A luz, por favor, se estão ouvindo, avisa em pelo chat. A luz, por favor, se está ouvindo, avisa em pelo chat. A luz, por favor, se está ouvindo, avisa em pelo chat. A luz, por favor, se está ouvindo, avisa em pelo chat. A luz, por favor, se está ouvindo, avisa em pelo chat. A luz, por favor, se está ouvindo, avisa em pelo chat. A luz, por favor, se está ouvindo, avisa em pelo chat. A luz, por favor, se está ouvindo, avisa em pelo chat. Bom dia, todos, sejam bem-vindos. Eu estava tentando responder uma exigência que o pessoal me faz de sistematizar a filosofia. Então, inspirado no livro do Filósofo Ancés, A Lã, História de My Ponsay, História dos Meus Pensamentos. E tem esse sentido histórico, não só por uma necessidade de extinção, quer dizer, pela minha incapacidade de sistematizar, sendo substituída pela narrativa histórica, mas pela própria natureza da minha filosofia, que é histórica por si mesma. Então, se nós definimos a filosofia como a busca do unidade, o conhecimento da unidade da consciência, isto é, por si mesmo, uma história. E é claro que a biografia de qualquer filósofo pode ser descrita exatamente nesses termos. Com, vamos dizer, o agravante de que na biografia de um filósofo, tudo tem importância para a interpretação da sua filosofia. Porque, na filosofia, nunca a expressão escrita é total, formal e acabada. Isso nunca acontece. Na filosofia, sempre fica faltando pedaços na narrativa escrita, que você tem que completar com outras coisas, inclusive com a interpretação de atitudes que o filósofo tomou ao longo da vida. Então, por exemplo, um exemplo que eu sempre dou é o seguinte, quando Socas aceita tomar a cicuta e diz que ele vai para um mundo melhor, então você entende que a afirmação dele do mundo melhor não é só uma coisa estética, mas é uma crença real. Ele acredita realmente que vai para o outro mundo e por isso ele pode tomar a cicuta sem maiores problemas, não está perdendo nada. Se ele se apavorasse na hora de morrer, então significa que ele teria dúvida a respeito da outra vida. Esse episódio prova que ele não tinha dúvida, ele tinha uma crença total no outro mundo melhor do que este. E assim por diante, você vendo várias atitudes ao longo da vida de um filósofo, você entende melhor a filosofia dele. Por definição, nenhuma filosofia pode ser totalmente expressa em palavras escritas, e na verdade não pode ser em palavras. Na vida de alguns filósofos, isso é mais evidente do que em outros, por exemplo, no caso dos Sócrates, que nunca escreveu um livro, ou no caso do filósofo Romano Petretutski, que também nunca escreveu um livro. Tudo o que nós sabemos dele é o que os amigos e os discípulos contavam, e que depois é claro, eles mesmo transformaram em livros. Então, neste caso, o elemento biográfico se torna mais evidente, a importância do elemento biográfico se torna mais evidente, mas nos outros casos também, onde você tende a não prestar atenção nisso, quando o filósofo é muito tipo sistemático, ele está construindo um sistema, então dá impressão que o sistema é uma totalidade abstrata atemporal. Então, por exemplo, os biógrafos do Renegeno dizem que quando ele tinha 16 anos, 17 anos, ele já tinha toda a sua concepção, então não há uma evolução histórica do pensamento de Renegeno, isso é mentira, mentira. Eu já observei várias idas e vindas no pensamento do Renegeno, que os discípulos, por uma questão de propaganda, tentam esconder, cante uma espíssima coisa, dá a impressão de que o sistema do canto é atemporal. Mas nós observamos, por exemplo, que as tomadas de posição políticas do canto são mais frequentes no começo da sua carreira e depois ele vai mudando de assunto, mas se você observar direito, você verá que os desenvolvimentos que ele deu, por exemplo, a teoria do conhecimento, a ética, etc., estão ainda dentro do plano político que ele elaborou no começo da vida. Então há um sentido biográfico ali bem nítido. Bem nítido para quem estudou sobre esses aspectos, quem só quer conhecer a filosofia do canto como totalidade abstrata, não vai entender isso jamais. Então quer dizer, quando eu digo que a única unidade da minha filosofia, a unidade biográfica, não é por uma coincidência, não é por um defeito da minha capacidade dispositiva, mas pela própria natureza das coisas. Então se eu me lembro, o último detalhe que eu contei foi a respeito dos meus primeiros contatos com o assunto astrológico. Então eu li praticamente todos os livros que expressava o debate astrológico do século XX, debate a respeito do qual o pessoal universitário aqui, jornalistas, não sabe nada, sabe, 0, 0, 0, 0, não tem menor ideia. Então se você pegar, por exemplo, aquele famoso episódio do Michel Gauquelin, o Michel Gauquelin era um estatístico, ele foi contratado então pelo doutor Paul Kuddeck, que era o chefe do Observatório de Paris, para fazer uma estatística e provar que a astrologia é uma fraude. E ele juntou então 5 mil horóscopos e foi averiguar se havia realmente alguma ligação entre as posições planetárias e as escolhas de profissão. É um bom maneiro de averiguar um bom método simples, na verdade, sim, trabalhoso, porque ele requer um grande número de horóscopo, mas não tem grandes dificuldades teóricas, né? Então ele partiu da ideia do que chama o planeta dominante, que é o planeta que ele está colocado nos ângulos, do tema astrolog, ângulos em cima e em baixo de direito esquerdo, né? E viu que havia associação entre o planeta Marte e a profissão militar, havia nos livros os astrólogos, é o que os astrólogos diziam, entre os professores saturnos, as profissões científicas, matemáticos, biólogos, médicos, é o planeta Júpiter e as pessoas que lidam assim, falando com o público, professores, atores, loctoria, rádio, etc. etc. E viu que, de fato, a posição angular desses três planetas correspondia maciçamente à escolha de profissão. O doutor Póco Dérico ficou muito louco da vida e mandou fazer de novo, né? Ele tinha começado com 5 mil horóscopos, aí ele refeiz com 50 mil horóscopos, e por terceira vez foi com 500 mil horóscopos e o resultado era sempre o mesmo. Quer dizer, há alguma relação entre as posições planetárias e os eventos terrestres da vida humana. Com a seguinte ressalva, o acúmulo desses planetas, o acúmulo estatisticamente significativo desses planetas, nesses lugares, não correspondia exatamente aos pontos que os astrólogos diziam. Eles assimilavam, assinalavam, assim, os quatro extremos. Então, o meio do céu, o fundo do céu, o que eles chamam, ascendente, que é a linha do horizonte, ascendente e descendente, e os planetas se acumularam não aí, mas quase 20 graus antes desses pontos. É a mesma coisa que dizer que, olha, você comprovou que alguma relação que os astrólogos alegam, existe, mas você comprovou que ela não é o que os astrólogos dizem. Então, é como assim, eles ouviram o Galo cantar, mas não sabiam onde. De qualquer modo, essa pesquisa prova que o assunto vale a pena de ser estudado, tendo que elucidar isso aí. Isso aí no Brasil, só os astrólogos de profissão leu, esses pessoal de mídia, de acadêmico, não leu nada e não sabe coisa nenhuma, no mundo acadêmico. Só quem leu e estudou isso foi o falecido doutor Raul Varela, que era diretor da Fateca, o faculdade tecnologia em São Paulo, era um matemático brilhante, um homem de ciência, e ele estudou esse assunto para valer, fez várias conferências a respeito. Ele não estava brincando. Mas as opiniões sobre isso são só besteira. Tudo o que o brasileiro diz sobre isso aí é besteira, porque se ele é um astrólogo de profissão, ele acredita em tudo da astrologia, acredita apiamento, acredita na parte que ele sabe e na parte que ele não sabe também. E o inimigo da astrologia acha que são tudo crendíceos, mas ele não verificou, não insuma, não há mais um estudo sério disso aí. Eu fiz um estudo sério que eu chamei de astro-caracterologia, eu me deu um trabalho miserável. Então a astro-caracterologia se destinava a criar um método que permitisse a averiguação científica da astrologia, porque esse método não é fácil. Então, por exemplo, você quer aplicar a estatística? De bom. Muito bem, é bonito, mas estatística do que exatamente? Esse teste que o Goklan fez, mostra que alguma relação entre as posições planetárias e a vida das pessoas existe. Mas ele não sabe mais nada. Com base nisso, não dá para você dizer se a astrologia funciona ou não funciona. É impossível. Falta muita coisa. Agora, um astrólogo, ele pega o seu horófipo e fala durante cinco horas, pega todos os meandros do seu subconsciente, a sua relação com a sua mulher, com seus filhos, não só a sua profissão, mas todo o seu sentido. Fala mil coisas que ele não sabe de jeito nenhum. É tudo chute, evidentemente. Mas, no fundo, chute. Alguma verdade tem, embora assim, ele sabe uma coisa e ele fala outra sem. Astrologia é isso. Você legitima a sua ignorância como um saber, porque algum pouquinho de saber você tem. Então, eu achei que esse problema astrologico é um dos mais interessantes. Por exemplo, se você lê o livro do John Anthony West, que se chama The Case for Astrology, foi publicado no Brasil uma tradução inicial com o título de Astrologia, História e Jogamento. Depois, ele publicou uma versão muito mais completa com esse título The Case for Astrology, que não foi traduzido no Brasil. Mas é um livro que ainda que na sua versão menor, eu recomendo. É só para você saber o quanto esse problema é sério e quanto esses palpites pejorativos são ridículos, grotescos, é coisa de gente que não é séria. E, às vezes, o sujeito pós-derecientista, como no debate que eu tive com o professor Ronaldo Rogério de Freitas, no programa da Marcia Apeltiena, TV Manchete. E esse outro que não sabe nada a respeito, mas como ele astrônomo, ele achava que sabia. E chegou lá falando de besteira, para que a gente não teve que desmoralizar o público. Por exemplo, ele disse, é todos os filósofos e colásticos negavam a influência dos astros. Eu digo, diga um. Ele não conseguiu dizer nenhum. Então, eu vou citar alguns que dizem que essa influência existe. Eu citei 14. Carte com os textos onde estava. Quando terminou o debate, ele prometeu que nunca mais ia tocar no assunto que a coisa mais séria que ele podia fazer. Então, você veja, uma coisa é você aprovar a astrologia com prática divinatória. Outra coisa é o problema das influências atrás. Se elas existem ou não. Se elas existem ou não, é um problema que, na verdade, não tem nada a ver com a astrologia. E tem que ser estudado independentemente do que os astrólogos dizem. Só depois de você elucidar este problema aqui, daí você pode tentar no julgamento da astrologia. Porque se a astrologia é uma interpretação das posições planetárias, e você não sabe nada a respeito das posições planetárias, como é que você vai jogar o que o astrólogo está falando? Então, o simples faz de ter uma opinião a respeito, sem ter estudado em si o problema das influências astrárias. Já mostra que está lidando ou com um falatão ou com uma idiota. Então, para você ver como as coisas são independentes, você não encontrará, na Igreja Católica, nenhum pior inimigo da astrologia do que santo Agustínio. No entanto, santo Agustínio afirma taxativamente a existência das influências astrárias sobre o ser humano. Então, uma coisa não tem nada a ver com a outra, são dois problemas separados. Não é que não tem nada a ver com a outra, tem porque a sua decisão sobre a astrologia tem que ser posterior à sua solução do problema das influências astrárias. Influência ou correspondência, ou como queira chamar. Do mesmo modo, você encontra ali no livro de santo Amar de Aquinas, Suma contra o Gentius, que aliás, é o livro santo Amar de Aquinas que eu mais recomendo, porque ele foi escrito para um público desde o deus em muçulmanos, ou seja, pessoas que não conhecem direito a doutrina católica. Então, ele se atém a argumentos científicos e filosóficos sem apelar para a teologia católica. O que significa que esse livro para o público católico é muito mais fácil de ler do que qualquer outra coisa. Por que? Porque ninguém sabe coisa nenhuma de teologia católica. Então, ele está apenas no jogo. Os argumentos dele são fáceis de entender para uma pessoa que é semiletrada em teologia católica, com que era exatamente o meu cargo. Depois eu vim estudar alguma coisa, mas para quem quiser conhecer o pensamento santo Amar de Aquinas, eu recomendo, comece com a Suma contra o Gentius, porque toda doutrina está lá, mas não apela a doutrina, apela só argumentos científicos e filosóficos. E até a edição de Amar de Aquinas é muito clara. Ele diz, olha, os planetas são corpos, não são espíritos, não são ângeles, nem demônios, eles são corpos. E um corpo só pode influenciar outro corpo, um corpo não pode influenciar a sua alma, o seu espírito, nada disso, não existe essa mágica. Mas, daí diz ele, Deus move todos os corpos inferiores pelos corpos superiores. Então, o que isso significa? Significa que todos os movimentos de corpos terrestres estão subordinados de algum modo ao movimento dos astros. E daí diz ele, é claro que a posição dos astros não pode determinar a sua vontade nem a sua inteligência. Essas são entidades imaterais que escapam da... Então, essa é a mesma coisa que dizer que os astros não podem violar o seu livre-arbitro e nem determinar o curso da sua inteligência, mas diz ele, como eles afetam um corpo afetar outro corpo, os movimentos dos astros afetam o nosso corpo. E através da influência corporal, eles podem criar as paixões. Agora, se pergunto o seguinte, quantas pessoas você conhece que são guiadas exclusivamente pela sua liberdade de vontade e pela sua pura inteligência? Eu vou contar, você não conhece nenhum, nem eu. Eu vi que a maior parte da minha vida foi conduzido por todo tipo de paixões sobre as quais eu não tinha o menor poder. Eu não fazia não o que eu queria, mas o que a paixão me mandava fazer. No dia seguinte eu olhava no espelho de que burro que eu sou, mas não é dental, eu tinha que fazer muitas vezes para um dia você conseguir aprender. Todos nós somos assim, e é por isso que nós sabemos que existem as confissões. Se você fosse guiado exclusivamente pela sua liberdade e pela sua inteligência, você não pecaria jamais e não precisaria confessar, não precisaria comunicar, nem coisa nenhuma. Mas a igreja sabe que nós somos altamente falíveis. Por quê? Porque temos um corpo que está sujeito a influências que não tem nada a ver com a nossa inteligência e com a nossa vontade e que podem se superpor à força da inteligência e da vontade. Portanto, o santo Maedekino está dizendo o seguinte, o movimento do Zaz afeta sim a conduta humano, e afeta a conduta da maior parte das pessoas. E é claro que podem haver pessoas que serão mais livres ou menos livres, mas totalmente livres, é que só Jesus Cristo foi. Então, eu dei vários cursos sobre a Astrologia Segunda de Santo Maedekino. Agora, quando eu cheguei contra o homem do Torro Gério Morão, o Ronald Morão era chefe do Observador do Balon, era o mega-astronom brasileiro, depois eu tive um outro debate com outro astrônomo, que até esqueci o nome dele, pô, que foi também na TV. Tivemos o debate e eu, antes do debate, fui lá com a Estela, que trabalhava comigo, a Estela caindo. Era minha secretária na época. E antes do debate, eu falei, sei que apostar os argumentos que ele vai apresentar, mas esse, mas esse, mas esse, mas esse. E ele apresentou de fato os quatro. Então, quando ele começou a falar, já estava refutado. No fim, tem uma votação, o público evidentemente votou 90% a meu favor. Ele deu muito mal, também, é um astrônomo muito conceituado, mas em que o estudo da astronomia pode esclarecer você sobre a questão astrônorma? É claro que não, porque a questão astrônorma não diz respeito aos astros, mas a correspondência que as posições dos astros podem ter em eventos terrestres, que podem ser eventos de tipo biológico, climatológico, pode ser catástrofe naturais, pode ser maneiroze, pode ser um crime, pode ser milhões de coisas. Então, a astronomia jamais vai esclarecer sobre isso. E eu acho incrível com o sujeito que ele é um doutor em astronomia e ele não sabe do que que a astronomia não trata. Então, lembra que eu falei sobre o mapa da ignorância? Se você não sabe, é o que eu falei no prefácio do livro do doutor Wolfgang Smith? Se você não lembra o conhecimento que você tinha e perdeu, você não sabe se aprendeu alguma coisa, porque aprendeu uma e esqueceu outra. Quanto deu? Deu zero. Quanto avancei? Zero. Então, somente o conhecimento, a consciência que você tem dos conhecimentos, esquecidos, podem dar medida do que você aprendeu. Isso é outra coisa também que... Isso é tão óbvio que o fato de as pessoas não levarem esse encontro é um sinal de estupidez monstruosa, aterradora. Olha, a única coisa que me assusta no mundo é a ignorância. A única coisa que eu tenho medo no mundo é a ignorância, porque a ignorância é uma força física, quase invencível, porra. E mais milhões de pessoas que ignoram tudo e falando besteira, como é que eu posso vencer? Não posso. Você está entendendo? Então, se você botar um dragão na minha frente, botar um amarmado, botar um assaltante, tem menos medo do que da ignorância, porra. Quando eu vejo tudo o que o pessoal na mídia brasileira escreveu a meu respeito, é uma coisa de uma ignorância monstruosa. Aquele negócio que eu falei no vídeo de ontem, como é que um sujeito que é um cara formado em letras, não sei aonde, que foi aluno do René Girard, pode ignorar que um autor não consegue fazer revisão séria, de quando ele produziu três ou quatro livros por ano. É difícil entender isso. Se você escreve um livro por ano, bom, dá tempo de você escrever para fazer uma revisão mais três ou quatro, ninguém consegue fazer. Então, é o que dizio Mar, depois de eu morrer vem alguém com certo meus textos. Ele tinha consciência da merda editorial que ele estava fazendo. Então, quando a ignorância afeta pessoas que têm obrigação de saber, na verdade, essa é a diferença da neciência e ignorância. Neciência e ignorância inocente. Por exemplo, você não sabe quando os fios de cabelo você tem na sua cabeça. Agora, se você é um motorista de ônibus, você não sabe que há ônibus, isso é ignorância. Quer dizer, é a neciência culposa. Então, a ignorância é, nesse sentido, um defeito moral. A ignorância é você ignorar a coisa que você não tem o direito de ignorar. Então, tudo o que eu não sei eu chego aqui e dou para vocês. Eu não sei qual é o problema. Mas, se aquilo que eu não sei é exatamente aquilo do qual eu estou dando aula, então estou enganando vocês. Então, eu costumo falar do que eu sei e do que eu não sei eu confesso a ignorância e não ver nenhum problema nisso. Mas, no Brasil, confesso a ignorância com o pecado mortal. Ser ignorante do templo é o direito e até o dever. Então, por exemplo, nesta coisa da astrologia, eu ficava espantado de ver que nem os profissionais da astrologia, nem os inimigos dela, pareciam ter consciência do problema que eles estavam. Eles só tinham soluções, não tinham problema, meu Deus do céu. E eu digo, por exemplo, você quer saber se um oróscopo funciona de muito bem? É o oróscopo do que? Se você calcula o oróscopo de nascimento de uma pessoa, tá aqui a Rochene, faço o oróscopo do nascimento da Rochene. Esse é só o oróscopo da Rochene? Não, é o oróscopo de tudo o que estava acontecendo naquele momento. Tudo que estava acontecendo no clima, no planeta, na Lua, em tudo quanto é lugar. Então, o oróscopo tem que determinar qual é o objetivo, qual é o assunto que você vai analisar no oróscopo. E você acha que todos os assuntos são facilmente, como você faz para transmutar um assunto em linguagem astrológica? Você acha que isso é um problema que não existe? Então, por exemplo, você diz, ah, a Lua se refere às emoções, Marte se refere ao instinto agressivo, Saturno se refere à sua inteligência lógica, etc., etc. Primeiro, quem diz que é isso? E por que que eles dizem? Da onde tiraram isso? Isso não for. Porque você acha que existe só um sistema astrológico? Não. Existem milhares de sistemas astrológicos, quando os planetas significam coisas diferentes para indivíduos diferentes. Por exemplo, é um objetivo, ocasião, de assistir várias aulas e conversar com o professor Arnold Kaiselen, filho do famoso filósofo alemão Carmen Kaiselen, que fundou, não sei onde, acho que Darmstadt, a Escola da Sabedoria, e ele criou um sistema de correspondência atrás totalmente diferente do que os astrógrafos profissionais geralmente usam. E ele tinha lá os seus argumentos. Então, por exemplo, isso em astrologia são essas regências. Regência de um planeta são os assuntos e coisas sobre as quais ele supostamente exerce uma influência. Por exemplo, cada planeta rege em determinadas regiões da Terra. Cada planeta rege em determinadas funções do seu corpo. Cada planeta rege em determinadas vegetais e sua atuação sobre os corpos. Cada planeta rege em determinado tipo de minerais, especialmente metais. Esse sistema dessas correspondências é um negócio imenso, que não acaba mais. Eu fiquei anos, anos, fazendo diagramas dessas correspondências e vendo que às vezes não batia, porque um astrólogo diz, não é o que o outro diz. Eu dei muito bem. E como é que... veja, diante disso, que sentido tem você levantar a pergunta, que astrologia funciona? Qual astrologia? Qual astrologia? Do qual você está falando? E como você pode testar uma coisa que você não sabe nem o que é? Então, mas, bom, tem que haver uma maneira de tornar possível a análise científica dessa situação. Então, primeiro, você tem que restringir drasticamente o alcance dessa astrologia. Porque essa astrologia fala a respeito de tudo o que existe. Não tem medo de você testar, né? Então, vão restringir, restringir, restringir. E eu fiz isso usando, então, o método fenomenolórico. E criei com isso um sistema que eu chamei astro-caracterologia, a palavra é horrível, mas... uma coisa que me pareceu óbvia desde o início e que nem os praticantes, nem os inimigos da astrologia pareciam ter percebido, é o seguinte, se você faz o orósco de uma pessoa, esse orósco permanece o mesmo durante toda a vida dela. Portanto, nesse orósco, você só pode ler se puder, se for possível, só ler elementos que são estáticos e imutáveis. Aquilo que tem uma história na sua vida não pode aparecer ali, né? Daí eu falei, dizia, ah, mas tem os trânsitos, quer dizer, os movimentos dos planetas durante a vida. E eu dei, bom, mas os movimentos, eles já estão, já são calculáveis antecipadamente desde a hora que você nasceu. Portanto, só as mutações que já estão programadas anteriormente é que aparecem. As mutações imprevistas não aparecem. Entenderam o que eu falei? Então, por exemplo, você sabe que quando, sei lá, quando o Jupe ter passado pela Casa 10, que é o topo do seu orósco, você vai ter mais popularidade, vai ficar mais famoso, etc., etc. Então, isso é previsível pelo orósco, mas, esse acontecer de você ficar famoso por algum outro motivo, não vai aparecer no seu orósco. Portanto, dá para saber se o orósco funciona ou não. Não dá. Só dá se você restringir o alcance do orósco aos suatores que efetivamente correspondem à linguagem solar. Então, eu falei, um orósco jamais se refere a sua personalidade. Personalidade é a totalidade do seu ser psico. Esse referência é o seu caráter. O que é o caráter? É o quadro imutável. A estrutura fixa por baixo de todas as mudanças. Isso aqui é o óbvio do óbvio do óbvio. Nunca eu li isso em nenhum livro do debate solar. Nunca. Ninguém tinha percebido isso aí. Grande estudiosa, coisa como o Jupe, não tinha percebido isso. E, de bom, esse é o primeiro elemento. Você tem que saber do que o orósco está fazendo para saber se o orósco funciona ou não. Você tem que saber do que ele está falando. E eu acabo de mostrar. Ele não pode falar de nenhum aspecto mutável. Pode falar de aspectos mutáveis que já estejam predeterminados. Portanto, não são verdadeiramente mutáveis. Toda aquela mudança que já está dada na própria estrutura não é uma mudança efetivamente. Mas, então, isso escoliu os trânsitos e etc. E, no entanto, eu vi sistemas de trânsito, sistemas de previsões astrológicas que funcionavam de uma maneira assustadora. Eu conheci o astrológico Wye, Boris Kristoff. Ele era, acho que, da Lituânia, mas morava no Wye. E ele era consultado para localizar sequestrados, contando pela polícia, agora, e funcionava. Nunca reclamaram dele. Ele tem vários casos que ele resolveu por métodos astrológicos. Eu não vou poder explicar para vocês porque ele explicou para mim o duvido que eu tenho entendido na época e hoje eu entendo menos ainda. Mas que era um negócio genial, era. Então, eu conheci. Era muito boa gente. Eu gostei dele. Então, eu, a primeira coisa, eu restringi o assunto astrológico às áreas que podiam ser averiguadas. Eu falei muito bem, mas se eu estou descrevendo o caráter, eu não estou falando da personalidade, portanto eu não posso descrever o caráter em termos de qualidades que possam ser mutáveis. Pois, mas não posso dizer com suíta preguiçoso porque preguiçoso pode se transformar num caráter ativo e trabalhador amanhã. Então, quando o astrológico fala uma coisa dessa, ele obviamente não sabe do que está falando. Então, o caráter não pode ser descrito em termos de atividades. Então, ele pode ser descrito em que termos? Só em termos cognitivos. Então, você tem uma estrutura cognitiva permanente que ela ficaria imutável por todo o mundo, e em cima dela verá muitos elementos mutáveis, dos quais, pelo oróso, você não vai saber nada. Então, dá o tipo que inventar o meio de descrever o caráter. A linguagem é certa para descrever o caráter em termos de usar o termo medieval, faculdades cognitivas. Inteligência, imaginação, vontade, etc. E fui tentando criar uma linguagem que permitisse descrever isto de maneira que pudesse ser conferido com a realidade da vida do sujeito. Então, você pegava esses traços permanentes no caráter e observava depois no desenrolar da vida do sujeito, a constância desses elementos que não mudavam, por parte de todas as mudanças que ele atravessasse, essas coisas continuavam, sem que ele tivesse, sem que perceber, sem que tivesse a menor consciência disso. E daí eu botei os meus alunos para fazer o estudo biográfico de vários personagens, dos quais nós tínhamos oróscos confirmados, é com data e horário certo. Então, fizemos lá na Polêmica Bonaparte, Thomas Mann, um monte de personagens e a descreveria magistralmente certa. Então, por exemplo, eu vi ali no oróscos de Thomas Mann que um elemento fundamental da sua percepção das coisas, eram as analogias corporais. Ou seja, em qualquer situação que ele esteja, ele vai tentar compreendê-la a partir de uma analogia corporal para o meu lugar, e depois pode fazer outras coisas, mas essa analogia corporal vai estar sempre presente ali. E a gente observava que nos livros dele, de fato, essas analogias corporais estavam sempre presentes. Eu lembro, por exemplo, um caso em que o senhor está examinando, o médico está examinando a radiografia do pulmão do paciente, e no formato dos tumores que tem no pulmão, ele vê a crise europeia. Isso quer dizer que aquele formato da doença corporal era a analogia pela qual ele conseguia ver como uma totalidade a forma da crise europeia. E aponhecia isso várias vezes na biografia dele. Não é um fato que esteja visível no seu comportamento, você só enxerga isso se você estiver procurando isso. Então fizemos vários desses estudos e sempre deu certo. Muito bem, isso quer dizer que nós temos pela primeira vez um meio de confirmar se algo astrólogo sabe ou não. Isso vai nos permitir julgar a astrologia? 100%? Claro que não. Vai nos permitir apenas indicar se este tipo de estudos pode ser frutífero. Então, dependendo, ou seja, cai até nós, eu acho que esse estudo foi um negócio caralho. Eu acho que eu merecia um problema científico por ter feito isso. Se houvesse alguém capacitado a julgar o assunto mas não havia, quem vai me dar um problema? Só tem ignorante. Então, até hoje eu não publiquei isso. Tem uma aluna minha, aluna e amiga minha, muito boa amiga, queridíssima, chamada Lúcia de Fatima Junqueira, ela tem todo o material desses cursos. E ela estava trabalhando para dar um formato editorial para isso, mas isso vai dar 20 anos de trabalho. E assim por exemplo. Então, se você pegar só a minha aventura, né, a astrologia, esse episódio da minha vida intelectual já transcende infinitamente o horizonte de consciência de todos aqueles que falam ao meu respeito. Deu para entender qual é o drama? Então, é o drama também do Mário Ferreira. Mário Ferreira estava falando de coisas que a quase totalidade dos opinadores nem enxergavam nem sabiam que eles existiam. Então, não tem quem julgue, você está me acompanhando? A pior coisa da vida é você ser julgado por uma pessoa incapaz. Você vê os retóricos romanos distinguiram nos vários tipos de discursos, que eles chamavam de gêneros, né? E o discurso que você faz para um juiz ineptor, por exemplo, você está do tribunal, você está falando, mas o juiz é o borroso, é um desses caras, um cretino desses. Então, você não consegue explicar para ele qual é o problema. Então, você conseguir fazer isso era tipo mais difícil de discurso retórico que existia. Eles chamavam de gêneros admiráveis. É o gênero admirável de discurso. Você consegue fazer isso para ser um gênero da retórica. Então, é quase impossível. Mas, fácil você explicar para um sujeito que é seu inimigo, o cara que te odeia, do que explicar para um burro. E o problema do Brasil é burrice, gente. Essa coisa dos analfabetos funcionais, que são anualmente postes em circulação para a universidade, é uma coisa que nunca aconteceu no mundo e que isso é a causa de todos os problemas brasileiros. Todos. Por quê? Porque a pessoa não consegue resolver o problema. Porque eles são incapazes. O número de incapazes é excessivo. Quer dizer, se você tem 50% de analfabetos funcionais, não quer dizer que os outros serão gênios. Quase ser a pessoa capaz de ler e mais nada. Então, isso é uma calamidade. Isso é pior do que a robalheira, pior do que a corrupção. Pior do que o crime. Porque isso é a causa de tudo. Acontece um coisa ruim porque as pessoas são burras. E nós não vamos consertar isso nunca. Se não consertar, nós estamos no lascado. Ah, vou fazer reforma da previdência, vamos fazer o sei-queiro, vamos ocupar a amazônia. Não adianta, meu filho. Não adianta. Se tudo o que você está fazendo, se você está usando este material humano, vai dar tudo errado sempre. Já dizia santo Maidaquina. Não existe ação sem o agente, porra. Ah, queremos um Brasil melhor. Quem vai fazer o raio do Brasil melhor? Esses caras? Essa Carmen Lúcia que pergunta por presidente. Por que que só está mandando um deserto para a Amazônia? Você não sabe, você já tinha que ser demitida, porra. Quer dizer, como é que uma juíza federal não sabe por que que precisa ter forças armadas num território vazio? Com uma fronteira imensa, por onde pode passar tudo. Ela precisa perguntar isso. Ela tem que saber, porra. Pernantar para o presidente. Então, este requerimento dela é uma confissão de ignorância criminosa. É estupidez criminosa, como diz o Erick Vega. Se eu fosse o presidente, eu daria essa resposta para você. Porque se você não sabe, nós vamos processar você por provaricação. Você não está cumprindo o seu dever, você não está estudando, você tem que estudar. Não sei se ele vai fazer isso ou não, mas é o que eu faria se eu fosse ele. Não estou sugerindo o que faça, estou dizendo apenas o que eu faria. Uma outra coisa que acontece no Brasil é o seguinte. Como você tem esse império da ignorância? A ignorância prevalece mesmo entre pessoas que sabem alguma coisa. Então, você vê, no Brasil não existe visão e opinião individual de nada. Quer dizer, um indivíduo que por si mesmo, com suas próprias forças, examina um problema e descreve a coisa do jeito que as vê. Ninguém faz isso, eles não são capazes de fazer isso. Isso é uma capacidade intelectual altíssima. Então, o que o pessoal sabe fazer é repetir opiniões de grupos. Então, não é que ele vê as coisas daquele jeito. É que ele aderiu a certo grupo, ele tem os seus amigos, tem o apoio emocional, tem a ajuda para subir na vida, tem a proteção. Então, ele fala a linguária do grupo, é só isso que tem. Da própria, o próprio cérebro, ele não sai nada. Evidentemente, quando um cara desce, lê a minha opinião, ou a opinião de um outro filósofo, e também pensa por si mesmo, tipo o Mário Ferreira, ele não vai entender. Ele vai ficar procurando a qual grupo que eu estou querendo favorecer. E não existe nenhum. Então, ele vai inventar um grupo. Ele trabalha para o Moçá, trabalha para a CIA. Ele fez o movimento conservador, é o partido conservador, é o gabinete do ódio. Ele vai inventar alguma coisa dessa, porque ele nunca viu alguém que pensasse com a própria cabeça. Nunca viu, não sabe o que é isso. Na universidade não tinha nenhum, nenhum único. Não tinha e não tem. Antigamente ainda teve. Acho que até os anos 50, 60 ainda tinha. Agora não tem mais nada, bicho. Agora só tem opiniões de grupos. Tá entendendo? Tudo é busca... Veja, as pessoas são... Em uma sociedade assim, as pessoas são muito inseguras, e quanto mais inseguras elas são, mais elas precisam de proteção, sobretudo proteção psíquica, e se apegam ao grupo por causa disso. E portanto, se elas se apegam ao grupo, e se eu construí dizendo uma coisa contrária, ele pensa que aquele é representando o grupo oposto. E ele vai entender as coisas nesse sentido. Quantos caras não acham não? O Olavo faz parte do grupo do Beno. Eu falei com o Beno duas vezes, não tem mais ideia do que ele viu. Qual é o pensamento político do Beno? Ele disse, não sei. Eu falei até que comprei um livro a respeito, mas não lia ainda, porra. É um assunto interessante? É, um dia eu vou estudar, mas eu não tive ainda chance. Eu não sei o que ele pensa, porra. Então, como é que eu posso pertencer ao grupo dele? Eu disse, que grupo? E é para fazer o quê? Era para botar o trompo no poder, para tirar o trompo do poder, para encher o dinheiro, para fazer o quê? Não tem menor ideia, porra. O Beno pegou mesmo esse dinheiro que ele diz que pegou. Não tem a menor ideia. É evidente quando o cara fica procurando qual é o grupo que eu represento? É porque ele só tem pensamento grupal. Então, isso significa que você pega os nossos professores de filosofia, eles nunca viram um filósofo na vida. Eles não sabem o que é um filósofo. Ele não sabe como um filósofo, é um sujeito, que não precisa de grupo nenhum. Por definição, se ele precisar, ele não é um filósofo. Ele pode ser um jornalista, pode ser um propagandista, pode ser um ideolo, mas o filósofo não é. Então, na filosofia, a originalidade não é uma coisa que você busca, que você quer porque é bonito. É uma coisa obrigatória e indispensável. Você é um filósofo porque você pensa originalmente, quer dizer, você pensa com ele desde a origem. Então, qualquer discussão pública no Brasil, é só besteira. E esta é a causa dos nossos problemas. Só quem pode resolver isso é você. Se vai sair algum dia uma elite intelectual capacitada para discutir os problemas, vai sair daqui porque da universidade não vai. E eu já criei com vocês, com meus alunos, mais gente capacitada do que qualquer universidade no Brasil. E não acho que isso seja um grande mérito. Quer dizer, você fazer algo melhor do que pessoa que já está fazendo bosta, é um mérito, mas não é um grande mérito. Assim como você ser o maior filósofo do país que não tem filósofo nenhum, também não é um grande mérito. É até obrigação. Então, é isso. Eu contei este capítulo e na próxima aula eu conto o próximo capítulo. Tá bom? Então, hoje eu não vou responder perguntas. Tá bom? Estou bem cansado. Até a semana que vem. Muito obrigado.