">presente</b>, ou <i class="calibre3">minha</i> foi algo muito bem escolhido, consistindo de cerca de 580 animais dentre os seus melhores rebanhos. O <i class="calibre3">minha</i> era um presente que geralmente se oferecia a um superior com a intenção de se obter um favor ou para despertar sua boa vontade. Jacó disse: <b class="calibre1">Eu o aplacarei</b> (v. 20). A palavra é muito significativa no que se refere à expiação. Seu sentido literal é, <i class="calibre3">eu cobrirei</i>. Por meio do presente, Jacó esperava "cobrir" o rosto de Esaú, de modo que ele fizesse vista grossa para a injúria, abandonando sua ira. Suas próximas palavras – <b class="calibre1">porventura me aceitará</b> – são, literalmente, <i class="calibre3">para que ele levante o meu rosto</i>. É uma linguagem simbólica, indicando plena aceitação depois do perdão. Jacó foi excepcionalmente humilde, cortês e conciliatório em suas mensagens para Esaú. Ele chamou Esaú de "meu Senhor" e intitulou-se "seu servo". Ele não deixaria nenhuma pedra que não fosse revolvida em busca da reconciliação. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">21b-23. </b> Na noite antes da chegada de Esaú, Jacó enfrentou o teste decisivo de toda a sua vida. Depois de fazer suas esposas e filhos atravessassem o Jaboque em segurança, ele voltou para a margem setentrional do rio para ficar sozinho na escuridão. O <b class="calibre1">Jaboque</b> era um tributário do Jordão, ao qual se juntava a cerca de meio caminho do Mar da Galiléia e Mar Morto. Hoje se conhece o Jaboque pelo nome de Zerka. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">24-32. Lutava com ele um homem, ate ao romper do dia. </b> Na solidão da escura noite. Jacó encontrou-se com um homem que lutou com ele. O hebraico <i class="calibre3">'abaq</i>, "dar voltas" ou "lutar", tem alguma ligação com a palavra <b class="calibre1">Jaboque</b>. Depois de uma longa luta, o visitante desconhecido exigiu que Jacó o soltasse. Jacó recusou-se a fazê-lo até que o estranho o abençoasse. O "homem" pediu a Jacó que declarasse o seu nome, o qual significa <i class="calibre3">suplantador</i>. Então o estranho disse que daquele momento em diante ele teria um novo nome com um novo significado. </p>
<p class="calibre2">A palavra <b class="calibre1">Israel</b> pode ser traduzida para <i class="calibre3">aquele que luta com Deus</i>, ou <i class="calibre3">Deus luta</i>, ou <i class="calibre3">aquele que persevera</i>, ou, pode ser associado com a palavra <i class="calibre3">'sar</i>, "príncipe". O "homem" declarou: <b class="calibre1">Lutaste com Deus .. . e </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">prevaleceste. </b> Era uma certeza da vitória no seu relacionamento com Esaú, como também certeza de triunfo ao longo do caminho. Na titânica luta, Jacó percebeu a sua própria fraqueza e a superioridade dAquele que o tocou. No momento em que se submeteu, tornou-se um novo homem, que pôde receber as bênçãos divinas e tomar o seu lugar no plano divino. </p>
<p class="calibre2">O novo nome, Israel, dá idéia de realeza, poder e soberania entre os homens. Estava destinado a ser um homem governado por Deus, em vez de um suplantador inescrupuloso. Por meio da derrota alcançara o poder. </p>
<p class="calibre2">Todo o resto de sua vida ficaria aleijado; mas sua manqueira seria um lembrete de sua nova realeza. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Peniel</b> (ou <i class="calibre3">Penuel</i>) significa <i class="calibre3">face de Deus</i>. O <i class="calibre3">i</i> e o <i class="calibre3">u</i> são simplesmente vogais de ligação entre os substantivos <i class="calibre3">pen</i> e <i class="calibre3">el</i>. É provável que se localize a cerca de 11,2 ou 12,8 kms do Jordão no Vale de Jaboque. Jacó vira a lace de Deus e continuara vivo. Jamais esqueceria essa incrível experiência. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 33 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">33:1-3. Levantando Jacó os olhos viu que Esaú se aproximava. </b> Finalmente, chegou o momento do encontro. Esaú, com seus quatrocentos homens, já podia ser visto. Com temor e tremor, Jacó encontrou-se com o irmão que se lhe tornara um estranho e prostrou-se diante dele sete vezes. Assim, indicava sua completa subserviência. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">4-11. </b> Esaú, de sua parte, revelou um espírito generoso e magnânimo, quase bom demais para ser verdadeiro. Alimentara hostilidade contra Jacó e trouxera quatrocentos homens fortes com ele, como se planejasse executar suas ameaças. Mas ele não fez. Seu coração fora mudado. Deus transformara seu ódio em magnanimidade. </p>
<p class="calibre2">Encontrou-se com Jacó cheio de compreensão e perdão. Nos vinte anos que haviam se passado, a mão de Deus que tudo controla operara mudanças nos dois homens. Agora, aquele que tão recentemente fora humilhado diante de Deus encontrou o seu caminho aplainado. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12-17. </b> Os presentes de Jacó e as boas-vindas sinceras e afetuosas de Esaú foram a prova de que os dias futuros trariam novas vitórias para o reino de Deus. Aqueles homens não lutariam, nem se matariam. Embora Jacó não aceitasse a generosa oferta de proteção de Esaú, nem o seu insistente convite a que fosse para o Monte Seir, apreciou grandemente o espírito magnânimo do seu irmão. Esaú provara que era capaz de perdoar e esquecer. Os irmãos separaram-se em paz. Em <b class="calibre1">Sucote</b> ( <i class="calibre3">cabana</i>), Jacó, com o seu grupo, encontrou um lar (v. 17). Chegou até a construir ali uma casa. Sucote era uma magnífica região montanhosa no lado oriental do Jordão ao norte de Jaboque. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">5) Jacó e Sua Família em Siquém. 33:18 - 34:31. </b></p>
<p class="calibre2">Não temos provas conclusivas quanto ao tempo que Jacó ficou em Sucote. Pode ter sido muito tempo. Depois de fazer as pazes com Esaú, não precisava mais se apressar. Antes de atravessar o Jordão, provavelmente passou vários anos na região bem aguada ao leste do rio. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">33:18-20. </b> Atravessando o no, encontrou-se nas redondezas de Siquém, onde Abraão acampara em sua primeira viagem à terra de Canaã. Siquém ficava aproximadamente 61,6 kms ao norte de Jerusalém, no vale entre o Monte Ebal e o Monte Gerizim. O poço de Jacó ficava ali e Sicar não ficava muito longe. Jacó comprou algumas terras nas vizinhanças de Siquém, e assim estabeleceu-se como proprietário em Canaã. Recebera ordens de retomar à terra de seus pais e ao seu povo, provavelmente significando que devia dirigir-se ao Hebrom. Certamente deveria ter ao menos ido até Betel. Ele aprenderia que o povo de Siquém não seria uma boa influência para a sua família. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 34 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">34:1-5. </b> Diná, uma filha de Jacó e Lia, fizeram uma visita desastrosa à vizinha cidade de Siquém. A imatura jovenzinha não tinha formação espiritual para apoiá-la na hora da necessidade. Siquém, o jovem filho de Hamor, apaixonou-se desesperadamente por ela e logo a família de Jacó conheceria as trágicas conseqüências do incidente. O hebraico <i class="calibre3">leiqah</i>, <b class="calibre1">tomando-a</b> (v. 2), indica que foi usada força irresistível. A palavra <i class="calibre3">eina</i>, <b class="calibre1">humilhou</b> (<b class="calibre1">desonrou</b>), indica tratamento desonroso. A pobre moça estava arruinada. Imediatamente Siquém <b class="calibre1">falou-lhe ao coração</b> (v. 3), tentando consolar aquela a quem fizera mal. Amava-a e queria se casar com ela. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6-12. </b> A palavra <i class="calibre3">nebeila</i>, <b class="calibre1">desatino</b>, indica um feito vergonhoso, vil, sem sentido, que revela completa insensibilidade de comportamento moral. Para Jacó e seus filhos, o ato de Siquém era um ato de grave imoralidade, um ultraje contra a decência e honra da família. Hamor e Siquém tentaram arranjar um casamento, uma vez que Siquém amava a moça. Jacó estava pronto a fazer um acordo com eles. O <i class="calibre3">mohar</i> – presente para a noiva – seria bom. Os dois grupos se uniram de modo que os casamentos entre eles seriam legais. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13-24. </b> Entretanto, os filhos de Jacó eram esquentados, obstinados e inescrupulosos. Com o subterfúgio de exigirem observâncias religiosas, obrigaram os homens de Siquém a se circuncidarem. Todos os homens da tribo submeteram-se ao ritual. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">25-29. Então Simeão e Levi atacaram a cidade. </b> Os filhos de Jacó mataram todos os homens enquanto estavam incapacitados de lutar e levaram consigo suas famílias e propriedades. Na história da família do patriarca, este é um sórdido capítulo de paixão, crueldade e desgraça. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">30,31. </b> O povo escolhido por Deus comportara-se, em sua terra santa, como um grupo de cruéis pagãos. O pobre e velho Jacó desesperou-se. Fez seus filhos se lembrarem de que agora seria difícil manter relações de boa-vizinhança com os povos à volta. Sua atitude foi indigna de um homem de fé que fora escolhido como representante de Deus diante dos povos da terra. Medo egoísta parecia ser a coisa mais importante em sua cabeça Não repreendeu seus filhos pela crueldade indizível, como também não expressou tristeza por terem desonrado o nome de Deus. </p>
<p class="calibre2">Jacó passara vinte anos nas terras de Labão e agora provavelmente mais dez em Sucote e Siquém sem nada fazer que fosse digno de nota para preparar sua família espiritualmente. a fim de enfrentar as tensões da vida. Estivera ocupado demais construindo um império e buscando vantagens materiais, para que lhe sobrasse tempo, a fim de estabelecer os fundamentos éticos e espirituais nas vidas de seus filhos. Ainda não alcançara Betel. Seria tarde demais para Diná, Simeão; Levi e todos os outros? A história pode fazer chorar até um homem forte. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 35 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6) A Volta a Betel. 35:1-29. </b></p>
<p class="calibre2">1. Jeová enunciou uma ordem severa para Jacó prosseguir no seu alvo: <b class="calibre1">Levanta-te, sobe a Betel, e habita ali; faze ali um altar. </b> Betel ficava 310 ms acima de Siquém e estava situada junto à estrada que levava a Jerusalém, Belém e Hebrom. Jacó já se demorara demais em alcançar este santo lugar. Devia agora edificar ali um altar, como Abraão o fizera na sua memorável viagem à Palestina. Jacó edificara um <i class="calibre3">massiba</i>, isto é, uma coluna de pedras, depois de sua inesquecível experiência com Jeová, ao fugir para Harã. Esta volta ao lugar santo envolveria uma entrega total de sua vida ao Senhor. Ele negligenciara o altar de Deus. A ênfase espiritual estivera ausente do seu pensamento e vida. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2-7. </b> Imediata e obedientemente, Jacó aprontou-se para a viagem a Betel. Primeiro, convocou sua família semi-pagã e ordenou que todos se purificassem (v. 2), abandonando todos os <i class="calibre3">tereipim</i> e representações visíveis de deuses estranhos. Então a família de Jacó prosseguiu em sua santa peregrinação a Betel. O povo dos lugares pelos quais eles passaram estavam tão pasmados com o terror de Deus que não molestaram os peregrinos (v. 5). Quando Jacó chegou a Luz, sabia que estava para pisar em terreno santo. Levantou um altar a Jeová e chamou aquele lugar de <b class="calibre1">El-Betel, o Deus da casa de Deus. </b> <b class="calibre1">9-15. </b> Novamente Deus apareceu a Jacó e assegurou-lhe que seu novo nome, Israel, seria um lembrete constante de seu novo caráter, seu novo relacionamento com Jeová, e sua caminhada real no divino caminho da vida. Ele era o herdeiro das promessas feitas a Abraão. A aliança continuava em pleno vigor, e continuariam a agir sobre ele e seus descendentes. Ao falar com Jacó, Deus usou o Seu nome, <b class="calibre1">Deus Todo-poderoso</b>, <i class="calibre3">'El Shadday</i>, "o Todo-suficiente" (v. 11). Jacó podia contar com <i class="calibre3">'El Shadday</i> para suprir qualquer necessidade e para lhe dar graça para enfrentar qualquer emergência. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">16-20. </b> Agora Raquel, que fornecera a Jacó a inspiração e o amor necessários, chegava ao fim de sua vida. Morreu dando à luz o seu segundo filho, o qual chamou de <b class="calibre1">Benoni</b>, <i class="calibre3">filho da minha tristeza</i>. Mas Jacó escolheu o nome <b class="calibre1">Benjamim</b>, <i class="calibre3">filho da minha destra</i>. Raquel deve ter sido sepultada em algum lugar ao sul de Betel, na estrada que vai para o Hebrom (cons. 35:16, 19). Betel ficava 16kms ao norte de Jerusalém, e Belém ficava cerca de 9,6 kms ao sul de Jerusalém. Conclui-se que Raquel foi sepultada nas imediações de Belém. O lugar tradicional costuma ainda ser apontado para os visitantes da cidade. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">27-29. </b> Isaque viveu até a volta de Jacó, de Harã. De Berseba mudou-se para Mamre, pertinho da cidade de Hebrom. Ali Abraão comprou a Caverna de Macpela para o sepultamento de Sara. Agora com 189 anos de idade, expirou Isaque e morreu. A palavra hebraica <i class="calibre3">geiwei</i> significa "decair" ou "enfraquecer-se". Na hora do sepultamento, Esaú e Jacó estiveram juntos ao lado da sepultura, em homenagem ao seu pai. </p>
<p class="calibre2">Os irmãos estavam unidos por uma dor comum, como Ismael e Isaque estiveram junto à sepultura de Abraão. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 36 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">7) Edom e Seu Povo. 36:1-43. </b></p>
<p class="calibre2">Antes de contar a vida da história de José, o escritor do Gênesis descreve um pouco a terra de Edom e os seus habitantes. Os habitantes originais do Monte Seir eram chamados horeus ou humanos. Com o correr do tempo, Esaú e seus descendentes tomaram o território, Esaú ficou rico, possuindo muito gado e ovelhas. As principais cidades daquela região foram Sela, Bozra, Petra, Temã e Eziom-geber. Os edomitas continuara hostis aos israelitas através do V.T. (cons. Obadias, especialmente vs. 10-15). </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">D. José. 37:1 - 50:26. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 37 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1) Primeiras Experiências de José. 37:1-36. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1-11. </b> José, o filho mais velho de Raquel, era o predileto de seu pai Jacó. Por causa disso e por outros motivos ele ficou prejudicado diante dos seus irmãos. De um lado, ele reagia fortemente contra o comportamento imoral e contrário à ética dos seus irmãos, denunciando-os ao seu pai e, assim, levando a fama de intrigante. Para piorar ainda mais a situação, seu pai lhe deu túnicas reais, com longas mangas esvoaçantes, o que o destacava como o mais favorecido do grupo. </p>
<p class="calibre2">Deduzimos naturalmente que Jacó havia escolhido José como aquele através do qual as bênçãos divinas continuariam. Além disso, José tinha sonhos que apontavam para sua futura e destacada grandeza, e ele contava seus sonhos aos seus irmãos. </p>
<p class="calibre2">Os filhos de Jacó ficavam enfurecidos quando ouviam José anunciando que governaria sobre eles. Ele, o jovem príncipe favorecido, evidentemente cria que ele teria destaque em toda a sua família. Em sua conversa ingênua, acendeu o fogo da inveja e do ódio assassino. Mas Deus tinha em mente algumas bênçãos maravilhosas para o rapaz, conforme o tempo revelaria. José deveria ter sido aconselhado sobre como lidar com criaturas imperfeitas que se ressentiam com os seus modos e o seu ar de superioridade (como eles achavam). Como ele precisava de um conselheiro sábio! Aparentemente Jacó o amava tão ardente e tão cegamente que não era capaz de orientá-lo sabiamente. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12-28. </b> Os irmãos acolheram a malícia em seus corações e decidiram livrar-se de José. Tinha muito tempo para formularem uma trama para a realização de seu propósito. Do Hebrom, onde moravam, a Siquém no norte, esses homens foram à procura de pastos para seus rebanhos e gado. Jacó enviou José a Siquém para visitar seus outros filhos e trazer-lhe notícias deles. Quando chegou perto de Siquém, José soube que seus irmãos tinham ido para Dotã, uns 24 kms mais para o norte. Quando os irmãos viram José que vinha chegando, planejaram matá-lo, embora Rúben terrina procurado salvar a vida do rapaz. Rúben convenceu os outros a colocarem José dentro de uma cisterna, esperando retirá-lo de lá mais tarde. Subseqüentemente Judá convenceu seus irmãos que seria melhor retirar o rapaz da cisterna e vendê-lo a uma caravana que passava a caminho do Egito. Rúben tinha planejado levar o rapaz de volta para o pai. Judá planejou salvá-lo de morrer de fome. No desenrolar dos fatos, José encontrou-se prisioneiro de uma <b class="calibre1">caravana de </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">ismaelitas</b> (v.25) ou <b class="calibre1">midianitas</b>. Logo mais seria escravo em alguma família egípcia. Ismaelitas e midianitas eram descendentes de Abraão. </p>
<p class="calibre2">Talvez o grupo fosse composto de ambos. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">29-35. </b> Rúben, o primogênito, era diretamente responsável pelo rapaz diante de seu pai. Dolorosamente apresentaram a Jacó uma vestimenta manchada de sangue e uma história mentirosa que praticamente quebrou o coração do velho patriarca. Convenceu-se de que o seu filho favorito estava morto. Aquele que, na sua mocidade, fora o campeão dos enganadores, estava sendo agora cruelmente enganado. Ele gemeu: <b class="calibre1">Chorando, descerei a meu filho até a sepultura</b> (Sheol). O hebraico <i class="calibre3">Sheol</i> descreve a habitação subterrânea dos mortos, correspondendo ao "Hades" grego. Ali, de acordo com a tradição, os espíritos desincorporados continuam a existir nas regiões das sombras, onde não há saída nem comunicação com Deus ou o homem. É uma meia existência. Jacó sabia que logo também estada no Sheol, mas não tinha esperanças de ver o fim de seus pungentes sofrimentos até aquela hora. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">36. </b> Os ismaelitas venderam José a Potifar, um oficial na corte de Faraó. Evidentemente Potifar era <i class="calibre3">o chefe dos executadores</i>. A palavra provavelmente referia-se à tarefa de matar animais para a cozinha real ou talvez animais usados para o sacrifício. O jovem José foi designado como mordomo da residência de Potifar. Ele se encontrava muito longe de casa e, aparentemente, ainda mais longe da realização dos sonhos de proeminência enviados pelo céu. Contudo, o Deus de José continuava operando Seus propósitos e planos. E Ele pretendia usar Potifar e Faraó na realização do programa divino. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 38 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2) Judá e Tamar. 38:1-30. </b></p>
<p class="calibre2">No meio da narrativa descrevendo a carreira de José no Egito, o escritor do Gênesis introduz a narrativa do vergonhoso envolvimento de Judá com os cananeus. Judá era o membro líder da família de Jacó, aquele que estava destinado a ser o canal de todas as ricas bênçãos de Jeová concedidas a Abraão e por meio de Abraão às futuras gerações do mundo. O nome de Judá devia destacar-se na linhagem messiânica. Davi seria um dos seus respeitáveis descendentes. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">2-11. Viu Judá a filha de um cananeu, chamado Sua; ele a tomou. </b> Esta informação adicional sobre a vida familiar em Canaã revela a que profundezas da imoralidade, pelo menos alguns dentre o Povo Escolhido trilham caído. Judá casou com a filha de Sua, um cananeu pagão, e assim deu início a uma corrente de acontecimentos pecaminosos. Dois filhos, Er e Onã, morreram sem deixar descendência. Judá prometeu a Tamar, que fora esposa dos dois irmãos, um após o outro, que teria por marido o seu terceiro filho Selá, quando este alcançasse a idade conveniente. Era preciso que houvesse descendência. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12-23. </b> Mais tarde, quando Tamar percebeu que seu sogro não pretendia cumprir a promessa, resolveu ela mesma fazer alguma coisa. </p>
<p class="calibre2">Pretendendo ser uma <i class="calibre3">kedishot</i> (prostituta sagrada), envolveu Judá em relações ilícitas com ela. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">24-26. </b> Quando Judá soube que Tamar estava grávida, declarou-a digna de morte, para descobrir que ele mesmo era o culpado, o pai daquela criança. Ele disse: <b class="calibre1">Mais justa é ela do que eu. </b> <b class="calibre1">27-30. </b>A narrativa do nascimento de gêmeos, Perez e Zerá, termina o capítulo. O contraste entre José e seu irmão mais velho toma-se mais evidente quando José revelou o seu caráter na hora da tentação. Judá precisava nascer de novo para se tornar agradável diante do Senhor. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 39 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">3) José e a Esposa de Potifar. 39:1-23. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1-6b. José foi levado ao Egito. </b> Quando José assumiu suas tarefas na casa de Potifar, era escravo e estrangeiro. Primeiro, veio a ser um servidor pessoal do oficial do egípcio. Quando Potifar descobriu que ele era ativo, expedito e digno de confiança, e viu que o Senhor era com ele (v. 3), colocou-o sobre todas as suas propriedades como superintendente com os mais amplos poderes. Em sua nova posição, José era responsável por cada detalhe da direção da casa, com uma única exceção: na qualidade de estrangeiro, não podia supervisionar o preparo das refeições (cons. 43:32). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6c. </b> José era invulgarmente atraente. Tinha saído de sua mãe, Raquel, da qual se disse: "Raquel era formosa de porte e de semblante", isto é, "formas agradáveis" e "rosto agradável" (cons. 29:17) Além disso, José irradiava uma piedade doce e limpa que o tornava ainda mais atraente. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">7-13. </b> A esposa de Potifar não resistiu à tentação de conquistar José. </p>
<p class="calibre2">Ao que parece nada tinha com o que ocupar a sua mente e nenhum princípio que a tolhesse na hora da tentação. Para José, que vivia sempre em comunhão com o Deus santo, pecar com aquela mulher estava completamente fora de questão. Seria pecar contra Deus e desonestidade contra o homem que confiava nele tão irrestritamente. Embora a tentação tenha vindo com encanto sutil, súbito e forte, a vitória de José estava garantida. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">14-20. </b> Frustrada, a tentadora transformou-se em difamadora. </p>
<p class="calibre2">Tomada de rancor ela acusou José falsamente de tentativas indecentes, esperando despertar a simpatia dos outros servos e enraivecer o seu marido o bastante para que matasse o jovem. As evidências circunstanciais eram fortemente incriminadoras. Potifar foi tomado de ira. Contudo, apesar da seriedade da acusação, ele evidentemente tinha alguma dúvida sobre a culpa de José, pois não o matou. Em vez disso, enviou-o para o <b class="calibre1">cárcere</b> (a "Casa Redonda"). Esta cadeia era provavelmente uma torre ou masmorra onde os prisioneiros ligados à vida oficial eram mantidos. O hebraico <i class="calibre3">sohar</i>, cárcere, pode ser uma tentativa de traduzir uma palavra egípcia. </p>
<p class="calibre2">Na estória egípcia, <i class="calibre3">Conto dos Dois Irmãos</i>, há um paralelo interessante com a experiência de José. Nesta estória um homem casado morava na mesma casa com o seu irmão. A esposa do primeiro acusou o irmão mais moço de atitudes impróprias. O marido, embora zangado, procurou descobrir a verdade. Ao descobrir que a esposa era culpada, o marido a executou. Esta estória data do tempo de Seti II, isto é, cerca de 1180 A.C. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">21-23. </b> A vida na cadeia não era agradável, mas a narrativa declara que o Senhor, porém, era com José. Como isto fazia diferença! Ele se sentia confortado e fortalecido. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 40 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">4) As Experiências de José na Prisão: 40:1-23. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1-4. O mordomo . . e o padeiro ofenderam o seu senhor, o rei do </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Egito. Indignou-se Faraó e mandou detê-los. </b> Mesmo na cadeia José não podia ser derrotado. Ficou encarregado da supervisão dos prisioneiros, <b class="calibre1">para que os servisse. </b> A velha masmorra tornou-se um lugar diferente por causa de sua presença. Deus abençoava os outros através da delicadeza e bondade de José. Potifar o colocou onde seus notáveis talentos continuaram em evidência. O mordomo ( <i class="calibre3">mashgih</i>), ou <i class="calibre3">aquele que serve as bebidas</i>, era um membro importante da casa de Faraó. Em Ne. 1:11 a palavra foi traduzida para "copeiro". Neemias, que usava este título, era um oficial de confiança no palácio do monarca persa. O padeiro ( <i class="calibre3">'opeh</i>) era o superintendente da padaria, e devia verificar se as refeições do monarca eram boas e seguras. Estes dois altos oficiais na criadagem real tinham ofendido Faraó. Enquanto aguardavam as investigações, foram confinados à mesma prisão na qual José se encontrava. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">5-23. </b> O jovem hebreu tinha a obrigação de servir estes dois prisioneiros. Encontrando-os nervosos e preocupados, perguntou-lhes o que tinham. Eles tinham sonhado algo que não conseguiam entender. E não havia nenhum intérprete de sonhos oficial à disposição. José lhes disse que Deus poderia dar o significado. Então eles lhe contaram seus sonhos e ele lhes explicou o significado dos mesmos. O mordomo teria uma surpresa agradável. Dentro de três dias receberia uma ordem de soltura oficial para retomar suas obrigações ao lado do rei. O padeiro seria solto na mesma ocasião, mas sua cabeça seria cortada fora e sua carcaça seria exposta ao ar livre para se tornar o alimento de aves. José fez um pedido ao mordomo: <b class="calibre1">Lembra-te de mim, quando tudo te </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">correr bem ... sejas bondoso para comigo, e faças menção de mim a </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Faraó</b> (v. 14). José queria ficar livre para viver e realizar toda a vontade de Deus em sua vida. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 41 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">5) José e Faraó. 41:1-57. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1-8. Passados dois anos completos Faraó teve um sonho. Parecia-lhe achar-se ele de pé junto ao Nilo. </b> O rei sonhou que se encontrava ao lado do Nilo ( <i class="calibre3">yeor</i>), o doador da vida e do refrigério do solo. (O país dependia do rio para irrigação da terra todos os anos.) Ele viu sete vacas bem alimentadas pastando na campina. Dali a pouco sete vacas magras chegaram e comeram as gordas. Novamente, ele viu sete espigas boas em uma só haste, e sete espigas fracas apareceram e devoraram aquelas. </p>
<p class="calibre2">Estes sonhos perturbaram Faraó grandemente, especialmente quando ninguém foi capaz de interpretá-los. Os <b class="calibre1">magos</b> ( <i class="calibre3">hartummim</i>) eram os escribas sagrados que tinha mais conhecimentos sobre o ocultismo do que quaisquer outros sábios do reino. Mas até mesmo eles ficaram desconcertados e sentiram-se incapazes desta vez. Seus estudos especializados nos mistérios sagrados provaram-se inadequados para a interpretação destes sonhos. O que significavam? o rei imaginava. Quem poderia lhe dizer? <b class="calibre1">9-24. </b> Subitamente o mordomo-chefe lembrou-se de José, depois de dois anos de esquecimento, e falou a Faraó de sua capacidade de interpretar sonhos. Rapidamente mandou-se chamar o jovem hebreu. </p>
<p class="calibre2">Mais do que depressa fizeram-no vir ao palácio, barbeado e imaculadamente vestido. Faraó disse que ouvira contar que José podia interpretar sonhos, mas José declarou que a interpretação vinha do Senhor: <b class="calibre1">Deus dará resposta favorável a Faraó</b> (v. 16). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">25-32. </b> Sem hesitação e com clareza fora do comum, o jovem revelou ao rei que seus sonhos prediziam sete anos de fartura seguidos de sete anos de fome devastadora. O primeiro período de sete anos seria uma estação de fertilidade e colheitas pródigas. Os anos da fome trariam carência, sofrimento e morte. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">33-36. Escolha Faraó um homem ajuizado e sábio. </b> José foi além da mera interpretação e deu alguns conselhos práticos. Não havia tempo a perder. Era preciso encontrar um homem de capacidade especial que pudesse supervisionar a produção da agricultura, que armazenasse tremendas quantidades de cereais e que, no devido tempo, controlasse sabiamente os recursos acumulados. Para essa posição era necessário o melhor homem que o reino dispusesse. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">37-42. </b> Felizmente, Faraó era um homem sábio, pois reconheceu em José um <b class="calibre1">homem em que há o Espírito de Deus</b> (v. 38). Fê-lo o administrador da alimentação do Egito, e designou-o seu grão-vizir, ou primeiro ministro. Colocou-o com poderes sobre todo o reino, logo abaixo de si mesmo. Colocou o seu anel com o sinete na mão de José, como emblema de autoridade, dando-lhe o poder de emitir decretos oficiais. Mandou vesti-lo de roupas especiais reservadas aos homens mais poderosos do Egito, e colocou em seu pescoço uma corrente por serviços especiais prestados. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">43. </b> José andava de carruagem e era considerado o primeiro logo abaixo do rei. Um oficial especial devia gritar diante dele ao povo, " <i class="calibre3">‘Abrik</i>!" Isto provavelmente significava "Prestem atenção!" ou Inclinai-vos, ou coisa semelhante. Era preciso esclarecer a todo o povo que um homem notável, de muita capacidade, caráter e autoridade estava diante dele. Ele ficaria com todo o controle dos negócios que implicavam na vida ou morte de multidões. Privilégio e responsabilidade rivalizavam entre si naquele momento de reconhecimento e investidura. As desafiantes palavras de Mordecai a Ester poderiam muito bem terem sido ditas a José: "E quem sabe se para tal conjuntura como esta é que foste elevada a rainha? " (Et. 4:14). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">45, 46, 50-52. Era José da idade de trinta anos, quando se </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">apresentou a Faraó</b>, já estando no Egito por uns doze ou treze anos. Do cárcere para o palácio em um só dia foi um enorme passo. Deus, que esteve com o jovem cada minuto de sua vida, providenciara este salto. </p>
<p class="calibre2">Logo a seguir, Faraó deu a José um nome egípcio – <b class="calibre1">Zafenate-Panéia</b> (o qual, segundo os caracteres cópticos, dizem alguns mestres, significa um revelador de segredos", ou "o homem a quem os segredos são revelados"). Deu-lhe também uma esposa chamada <b class="calibre1">Azenate</b>, que era filha de uma família sacerdotal, sendo o seu pai um "príncipe", ou sacerdote de <b class="calibre1">Om</b>. <b class="calibre1">Om</b>, uma cidade de cultura e religião situada cerca de 11 kms ao norte de Cairo, era o centro da adoração ao sol. Azenate e José tiveram dois filhos, Manassés e Efraim. Esses rapazes, alguns anos mais tarde, foram publicamente adotados pela tribo de Jacó e tornaram-se chefes de duas tribos de Israel. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 42 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6) A Primeira Visita dos Irmãos. 42:1-38. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1-8. Então desceram dez dos irmãos de José, para comprar cereal </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">do Egito. A Benjamim, porém . . , não enviou Jacó na companhia dos </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">irmãos... para que não lhe suceda, acaso, algum desastre. </b> Quando a fome apertou em Canaã, e a morte por falta de alimentos parecia inevitável, Jacó compreendeu que era preciso procurar alimento em algum outro lugar. Enviou seus dez filhos ao Egito para comprarem cereal. Manteve Benjamim em casa como um consolo. Quando os dez irmãos se apresentaram diante do governador do Egito para comprar cereais, não o reconheceram como seu irmão. Doze ou mais anos tinham-se passado. O esguio jovem que venderam transformara-se em homem adulto. Estavam diante dele, a figura mais importante da terra do Egito. Sua linguagem, suas roupas, seu porte de oficial e sua posição serviram-lhe de disfarce. Mas José reconheceu seus irmãos imediatamente. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9-12. </b> Quando acusou seus irmãos de serem espias, apenas chamou a atenção deles para a mais óbvia explicação de sua vinda. Os egípcios tinham conhecimento de que sua fronteira oriental era especialmente vulnerável, e por isso temiam os povos asiáticos. José acusou os dez homens de terem vindo ao Egito para descobrirem os pontos fracos na defesa da fronteira, a fim de passar a informação a possíveis invasores. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13-24. </b> Quando os homens lhe falaram de seu pai e seu jovem irmão, exigiu uma prova de honestidade deles. Um deles, disse, devia voltar para casa e trazer o mais jovem ao Egito enquanto os demais permaneceriam na prisão. Depois de manter os homens em prisão por três dias, José sugeriu uma solução mais fácil de manter um deles como refém, enquanto os outros nove voltariam para casa com os cereais. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Simeão</b> foi o escolhido para ficar na prisão (v. 24). Era o segundo filho de Jacó, e a tradição conta que era o mais cruel de todos os irmãos. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">21-24. </b> No decorrer da conversa, José viu que seus irmãos estavam grandemente preocupados e cheios de remorso. Sentiu a lealdade deles para com Jacó e o sólido espírito de família. Chorou quando se lembrou de antigamente e do sofrimento que aqueles homens tinham-lhe causado com sua hostilidade e crueldade, reconhecendo que havia agora uma transformação. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">25-38. </b> De volta a Canaã, um dos filhos de Jacó fez a perturbadora descoberta de que o seu dinheiro se encontrava à boca do seu saco com cereal. E quando o grupo chegou em casa e todos esvaziaram os seus sacos, descobriram que <b class="calibre1">cada um tinha a sua trouxinha de dinheiro no </b></p><p class="calibre2"><b class="calibre1">saco. </b> Ficaram admirados e alarmados com a descoberta. O mistério do dinheiro, a detenção de Simeão e a notícia de que o governador do Egito queria ver Benjamim – tudo foi demais para o idoso Jacó. Sua tristeza e seu medo foram esmagadores. E ele não concordou de maneira nenhuma que o seu filho mais moço voltasse ao Egito com os outros. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 43 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">7) Outras Experiências com os Irmãos. 43:1-34. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1-14. Tendo eles acabado de consumir o cereal ... disse-lhes seu </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">pai ... Voltai, comprai-nos um pouco de mantimento</b> (v. 2). Os homens asseguraram a seu pai que não tinham coragem de retomar ao Egito sem Benjamim. Só quando Judá se ofereceu como penhor da segurança de Benjamim, Jacó acabou deixando que o seu caçula fosse. </p>
<p class="calibre2">Judá disse: <b class="calibre1">Envia o jovem comigo ... Eu serei responsável por ele. </b> Na verdade Judá empenhou sua própria vida para garantir o retorno de Benjamim (cons. 44:32-34). </p>
<p class="calibre2">Certamente os filhos de Jacó aprenderam muito desde o dia em que tentaram matar o irmão de Benjamim. Quando Jacó viu que Benjamim tinha mesmo de ir, orientou seus filhos a que preparassem um copioso <i class="calibre3">minha</i>, presente (v. 11), para esse homem – o melhor mel, as melhores frutas, as mais raras nozes e outras excelentes guloseimas da terra. </p>
<p class="calibre2">Orientou-os também a que levassem o dobro do dinheiro que encontraram em seus sacos. Sem dúvida nenhuma a segunda porção do dinheiro seria usado para pagar os cereais que iam comprar desta vez. </p>
<p class="calibre2">Antes de enviar seus filhos, Jacó orou ao Deus Todo-poderoso ( <i class="calibre3">'El Shadday</i>) para que os guardasse e cuidasse de cada uma de suas necessidades (v. 14). </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">15-34. </b> Quando chegaram ao Egito, ficaram admirados em saber que seriam levados à casa do governador para almoçar. A notícia os deixou perturbados e alarmados. Temiam que algum castigo terrível lhes fosse imposto, pois não sabiam o que esperar do grão-vizir do Egito. Quando o grande homem entrou na sala onde se encontravam, <b class="calibre1">prostraram-se </b></p><p class="calibre2"><b class="calibre1">perante ele até a terra</b> em sinal de homenagem (v. 26). José os tratou com delicadeza e bondade, mandando preparar um banquete, no qual deu porções especiais a Benjamim. Sentiu-se profundamente comovido nesse encontro com seus irmãos. Foi uma ocasião que estes não esqueceriam mais. Festejaram e beberam às largas. No final da refeição, José já conhecia melhor aqueles homens; compreendeu que tinham se modificado! </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 44 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">8) A Proposta Sacrificial de Judá. 44:1-34. </b></p>
<p class="calibre2">José ainda tinha um teste final para seus irmãos, pelo qual calculava estabelecer um quadro perfeito do intimo dos seus corações. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1-5. </b> Ordenou a seu mordomo que preparasse os sacos com os cereais como antes e que pusesse o seu copo de prata no saco que Benjamim carregaria. <b class="calibre1">Põe o dinheiro de cada um na boca do saco. O </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">meu copo de prata pô-lo-ás na boca do saco do mais novo. </b> O copo era "um copo de adivinhações" (cons. 5), uma propriedade de estimação, usada para a recepção de oráculos ou visões do futuro. Primeiro, colocavam água nele. Depois, pequenos fragmentos de ouro, prata ou pedras preciosas eram jogados dentro da água. Quando a água era levemente agitada, os fragmentos formavam um "quadro" ou desenho. </p>
<p class="calibre2">Utilizadores peritos do expediente diziam-se capazes de adivinhar o desconhecido. Era um tipo de magia chamada "hidromancia". </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">6-13. José mandou prender seus irmãos quando estavam de </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">partida pata Canaã. </b> Protestaram sua inocência e prontamente aceitaram a decisão que o culpado permanecesse no Egito como escravo por toda a vida. Para seu espanto, o copo foi encontrado no saco de Benjamim! Diante de José ficaram sem fala de tanto medo e desespero. O que poderia qualquer deles fazer? Rúben, Benjamim e os demais ficaram em silêncio. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">14-34. </b> Então Judá falou por si mesmo e pelos seus irmãos em um dos mais sublimes pronunciamentos da literatura. Não se desculpou, não negou, mas simplesmente rogou ao poderoso oficial egípcio pela vida e liberdade de Benjamim. Sir Walter Scott chamou este pedido de "o mais completo exemplo de eloqüência genuína e natural que foi conservado em qualquer língua". O espírito de auto-sacrifício, coisa tão estranha a Judá, surgiu com rara beleza. Judá francamente confessou seus próprios pecados e os pecados de seus irmãos. Na realidade, não tinham roubado o dinheiro nem o copo, mas tinham cometido o feio pecado de venderem seu irmão como escravo. Causaram a José e a seu pai indizível dor e angústia. Ao se referir ao sofrimento de seu pai, Judá revelou-se como alguém que agora estava profundamente cônscio dos valores e relacionamentos sagrados. </p>
<p class="calibre2">A boa-vontade do irmão mais velho de se tornar um <b class="calibre1">substituto</b> de Benjamim destaca-o como uma grande alma. Ofereceu-se como servo de José, e rogou que Benjamim e seus demais irmãos pudessem ser enviados de volta ao lar para alegria do coração do velho pai. Este foi o clímax da conduta divina com Judá. O Senhor criara nele um campeão espiritual para representá-lo no desenrolar do plano divino. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 45 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9) O Convite de José a Jacó. 45:1-28. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1-8. José, não se podendo conter... levantou a voz em choro ... e </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">disse a seus irmãos: Eu sou José. </b> Quando José não conseguia mais reprimir seus sentimentos, <i class="calibre3">ele soltou a sua voz chorando </i>(literalmente ). </p>
<p class="calibre2">Imediatamente revelou sua identidade e abriu seu grande coração aos seus irmãos. Eles, cheios de confusão e temor, ficaram sem fala. Mas José os confortou. Declarou-lhes: <b class="calibre1">Para conservação da vida, Deus me </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">enviou adiante de vós</b> (v.5). </p>
<p class="calibre2">Rapidamente removeu dos ombros deles toda a culpa de uma atitude repreensível, procurando interpretar-lhes o plano e o propósito de Deus. Era sua maneira de centralizar a atenção deles para considerações mais elevadas. O propósito providencial era mais significativo do que qualquer ato de menor importância praticado por homens mortais. </p><p class="calibre2">Aquele propósito envolvia a preservação de um remanescente que seria usado na realização da vontade do Senhor na terra. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">9-24. </b> José insistiu com seus irmãos a que trouxessem seu pai e que viessem morar no Egito. Ele explicou que a fome ainda duraria mais cinco anos, mas que no Egito ele poderia arranjar um lar e mantimentos ilimitados para Jacó e toda a sua família. Eles podiam se estabelecer na <b class="calibre1">terra de Gósen</b>, que ficava cerca de 64 kms do local da atual Cairo. </p>
<p class="calibre2">Situada no delta do Nilo, esta seção era o melhor trecho de terras para o gado e os rebanhos. Ficava perto de Om e também de Mênfis, onde José morava. Quando os irmãos partiram de volta para casa, José mandou que levassem carros junto com eles para fazer a mudança e encheu-os de cereais, presentes e provisões de todo tipo. </p>
<p class="calibre2">25-28. Enquanto o velho patriarca Jacó ouvia o relatório dos seus filhos<b class="calibre1">, o coração lhe ficou como sem palpitar</b> (<b class="calibre1">desmaiou</b>, E.R.C.) pois não conseguia crer em tão boas notícias sobre o seu filho que estava a tanto tempo perdido (v. 26). Mas quando viu os carros e os presentes, e ouviu a mensagem que José lhe enviara, seu espírito reviveu e ele começou a desejar um encontro com seu filho no Egito. Foi um dia de conforto e regozijo para alguém que tinha sofrido tanto. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 46 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">10) A Migração para o Egito. 46:1-34. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1-4. Partiu, pois, Israel...e veio a Berseba. </b> É quase certo que Jacó, nessa ocasião, estivesse morando no Hebrom. Sua primeira parada nessa momentosa viagem ao Egito foi em Berseba. Ali ofereceu sacrifícios, e ali, em uma visão noturna, Deus lhe falou, encorajando-o a fazer essa viagem e assegurando-lhe incontáveis bênçãos. Primeiro, renovou a promessa de que os descendentes de Jacó se tornariam uma grande nação. Tornou claro que o Egito seria a terra onde este desenvolvimento aconteceria. Segundo, ele disse: <b class="calibre1">Eu descerei contigo, </b> garantindo-lhe assim proteção e segurança. Terceiro, ele disse: <b class="calibre1">E te farei tornar a subir</b>. </p>
<p class="calibre2">Esta predição seria cumprida depois da morte de Jacó, no Êxodo, quando a poderosa mão de Deus libertaria os Seus escolhidos do poder do Egito e os traria de volta a Canaã. A declaração de que <b class="calibre1">a mão de José fechará </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">os teus olhos</b> era uma profecia de que o ilustre filho realizaria os rituais fúnebres quando da morte do pai. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">5-28. </b> Encorajado pela mensagem do Senhor, Jacó partiu de Berseba com os seus descendentes, e fez a longa viagem até a terra de Gósen. </p>
<p class="calibre2">Mandou que Judá fosse à frente do grupo (enviou Judá adiante de si... para que soubesse encaminhá-lo a Gósen), ao encontro de José para completar os arranjos necessários para a sua entrada na terra. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">29,30. </b> O encontro de Jacó e José foi um momento de grande alegria. Ambos estavam comovidos demais para falar. Abraçaram-se fortemente longo tempo (v. 29). Quando o velho patriarca recuperou a fala, disse: <b class="calibre1">Já posso morrer, pois já vi o teu rosto, e ainda vives</b> (v. 30). </p>
<p class="calibre2">Ele experimentara a mais alta alegria que se pode experimentar nesta vida. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">31-34. </b> Antes de José apresentar sua família a Faraó, deu-lhes orientação específica sobre como responder às perguntas do monarca. </p>
<p class="calibre2">Quando ele lhes perguntasse a respeito de sua ocupação, deviam se apresentar como pastores. Então Faraó lhes indicaria a terra de Gósen para moradia. Gósen tinha excelentes pastos para seus rebanhos e gado. </p>
<p class="calibre2">Ficariam todos juntos e, portanto, bem protegidos contra a mistura com os outros povos. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 47 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">11) Jacó e Faraó. 47:1-12. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1-6. Então veio José, e disse a Faraó; Meu pai e meus irmãos ... chegaram. </b> O encontro com Faraó foi memorável. Cinco dentre os irmãos, escolhidos com tal propósito por José, fizeram ao monarca o pedido de que Gósen lhes fosse designada, uma vez que eram pastores. </p>
<p class="calibre2">O rei concordou que se estabelecessem naquela região, onde ficavam os melhores pastos. Pediu também a José que escolhesse os melhores dentre eles, homens capazes (v. 6), para ocuparem cargos de responsabilidade entre seus vaqueiros. O Egito gastava muito dinheiro e dispendia grandes esforços na criação de excelente gado. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">7-10. </b> O ponto alto da ocasião foi o momento quando José apresentou seu idoso pai ao rei. <b class="calibre1">Jacó abençoou a Faraó</b> (v. 7). A palavra <i class="calibre3">beirak</i>, que aparece duas vezes, pode ser traduzida para <i class="calibre3">saudou</i>, mas o significado normal e quase sempre preferido é abençoou. Naquele momento o poderoso homem de Deus colocou-se com dignidade diante do grande monarca e tomou consciência de que era o representante do Todo-poderoso ( <i class="calibre3">'El Shadday</i>). o que poderia ser mais natural para ele do que transmitir uma bênção enviada pelo céu ao rei do Egito? Ele sabia que ocupava sublime posição no programa de Deus. Com sossegada dignidade invocou uma santa bênção sobre Faraó. Jacó era um canal especial de bênçãos divinas, e Faraó era o recipiente. </p>
<p class="calibre2">Quando foi interrogado sobre a sua idade, o patriarca respondeu: <b class="calibre1">Os </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">dias dos anos das minhas peregrinações</b> ( <i class="calibre3">gur</i>) <b class="calibre1">são cento e trinta anos</b> (v. 9). Sua vida fora marcada por uma série de <b class="calibre1">peregrinações</b>. Parecia-lhe curta comparada com as vidas mais longas de Abraão e Isaque. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">11,12. A terra de Ramessés</b> era a mesma terra de Gósen. A parte oriental do delta do Nilo compreendia uma área que incluía o local da famosa cidade construída por Ramessés em uma geração posterior. <b class="calibre1">José sustentou</b> ( <i class="calibre3">yekalkil</i>) <b class="calibre1">... a seu pai. </b> A forma particular do verbo <i class="calibre3">kul</i> usada aqui (o pilpel) pode significar "nutrir", "sustentar" ou "proteger". Está claro que José fez todas estas coisas quando cuidou e amou a Jacó com prodigalidade. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">12) O Administrador do Sustento. 47:13-27. </b></p>
<p class="calibre2">Conforme as condições da fome foram piorando, os egípcios começaram a passar reais necessidades. As Escrituras dizem: <b class="calibre1">Não havia </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">pão em toda a terra. </b> As pessoas vinham ter com José à procura de alimento para suas famílias. Quando o dinheiro se acabou, trocaram seu gado por cereais (v.17). Finalmente, tiveram de empenhar suas terras e seus corpos a Faraó a fim de obter alimento (v.19). Assim, todas as terras do reino, com exceção das que pertenciam aos sacerdotes, passaram às mãos de Faraó. Um sistema feudal em pleno desenvolvimento foi o que resultou. O governo fornecia sementes ao povo e o povo pagava 20 por cento de sua produção ao estado (vs. 23b,24). Era uma situação desesperadora, mas o povo concordou a fim de ter o que comer. </p>
<p class="calibre2">Disseram a José: <b class="calibre1">A vida nos tens dado! ... seremos escravos de Faraó</b> (v. 25). A extrema conjuntura tornou necessária tais medidas drásticas. E assim o povo do Egito veio a ser servo de Faraó e suas terras se tomaram propriedades do estado. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13) Jacó e os Filhos de José. 47:28 - 48:22. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">29,30. Aproximando-se, pois, o tempo da morte de Israel. </b> Jacó viveu seus últimos anos em paz, fartura e felicidade. Antes do fim da vida, fez José prometer que levaria o seu corpo de volta a Canaã para o sepultamento. Sua vida foi muito tumultuada; suas peregrinações foram longas. Mas ele queria que seus ossos fossem sepultados ao lado de Abraão, Isaque, Sara, Rebeca e Lia. <b class="calibre1">O lugar da sepultura</b> mencionado por Jacó era a Caverna de Macpela, comprada por Abraão, na ocasião da morte de Sara (cons. Gn. 23). O corpo do representante de Jeová seria colocado a repousar ao lado dos outros patriarcas. De acordo com a narrativa (v. 31), Jacó virou-se sobre o seu rosto e estendeu-se na cama de modo que a sua cabeça tocou na cabeceira. Assim humilde e reverentemente ele se prostrou. A outra tradução, <i class="calibre3">Israel se inclinou sobre o seu cajado</i>, nada tem a recomendá-lo dentro do texto massorético. </p>
<p class="calibre2">Antes da morte de Jacó, ele adotou os dois filhos de José, Manassés e Efraim, elevando-os à categoria de seus próprios filhos. Portanto, quando a terra prometida foi distribuída às tribos, muitos anos mais tarde, José recebeu dois quinhões inteiros. Assim Raquel tornou-se a mãe de três tribos no reino de Israel. </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 48 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">48:1-14. </b> José trouxe seus dois filhos para que recebessem a bênção de seu pai. Ele arranjou seus filhos de tal forma que a mão direita ficasse sobre Manassés, o filho mais velho, e sua mão esquerda sobre Efraim. </p>
<p class="calibre2">Mas, embora Jacó fosse velho e quase cego, deliberadamente corrigiu a posição, colocando sua mão direita sobre a cabeça do mais jovem e a esquerda sobre Manassés. Ele sabia o que estava fazendo. Quando José tentou mudar a posição das mãos de seu pai para que Manassés recebesse a bênção principal (de acordo com o costume), foi informado de que era Efraim mesmo que estava destinado a recebê-la (v. 19). A solene bênção do patriarca pronunciada sobre os filhos de José foi tão certa como um testamento. Nela Jacó incluiu uma predição do futuro destaque de cada um dos rapazes, mas o desenvolvimento e eficiência de Efraim sobrepujaria de muito a de Manassés. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">15-22. </b> Quando o velho homem veio a pronunciar uma bênção especial sobre José, referiu-se a Deus com um título triplo: O Deus de nossos pais, o Deus que me sustentou, e o Anjo da libertação. Assim, os aspectos ancestral, pessoal e redentor de Deus foram apresentados. O hebraico <i class="calibre3">ro'eh</i> (<b class="calibre1">sustentou</b>) dá a idéia de pastorear (cons. Sl. 23:1). <b class="calibre1">O </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Anjo que me tem livrado de todo mal</b> (v. 16) identifica este com o Anjo de Jeová que confortou Hagar (16:7; 21;17) e que avisou Abraão da iminente destruição de Sodoma (Gn. 18); em outras palavras, este "Anjo" era o próprio Senhor em Suas manifestações no V.T. Jacó disse que José viria a possuir uma porção ( <i class="calibre3">shekem</i>) especial ou um declive montanhoso de valor fora do comum (mais que a teus irmãos). Isto provavelmente se refere à propriedade que Jacó adquiriu de Hamor, embora Gênesis 34 indique que Jacó repudiou a maneira pela qual ela foi tomada. Provavelmente foi mais tarde «capturada dos amorreus por Jacó (cons. Jo. 4:5). </p>
<p class="calibre2"></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">Gênesis 49 </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">14) A Bênção Solene. 49:1-27. </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">1,2. Chamou Jacó a seus filhos, e disse: Ajuntai-vos... e ouvi. </b> Em suas palavras de despedida a seus filhos, Jacó elevou-se à estatura incomum do profeta que fala em linguagem poética de inspiração. Ele convocou cada filho por sua vez, à beira de sua cama, para ouvir suas palavras de bênção, de censura, ou de maldição. Em cada caso ele destacou alguma característica notável do caráter, avaliando o homem e o seu grupo familiar. As palavras de Jacó constituíram uma predição dos futuros acontecimentos com base no conhecimento que o pai tinha do caráter de cada filho. Os homens compreenderam os pronunciamentos solenes de seu pai como predições significativas e determinantes. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">3,4. Rúben</b>, o primogênito de Lia, destacava-se entre seus irmãos. </p>
<p class="calibre2">Mas ele perdeu seus direitos naturais. Seu lugar de primogênito favorecido foi dado a José. Seus privilégios de sacerdote seriam passados a Levi. Seu direito de ser o chefe das tribos de Israel, isto é, seus direitos reais, seriam de Judá. Assim Rúben, dotado de dignidade, direitos de primogenitura e superioridade natural, perderia o direito a todo e qualquer lugar de poder e influência por causa da instabilidade do seu caráter. Seu indescritível pecado com Bila deu evidência de uma fraqueza moral que significa ruína. Suas paixões incontroladas (<b class="calibre1">impetuoso como a água</b>) foram descritas na expressão hebraica, "água sem repressão jorrando em torrente espumante" (v. 4). Embora capaz de sonhos, planos e boas intenções, não se podia contar com ele para a realização dos mesmo. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">5-7. Simeão e Levi</b>, o segundo e o terceiro filho de Jacó com Lia, eram irmãos na violência. O velho pai não poderia jamais esquecer o cruel massacre dos siquemitas. Naquele dia revelaram seu verdadeiro caráter, pois violentamente atacaram e destruíram homens que eles desarmaram por meio da estratégia e fraude. Naquela ocasião foram censurados por seu pai. Agora, ao lado do seu leito de morte, tiveram de ouvir as cortantes palavras de sua maldição: <b class="calibre1">Dividi-los-ei em Jacó, e os </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">espalharei em Israel</b> (v. 7b). Não teriam território que pudessem chamar de seu, mas seriam dispersos entre as outras tribos. Em Canaã esta maldição foi cumprida: os simeonitas foram engolidos pela tribo de Judá; e os levitas não receberam nenhum território, pois serviram como ministros do santuário e mestres de Israel. </p><p class="calibre2"><b class="calibre1">8-10. Judá</b>, o quarto filho de Jacó com Lia, recebeu o primeiro inqualificável louvor do velho patriarca. Levava sobre si a esperança de Israel. Não tendo o direito da primogenitura, nem dignidade excepcional, ou poderes espirituais, sobressairia como o poderoso líder de um povo, que entusiasticamente haveria de admirá-lo e louvá-lo. (Judá significa louvor.) Seria temido pelos seus inimigos, pois como um leão os perseguiria sem descanso até que a vitória fosse sua. Então, tendo completado sua missão, retornaria à fortaleza de suas montanhas para descansar na segurança de uma fortaleza que ninguém poderia invadir. </p>
<p class="calibre2">Apoderar-se-ia do cetro ou bastão que simbolizaria seu inteiro domínio no papel de guerreiro, rei e juiz. Qualquer nação seria feliz, segura e honrada com Judá como chefe e protetor. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">11,12. </b> Paz, abundância e prosperidade prevaleceriam na terra de Judá. As vinhas seriam tão viçosas e as uvas tão abundantes que o cavaleiro conquistador poderia amarrar as rédeas do seu cavalo nos grandes ramos e desfrutar de seus frutos suculentos. O vinho seria tão abundante que os homens poderiam lavar suas roupas nele, se assim o quisessem. Uvas excelentes forneceriam o mais fino sustento. Os olhos de Judá não ficariam vermelhos com excesso de bebida (<b class="calibre1">cintilantes de </b></p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">vinho</b>, v. 12), mas "brilhantes de prosperidade" (NBC) e seus dentes seriam "mais brancos do que o leite" (<b class="calibre1">brancos de leite</b>). Isto é, a terra de Judá seria divinamente abençoada. </p>
<p class="calibre2">A frase, <b class="calibre1">até que venha Siló</b>, foi pronunciada por Jacó no meio do quadro profético referente ao lugar de Judá no plano de Deus. Para nós, o fulgor incomum de sua predição está grandemente realçado pelo fato de que desde os tempos antigos tem sido considerada como mensagem messiânica. O hebraico poderia ser traduzido, <i class="calibre3">até que venha Siló</i>, ou <i class="calibre3">até que venha aquele a quem ele pertence</i>. Em ambas as traduções a referência deve ser, primeiramente, a Judá, mas em última análise o Messias é Aquele que deve vir. Em outras palavras, a soberania jamais se apartará de Judá, até que venha Aquele que tem o direito de reinar. </p><p class="calibre2">A predição, <i class="calibre3">até que venha aquele de quem é o direito</i>, foi repetido em Ez. 21:27. Se esta interpretação está correta, então as palavras de Jacó aqui constituem uma das mais antigas profecias messiânicas. O que Jacó podia ver era um quadro claro da herança de Judá. Mas a realização completa dos propósitos divinos não seriam desfrutados até que o governante ideal, o Messias, demonstrasse soberania perfeita. </p>
<p class="calibre2">Felizmente, o V.T. apresenta uma linha distinta de profecias – começando com Gn. 3:15 e continuando através dos Salmos e Profetas referentes à vinda do Messias para reinar como Rei dos reis. Jacó viu Judá como o pai da tribo real que exerceria poder e liderança sobre todas as outras. Através de catástrofes e tempos difíceis, Deus providenciaria que o cetro continuasse na tribo de Judá até que viesse o governador ideal, o Messias. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">13. Zebulom</b>, o sexto filho de Jacó com Lia, seria colocado em um lugar onde seriam possíveis a atividade comercial e a prosperidade. Isto pode significar que a tribo de Zebulom receberia um território ao longo da costa. Ou, pode significar que a prosperidade seria a herança dos descendentes de Zebulom, por causa de sua proximidade com os fenícios que tinham acesso ilimitado às rotas do comércio. Jacó menciona Sidom como fazendo parte deles. É possível também que a predição de Jacó não fosse inteiramente realizada quando da divisão final da terra. No cântico de Débora (Jz. 5) o povo de Zebulom foi sinceramente elogiado por sua valorosa atitude contra Sísera e seu exército. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">14,15. Issacar. </b> O quinto filho de Jacó com Lia, está representado como um forte amante, do descanso e do sossego, como um boi. A palavra <i class="calibre3">hamor</i>, literalmente, <i class="calibre3">jumento</i>, não se refere ao animal selvagem, veloz, fogoso que dá na vista do espectador. Pelo contrário, designa a forte besta de carga que se submete ao jugo mortificante, sem se queixar, a fim de poder ficar livre para deitar-se sossegadamente, com tranqüilidade e conforto. Jacó estava predizendo que a Tribo de Issacar se submeteria à invasão dos cananitas que lhe colocaria um jugo. Em vez de lutar, os homens desta tribo submissamente se tornariam escravos dos povos da terra. Prefeririam a vergonha e a escravidão em lugar da ação corajosa. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">16-18. Dã</b>, o primeiro filho de Bila, seria um forte defensor do seu povo. Advogaria, defenderia e ajudaria na luta pela independência. A tribo seria pequena, mas seria grandemente temida pelos vizinhos que tentariam espezinhá-la. Jacó chamou Dã de <b class="calibre1">serpente junto ao caminho</b>, que causaria terror e infligida ferimentos rápidos e fatais. O hebraico <i class="calibre3">neiheish</i> significa mais do que uma serpente no gramado, um réptil venenoso com presas fatais. Isto é, Dã seria sobremaneira perigoso aos seus inimigos. Mais tarde, membros da tribo de Dã cumpriram estas palavras com exatidão notável. Depois de algum tempo em seu território original, os danitas mudaram-se para o norte e ocuparam o extremo norte de Israel. Este povo nunca se distinguiu por seus predicados espirituais. </p>
<p class="calibre2">Em 931 A.C. Jeroboão levantou um bezerro de ouro em Dã, para que a adoração pagã fosse fomentada. </p>
<p class="calibre2"><b class="calibre1">19. Gade</b> foi o primeiro filho de Zilpa, a serva de Lia. O velho patriarca reconheceu que o espírito corajoso e guerreiro de Gade seria forte ajuda para o seu povo na vida em Canaã. Jacó predisse que Gade precisaria de toda sua astúcia, coragem e persistência na luta, pois seria continuamente molestado por ataques das tribos do deserto. Bandos de </p>
</body></html>