Eu acho que, em primeiro lugar, eu queria lembrar que as análises que eu faço da situação política brasileira não são vaseadas jamais, apenas na política política brasileira, não são vaseadas, apenas na política política brasileira, mas na política política brasileira, não é uma coisa que eu queria lembrar, que as análises que eu faço da situação política brasileira não são vaseadas jamais, apenas na leitura do que está se dizendo no momento ou no noticiário atual. Isso envolve uma retaguarda muito profunda e muito recuada que remonta a leituras que eu fiz quando eu tinha 20 ou 25 anos. Toda a mutação ideológica que se observou no mundo a partir da década de 60, ela foi preparada desde 50 anos antes pelos livros de Georg Luker, de Max Horkeimer, Theodor Adorno e mais tarde pelos do Michel Foucault, Gilles de Léuze, Lacan, etc. Se você não leu tudo isso, o que vai acontecer é o seguinte, você vai, também você não vai assistir as aulas do Olavo, você vai esperar que o Olavo faça um resuminho de 10 linhas no Facebook, você vai ler aquilo e você vai achar que já entendeu, de fato não entendeu que isso não é muito legal, porque você está apenas repetindo fórmulas verbais, abreviadas, repetindo resumos, às vezes feitos de maneira com recorde brutal da realidade. Na verdade, toda e qualquer análise política que é feita, sem a devida retaguarda histórica cultural, não vale absolutamente nada. Vocês viram todas as previsões políticas que tem saído na nossa mídia que o pessoal tem feito aí há 20 anos, está sempre errado, sempre, sempre, sempre errado. E eu me lembro que na eleição de, a primeira eleição do Lula, foram ouvidos pelo Los Angeles Times, duas dezenas de especialistas brasileiros e americanos ligados ao CFR e todos eles asseguravam que o Lula não seria eleito direito nenhum. E eu ao contrário, escrevi a vitória do PT é não somente certa como absolutamente inevitável. Todo mundo diz que eu estava louco, está certo, mas vocês viram no fim quem tinha razão. Eu continuo fazendo as minhas análises pelos mesmos critérios, pelos mesmos métodos que eu descrevi em parte na apostila, problemas de metas nas cenas sociais e em parte nessas mesmas aulas. Ou seja, as minhas análises têm pelo menos a pretensão de ser científicas, elas não são palpites, elas não são impressões, mas, em geral, o debate público brasileiro se constitui de mera troca de impressões e preferências. Sempre acompanhadas, vamos dizer, de um reforço emocional, uma intensidade emocional muito incrível e sobretudo daquela afetação de superioridade. Eu vejo, por exemplo, pessoas que, sobretudo aqueles que falam mal do Bolsonaro, se sentem infinitamente mais qualificado intelectualmente do que ele, o que é absolutamente falso. Eu sou mais qualificado intelectualmente do que o Bolsonaro, eu não o desprezo de maneira alguma. Mas, como é que as pessoas fazem as suas escolhas? Elas fazem, a partir dessas impressões, essas impressões são moldadas pela mídia, moldada por chavões da mídia. Por exemplo, o fato de que você associa a figura do Bolsonaro ao regime de 1974, coisa que, até certo ponto, ele próprio associa. Então, você já tem uma imagem de uma velha direita de inclinação autoritária, fascista, etc. Que você associa ao regime de 1964. A maior parte das pessoas que fizeram isso não estavam vivas do tempo de 1964, não têm menor ideia. E não leram absolutamente nada a respeito. Então, da onde vem? Coisas que as pessoas têm opinião sobre coisas que elas não estudaram pessoalmente, elas só podem ter tido uma fonte, a mídia popular, evidentemente. É Rádio, Jornal, Televisão. E vocês sabem que o que vem por essa fonte é sistematicamente errado. Todas as previsões feitas por aspas especialistas, comentaristas de mídia, formadores de opinião, nos últimos que ouviram nos últimos 40 anos, estão todas erradas sempre. O erro cometer na eleição do PT, tanto quanto aquele que cometer na eleição do Trump, esses erros não são exceções, eles são a regra. Você não esqueça que um jornalista se faz com um cursinho de quatro anos, onde o regime não aprende nem mesmo o português, meu Deus do céu. E as pessoas colocam as suas decisões a mercer desses moleques. Por que? Porque esse moleque escreve, é copiado, é em milhares de exemplares, é equado num programa de televisão, etc. Então pelo mero efeito do volume, aquilo vem com uma impressão de que se trata de um consenso, de que se trata de uma sabedoria estabelecida. E para a maior parte das pessoas, isso tem realmente o efeito e a autoridade de uma religião, não de uma religião dogmática, porque ninguém quer dogmas. Não é uma religião feita de sentimentos e impressões, mas é uma religião, por que? Porque quando a pessoa vai contra as convicções que estão arraigadas nesse meio, mediático, ela se sente massa e se sentem culpadas, e mesmo aqueles que odeiam tudo isso, tomam muito cuidado em falar contra porque não querem dar mais impressão. Ora, o reino da mídia é exatamente o reino da impressão, e não o reino da realidade dos fatos. Então mesmo sabendo disso, as pessoas continuam sendo subservientes a esta religião da mídia. A religião da mídia, por sua vez, não foi a mídia que inventou, não foi nenhum jornalista que inventou. Isso veio pronto de círculos globalistas, multimilionários, que desde o começo do século XX contratam intelectuais de grande porte para criar um novo modelo de sociedade, e evidentemente criar uma estratégia para a sua implantação. Isso veio desde 1910 até antes. Na verdade, começa no século XIX, o Cécio Rhodes, o fundador da Rodeza, um bilionário contratou lá um monte de intelectuais para traçar o modelo do novo mundo. E aí veio, vocês têm ideia, a gente que trabalhou com esses camaradas, por exemplo, o Arnold Thornby, ao dos Huxley, Herbert George Wells, Bernard Schroldt, trabalhou para eles. Não é um nem dois, e hoje são milhares, e não só no começo. Vem primeiro os círculos literários, historiográficos, etc. E depois foram sendo acrescentados cientistas, psicólogos. No tempo da guerra, a segunda guerra, praticamente todas as técnicas de manipulação da opinião público já estavam prontas pelo Curto Levine, no Instituto Teve Stokka. Isso não é numa novidade. E quando você fala de manipulação da opinião, técnicas de manipulação da opinião pública, as pessoas ainda têm a impressão de que é teoria da conspiração. Porque é próprio dessas táticas e estratégias permanecendo discretas, pelo menos. Não totalmente secretas, fica impossível, mas discretas. Discreta quer dizer o seguinte, não quer dizer que não esteja publicado, está publicado em livros, está publicado em trabalhos acadêmicos, em revistas universitárias, revistas científicas, etc. Mas não aparece na mídia. Você não vai ver um programa sobre técnicas de manipulação da opinião pública no fantástico, nem na Folha de São Paulo. Então, a própria mídia serve como instrumento de ocultação daquilo que a regi dirige e determina. Ora, aí eu me lembro de duas frases que parecem antagônicas. Mas que, se você pensar bem e está dizendo a mesma coisa, a primeira é do Reneginon, quando ele diz, o segredo é da essência mesma do poder. E a segunda é do Napoleão Bonaparte, quando ele diz, aparência de poder é poder. Essas duas coisas parecem se contradizer. Porque se o poder tem que ser secreto, como é que a aparência dele pode ser uma forma de poder? Ora, quando diz aparência de poder é poder, ele está querendo dizer uma aparência que o próprio dono do poder forjou para esse fim. Está certo? No sentido um pouco do Tsum Tsu, quando está fraco, finge que está forte. Quando está forte, finge que está fraco. Então, você manipular a sua aparência, a sua imagem pública, não é contraditório com o segredo. Justamente porque o público não sabe que o segredo está fazendo isso. Ele pega aquela aparência que aparece que surge na mídia, como se fosse a realidade das coisas. Ora, transcender a influência da mídia não é uma coisa difícil, basta você estudar e ir direto a fontes científicas e as fontes, aos documentos de fonte primária. É coisa mais simples e na verdade todo intelectual, todo estudioso, todo profissão universitário tem obrigação de fazer isso. E eu me lembro que até a década de 50, 60, qualquer intelectual que citasse a mídia popular como fonte das suas ideias seria objeto de riso. A intelectual não lê essas coisas, eles vão direto nas fontes. A partir daí surge a situação como aquela do Coronel que está discutindo lá no Clube Militar, que eu perguntei, se o Leo está ao livro, a respeito, se o Leo está ao outro, não, não, não. Onde é que você se informa? No jornal, eu falo, tem que xingar, não há mais nada do que fazer. Então, isto faz parte do fenômeno geral da queda do QI médio brasileiro, que foi comprovado, não é pesquisa aqui, eu dei a fonte da pesquisa do outro dia no Facebook, vocês procuram, não lembro o momento, mas está lá. Em que pesquisas feitas em 30 países, comparando as pesquisas locais de QI médio, viram que em 29 desses países o QI estava subindo, inclusive países palpéramos, como Zambia, Paraguai, e no Brasil está caindo vertigitosamente, faz 40 anos. Vocês têm ideia do que é a gravidade disto? Isso quer dizer que o nosso povo hoje em média está incapacitado para resolver qualquer problema por mais simples que seja. Vocês assistam aquelas aulas, tem várias gravações do professor Pialuíde Piaze, em que ele vai descrevendo, pela sua experiência pessoal, ele não fez nenhum estudo estatístico, mas ele dava aula para turmas de 200 alunos de cada vez, cada ano tinha 200 em cada turma, eram alguns milhares por ano, e ele foi vendo o que e das pessoas decaírem, não nas classes baixas, e não gente que vinha de escolas populares, mas gente que vinha daquelas melhores escolas. Eu tive um confronto uma vez com o fundador e diretor de uma dessas melhores escolas, e vi que o sujeito do próprio diretor era uma besta quadrada, um homem de uma incultura monstruosa e muito presunçoso, quer dizer, eu cheguei os dois livros e achei que sabia tudo, mas o diretor é assim, mas não os alunos, meu Deus do Céu, depois eu tive aquele arranque araba com o pessoal do sistema coque de ensino, que eu chamava de sistema hard coque, e vi que ali era a mesma coisa, então os nossos educadores, entre aspas, são pessoas totalmente desqualificadas. E essa queda do que e eu comparo, eu dou a ela as dimensões do genocídio, porque isso está tornando o povo enorme, é incapaz de se defender, incapaz de se organizar, incapaz de reagir adequadamente às situações, etc, etc, então o povo cada vez mais indefeso, intelectualmente e fisicamente, porque ele não pode ter armas e não pode ter nem inteligência, então o que você vai fazer? Se eu destinei um, você vai morrer como cachorro, é isso que está acontecendo, esses são os problemas do Brasil, o problema não é assim, uma administração pública, não é o partido que está no poder, não é sequer a corrupção, a corrupção é um, onde estão morrendo 70 mil pessoas por ano, vocês preocupam com a corrupção, é um espécie de luxo, que importa que o jeito roubou, a olura roubou, não sei o quanto, mas ele não matou ninguém, enquanto isso estão matando pessoas, numa proporção que dá três guerras do Iraque por ano, você viu o rolo que deu a guerra do Iraque nos Estados Unidos, quanta gente foi para a rua para protestar contra a guerra, agora quantas pessoas foram à rua até hoje para protestar contra a matança de brasileiros, nem uma unicar, foram para protestar contra a corrupção, de o que é isso? Isso é feito do baixo que aí, o indivíduo não julga as coisas pelas proporcões reais, mas pôr uma impressão que foi inculcada nele pela propaganda e pela mídia, quer dizer, vira, você acha que no meio da guerra do Iraque, algum Iraqueano foi para a rua para protestar contra o deputado do Iraqueano roubou dinheiro? Não, eles têm a ideia da proporção, da gravidade relativa dos males, eles têm isso aí, qualquer Iraqueano tem, qualquer Paraguai tem, qualquer cidadão das ambas tem, o brasileiro não tem gente, eu durante anos, eu observei isso, eu comecei a falar disso, mais de 20 anos atrás, o pessoal está dando mais importância à corrupção do que ao morticínio, o que significa o seguinte, o dinheiro deles vale mais do que a vida deles, todos esperam ficar muito ricos depois de mortos, não é uma ideia absolutamente estúpida, claro que é, mas essa ideia estúpida determinou todo o curso da política nacional nos últimos anos, presta a abrir atenção, quer dizer, enquanto todo mundo está comemorando, ah, o Lula vai para a cadeia, etc, e assim, e os caras que matam a 70 mil pessoas por ano, onde estão? Estão na cadeia? Não é que eu acho que o Lula deve ficar livre, eu acho que ele deve para a cadeia, só que é evidente que você prender um político corrupto ou tirar o da presidência, não pode resolver nada, por quê? Porque a ordem jurídica, a ordem social não existe mais, nós estamos na mão de bandidos, quem governa no Brasil é o Fora de São Paulo, é o Comandos Vermelho, é o PCC, são os narcotraficantes, são esses que estão no poder, eles fazem o que quiserem, e a mídia ainda faz o possível para amarrar a mão da polícia, e você protestar contra isso, já tem, vamos dizer, a peça de ser uma coisa fascista, ou seja, você não queria que os assassinos matem 70 mil pessoas por um infacismo, então, é claro que quando a discussão baixa a esse ponto, é inútil falar com essas pessoas, por um novo tempo do impeachment, todo mundo entusiasmado com o impeachment, isso é totalmente errada, totalmente errada, está invertido 180 graus, o Brasil tem dois problemas, esse problema dos homicídios, que eu não uso a expressão, o problema da segurança pública, o Instituto do Ministério do Rádio começa a usar termos que são característicos da administração pública, você já vê que ele é um alienado, eu não falava, temos um problema de segurança pública, não, não, nós temos um problema de 70 mil homicídios, não é a mesma coisa, problema de segurança pública, você tem toda a parte que tem nos Estados Unidos, tem na Suíça, não é a mesma coisa que 70 mil homicídios, isso é uma situação tão difícil que quando tento explicar, esplora os americanos, falar no Brasil tem muita violência, eles dizem aqui também, eu digo não meu filho, vocês têm 100 milhões de habitantes a mais e vocês têm apenas 10 mil homicídios por ano, e ficam escandalizados com os 10 mil, e mesmo assim é só indeterminada regiões, aqui na Virgínia o homicídio é uma raridade, porque todo mundo tem que ter arma em casa, e o surreito vai tentar matar o outro, ele corrompe isso e ele sai morto, então claro que a violência diminui, é óbvio que um povo armado não é uma vítima fácil, é coisa mais óbvia do mundo, então, mas a ideia de que ter armas é feio, e que ter armas é anticristão, como diz o prefeito São Paulo, João Dória, é uma ideia que foi implantada pela mídia, as pessoas acreditam nisso, se você procurar a Bíblia você vai ver Jesus Cristo mandando os discípulos comprar armas, naquela época não tinha arma de fogo, então manda comprar espada, e no entanto as pessoas acham que ter armas é anticristão, então quem entende cristianismo é você, não é Jesus Cristo, então é claro que tudo isso aí é sintoma do baixo QI, porque o QI não baixou nas classes pobres, baixou em todas as classes, e quando você olha os deputados e senadores e ministros de hoje, e compara com os de 50 anos atrás, pra não dizer de 150 anos, porque daí a comparação se torna aterrorizante, você vê que algo de muito grave está acontecendo, e que isso não pode ser corrigido nem mandando os corruptos para a cadeia e nem ele agendo um presidente, é preciso uma ação muito mais profunda, muito mais ampla e muito mais durável, se você perguntar como que a esquerda brasileira chegou ao poder, a esquerda brasileira começou por fazer, criar uma produção cultural de altíssima qualidade nos anos 30, se tornando pouco a pouco a dominadora monopolística do setor do QI, entre todos os setores de estudos que existem, o que é um chamado de estudo brasileiros, inúmeras editoras publicavam isso, mas a companhia editora nacional tem uma coleção chamada de Brasileana, que reunia a fina flor do estudo brasileiro, tem mais de 500 volumes, quando você vai ver os autores da série brasileira, 90% da esquerda, ou seja, eles estavam fazendo um trabalho sério de conhecer o Brasil, quando você pega os três livros que na década de 30 marcaram, onde diz o setor do Brasileiro para sempre, os três autores eram de esquerda, o Gilberts Freire naquela época era um homem de esquerda, quando produziu o Casa Grande de Senzal, e note bem eles que produziu o Casa Grande de Senzal, principalmente para contestar o teórico básico da direita, então quer o Oliver Aviano, que era um homem que tinha uma concepção com um certo teoracista, e evidentemente o Gilberts Freire, quando usando novas técnicas, novos métodos, que ele tinha aprendido nos Estados Unidos com Franz Boas e outros antropólogos aqui, destrói tudo isso, ele se torna imediatamente o grande ídolo da esquerda nacional, a esquerda aqui na época não tinha projeção política, mas só tinha projeção intelectual, o segundo livro foi História Econômica do Brasil, do Caio Prado Jr., que ainda é um clássico, o Caio Prado Jr., como filósofo, assim é resível, como historiador ele tem alguma força, é um livro que ainda se lê, comproveito, e o terceiro raiz do Brasil, do Sergio Bartolano, que era, a esquerda moderada, a esquerda socialista-democrática, e se você ver os grandes livros que marcaram a literatura brasileira, daqueles anos, a partir dos anos 30 até os anos 60, você vê que também a maioria dos autores era na esquerda, então isso quer dizer, a esquerda desempenhou um papel cultural essencial e utilíssimo, ela serviu para alguma coisa, e por ter servido alguma coisa, ela se utilizou do seu prestígio residual, para 50 anos depois, tomar o poder e fazer a porcaria que fez, isso quer dizer que ela não subiu à toa, não subiu só na base da propaganda, ela tinha uma história, ela tinha uma folha de realizações, que nós não podemos dispensar, meu Deus do céu, como é que você vai entender o Brasil sem os estudos brasileiros, quando você pega, já no século passado, vários autores que produziram obras importantes nos estudos brasileiros, como Euclides da Cunha, Manuel Bonfin e outros, eram todos esquerdistas, tal como se entendia a esquerda na época, era um vago progressivo, não era marxista ainda, mas era gente da esquerda, e claro que houve alguns a direito que produziram alguma coisa, com Paulo Prado, o retrato do Brasil, ou Eduardo Prado, produziu a ilusão americana, falando contra a imitação da constituição americana, no Brasil que era na época a versão mais avançada do progressismo era a constituição americana, isso dá a qual o Roy Barbosa era um entusiasta e que o Paulo Prado demonstrou que copiar aquilo ia dar um desastre fora do comum e deu mesmo, então, mas tanto o leu do Paulo Prado quanto o do Eduardo Prado não se comparam com as grandes contribuições feitas pela esquerda, meu Deus do céu, mesmo o Joaquim Nabucco, olha, minha formação é um belo livro, mas não é um livro essencial como esses que eu estou falando e como a série brasileira inteira, isso quer dizer que a esquerda subiu na base de um prestígio merecido e justo, só que começou a subir na época em que esse prestígio já era uma coisa do passado, era uma glória conquistada, eles não estavam acreditando nada de novo, você vê que a partir dos anos 60 a produção intelectual da esquerda é resível, não é 60, 60 não, a partir dos 70, então ainda na década de 60 e começo de 70 produziram algumas coisas que marcaram bem a época, eu citei, falei da reação literária, algo ao 64, através do Torno Calado, Carose Toconi, Otto Maria Carpou e outros, ainda tinha alguma força, quando estudando a biografia do Otto Maria Carpou, eu fui vendo a lenta e fatal decomposição da inteligência desse sujeito, que era um gênio fora do comum, e que começa produzindo aquela coisa gigantesca, que é história da literatura occidental, que é a melhor história da literatura que já escreveu no mundo, e termina fazendo um livro de puxação de saco do seu humoroso Lima, que era um homem que não merecia engraçar os sapatos dele, em comparação intelectualmente falando, e que é, además, o sacanhol, quando ele chegou no Brasil, porque o Otto Maria Carpou chegou aqui com uma carta de recomendação do Vaticano, e foi procurar logo, claro, a liderança católica, e o seu, que era um grand-sein-or, um homem importante, aquele barrigão, solene, bem vestido, viu aquele sujeito gago, falando meio alemão, meio francês, misturado, e falou, isso é um penteleo, botou ele para ser bibliotecano no interior do Paraná, quer dizer, condenou o sujeito ao isolamento, ao ostracido, do qual ele saiu graças ao outro intelectual católico, porém de esquerda, que era o Álvaro Linze, o Alceu acabou aderindo a esquerda também, após ter sido um príncipe do reacionário, e foi sempre um sujeito muito importante, e o Carpou até o fim da vida, eu li a correspondência dele com o Alceu, que está online, até o fim da vida ele falava com o Alceu como se o Alceu fosse um papo, um cardial no mínimo, não sei, cheio de elogios, errapa pés e agradecimentos excessivos pelo que o cara não tinha feito, e eu vi falar, a relação desse cara com o Alceu, é uma coisa evidentemente mórbida, depois mais tarde eu obtive do Pedro Trompovsky, que era o melhor amigo do Auto-Maria Carpou, a correspondência dele com o Carpou e com a mulher do Carpou, Don Helena, e havia várias cartas da Don Helena, dizendo que a nossa casa está cercada de tanques, então veja, eles tinham saído da Álstra correndo por causa da invasão nazista, e a velhinha e o Carpou estavam vivendo no Rio de Janeiro, como se estivessem ainda na Álstra sobre a ocupação nazista, era tudo um delírio evidentemente, porque tudo que houve contra o Carpou foi um processo, exatamente um, HUM, que nem no cheque, um processo que o próprio promotor retirou, isso foi tudo, toda perseguição que ele sofreu, foi isso aí, perdeu emprego, sim, ele perdeu quando o Correio da Manhã faliu, ninguém tirou do jornalismo, o jornal faliu, ele foi trabalhar para a Encyclopedia Britânica, a Encyclopedia da Barça, e ficou escrevendo uma coisinha aqui, uma coisinha ali, então a rigor, o Carpou não sofreu perseguição nenhuma, porque você sofrer um processo e ser interrogado durante algumas horas, isso também me aconteceu, eu nunca me senti perseguido, o Lula moveu um processo contra mim, não conseguiu me achar porque eu tinha mudado de casa várias vezes, o processo precreveu, e eu uma vez fui interrogado durante 6 horas no quartel da PM por um tenente japonês que me considerou um ser absolutamente insignificante e me mandou para casa, com toda razão, então se fosse para me considerar perseguido por isso, eu diria, bom, estaria mais ou menos mesmo no livro do outro, mas eu carpou, felizmente, e eu não era casado com uma cantora de ópera aposentada que fugiu da Áustria e que via tanques, onde talvez houvesse alguém jogando fresco-ball na praia, então eu fui vendo aquela atmosfera de terror que eles criaram fantasiando a situação brasileira de acordo com o modelo do que eles tinham vivido na Áustria, e fui vendo também acompanhando pelos artigos do Automarinha Carpou, ele se tornando cada vez mais serviu ao Partido Comunista, sendo utilizado como canal para veicular as mentiras mais poeiras inventadas pelo partido, como a famosa operação Thomas Mann, que hoje nós sabíamos ter sido inteiramente inventada pelo, não pelo partido, mas pela KGB, e o Carpou, a mida que se aproximava da esquerda, ele ia perdendo o gás, porque o Carpou era originalmente um conservador católico, ele chegou aqui com esta identidade, e quando o Carlos Eitor Konimi contou que ele tinha medo de que os amigos soubessem que ele resava, ele disse, bom, então espera aí, esse acovardamento progressivo é incompatível com a manufrenção de uma alta inteligência, então o Carpou vai cair, cair, cair, cair, cair. E quer dizer, a partir dos anos 70 a esquerda não fez mais nada, quando você vê os representantes que sobraram da esquerda, tem pessoas que já estão gagá como a Marina Shawi, tem outros que sempre foram gagá como a Emersader, e outros que são piores ainda do que esse, como Vladimir Safatler, etc., etc., né, e o Mauriasi, etc., então isso tudo foi caindo, mas o prestígio adquirido ao longo de décadas de bom trabalho ainda se mantinha, isso quer dizer que existem muitas pessoas que pelo simples fato de estar na esquerda, elas se sentem intelectualmente superiores aos outros, não por causa de algo que ela tinha feito, ou não por causa de algo que a esquerda esteja fazendo hoje, mas por causa de uma retaguarda histórica, então são herdeiros que vive do merança, que eles já estão dilapidando, eles já dilapidaram completamente. Agora, o que que surgiu na direita? Gente, quem inventou a direita prazeria foi eu, ela existe porque eu abriam espaço pra ela, porque quando eu publiquei em B.C. o coletivo, aquilo era tão esquisito, era tão inusitado, que muita gente não entendia o que ela está dizendo, então parecia a ser a coisa mais idiosincrática do universo, parecia um cara louco dizendo umas coisas esquisitas, eles não ficavam nem com raiva, era esquisito demais pra ficar com raiva, então pode dizer, eu abri um espaço pra que surgisse uma direita, e de repente começa a surgir pessoas que se lembram com saudade de um regime que elas não conheceram, ah, no tempo dos militares era que era bom, porque? Porque não tinha roubalheira, então as pessoas não sabem, não tinha roubalheira, mas foram os militares que inauguraram essa política estatista, foram os militares que entregaram à esquerda o monopóreo das universidades e das diversões públicas, eles que entregaram tudo de mão beijada, depois veio o FHC, eleito pela direita, completou o serviço ainda, então eu dei o intelectualmente o que a direita produziu, até hoje, existe algum livro brasileiro que se compare a esses três que eu citei, livro brasileiro produzido pela direita que se compare aos clássicos dos outros brasileiros, não tem nada, existem livros de teor jornalístico muito bons, muito bons mesmo, como isso, a rapaz escreveu a bandida do Latria, como é o nome dele, Diego Pece, o livro do Flávio Morgan-Ster, os artigos do Felipe Moura Brasil, comentário do Paulineias, análises excelentes, que já não são mais teoroméjanas, já são de nível acadêmico do Felipe Martins e muitos outros, está surgindo alguma coisa, mas ainda tudo isso é promessa, são jovens promissores, apenas, ou seja, a direita brasileira não teve sequer tempo de criar uma tradição cultural, muito menos de criar uma tradição cultural dominante, então não havendo isso, o que surge, surge o falatório superficial, os gritos, as esterias, etc, etc, e dentro disso aparece algumas pessoas que contaminadas pela mentalidade da mídia, se acham superiores a outra parte da direita, a direita saudosista, tem saud... uma parte tem saudade do regime militar que ela não conheceu, e a outra parte tem nujo de quem tem saudade do regime militar que ele também não conheceu, então nisso consiste o debate interno da direita, é a nova direita contra a velha direita, claro que tudo isso é ridículo, tudo isso é palhaçado, tudo isso é teatrinho e nada de bom vai sair daí, nada, nada, nada, nada, nada, mas uma parte importante da chamada velha direita era o pessoal intervencionista que pedia intervenções militares, não adiantava nada eu dizer pra eles de meu filho estude como se preparou o golpe 64 e você vai ver que a situação hoje é muito diferente, o golpe 64 não foi dado em resposta a um clamor popular, foi dado em resposta, dá certo, há um pedido da elite, era um governador de estado, era um ministro, era um deputado, era o STF praticamente inteiro, essa gente mobilizou o exército, não foi moleque saindo na rua e gritando, então isso quer dizer, ver, ver, Platão já explicava que uma elite organizada e unida é capaz de sufocar qualquer revolta popular e que portanto as grandes revoluções e mudanças só acontecem quando a elite se divide, que foi o que aconteceu em 64, tinha uma parte dos milionários, deputados, senador Itaú, o Jongular, outra parte tava contra e daí o golpe 64 o Jongular caiu, muito bem qual é a parte da elite que está querendo derrubar o estamento burocrático, ninguém, no máximo assim quer derrubar a Dilma, então isso quer dizer que aquilo que era pra ser uma mudança profunda no quadro político brilheiro, virou a remoção de um símbolo, só que a remoção de um símbolo teve o seguinte preço, antes a esquerda dominante tinha um símbolo, um rosto que era a Dilma, você tirou o rosto e ela se tornou invisível e foi isso que você ganhou, você concedeu ao inimigo o privilégio da invisibilidade, agora ele te ataca e você não sabe da onde vem a porada, foi isso que aconteceu e nesse íntegro é claro que a medida que surge um movimento popular, algumas figuras desse movimento popular são imediatamente assambarcadas pelo establishment representado pela mídia, então você vê quando houve aquelas paciatas, a medida imediatamente centrou a cobertura em algumas figuras, tipo o quim catacolquinho, então esses vão ser os líderes e o pessoal acreditou, eu digo isso, pera aí, quem saiu à rua por convocação do quim catacolquinho, só ele mesmo, talvez a mãe dele, o resto não, o resto foi por outros motivos, colocar por outras pessoas, mas a medida, esse aqui é o líder, ele passa a ser o líder e tem tudo, ele e o menino Fernando Olidei, tem todo o perfil do jovem líder, que é, a medida adora jovens líderes, é uma coisa incrível, eu mesmo hoje lembrei, no fim dos anos 90, a revista Time fez uma matéria mundial sobre jovens líderes que iriam moldar o mundo no terceiro milênio, o principal deles era o António Garotinho, a capacidade de previsão da grande medida é uma negócio assombrosa, então olha, António Garotinho é como quim catacolquinho, os outros são pessoas criadas pela medida, mas se você está no meio de pessoas que não leem livros, não tem acesso aos documentos, a medida é tudo, eles não tem outra fonte, então tem que acreditar naquilo, na medida que tem de acreditar naquilo, você tem uma consequência ainda mais profunda, se você perguntar de onde vem a ideologia dominante da mídia, tanto mídia dita liberal quanto mídia dita socialista, onde vem? Eu mesmo descrevi a mutação que aparece a partir dos anos 60, mutação da estratégia geral da esquerda que troca a luta entre proletários e burguesas pela luta entre minorias e maioria, descrevi isso três dias depois aparece o quim repetindo a mesmíssima coisa, isso é só que isso que eu disse é um resumo grotesco, está certo, de uma coisa muito mais complicada, na verdade essa mentalidade veio se elaborando desde séculos antes e ela se condensa numa verdadeira teologia da história, teologia da história que está presente tanto em autores comunistas quanto em autores liberais e conservadores como Benedetto Crotty ou o nosso Miguel Reale, que acredita que o percurso da história é como resumiu Benedetto Crotty, a história é a história da liberdade, então o que há é um trajeto inexorável do ser humano em direção à sua emancipação, então você vai se livrar da tutela das autoridades e você como Dio Cante você vai usar pensar com seus próprios miolos, então não apenas há um trajeto da história em direção à liberdade, assim como na teologia cristã, o trajeto da história é em direção ao juízo final, aqui você tem um trajeto da história em direção à emancipação e à igualdade, cada vez mais consubstanciales na lei, acontece que isso, esta parte é só a história das ideias meus filhos, quando você confronta a história das ideias com a história política, você vê que ao contrário que a história evolui no sentido de criar mecanismos de dominação, cada vez mais onipotentes indestrutíveis, então é claro que as ideias políticas não podem ser compreendidas fora do esquema político no qual ela se encaixa e aos quais ela abre em caminho, se você examinar as grandes ditaduras que houve na primeira metade do século XX como a ditadura fascista, nazista, comunista, etc, você verá que essas ditaduras dispõem de meios de controle, como nenhum tirando da antiguidade ou nenhum monarca absoluta jamais ousaria pensar, por exemplo, você vê que em Cuba chegou a ver assim, um agente da polícia secreta para cada 28 habitantes, 28 habitantes o que quer, quatro casas, quatro famílias, então quer dizer, quatro casas, tinha um polícia secreta investigando tudo o que eles estão fazendo, ouvindo os telefonemos, ouvindo as conversas e fazendo relatório para tudo o que... Veja, Luiz Catorce chegou a pensar num treco desse, Napoleão Bonaparte chegou, o Polêmico Bonaparte tinha uma polícia secreta que ouvia lá meia dúzia de líderes, agora você tira um controle do que toda a população está fazendo, ninguém pensou, depois de Stalin, Hitler, Mussolini, a coisa melhorou muito, hoje nós sabemos que durante o governo Bonaparte praticamente todos os cidadãos americanos tiveram os seus telefonemas violados, praticamente todos, existe uma central de computadores onde todos os telefonelos vão parar lá, então você tem palavras-chave, que se surge uma dessas palavras na conversação imediatamente no negócio, a impressão é parar na mão das autoridades, Stalin chegou a pensar nisso, hoje você tem meio de gravar conversações na distância, nós nesse momento podemos estar sendo gravados pelo FBI, que está lá na outra rua, tudo pode acontecer, então esses meios de dominação vão se tornando cada vez mais vigorosos, eficientes, rápidos e indestrutíveis, porque às vezes não são nem localizáveis, você não sabe nem onde está o registro das informações colhidas, então quando você compara a conversa da história como história da liberdade, com a história como história dos meios de dominação, você vê que toda essa teologia da história é absolutamente falsa, a história não é história da liberdade, a história é a história dos direitos consagrados no papel, cuja vigência é determinada, limitada, ebalizada pelo crescimento dos meios de dominação, só que, você vê quando a pessoa é jovem e não tem muita cultura, tudo que ela quer é sentir que ela está do lado certo, que ela está do lado do bem e os outros estão do lado do mal, então você ouve a conversa, e olha, esse cara aqui, ele quer a liberdade, a igualdade, etc, etc, aquilo ali que é a hierarquia, a opressão, então eu estou do lado da liberdade, da igualdade, pronto, acabou, só que as coisas simples não são assim, então essa teologia da história, ela não foi inventada nos anos 60, nos anos 60 apenas, nos anos 60 apenas combina a sua transformação numa nova linguagem de mídia, numa nova linguagem popular, ou seja, no essencial essa teologia da história não mudou em nada, ela apenas encontrou um meio onde de conquistar mais corações e mentes, então substancialmente não houve mudança alguma, houve apenas uma dissolução da antiga ortodoxia marxista, que era todinha baseada na noção da luta de classes, e uma ampliação do terreno de luta para envolver todos os que estivessem insatisfeitos com qualquer coisa e fazer o que eles se sentissem vítimas e apoiar então as minorias oprimidas contra a maioria opressores, foi apenas uma mudança de linguagem, nada mais, e acontece que essa mutação, evidentemente ela desperta inumeráveis entusiasmos, sobretudo na classe mais destrutiva que existe, que é o que eu chamo semintelectuais, jornalistas, pequenos escritores, gd rádio etc etc, e isso tudo se condensa numa mitologia que envolve esse grupo e o comeve até as lágrimas, você lê o livro do Zuenir Ventura, que é o típico semintelectual que eu estou falando, que se chamou em 1968 o ano que nunca acabou, que depois virou uma trilogia, aquilo ali, vamos dizer, é uma choradeira saudosista dos anos 68, que é uma coisa realmente de como ver, porque para esta elite aquela época foi uma época de grande liberdade, onde eles sentiam que eles estavam moldando a história, e como depois de 1968 não surgiu nenhuma ideia nova, como tudo que se fala no mundo, tudo que o pessoal da esquerda fala no mundo, ainda é a repetição do discurso de mar de 1968, então aquilo para eles é o ano que nunca acabou, eles continuam vivendo lá, só que muita coisa aconteceu nesse íntere, o principal que aconteceu foi justamente a elite globalista se apossar desse ideário e começar a usá-lo como princípio de organização da militância, o Rácio de Assin era muito simples, essa nova esquerda que está surgindo não tem a classe proletária quanto a ela, você vê que na França em 1968 os sindicatos comunistas e trabalhadores ficaram contra os jovens, porque sentiram que o controle do processo revolucionário estava descabando as mãos e caindo na mão de um bandido louco, drogado, ficaram apavorados com razão, então os sindicatos ficaram contra, se a classe proletária está contra, então esses moleque não vão conseguir fazer revolução nenhuma, eles vão ficar gritando e consumindo droga, consumindo disco, CD, computador, joguinho de computador, camisinha, cocaína, pelo resto da vida, e vamos criar um rulo do tamanho de um bandido, que no fundo não há balas e estruturas do poder, no mais mínimo que seja, então a elite globalista passou a financiar e controlar esses movimentos, então é o que eu digo, aquilo que aparentava ser um grande movimento em direção à liberdade e igualdade, criou a sociedade mais estratificada que já existiu no mundo, onde você tudo é dominado e determinado por uma elite invisível e inatingível, veja que você sabe onde mora o Zuckerberger, se você quiser, quero dar um tiro no Bill Gates, onde está o Bill Gates, ninguém sabe, e toda essa gente tem abrigos subterrâneos, quer dizer, se explodir uma bomba atômica ou um OEMP, eles escapam, o resto da humanidade não escapa, então essa elite está preparada para tudo, e ela determina as preferências, até as emoções íntimas das pessoas, sobretudo dos semi intelectuais, que são pessoas que conseguem se explicar, conseguem falar, alguns que ainda é bem livre, mas cuja fonte básica de informação é a grande mídia, então até os sentimentos e reações mais íntimas dessas pessoas são determinadas por essa teologia da história, seja na sua versão antiga, seja na sua versão moderna, para você ver a imensidão da influência dessa teologia, o Miguel Reale, que era tido como fascista, reacionário, etc., etc., e que a esquerda odiava, ele também fez história nesses termos, ele falava que existe um processo de jurisfação, quer dizer que tudo vai ser integrado pelo direito, então vai desaparecendo, vamos dizer, as pequenas tiranias, as pequenas autoridades, tudo vai entrando na ordem jurídica, isso para ele é uma coisa mais maravilhosa do mundo, eu digo, mas que eu também fui, a minha é que você jureis faz, você vai criando novos tribunais especializados, novos regulamentos, novas burocracias, mais controle e assim por diante, então o que que isso tem a ver com a liberdade de crescente? Absolutamente nada, tem a ver com a regulamentação crescente e portanto com o controle crescente, é exatamente o processo que nós vivemos, então uma ideologia de tipo libertário e até anarquista está construindo a sociedade mais hierárquica e mais stratificada e mais controlada que a humanidade já viu, é esta a situação, então nós sabemos que para esta elite global, é importante a dissolução não só da soberania nacional, mas de toda forma de autoridade intermediária, autoridade das igrejas, sobre seus fiéis, autoridade do professor, sobre seus alunos, autoridade do pai, sobre seus filhos e assim por diante, de modo que embaixo da sociedade existe apenas uma massa amorfa de indivíduos soltos, que só se unificam na hora do entusiasmo emocional em torno dessas mesmas slogans e chavões etc, este é o único padrão de unificação e em cima então você tem os controladores da mídia do sistema educacional e da cultura, que não precisam controlar pessoas por pessoas fisicamente, eles controlam por efeito estatístico, por exemplo, isso já no tempo do Kurt Levine, já havia essa pesquisa, seu método de pé na porta, onde você exige uma coisa, a pessoa diz não, então você exige uma coisa um pouco mais modesta, em 82% dos casos ela aceita, isso é utilizado pela mídia o tempo todo, então, bom, nós queremos impor, por exemplo, a pedofilia, ah não, isso não, mas pera aí, nós temos que entender que o pedófilo é um doente, então ele merece tratamento e não punição, ah tá bom, e assim você vai, gradativamente você faz uma exigência chocante e a troca por uma outra exigência mais aceitável e que 82% sempre vai aceitar, tá lá no livro do Pascal Bernadé, naquela vela pedagogo e o Império Ecológico, vocês vão ver como essas técnicas são já bastante antigas, já muito testadas, são usadas pela mídia o tempo todo, então, você vê que a esta altura o indivíduo se declarar de esquerdo ou de direita já não faz muita diferença nesse sentido, não é que a esquerda e direita não existam mais, claro que existam, e nós podemos pegar todo este movimento inspirado nessa teologia da história e chamar de esquerda, porque isto é um movimento revolucionário propriamente dito, então é revolução permanente, é revolução mundial, esse trótico que saiu do túmulo e está governando secretamente o curso da história, então quando vocês falam sobre social infabiana, social infabiana é um pedacinho disso aí, mas tem muito mais coisa além de social infabiana, então a dissolução das soberaninhas nacionais é uma coisa absolutamente fundamental e o instrumento básico para isso é o livro de comércio, você sabe que o Karl Marx era um entusiasta do livro de comércio, porque sem o livro de comércio você não tem a circulação das ideias políticas, e portanto você não tem um movimento político de alcance mundial, na medida que você tem um protecionismo nacional, então não é que não entram só os produtos estrangeiros, as ideias estrangeiras também são filtradas de acordo com o interesse nacional e isso torna ali tremendamente difícil o processo revolucionar, ademais é preciso que haja o livro de comércio internacional para que, segundo Karl Marx, o capitalismo alcance o auge do seu desenvolvimento, que permita então a passagem ao socialismo, então tudo aquilo que fomentava o desenvolvimento capitalista para Karl Marx era bom, porque a transfiguração do capitalismo em socialismo era uma fatalidade histórica, que iria se cumprir quando o capitalismo esgotasse a sua possibilidade de crescimento, até hoje evidentemente ele não esgotou, e isso quer dizer que se você pegar, qual é a posição do Brasil dentro disso, a capacidade brasileira de gerar ideias de alcance mundial é mínima, se você pensar bem ele diz olha, um único sujeito que produziu no Brasil ideias que são importantes para o mundo inteiro foi o Marcelo do Sainto, só o resto não, alguns produziram obras de alcance mundial com o próprio Karl Pô, ainda acho que a história da literatura de Lémerot fez isso no mundo, ele poderia ser adotado no mundo inteiro com vantagem, mas isso não é uma concepção do mundo, isso é apenas um livro de história, mas se você pensar assim como concepção do mundo, como organização do conhecimento, só o Mário Ferreira fez alguma coisa, e o Mário Ferreira você sabe perfeitamente que ele não é absorvível na cultura nacional, ele transcende o horizonte de concínio da cultura nacional inteira, então, em geral as ideias que circulam no Brasil são ideias estrangeiras adaptadas, você tem um monte de representantes locais, do marxismo, do liberalismo, do socialismo fabiano, do catolicismo pré-conciliar, do catolicismo post-conciliar, do protestantismo americano, e tudo isso aí são representantes locais, são entrepostos, e dificilmente surge algum esforço de pensar as coisas a partir da realidade nacional, quando surge, vem com um velho vício do pensamento nacional, que é, mais ou menos, o nacionalismo geográfico, que surge já no romantismo com a ideia da cor local, tudo tem que ter cor local, então, como diz o Werner Zombart, o esforço de nacionalizar a cultura, ele estrangula a força criativa, e o que aconteceu, é por isso que a gente não aguenta a Maelizé de Alencar, nem Mário Dandrade, nem Menotti de Elpique, nem os caras toda semana de 22, do modernismo, nós só aguentamos ler aqueles que não participaram dela, como Carlos D. D. D. D. D. D. e Manuel Bandeira, que são modernistas já de uma segunda geração, e não muito típicos, evidentemente, e quando você vai nas Poesias do Mário de Andrade, ou nas obras do Oswald de Andrade, é só modismo, é só cacoete, é uma coisa absolutamente intolerável, então quer dizer que a força criativa foi realmente estrangulada, então esse tipo de nacionalismo não nos serve para coisa nenhuma, o verdadeiro nacionalismo consiste em você criar obras, pensamentos e ideias que tenham alcance universal, que possam impor o nosso país, como criador de influência, não só como receptor, isso é que é importante, no livro Futuro do Pensamento Brasileiro, eu assino a lei que só quatro autores tinham feito contribuições dessa altura, que eram o Mário Ferreira, o Gilberto Freire, o Otto Maria Carpou e o Miguel Reá, não todos na mesma altura, evidentemente, e por aí o negócio ficou, agora quando aparece alguma tendência nacionalista, como por exemplo o Ciro Gomes, e fala não, nós temos que pensar as coisas desde a realidade brasileira, os dois são realidade brasileira, eu já sei de onde ele vem, vem de um nacionalismo de inspiração comunista, que não era um nacionalismo, era apenas um anti-americanismo, e o Ciro Gomes ainda é o representante disso, então você tinha até os anos 60, 70, 70, e tem dois tipos de nacionalismo, você tinha este que era nacionalismo, isso que não era nacionalismo, evidentemente, era apenas a aplicação da estratégia terceiro-mondista do Stalin, explorar uma revolta nacionalista contra o imperialismo americano, ao mesmo tempo em que os valores da cultura nacional eram depreciados, porque eram tidos como expressões locais da dominação imperialista, e tinha esse tipo de nacionalismo, e tinha o nacionalismo geográfico que fazia culto da Amazônia, dos Papagaios, do Petróleo, etc. Então, paramos nisso, você vê que o Ciro Gomes hoje representa exatamente esse mesmo tipo de nacionalismo, e por isso mesmo ele é abertamente apoiado pelo Partido Comunista da China, então ele é o homem do Bricks, no Brasil, o que é o Bricks? É um dos três esquemas globalistas, existe o livro de um autor chamado Goodman, que é o livro já é dos anos 50, que é o plano soviético de Estado Mundial, é um livro indispensável, a União Soviética já tinha um plano de Estado Mundial abertamente formulado, quando os globalistas ocidentais ainda estavam arranhando a ideia, e no debate com o professor Dugin, eu mostrei ali que existem três grandes esquemas globalistas, um esquema ocidental concentrado mais ou menos no grupo Bilderberg, que é o que domina a mídia ocidental inteira, acerto o sistema educacional, essa coisa toda, e por onde paz é repassada a multidão as ideias da teologia progressista da história, seja na sua versão antiga, mais liberal conservadora, seja na sua versão moderna de maio de 68, em seguida você tem o esquema russo-chines, que se consolidou no Bricks, e terceiro você tem o esquema islâmico, que tem-se servido dos outros dois como instrumentos de maneira absolutamente brilhante, então o que está em jogo nas nossas eleições é isso, você tem um candidato do esquema globalista ocidental, que é o João Dour, candidato possível, todos eles são candidatos possíveis, nem um candidato oficial, você tem um candidato do Bricks, você tem um candidato nacional que é o do Bolsonaro, é disso que vocês vão ter que escolher, então você vê o que que você gosta, quer dizer que se quer ver o Brasil se transformar no instrumento globalismo ocidental, vota no João Dour, você quer ser, você está do outro lado, está do lado do Bricks, vota no Estirugomes, você está do lado, uma terceira alternativa pura, menos nacional, você vai ter que votar no Bolsonaro porque não tem outro, você pode não gostar dele, pode se achar intelectualmente superior aí, mas o fato é que ele é, virtualmente, é o candidato nacional, é isso que está em jogo. Ora, quando você fala em Bolsonaro, nós temos o seguinte problema, nós temos o trauma dos anos de chumbo, e quantas pessoas foram traumatizadas pelos anos de chumbo? Acredito, umas 2 mil, as pessoas mais importantes da esquerda foram todas traumatizadas, no resto, ninguém se sentia traumatizado, o Emilio Garrasso Medici, quando ele saiu da presidência, ele tinha 80 e tantos por cento da aprovação popular, ninguém estava se sentindo mal ali, mas a turma da esquerda estava, então evidentemente esse pessoal sofre de uma megalomania umbigo-cêntria que acha que o mundo deles é o Brasil, então até hoje a história do período é contada do ponto de vista desse pequeno grupo como se a realidade dele fosse a realidade do país inteiro, e isso dominou de tal modo a historiografia dos últimos 50 anos que se tornou um dogma. Nesta versão é o seguinte, o pessoal da esquerda era idealista, democrático, libertário, e os outros eram apenas os generais sangrentos, opressivos, fascistas, malvados, etc. É uma coisa tão maniqueista e tão idiota que é simplesmente impossível, quer dizer, uma história que nega aos adversários do historiador a própria condição humana não pode ser real, você acha possível que aqueles generais de 64 não tivessem nenhum ideal, não tivessem nenhum valor moral, não tivessem nenhuma qualidade pessoal, não tivessem nenhuma boazinha intenção por menor que fosse, esta é a versão que é passada, ela é poeiril, mas todo mundo aceita. Então, se você tenta restaurar um pouco a realidade STORG, você já entra na classificação dos saudosistas do regime 64, claro, existe os saudosistas. Então, os caíses, evidentemente, eu não posso me incluir, mesmo porque eu estava na época na esquerda, estava me sentindo muito mal. Mas já houve até gente que disse que eu fui um dos teóricos do regime 64, você imagina eu lá fugindo da polícia, escondendo gente, escondendo alma, e eu era o teórico do regime, eu falo, puxa vida, esse regime devia ser um maquiavelismo extraordinário, porque ele pegava o seu teórico e escondia sua forma do personagem mais marginal, e anônimo que pudesse existir. Então, esta versão demonizada do regime 64, ela se impregnou de tal maneira na cabeça das pessoas que todo mundo acredita nela, exceto, evidentemente, os saudosistas, entre os quais estão incluídos todos os intervencionistas, que têm uma visão idealizada do regime e acham que a volta dos militares é o poder resolveria tudo, e que ela não pode resolver pelo simp facto que foi ela que criou essa situação. Então, eu só acredito, vamos dizer, na utilidade de uma intervenção militar, no dia que apareceu ele, militares de destaque, dizendo, olha, nós cometemos erros terríveis naquela época, este, mais este, mais este, mais este, mais este, e nós queremos uma oportunidade de corrigi-los. Se a humilidade é assim, acredita na sua sinceridade e, portanto, na sua possível capacidade de resolver os problemas que eles não ajudaram a criar. Então, os saudosistas existem, evidentemente, e... mas eles são poucos, né? E se caracterizam, em primeiro lugar, pela sua monstruosa encultura, segundo, pela sua idealização da ação física, todos eles falem matar, bater, etc., etc., etc., e fazem uma figura absolutamente ridícula, né? E diz assim, o único erro de 64 foi num fuzilar 30 mil pessoas, e, por isso, a união soviética fuzilou muito mais e nem por isso deixou de cair, é? Hítrio fuzilou um montão e nem por isso deixou de cair. Então, mano, essa visão toscada das coisas é muito comum, é do pessoal intervencionista, cuja parcela de razão consiste no fato de que o regime de 64, de fato, não foi baseado em mais intenções, e, de fato, eles fizeram muita coisa em benefício do país, do qual as pessoas, vamos dizer, tiram proveito até hoje, né? Por exemplo, quem fez alguma coisa em favor da reforma agrária no Brasil, só o regime de 64 com o estatuto da terra feito pelo Roberto Campos, né? O resto, o João Goulart só falou de reforma o tempo todo, mas você procura nas atas do Congresso na época pra ver se ele apresentou algum projeto de reforma, nem meio, só falar, falar, falar e nem sequer apresentou um projeto de reforma. Daí vieram os militares e fizeram reforma, né? Sem contar o que eles fizeram em matéria de obras públicas que nós utilizamos até hoje, então não é possível que ele fosse tão maus assim, né? E, vamos dizer, uma ditadura que durante 20 anos consegue matar 400 inimigos armados, bom, não é tão sangrenta quanto isso, porque esses inimigos armados mataram, metades mataram 200, então 400 vezes 200, né? 400 sobre 200, até que é uma proporção razoável considerando-se que havia uma luta armada, meu Deus do céu. Enquanto isso, Cuba, que tinha uma população 6 vezes menor, tinha 100 mil prisioneiros políticos, né? 100 mil prisioneiros políticos simultaneamente, o tempo todo. No Brasil chegou a ter 2000 ao longo de 20 anos, quer dizer, 2 mil pessoas foram presas durante 20 anos, então é claro que essa versão demonizada, que foi consagrada pela chamada Começão da Verdade, né? Ela influenciou muito todo mundo, e por isso é que surge, dentro da direita, algumas pessoas tentando mostrar um perfil mais moderninho, de não, nós somos a favor das instituições democráticas, nós odiamos esse militarismo, ditadura, etc. Então, é o esforço de mostrar uma figura de bom moço. Juntos com isso, vem, naturalmente, a aceitação das ideias e chavões da nova ordem mundial, da ONU, que é o desarmamentismo, o abortismo, o gaysismo. Todos têm que fazer uma concessão a isso para não dar suspeita de que eles têm algo a ver com o regime neboníaco de 64. Mas o que é que é tudo isso? São posições políticas sérias? Não, é teatro, gente. Não tem substância alguma, e isso é o debate interno da direita. Bom, para mim a única coisa substantiva que existe em tudo isso, é aqui, como em outros países, o confronto de nacionalismo e globalismo. É que, evidentemente, o outro bloco, o BRICS, tenta utilizar um pseudo nacionalismo em seu próprio favor. Quer dizer, o nacionalismo do cirurgômio consiste em vender tudo para China, é evidente. Então, há um imperialismo americano que está fazendo muito mal, vou passar por um imperialismo chinês. Nós sabemos que fazer negócio com a China, é o que que dá. Tentar vender só já para China, fazendo um investimento monstro, não é isso? Quando chegou na China, os chinês falaram que não essa hora está estragada, nós vamos comprar da Argentina. O prejuízo monstro para o Brasil. O chinês faz isso mesmo, gente. Porque o chinês tem esta vantagem, ele é nacionalista, o chinês é a favor da China. Eu vejo o panorama nacional assim, você tem um candidato nacional, por enquanto é um candidato nacional. Eu não vi o Bolsonaro se comprometer com nenhum esquema globalista até agora. Se ele se comprometer, eu vou avisar também, para deixar. Então, eu não estou apostando aqui na pessoa do seu Bolsonaro, mas numa candidatura que ele, cujo perfil, ele desenhou. E que me parece realmente uma candidatura nacional. E a coisa que o Brasil mais precisa é uma candidatura nacional. E até o momento é só ele que representa isso. Então, eu vou fazer minha confissão de volta. Se o Bolsonaro não assumir nenhum rabo preso com o globalismo até a data eleição, eu vou votar nele, fazer o quê? E quanto aos outros, no meu entender, é assim, é nem prestar atenção, porque nós já sabemos tudo o que vem. É mais globalismo, é mais subserviência a esquema estrangeira. E, portanto, é certamente o agravamento da situação, ainda que possa haver um melhoramento notável da administração pública, como está a ver na cidade de São Paulo, evidentemente. Isso quer dizer que nem sempre a adesão a projetos antinacionais implica uma má administração. Ao contrário, o FHC até que não fez uma má administração no fim das contas. Mas o que é que era? Era homem do globalismo, obviamente. Confesso. E o Sir Hugo Mies também é confesso, embora ele chama isso de nacionalismo. Então, é assim que eu ver a situação até agora. Pode ser que a coisa mude nos próximos meses, tá certo? Mas, cai entre nós. Não vou acreditando em qualquer sujeito que sai repetindo coisa que ele leu num posto do Olavo de Carvalho, pelo amor de Deus. Você está aí falando do 68, você leu Gili de Deus, você leu Giorgio Lucas, você leu a produção das escolas de Franco? Não, então você não está entendendo. Você entende só o nome do problema. E essas coisas são muito fáceis de repetir, sobretudo, depois que o Olavo encontrou a expressão verbal adequada para popularizar a coisa. Vejam, eu estou me esforçando neste curso em toda minha obra para criar uma geração de pensadores originais, fortes, capazes, etc. Eu já tenho alguns sinais de que esta geração já existe, só que ela não tem uma produção ainda, suficiente. A maior parte da produção dela é de nível puramente jornalístico, em que as pessoas procuram atender as urgências do momento. As urgências do momento merecem alguma atenção, eu mesmo lhes dou atenção nos posts do Facebook. Mas é claro que não vai ser isso que vai determinar o curso das coisas. O que vai determinar é o que eu chamo o Muro de Livros, a hora que você tiver uma produção de altíssimo nível, capaz de ocupar o rombo deixado pela decadência da intelectualidade esquerda, aí sim a direita brasileira terá alguma autoridade moral, até lá não. É só exibicionismo, é só carrerismo, é só propaganda e um bigocentrismo. Vamos fazer uma pausa da tempo de fazer perguntas. Então vamos lá. Aqui o Rafael Badot pergunta, o professor, o que mudou na política brasileira após a queda da Dilma e agora com a condenação do Lula? Não consigo ver uma mudança, os mesmos personagens estão lá dando as cartas. Mas foi isso mesmo que eu disse que aconteceria a partir do momento em que o movimento popular foi desviado para que o seu poder de iniciativa se transferisse para as mãos dos políticos, que foi exatamente o que aquela molecada da Marcha para Brasília foi fazendo. Aliás, a Marcha para Brasília não foi iniciativa deles, certamente alguém de lá de cima pediu que eles fizessem isso. Vocês não podem ficar decidindo a política, é ser o Congresso, nós é que temos que ser dignos representantes do povo, nós é que temos que tomar o de iniciativa e foi isso. Estou boa a tocha da mão do povo, que podia levar as coisas para uma direção similar a que aconteceu na Ucrânia, uma real intervenção popular na política, o Congresso derrubar o STF, trocar todo mundo, fazer uma eleição nova, criar um novo quadro institucional, assim, a tocha de caixa na base do plebiscito, que era o desenvolvimento natural da situação e era o que o povo queria, o povo estava totalmente consciente da ilegitimidade de uma eleição na qual ele não tinha tido sequer acesso à apuração dos votos, todo mundo na rua estava consciente disso, exceto os autonomeados líderes, autonomeados não, fabricados pela grande mídia. Agora que a grande mídia viu aquela massa de população na mão, falou que nós temos que não poder manipular a massa, mas poder manipular os seus alguns líderes, então fabricaram os líderes do dia para noite, os líderes fizeram exatamente o que a turma do estamento burocrático queria que fizesse, ou seja, apagar o símbolo de uma e manter na mídia do possível mesmo esquema de poder, e que é o que se destina a acontecer novamente caso o PSDB vença as próprias eleições, quer dizer, você quer ver a esquerda se recompor e ter um grande futuro pela frente, que eleja o PSDB, o PT e o PSDB nasceram juntos na USP e nasceram de uma partilha de território, eu sei se lembro do Lula dizendo, eu e o José Serra, quer dizer, o Tucanato de modo geral, inventamos uma nova modalidade de fazer política, essa nova modalidade é partilha do território, metade do PT, metade do PSDB e ele se revés ou não poder, fazendo o trabalho que tem de fazer, quer dizer, a progressiva adaptação do Brasil aos canones da nova hora de mundial, exatamente isso, que esse é o programa. Então, não penso que eu estou aqui fazendo o problema contra o Doria, tem até alguma simpatia pessoal pelo Doria, não tem nada contra ele, tem o conto partido, o conto partido dele deu tudo. Na época eu escrevi assim, aqueles que se meterem a líderes, por favor, não inventem nada, sigam a massa, a massa estava muito... uma coisa incrível, a massa estava muito consciente, você via pelos queiros que gritaram na rua, pelos cartazes que ostentavam, o povo estava entendendo tudo, os líderes aqui não, porque eles pensavam só na sua carreira, um queria ser vereador, outro quer ser assessor parlamentar, etc., foi isso que aconteceu, outro quer aparecer na veja, quer dizer, um carreirismo de acordo prazo, coisa meio esquinha pequena, quer dizer, num momento de grandeza histórica, e excepcional, aparecem o quê? Micos, micos, saguis, pra dirigir a massa, o que que ele puder fazer? Castraram a massa. Danilo Ribeiro dos Santos. É normal sentir dificuldade a leitura de livros do nível de crime e castigo, toda hora tem que parar a leitura pra consultar o adicionário, não pare de consultar o adicionário até o fim, é assim que se aprende a ler, se a formação do seu vocabular no ensino médio foi deficiente, você que vai ter que suprir a deficiencia agora, me dê a consulta no adicionário, é como se aprende a ler uma língua estrangeira. Eu tive um excelente professor de francês, não, no ginásio, mas eu acabei aprendendo bem uma hora, que eu decidi ler livros consultando o adicionário pra cada palavra que eu não sabia, primeiro livro eu levei seis meses pra acabar de ler, o segundo, o três, o terceiro, um mês e assim por diante, assim foi. Regina Milck. Só poderia indicar livros sobre a escola de Frankfurt. Obrigado pra excelente aula, eu aqui agradeço pela sua atenção. Existe em português um livro de um autor alemão chamado Rolf W. W-I-G-G-E-R-S-H-A-U-S. O livro chama S.S. Frankfurt. O autor é um adepto e admirador da escola de Frankfurt, mas a narrativa é muito honesta, na medida do possível é bastante honesta. Por ser um livro que está em português, é leitoral também recomendável. Mas, se era bom você ler alguns livros da produção original da própria escola de Frankfurt, vários livros do Georg Lukas, que foi o verdadeiro inventor, ele não é geralmente conhecido como um representante da escola de Frankfurt, mas foi ele o inventor da escola de Frankfurt. O livro dele, História e Consciência de Clássia, esse foi o livro decisivo na mudança de estratégia muito antes do maio de 68. Mais de 68 não é, se não reflexo, longínquo disso aí. E do livro da escola de Frankfurt, eu daria preferência ao livro do Max Horkeimer, que foi o líder da escola durante bastante tempo. O Adorno é mais uma ilustração, é mais um floreio em cima. E quando chega no Habermas, já está completamente diluída a coisa. Felipe Alves, qual a importância do Catolice tradicional para o Brasil? O Catolice tradicional é o Brasil, é a única coisa que tem, é o que criou a espinha dorsal da nossa nacionalidade. O Brasil foi feito pelas seguintes entidades, a Igreja Católica amacionaria o exército e o Partido Comunista. Então, a história dessas quatro entidades é fundamental. A Igreja Católica é a primeira, é a anterior, é a que teve a influência mais profunda no povo, quase que as outras estiveram somente na elite. Quando você vê, se você assistiu o filme Central do Brasil, o que é a história do Central do Brasil? É o garoto que é ajudado por uma veinha, escapa dos bandidos carioca que querem matá-lo e vai encontrar paz no sossego no interior do Brasil, onde está um monte de velhinho na Igreja fazendo o quê? Rezando, aquilo ali ele encontrou, inclusive a expressão central do Brasil, é o nome de uma ferrovia, evidentemente, mas que às vezes também simbolicamente o centro do Brasil. E onde é que ele encontra o centro do Brasil? Na Igreja Católica. Por aí você vê a profundidade da influência. Gasparem Ricky Stemmer. E a tentativa é reviverem o Lula Adrão. Como fica-se conseguir lançá-lo como candidato? Eu digo isso, ainda é possível, porque ele foi condenado apenas em primeira instância, ele dá para recorrer. E pode, a coisa chegar no STF, o STF certamente vai livrar a cara dele, então é possível ele ser candidato. Ele está muito velho e está fraco, evidentemente ele não vai aguentar muito tempo, mas o problema não é o Lula. E o problema é nem o PT, o problema é o pul dos partidos de esquerda que orbitavam em torno do PT. Está certo? Tem que sempre, pode aparecer, eu mesmo já escrevi, tem um artigo meu chamado Rodílio de Santidades, de muito tempo atrás, onde eu já dizia, olha, a gente tem várias partidos de esquerda, que é para se um deles se desmolarizar já ou outro ocupar o lugar instantaneamente. Então isso é bem possível e sobretudo, se o PSDB ficar no poder, o PSDB está lá, para legitimar e fortalecer discretamente a esquerda radical, que foi exatamente o FHC fez. Quem foi que criou e fortaleceu o MST? Foi FHC. Quem foi que introduziu a propaganda comunista nas escolas? Foi FHC, e assim por dentro, é? Aqui tem uma pergunta mais complicada, Thiago Dalzoto. Assiste recentemente às aulas seu curso A Formação da Personalidade, na qual o senhor faz uma distinção entre a personalidade e o caráter. Este último é definido com uma forma fixa sobre a qual podem se desenvolver várias personalidades diferentes, parentes. Se não existisse o caráter, isso é maior que dizer que eu estou a ir na sem forma alguma, ele está totalmente indeterminado como uma folha em branco, isso não é possível. Então, alguns elementos estruturais permanentes já devem estar presentes desde o nascimento. Não interessa saber se a sua origem é genética, metafísica, astral, etc. Isso não é isso que nós estamos estudando. Então, apenas dizendo que existe esta forma permanente em cima da qual se desenvolve várias personalidades possíveis. Ou seja, o caráter é como um algoritmo que pode se desenvolver em muitas direções diferentes. É algo permanente e imutável que transcende as mudanças da personalidade. Isso não me remeteu ao ouvir na 19a aula 378 do COF, no qual o senhor descreve o sistema indúdas castas. Nesta aula, a casta é definida como um tipo psicológico, algo estrutural e permanente no indivíduo, que já nasce com ele. Confrontando essa definição, eu te pergunto, a casta com o indivíduo pertence? Tem algo que o caráter tem, a casta tem sobretudo a ver com as camadas da personalidade. Você pode dizer que a primeira casta, que é o Shudra, que é inteiramente regido pelo reflexo imediato de buscar o prazer e evitar a dura, ele termina na camada 4. As das camadas 5, 6 e até 7, você tem a segunda casta, que é a casta baixa. Na terceira, você tem as chatrias, já nas camadas 8, 9, por só 8, 8 e 9. E da 10 até a 2, você tem a casta brâmana. Eu não nego que seja impossível o indivíduo transcender a sua casta. Quer dizer, passar para uma outra casta, mas é uma coisa rara. Ele perguntou, se eu considero que é possível, mais ainda, para saber o que o caso de jeito pertence, eu já já me pergunto, o que eu estou buscando na vida? É mais fácil, tanto a análise da camada quanto a análise das castas, é mais fácil fazer de outra pessoa do que de você mesmo. Isso não foi feito para o seu autoconhecimento diretamente. É através de você analisando os outros que você vai acabar entendendo onde você mesmo está. Mesmo porque não tem jeito de você entender o seu perfil existencial fora do quadro social cultural no qual você está. Ele disse, será que fosse possível que o street cyber respondesse a pergunta com sinceridade suficiente, antes de alcançar a camada 8? Se ele não colocar as perguntas, não chegar a camada 8, que é justamente a camada do que eu estou fazendo aqui. Existe alguma correspondência entre a casta que o street pertence, é a maior ou menor capacidade de alcançar uma camada superior, sem dúvida. Quer dizer, a casta é uma limitação evolutiva do ser humano. Portanto, se ele pertence inextualmente a uma determinada casta, note bem, a casta não tem nada a ver com a classe social, a indivíduo das quatro castas em todas as camadas classes sociais, a casta é um tipo psicológico, permanente tanto quanto o caráter. Thales Maciel Pereira, sou seu aluno desde 2010, conheci o trabalho do seu trabalho do Paulo Ricardo. Desculpa, eu passo ao lado do assustador, o cofre mudou a minha vida. O curso inteiro é de um brilho intelectual extraordinário, mas só algumas aulas, mas há algumas aulas que me estasiam sobre maneira. Quero me dedicar na transcrição delas. Existe um grupo de transcrições, chefeado, agora esqueci o nome da garota, então eu estou ficando cagado. Mas eu acho que no próprio site do cofre, do Seminário de Filosofia, tem lá alguma indicação sobre o grupo de transcrições. Se você não achar lá, você volta a fazer essa pergunta na aula que vem, que eu terei o nome das pessoas certas. O senhor já disse que o trabalho de transcrição requer algumas técnicas, poderia comentá-las. Bom, a primeira técnica é o seguinte, o indivíduo precisa ser muito bom de pontuação, porque na fala oral, a fala oral no Brasil é muito distante do escrito, não é como em outras línguas. Por exemplo, se você está falando francês, você pode praticamente seguir o ritmo dele, já tem a pontuação certa, no Brasil não tem. Então, é muito importante que você introduz a pontuação certa, porque nem sempre, porque o jeito de fazer uma pausa, ele está colocando um ponto, e nem sempre está colocando, não sequer uma vírgula. Então você tem que pegar o sentido lógico da afirmação, e não o ritmo da elocução para você botar a pontuação. Isso é um elemento fundamental. Também, quero ter um outro elemento mais inventivo, que você precisa encontrar o equivalente escrito dos gestos e intonações. Isso não é fácil. Olha, eu acho que fazer uma transição bem feita é um trabalho literário, não é uma coisa mecânica. Aqui. Fabrício Alves fez duas perguntas para responder só a segunda. Como eu posso usar o conceito da jurisfação para examinar a questão da abolição? Bom, a abolição consagrou uma série de direitos para os escravos, mas o texto das leis da Constituição tem que ser confrontado com a realidade das estruturas de poderes existentes, e com o conjunto dos meios de ação existentes. Você vê, o Brasil, quando vê a abolição, o Brasil não tem indústria, meu Deus do céu. Então, onde é que você é botar aquele banho de escravos? Não tem lugar para eles. Essa foi a maioria das favelas. Onde se enquadrar na sociedade. Muitos não queriam sair das fazendas, mas vou sair daqui para ir para onde? Para pedir esmórgo na rua? Foi o que eu quis dizer, eu vou muito. Então, esse é o tipo de exemplo, vamos dizer, da ilusão jurisfatória. Você acha que você promulgar uma lei para ser muduada a realidade? Não, a lei depende dos meios de ação efetivamente existentes. Por exemplo, a lei do desarmamento. A lei do desarmamento só desarma quem obedece, por definição. Agora, você acha que algum narcotraficante, algum assassino está interessado em cumprir a lei? Se ele tivesse interessado em cumprir a lei, não seria nem assassino nem narcotraficante. Então, isso é, a lei do desarmamento estabelece, só pode ter armas que foram bandidos. E o que vai acontecer bandido? Nada. Você vai ser tratado como qualquer outro cidadão. Aliás, até o contrário, você vai ter, conforme mostra o livro do Diego Pesco, um tratamento preferencial da mídia, das organizações de direitos humanos, das ONGs e de toda nova ordem mundial. É que Renato Vasconcelos, ele só as aulas foi um trabalho fundamental para lidar bem com o falecimento de meu pai, manter a família em ordem. Muito obrigado, eu aqui agradeço. Como o Muro de Livros irá fazer efeito e cada vez a população ler menos e cada vez no mundo, a população ler menos, e cada vez no mundo, a população ler menos, como o Muro de Livros irá fazer efeitos e cada vez a população ler menos e cada vez mais tem menos capacidade de assimilar o que ler. Bom, o livro tem certas propriedades muito estranhas. Você pergunta assim, existe alguma publicação, algum programa de TV que tenha tido mais influência no mundo do que o Capital de Calamari? Isso é um livro que pouquíssima gente lê? Nenhum, jamais. Você juntar o New York Times com a CNN etc., etc., a influência deles foi mínima comparada com a do Capital. Porque um livro, ele cria muitos filhotes, meu Deus do céu. O livro funciona por círculos concêntricos, é uma minoria que vai ler, desta minoria, um certo número de frases e chavões se espalharão pela mídia, pelo sistema de ensino e acaba se consagrando como elemés do uma teologia da história, que vão afetar até o ser que nunca leu nenhum livro na vida. E os livros existem exatamente para isto, não só pela sua influência direta, mas pela influência indireta, pelos círculos concêntricos. Então se você pegar a massa que estava na rua nos movimentos de 2003, 2005, 2, 3 milhões de pessoas, quantas de aquelas leram algum livro meu? Falaram um número mínimo, está certo? Mas muitos receberam os estratos condensados da mensagem, condensados às vezes alterados da mensagem, que se espalharam pela internet, pela mídia, etc. É assim que funciona. Márcio César, tenho tido a impressão de que o campo do direito é pouco explorado pela esquerda, então está sendo inundado de obras de autores marquês. Isto não é de agora, isso começou mais de 30 anos atrás, com tal direito alternativo. Procura lá nos meus artigos, você vai ver coisas comentando direito alternativo, artigos já bem antigos comentando isto. Esses pessoas da esquerda acabam dominando todo o campo do ensino e do direito do Brasil. O Supo Diretor Comentário de Sabaissat tem a indicar autores de Filodofedos de Geite, a teoria da justiça, mas o Filodofedos de Direito é um campo enormemente rico. E eu acho que o livro do Filodofedos de Direito do Miguel Real, ainda, tem muito valor. A Filodofedos de Direito do Jorge Del Vecchio tem grande valor, especialmente pela Segunda Párquina. É uma história da Filodofedos de Direito, onde você vai ler todos os clássicos. Existem inúmeros livros disso, que ainda são muito valiosos, do Michel Viguet, e importantíssimos, os do Georg Jelenek, que eu vivo citando, que o Rieler Augustau é um livro fundamental. Os próprios trabalhos do Eric Vagan nessa área, como a análise que ele faz da Constituição Austríaca, todos são clássicos, é um campo enorme e maravilhoso, mas o que vai distinguir e separar o joio do trigo são aqueles que têm uma consciência exclusivamente jurídico formal, e aqueles que são capazes de articular o Filodofedos de Direito com a realidade de tipo sociológico, político, etc. O que em parte é o caso do próprio Miguel Reali. É isso, porque tem esse famoso dito do Francesco Carnellute, que o jurista, que não é jurista, não é nem jurista, é apenas uma pobre coisa, é verdade. É o resto assim feito no vazio. No jeito de acreditar que as leis são a realidade. Bom, as leis são alguma realidade, mas elas nada significam fora do quadro real dos meios de ação disponíveis e da estrutura de poder existente. Luz Lima, Luz ou Luís, porque aqui tem escrito Luz, é um nome feminino, mas no e-mail tem escrito Luís, agora? Bom, tem importância. Se eu conheço a Fundação Don Cabrão, que forma os grupos de altos estudos das Forças Armadas, não conheço. Eu acho que isso deve ter se formado mais recentemente. E eu já disse, eu perdi o contato com os militares, mas ele era há mais de uma década. Não estou sabendo o que eles estão pensando. Fabrício Alves, a gente tem na internet uma carta de calma, para Abram Lincoln. Será que o Lincoln via com bons olhos as ideias socialistas? Que eu saiba, o Lincoln foi influenciado pelas ideias do Friedrich List, que era a economia alemão, que era economista alemão, que acreditava na economia autárquica, quer dizer, num país totalmente alto o suficiente. E, portanto, uma economia editiva, um protecionista. Não deixa de ser estatista e todo o governo Lincoln foi marcado pela centralização intensa do poder. Se houve alguma influência calma, a Arcanismo é possível. Na época, o movimento socialista não estava tão presente diretamente no Estados Unidos. E, às vezes, a presença socialista e comunista no Estado já apareceu, principalmente a partir da imigração italiana, que é depois do comunista socialista e anarquista, principalmente com a imigração italiana, que é posterior ao Lincoln. Então, eu não sei se o Lincoln seria capaz de ser, nem claramente, o perfil ideológico de Karl Marx, mas de qualquer modo, Karl Marx escreve em jornais americanos. Ele não era uma figura desconhecida. Felipe C. Algum tempo, ele foi um sentido totalmente deslocado dentro de alguns ambientes da direita, sobretudo aqueles compostos caltóricos puro sangue. Venho sendo sistemáticamente atacado por me interessar pelas pensamentos orientais e muçulmanos. Como Reneginon, Lao Tse, Suravardia, da mesma Lila Velho. Nem Lila Velho, os caras, eles são mais católicos do Lila Velho. Esse sectário crescente tem se tornado tão insuportável que, muitas vezes, me sinto engrinado a conversar com o acadêmico de esquerda, não faço isso. Isso aí você vai perder seu preço e o tempo. Então, você tem que pensar assim antes só do que mal acompanhado, meu filho. E, certamente, entre os alunos do cofre, você vai encontrar outras pessoas que têm interesse similares aos seus. Então, reduz o círculo dos seus amigos e procura amigos melhores. Esse pessoal tradicionalista, eles não são tradicionalistas, são saudosistas. Porque, em primeiro lugar, você precisaria, para ser um tradicionalista, precisaria conhecer a tradição católica. E você veja, por exemplo, o Santo Tomás daqui não passou muito tempo estudando os filósofos árabes. Ele não tem medo nenhum de Lilaquilo, quer dizer, ele é perfectamente capaz de processar aquilo intelectualmente. Mas esses católiquinhos, eles não podem ler o Reneginou, porque o Reneginou vai esfarelar a cabeça deles. Não vão saber o que dizer contra, e vão dizer, vão acabar, ou caem de joelhos na frente do cara, ou então saem correndo, falando mal. É assim, a incapacidade de reagir intelectualmente multiplica as reações emocionais, absolutamente irracionais. No entanto, foram poucos os autores católicos que conseguiram fazer uma análise séria do Reneginou. Existe um livro de Lucian Meros, Meros M.E.R.O.Z., sobre o Reneginou, que é uma análise muito respeitosa, mesmo tempo absolutamente devastadora. Eu não acredito que se possa dizer contra o Reneginou, coisa mais séria do que ele disse ali, ou do que eu mesmo disse no meu ensaio às Garras Desfinge. Então, você, por em toda parte, referente ao simbolismo, à crítica do mundo moderno, fala, você não pode rejeitar isso só porque o cara é imunso humano, não faz o menor sentido. Então, você tem que saber o que você deve absorver, como diz o apóstolo, experimentar e tudo e ficar com o que é bom. Qual é o problema? Por que ter medo? Por que ter essa reação de, como é que se diz, de alminha pura, ofendida por uma obscenidade? Isso é... isso é exteria, gente. Isso não é católico, isso é exteria. Eduardo Sacaneiro, professor, sobre o nome Ilustre. Professores, estou gostando muito do curso, estou na oitava vídeo, a O Leixar me sinto mais inteligente. É verdade. Quando eu digo pra vocês, esse curso vai tornar você mais inteligente, eu sei o que eu estou falando, meu Deus do céu, eu sei como é que se faz isso, isso funciona. Entre tanto eu há 30 anos e não consigo entender o problema do início do século XX, como os meus parentes marxacaneiros, parentes ainda marxacaneiros. O que me impede fazer é existir e imitar os escritores de... Então faz seguido, você começa a ler, se você não está entendendo, você para e procura outro, começa por pegar o que você entende e aquilo que... vamos dizer, o atrai mais imediatamente, mais escolha só entre os clássicos, evidentemente. A poesia modernista, toda ela é de feitio enigmático, às vezes propositadamente, às vezes por uma fatalidade da linguagem. Seria bom você se aprofundar um pouco nos estudos de crítica literária sobre a natureza do modernismo. Você lhe diz, pela... o livro do Notre-Pfri, os próprios escritos de crítica literária do T.S. Eliot, eu vou antes flerecer muito, não é isso? Existe uma biografia do Eliot, escrita por Stefano Giocanti, G-I-O-C-A-N-T-I, que ensina muito, quando das modificações sutis feitas na estética da poesia, a partir do Eliot e outros autores modernistas, isso talvez te ajude, mas se você não entende uma coisa hoje, não tem importância, você entende amanhã, não se preocupe com isso, entender tudo na mesma hora é só Deus. Por exemplo, quando eu era jovem, eu lia, expoendo um alarme, eu não entendia uma única palavra, soava bonito, eu falei, não, isso é treco, é bonito, mas eu não sei o que está dizendo. Foi 20 anos depois que comecei a atinar com a coisa, não tem pressa não. Bom, eu acho que por hoje acabou, né? Já fui pergunta demais, foi tempo demais. Então vamos parar por aqui. Até a semana que vem, muito obrigado.