Bom, boa noite a todos, sejam bem-vindos. Hoje eu queria aqui tocar nos pontos de filosofia política, o mais propriamente de ciência política, prolongando os postes que eu coloquei no Facebook durante a semana a respeito dos carimbos ideológicos que geralmente se coloca nos escritores e que no Brasil hoje se tornaram praticamente obrigatórios, sempre que, como o sujeito é comunista ou esquerdista, ele vem sem roto ideológico, mas se ele não é, ele vem necessariamente com roto ideológico em geral de extrema direita, porque toda direita nós sabemos hoje em dia é extrema, é isso. E eu considero que o dia que o arruinal do Zevedo me rotulou como reacionar inteligente, eu considero essa a pior ofensa que eu recebi na minha vida, porque o que que isso quer dizer quando aplicado a mim ou aplicado a qualquer outra pessoa, ele poderia aplicar isso, digamos o Gilberto Freire ou Nelson Rodrigues, ou o Manoel Bandeiro, qualquer outro, se você é descrito pela sua ideologia, ideologia por definição é um pensamento uniforme que é comum a toda uma massa de pessoas, que eles são os partidários da mesma ideologia, por exemplo, você tem, por exemplo, seguidores da ideologia liberal, da ideologia comunista, da ideologia social democrat, etc, etc, então a ideologia é o que existe de comum entre as pessoas que assalhem, portanto se você é um reacionar inteligente, um direitista inteligente, um comunista inteligente, quer dizer que você pensa exatamente a mesma coisa que os outros, só que você gasta nisso mais que aí do que os outros, pra pensar igualzinho aos outros você precisa de mais que aí, ou seja, isso é evidentemente um insulto, né, isso. Ora, nenhum escritor tem interesse, se torna interessante pela ideologia que ele personifica, mas justamente ao contrário, pelo que ele tem de diferente em relação aos outros seguidores da mesma ideologia, ninguém vai ler, por exemplo, Maximo Gorki pra saber que ele é comunista, porque todo mundo sabe, né, ou você não vai ler, por exemplo, Louis Ferdinand Selin pra saber o que que o homem da extrema direita pensava, porque milhares de pessoas estavam da extrema direita, e ele acontece que ele é o Louis Ferdinand Selin, ele escreve o que ele escreve, tem um interesse que vai infinitamente além da sua ideologia, e esse é o único motivo que ele tem para escrever ou você tem paralelo, né, isso. Ora, mas acontece que esses rotos ideológicos, eles se tornaram, especialmente no Brasil, e aqui nos Estados Unidos também, na mídia em geral, embora não na sociedade inteira, se tornaram critérios historiográficos, quer dizer, a história ali é contada como um conflito de ideologias, e especialmente o que é tomado como modelo desse esquema historiográfico é a história da França, a história da França tem servido de modelo, para o mundo inteiro, desde a Revolução Francesa, então tem-se a impressão, vamos dizer, o próprio Karl Marx, ele toma a história da França como modelo para a história do mundo inteiro, e não sei se foi por Karl Marx iniciado essa moda, ou por outro motivo qualquer, talvez por ter mais historiadores brilhantes do que qualquer outro país, a história da França se tornou o modelo, o esqueminha pelo qual é descrita a história do mundo inteiro, acontece que a história da França que é assim, passada para o mundo, é 100% falsa, é falsa nos seus mais mínimos detalhes, e os esquemas interpretativos que isso gera são aplicados, então, à explicação do que está acontecendo em outros países, particularmente você já deve ter ouvido alguns milhares de vezes a frase assim, a guerra civil espanhola foi o ensaio geral da segunda guerra mundial, isso talvez seja a frase mais repetida da mídia universal quando trata do passado, ora, a guerra civil espanhola não foi absolutamente nada disso, mas nada, não tem, esse paralelo é inteiramente absurdo, não faz o menor sentido, eles usam esta frase porque é o seguinte, ali as tropas republicanas, procomunistas, recebeu na ajuda dinheiro e armamentos da União Soviética, o passo que as tropas franquistas recebeu na ajuda e armamento da Itália e da Alemanha nazista, está certo então, dá a impressão de que ali eram, mas estamos se enfrentando o exército alemão e o exército soviético dentro do território espanhol, como depois viriam a fazer numa escala muito maior, acontece que durante o período da guerra civil espanhola alemã e a União Soviética eram aliadas, não teve a guerra nenhuma, está certo, e ao contrário as duas haviam se juntado para invadir a Polônia, do ruso invadir para um lado, dos alemãs invadir para o outro, quer dizer um país pequenininho que não tinha menor condição, resistia a duas potências riquíssimas, armadas até os dentes, então era isso que estava realmente acontecendo, e a guerra que depois se desencadeou entre a União Soviética e a Alemanha nazista, teve a ver com outras causas que na época ninguém poderia deviar e que sobretudo não tinha absolutamente nada a ver com ideologia, isso aqui é muito importante, então esta versão da história, da história como confronto de ideologia, por si mesmos, é muito simples fato de você tentar descrever a história como uma combate entre ideologia, você já falsificou tudo, sabe por que? A ideologia de um sujeito nem sempre corresponde à sua política, nem sempre corresponde à política dos seus aliados, nem sempre corresponde à situação efetiva, ideologia é um discurso justificativo, é o pretesto que o sujeito alega para fazer isso ou aquilo, não é nada mais do que isso, essa história de conceito segue uma ideologia, a ideologia não foi feita para ser seguida, foi feita apenas para ser dita, foi feita apenas para servir de pretesto, para justificar ou para atrair adeptos, qualquer governante que seguisse a sua ideologia seria um idiota completo, nenhum jamais seguiu, essa que é verdade, não seguiu, Stalin, não seguiu, Franklin Roosevelt, não seguiu, Charles de Gaulle, ninguém, nenhum governante sério jamais segue a sua ideologia, meu Deus do céu, né? Você, veja, quando você tem um pano de ação, você tem os objetivos que você quer realmente atingir e que evidentemente estão, ficam muito a quem dos objetivos últimos propostos pela sua ideologia. Se você quer estabelecer, por exemplo, sei lá, você é o Adolf Hitler, você quer estabelecer o Império Mundial da Raça Arianã, eu digo muito bem, mas antes de você fazer isso, você tem, por exemplo, que consertar a economia alemã, que está com uma inflação de 10.000%, daí você tem que restaurar a indústria alemã, você tem que fazer mais isso, mais aquele, mais aquele, mais aquele, mais aquele outro, ou seja, o Império Mundial da Raça Arianã fica para as calendas gregas e o sujeito vai agir em função de milhares de outros objetivos intermediários que só hipoteticamente levam aquela finalidade. Do mesmo modo, se você é Lenin ou Stalin, aí eu quero chegar à sociedade sem classe, bom, mas para chegar à sociedade sem classe, eu preciso primeiro, eu preciso acabar a guerra que está tendo com a Alemanha e depois eu preciso fazer mais isso, preciso fazer mais aquele, mais aquele outro, mais aquele outro, e quando vai chegar à sociedade sem classe, ninguém sabe, tá certo? Se você é, sei lá, o presidente dos Estados Unidos, ah, eu quero, aí você é um neocom, você estudou lá o Leustraus e ah, eu quero espalhar a democracia americana no mundo, eu digo bom, mas antes você tem que, pera aí, eu tenho que ver o que nós vamos fazer com o Iraque, o que vai fazer com o Bin Laden, o que vai fazer com esse, o que vai fazer com o partido, partido democrata que está aí atrapalhando, ou seja, você tem mil objetivos intermediários e é nesses que se foca a política de qualquer governante e não nos objetivos últimos do Mediologia, isso é uma coisa inteiramente absurda, ora, a relação entre os objetivos intermediários e a finalidade última, a proposta pela ideologia, ela é, por definição, problemática, ambígua, o que leva a um resultado pode levar ao outro resultado também, tá certo? Por exemplo, se você quer, bom, eu quero o Império Mundial da Raça Aeriana, digo muito bem, então, se é isso que você quer, e significa o critério racial deve prevalecer na hierarquia social sobre todos os outros caracteres, ora, qual é a diferença entre um alemão, vamos dizer, de família nobre e o Zemané da esquina, racialmente não tem diferença nenhuma, dá certo, então, você, na medida em que você introduz o critério racial, você está introduzindo um critério igualitário também, isso quer dizer que a sua maldita sociedade aeriana pode se parecer muito, pelo menos em ideia, com a sociedade sem classes, né, aqui você tem, por exemplo, você tem um potentado da indústria, do banco, etc., etc., mas você descola o que ele é bisneto de um judeu, tá certo? Isso aí vai poder menos do que o lixeiro, que é que tem raça pura, isso enquanto convém, mas se conviava, você pode fazer o contrário, como na história do Fritz Lang, que o Goebbels, que era o ministro da propaganda, chama o Fritz Lang para ser o sinastro oficial do regime, ele disse, eu não posso, porque minha avó é judia, e o Goebbels responde, quem decide que é judiúo, quem não é sou eu, tá certo? Então, o próprio Hitler, onde é nos famosos table talks, conversações de a mesa de um músico com Hermann Rauschling, ele diz, eu não acredito nada na história de raça, eu uso isso aí porque preciso, mas em outros momentos, isso quer dizer que ele sempre não acredita que sempre isso fosse apenas um pretênsito, não, às vezes acreditao também, né, isso, então, uma ideologia não é uma fórmula matemática, o qual você tem que se ater o tempo todo, quando Karl Marx ouvindo seus supostos discípulos, dar uma aula sobre qualquer coisa, ele disse, eu não sou marxista, ele está dizendo exatamente isso, quer dizer, o marxismo não é uma máquina que você bota para funcionar, que vai funcionar coerentemente até o fim, ele tem vários desenvolvimentos possíveis, tá certo? Se você estudar a história do marxismo, quer dizer, desde a doutrina ortodoxa da luta de classes, nisso que foi abotada depois, oficialmente, pelo nosso vietnico, com o nome de marxismo leninismo, pela qual a infraestrutura econômica da sociedade determina a sua estrutura cultural e ideológica, desde esse ponto, até quando chegou Ernesto Laclau, que diz que a propaganda do partido cria a classe que ela diz que vai representar, tudo isso tendo no meio o Antonio Gramsci, que dilui praticamente o negócio da luta de classes, na ideia da intelectualidade como força a gente, ele diz, o marxismo se converteu praticamente no seu contrário sobre esse aspecto, e tudo isso aí é ideologia marxista, portanto a rotulação ideológica nunca explica nada, aliás, ao contrário, ela parece simplificar, porque você vê aqui, parece uma coisa simples, um confronto entre o bem e o mal, tem gente que diz que o ser de esquerda é ser a favor do bem, e ser de direito é ser a favor do mal, tem gente que pensa o contrário, mas acontece que essa parede simplificação é feita para confundir tudo e para que você nunca mais entenda a coisa nenhuma, basta você continuar raciocinando a partir desse pressuposto, você vai chegar, vamos dizer, em contradições, em paradoxos absolutamente aterrorizantes, então nada, nada, nada, substitui, você faz exatamente o trajeto contrário, quer dizer, você partiu dos fatos para depois você chegar, vamos dizer, às categorias, às catalogações, se for possível, essas catalogações, então terão que refletir diferenças reais, tá certo? Não só, tem as diferenças entre as concepções ideais, tem as diferenças entre as estratégias, tem as diferenças entre as táticas, tem as diferenças entre a psicologia respectiva de uns e de outros, tá certo, que não é determinada absolutamente pela sua ideologia, então você terá que criar conceitos descritivos, científicamente válidos para você descrever o que está acontecendo, na falta de poder fazer isso, porque umas pessoas não podem e outras não querem, então substitui-se pela história da carochinha da luta de ideologias, você sabe perfectamente que eu sempre fui contra esse negócio de dizer que direito e esquerda não existem ou foram superados, isso é uma estupidez, elas existem evidentemente, tá certo? Porém, quem disse que a diferença delas é ideológica, existem muitas outras diferenças, né, parece que se sobrepõe as diferenças ideológicas, tanto que um pode usar o argumento ideológico do outro, pode usar o argumento ideológico do um, isso acontece o tempo todo, né, então a direita e a esquerda existem objetivamente porque? Porque existem pessoas que se declaram de esquerda e direita e que se identificam com isso, então na medida em que o sujeito diz que ele é de esquerda e ele se identifica com o grupo de esquerda, você negar a existência disso, é você negar o óbvio, tá certo? Agora pouco interesse o conteúdo que o indivíduo atribui a isso, né, isso, então por exemplo, hoje acredita-se que digamos você querer acesso dos transexuais, dos banheiros femininos, é de esquerda, fosse dizer isso para Lenio Stalin, ele diria, isso aí é decadência burguesa, isso aí um desvio pequeno burgues, isso aí são os ingleses americanos que estão injetando a sua cabeça para quebrar e resolver a unidade do movimento comunista, é isso que eles diriam, então você vê que esses conteúdos eles vão mudando e às vezes se convertem nos seus contrários, portanto não há outro meio de descrever o que se passa se não aqueles que eu apontei na minha apostila problemas de métodos nas redes sociais, aquilo é o único jeito de fazer as coisas, né, e quando as pessoas veem que eu tenho acertado previsões a 20 anos é porque eu estou usando aqueles critérios, não é porque eu fiz estudos astrológicos, eu nunca fiz um estudo astrológico de uma situação internacional, nunca na minha vida, é certo? A última vez que eu ouvi falar disso foi acho que nos anos 70 ainda, quando eu faleci do António Fátuolo Neto que era presidente da Associação Brasileira de Astrologia, meu íntimo inimigo, fez um estudo que até achei bom, onde ele estudava a evolução do capitalismo americano e do comunismo soviético a luz dos trânsitos de Saturno Urano para o capitalismo e Saturno Netuno para o comunismo, eu achei que fazia, acompanhando o fato por fato parecia que fazia sentido, mas aquilo é verdadeiro, não sei, levaria 20 anos para veriguais, mas isso foi a última vez que eu ouvi falar de Astrologia como um estumento para o estudo da política internacional, é claro que às vezes por curiosidade eu faço o horóscopo de um personagem qualquer, só para ver se aquelas coisas que eu disse no curso de Astro-Carateologia fazem sentido, então eu também não tenho certeza de nada sobre a Astro-Carateologia, então os métodos que eu estou usando são aqueles que eu descrevi naquela apostila, não existem outros, tá certo? Então um dos preceitos que eu usei aquele do George Gelenek, em primeiro lugar distinguir o que aconteceu porque alguém quis que acontecesse daquilo que aconteceu porque aconteceu, por exemplo, o estado da Califórnia estava muito revoltado contra o Donald Trump e estava até ameaçando de se separar da União, na NIC que ele estava ameaçando, aconteceu aquela inundação, alimentou um DIC e o estado entrou em estado de calamidade, daí teve que ir lá pedir dinheiro para o governo central, então, um momentaneamento da história da sessão acabou, tá certo? Ele não vai querer se separar do governo central, ao mesmo tempo você está precisando da ajuda dele, isso aí não foi planejado, isso aí aconteceu, se alguém planejou foi Deus, né? Então existem muitos processos que resultam ou de catástrofes naturais, às vezes não há catástroas, às vezes sei lá, uma colher intercepcionalmente rica, uma coisa assim, pode mudar o destino do país, tá certo? Então um terremoto, um furacão, um tsunami, tudo isso pode acontecer assim que ninguém tenha planejado, tá certo? E também pode acontecer, vamos dizer, a confluência fortuita de causas diversas, um sujeito está fazendo isso, o outro está fazendo aquilo sem que ele saiba, o terceiro está fazendo uma terceira coisa sem que nem os dois saibem, daí dá um resultado que ninguém planejou, nesse sentido eu quisia marx ver, porque a história é o conjunto dos resultados impremeditais das nossas ações, nem sempre são impremeditados, as ações são perfeitamente premeditados, eu cito como exemplo de premeditação bem sucedida a segunda guerra mundial inteira, se você lê o livro do Ranz Joaquim e outro do general sovieto rusco, esqueci o nome, que é The main culprit, você vê que a guerra, a segunda guerra inteirinha foi planejada por Stalin, ele só errou num ponto, mas corrigiu imediatamente, ele não esperava invasão alemã no sovieto, mas quando ela aconteceu ele corrigiu imediatamente o plano e que chegou ao resultado que ele queria, o que ele queria? Usar os nazistas, tá certo? Como ponta de lança, os nazistas vão destruir tudo, eles são os anarquistas, não são capaz de organizar a sociedade, porque eles não tem uma teoria científica da sociedade como nós temos, portanto deixa eles fazer a bagunça deles, então eles ganham e nós levamos, mas que foi exatamente o que aconteceu, quando terminou a guerra, ao não soviete que era um país estava isolado e na miséria se tornou a segunda potência mundial, tendo dominado metade Europa, esse é o resultado que ele queria e ele conseguiu exatamente pelos meios que ele disse que ia mobilizar, então este é um caso, vamos dizer, planejamento de longuíssimo prazo muito bem feito e que deu resultado, então aí você não pode aplicar o critério do Max Weber, mas de qualquer modo a distinção do Georg Jelenek, o premeditado e o impremeditado é fundamental, então eu considero que essa é a regra número um e tudo, em segundo lugar quando você vai descer ao plano das ações premeditadas, você precisa ter em vista qual é um negócio, um conceito básico que é o do horizonte de consciência, até onde o agente e político que enxerga e onde ele não enxerga mais, então você descreve o horizonte de consciência pelos seus pontos cegos, aquilo que evidentemente o cheiro não está sabendo, o que evidentemente ele não está entendendo e onde ele não está enxergando, ele não age, então ali você tem a distinção entre a ação e a paixão, quer dizer ele está agindo aqui e ali ele está sofrendo uma ação que ele não enxerga, que ele não compreende e que ele não pode, a qual ele não pode reagir, tá certo? E quando você começa a aplicar esse conceito do horizonte de consciência, dentro de uma situação que pode ser definida ao mesmo tempo por fatores premeditados e impremeditados, você vê que a diferença de capacidade de previsão e por diferença de horizonte de consciência entre os seres humanos chega a ser monstruosa, então se você estuda, por exemplo, a vida de Napoleão, todo mundo sabe que as batalhas da França na época só era vencida quando Napoleão estava lá pessoalmente, não adiantava ele pegar os melhores generais, então por que isso acontecia? Porque a estratégia era boa nos dois casos, mas a táctica não, e Napoleão não se o jeito capaz de controlar o seu exército nos mais mínimos detalhes e ele mudava esses detalhes na hora, então contando evidentemente qual é a obedência serviu e automática dos seus generais, primeira vez com o general desobedeceu, deu tudo errado, porque perdeu tudo na batalha de Waterloo, né? A lei do general não desobedeceu por rebeldia, mas desobedeceu porque ele não entendeu, ou seja, ele não chegou a captar a inteligência do que Napoleão havia ordenado para ele fazer, então essa questão do horizonte de consciência é básico em todos esses casos e daí é que se torna interessante o estudo, vamos dizer, das previsões certas e erradas, se você perguntar assim, quantas pessoas previam a queda da União Soviética em 1990? Quase ninguém, cinco anos antes disso, em 1995 tinha saído do leu do Paul Kennedy a ascensão e queda das grandes potências, onde ele estudava a história das grandes potências, a luz da comparação entre o seu desenvolvimento econômico e o seu orçamento militar. Ele dizia assim, quando o orçamento militar começa a crescer além de um certo ponto, aquilo vai cair e a conclusão dele seguiu na próxima década, os Estados Unidos vão cair e a União Soviética vai subir com uma proteção dominante, a União Soviética acabou. E o sujeito está aí, até hoje ele não disse desculpe, desculpa vergonha que eu passei, está dando palpita até hoje, Paul Kennedy da ascensão e queda das grandes potências, eu acho que foi um sucesso editoral da década, de 80, mas você sempre encontra um sujeito aqui, outro ali, está certo? E você encontra no meio dessas previsões inteiramente absurdas, 100% errada, aquela famosa do Renegeno de que a China jamais seria comunista, ele escreveu isso, ele usa para lá Bolshevik, a China jamais será Bolshevik. Então, e os caras endorcham um de bússola infalível, eu digo bom, todos os pessoal dos estudos irracionais, adoram falar de coisas metafísicas, quando você vê o país de mundo aqui, você vê que eles são cegos, você não entende nada o que está acontecendo, então para mim a sua metafísica pode ser linda, mas é o tal negócio, desde que nós fomos educados no cristianismo, o Cicentro do Cristianismo não é um deus inalcançável, mas é uma encarnação, você entende que esse negócio metafírico só tem, validado, quando ele se comprova neste mundo aqui, ou como de Paulo Lohg, o poeta comunista, há outros mundos, mas estão neste, ou seja, não há universos paralelos, só há um universo, por que chamou universo e não por universo? E neste universo nós não estamos em toda a parte, nós estamos exatamente aqui, e Deus manda suas mensagens para quem? Para os tatuos bolas, para os marcianos, para os habitantes da estrela vega? Não, manda para nós meu Deus do céu, então, o que diz o salmista, quem é o homem para que você se interesse por ele? E no entanto você o fez pouco menor que os ângulos, então quer dizer, nós temos alguma importância nessa parada, pelo menos Deus nos dá importância, eu não sei porquê, mas ele dá, então quer dizer, você tem essa centralidade do homem, ela é o critério da verdade, e quando as pessoas dizem que protágoras, com a frase dele, o homem a medir de todas as coisas inaugurou o relativismo, de bom, eu não estava lá, não conversei com protágoras, mas talvez ele tenha querido dizer uma coisa muito mais importante, o homem é de fato a medir de todas as coisas, porque eu me lembro quando eu era criança, eu li no catecismo da igreja católica, a seguinte coisa, para quem Deus fez o mundo, para o homem, para o ser humano, então se ele fez tudo isso para nós e não para os tatuos bolas, então é claro que nós somos a medir de todas as coisas, Deus é quem mede e determina o tamanho, mas ele mediu tudo na nossa proporção, é isso porque de todo o universo conhecido, o único lugar onde a nossa espécie poderia ter sobrevivido e prosperado é este lugarzinho aqui, tem nenhum outro planeta onde puder sobreviver, agora diz que descobri uma galáxia lá no Raikoparta que talvez tenha água, talvez a água esteja em estado líquido e talvez tenha nascido uma plantinha, tudo isso talvez, o fato é seguinte, até hoje você sabe que só neste planeta aqui nós podemos sobreviver e nesse sentido você dizer com o homem a medir de todas as coisas, não é um relativismo, não é um subjetivismo, é simplesmente você pegar a medida certa do universo, então a frase passa a ter uma validada objetiva que vai muito além dessa interpretação pejorativa, talvez protágoras fosse um sábio muito mal do que nós imaginamos, você não pode esquecer que todos esses preçosocráticos, tudo que eles escreveu sumiu, sobre o dois ou dois ou três frases que Aristóteles interpretou lá do jeito, mas não quer dizer que a interpretação que Aristóteles deu fosse necessariamente a correta, não é porque Aristóteles fosse um grande filósofo, que ele entendia necessariamente tudo que os seus antecessores tinham dito, ele pode ter errado aqui ou ali, então eu gosto muito dessa frase de protágoras, eu não sei qual é o sentido que ele deu, mas eu sei que eu estou dando, e eu estou dando aquela que é mais liso para ele, portanto ele não tem nada que reclamar, então como diria Pirandelo, o cenone vero é bem trovado, muito bem, então essa questão do horizonte de consciência é central em absolutamente todo o estudo do ser humano individual ou coletivamente, e nesse sentido o estudo das previsões erradas é uma das coisas mais maravilhosas que tem, maravilhosa para quem está estudando não, para quem viveu a situação e para quem deu cusborno na água graças a previsão errada, isso, é minutinho, a visão geral que está consagrada da história da França no século 1920, é de que na França havia basicamente duas correntes, a corrente que era pronasista e a resistência, a resistência é basicamente encabeçada pelos comunistas, porque os comunistas tinham sido os grandes defensores da independência francesa, numa época em que milhares de traidores estavam aplaudindo o governo do general Petan instalado na cidade de Vixi, então eu me lembro que até um dia eu estava na nossa embaixada lá em Bucarest e o embaixador General Moschal passou para mim um filme, um documentário sobre Vixi e ele estava espantado de ver o imenso sucesso popular que o Maréchal Petan tinha como governante, você via massas inteiras de gente aplaudindo o homem frenéticamente, então quem você tem impressão? metade da França ou mais de metade era todo traidor, era todo pronasista, e se não fosse aqueles poucos bravos resistentes a França teria passado uma vergonha dos diabos, e se não fosse o general de Gol, criar o seu exército no exterior, em Londres, para participar minoritariamente, é claro, da invasão, essa empreendida pelas tropas americanas e ingleses, então o Vecham teria sido definitivo, mesmo assim os franceses só participaram da invasão como auxiliares dos americanos e ingleses, porque eles tinham poucos soldados, então o que você tem impressão? olha, esses franceses são todos os traidores, eram todos nazistas na época, e depois da guerra, como os nazistas perderam, eles fizeram limpar a sua história retroativamente e ficam glorificando a resistência, mas na resistência de o que? medos de pessoas, isso é a ideia que passa até hoje, todo mundo pensa que é assim, só que, onde surgiu a ideia da resistência? por entre os adeptos do Marijal Petão, não entre os comunistas, você não pode esquecer que na época que os alemães invadiram a resistência, a Número Soviético era aliada dos alemães, e qual era o grande temor dos franceses? o temor é o seguinte, se os comunistas tomarem a espanha que fica aqui do lado, daí nós estamos ferrados mesmo, porque daí nós vamos estar exprimidos em dois lados, daí nunca mais se livra dos alemães, porque? porque a Número Soviético estava dando assistência econômica e militar para os alemães, os tanques alemães que invadiram a França eram movidos com o casulino soviético, se não fosse isso, eles não poderiam ter invadido a França, e todo francês sabia disso, e todo mundo tinha medo de que uma revolução comunista no país vizinho da espanha, colocaria a França na mesma posição da polônia e de ter sido invadida pelos alemães, pelo um lado e pelos russos pelo outro, então esse era o grande temor, está certo? e isso quer dizer que quando veio a revolução do general Franco contra o governo republicano que era pro comunista, os franceses acharam ótimo, esse Franco está nos livrando dos comunistas, portanto está nos livrando do principal aliado do Hitler que está ocupando o nosso país, dá para entender o resto assim, é muito simples, né? E daí acontece outra coisa, esse é um fato que ninguém gosta de mencionar, você sabe que evidentemente quando os alemães se instalaram na França, começa ali a mesma perseguição contra os judeus que tinha tido na Alemanha, não com a mesma intensidade, mas teve, hoje mesmo eu estava lendo, o filósofo Jean Val teve que fugir para os Estados Unidos, o grande historiador Mark Bloch que escreveu o livro os reis talmaturgos, o clássico da historiografia medieval foi fuzilado em um campo de concentração e assim, por diante muito, muitos outros, acontece que na França, nessas coisas estavam acontecendo sob um pano de fundo histórico que vinha desde o começo do século com o famoso caso Dreffy, então no século Dreffy era um capitão do exército que foi acusado de ser espião alemão na primeira guerra, tá certo? A suspeita sobre o capitão Dreffy se espalhou para cima de todos os judeus, então o que que os, como é que os franceses viam os judeus, esses caras são alemães, judeus não falam ides em casa, ides é alemão, então o preconceito anti-judaico na França era a mesma coisa que o preconceito anti- alemão na primeira guerra e acontece que quando o capitão Dreffy foi expulso do exército, foi deshonrado, foi para na cadeia, é certo? E outras investigações demonstraram que não tinha sido ele, que era um outro cara, um tal de Estherhase de família húngara, não sei se judeu ou não, mas era outro cara, mas diz o exército francês tinha falsificado certos papéis para incriminar o capitão Dreffy, então formou-se ali uma briga, ou seja, ontem o pessoal da direita estava defendendo a honra das Forças Armadas e portanto a honra da Nação e o pessoal da esquerda estava defendendo o princípio da justiça para aquele indivíduo, então formou a luta de os Dreffyusar, de os anti- Dreffyusar, entre os adeptos do capitão Dreffy, o que ficou mais favoroso, os famílios, o Lá com o livro Jacuz e o Acuso, é um clássico da retorca política que até hoje o pessoal lê, e do outro lado, você tinha os defensores do exército, especialmente a corrente monarquista, que era contra o regime republicão vigente mais a favor das Forças Armadas, este é a corrente chefeada, principalmente por um indivíduo chamado Charles Morasse, que havia MAURRAS, então pela visão atual era o seguinte, aqueles caras todos que ficaram do lado do exército, os franceses eram tudo fascistas, e portanto eles todos apoiaram a Alemanha, e foram todos traidores da França, e o outro lado que era a esquerda republicana e comunista, foi aqui que criou a resistência, mas a história não é nada disso, não é exatamente o contrário disso, nos anos que anteceder a Segunda Guerra a tendência geral dos republicanos e comunistas era o pacifismo, e eles basearam no ódio acumulado às Forças Armadas, estão fazendo possível para debilitar as Forças Armadas, estão cortando orçamento militar, impedindo que comprasse novas armas, impedindo a renovação do arsenal, etc, etc, então, estavam estrangulando as Forças Armadas franceses, enquanto isso o pessoal da direita encabeçado por Charles Morasse dizia, o contrário, nós temos que fortalecer as nossas Forças Armadas, porque? porque o Hitler vai nos invadir, isso ele dizia, já em 1934, veja você, olha o que ele dizia, 1934, repito, não há maior perigo do que o Hitlerismo e o Sovietismo, os dois iguais, e esses iguais são feitos para se entender, o mapa o confirma, o futuro o confirmará, como de fato confirmou, então, você já quando o Hitler invadiu a Alemanha, ele invadiu a França, o Exército francês estava em tal desvantagem, bélica e tecnológica, que os alemães tomaram aquele em uma semana, foi a coisa mais fácil do mundo, então, o morar sabia que isso acontecia, então a direita francesa, principalmente a direita monarquista, clamou durante anos por uma resistência ao poder nazista que estava subindo, agora, enquanto isso, por isso quando diz que judeu é espertalhão que domina o mundo, eu digo, vocês estão, é maluco, uma especialidade do judeu é se ferrar, isso eles fazem só parar de fazer depois de criar o estado de Israel, daí ficar esperto, mas antes, se você pensar bem, quem que o judeu apoiava, desde o caso do capitão do refúgio, a esquerda republicana, portanto pacifista, portanto desarmamentista, daí os alemães entram, o exército, se você não consegue reagir, os alemães tomam o poder, criam lá um governo títor e o governo títor começa a perseguir o judeu, agora, fosse explicar para um judeu nos anos 30, olha, é melhor você apoiar a direita monarquista, porque ela quer nos armar para impedir corretory, invada, etc., etc., eles não em simplesmente entender, né, veja, eles estavam tão longe de entender o que estava se passando que quando o general de Gull, foge para a Inglaterra e começa lá a montar um exército de ocupação para atuar junto com as tropas inglesas, qual é o que se diz dele na França, todo mundo diz, ele é apenas um agente britânico, até quem disse isso, Raimundo Arrón, os maiores intelectuais francês de todos os tempos, e aliás, judeu, não vamos seguir esse cara porque ele é apenas um agente britânico, pior, quando a Alemanha invadiu a França, boa parte, a maior parte da marinha francesa estava estacionada na gelha, Porto de Mérus el-Kéber, e os ingleses com medo de que os alemães se apossassem da frota francesa e os as contra a Inglaterra, foram lá bombardear a frota francesa, mataram 1300 soldados, foi o Harbour da França, só quem fez não foi o alemão, foi o inglês, resultado, milhares de franceses que estavam loucos para sair da França e para a Inglaterra e se alistar no exército de Gull, desistir, não quero mais conversa com esse cara porque os ingleses não sacanearam, isso foi uma traição, estou entendendo como é a sutileza do negócio? Eu estou lendo aqui a biografia do Pierre Boutin que é um excelente escritor maravilhoso que foi um discípulo chamado Morra, e ele mesmo foi um desses, a hora que os caras bombardearam o Alemão, ele falou, não vou mais para Inglaterra, não quero saber de conversa com esse cara, a ideia de que o de Gull era apenas um agente britânico e portanto um virtual inimigo da França persistiu até depois que os americanos invadiram a França Colonial, a França Mussulmana, em quanto isso o pessoal ligado à direita francesa, monarquista foi tudo para o Marocos e para a Argelha numa trama de desarmar as defesas alemãs de modo que quando os americanos chegasse não houvessem resistência, era nisso que eles estavam ocupados, nessa época os comunistas ainda eram aliados nazistas e elevaram essa operação, essa operação foi tão bem sucedida que quando houve a invasão americana sabe quantas pessoas morreram, 13, já americanos ocuparam o país inteiro só morreram 13 pessoas, ou seja as defesas alemãs já estavam totalmente desmanteladas, todo serviço de inteligência já bagunçado, ninguém entendia mais nada, isso foi óbrio do que? da extrema direita francesa atuando no marocos na argelha, sim não, a segunda guerra já tinha começado depois da invasão da França, então muitos ali tinham a esperança de que o governo do maré joppetão, não pode esquecer que o maré joppetão foi o maior herói de guerra francês na primeira guerra, então era um homem cujo patriotismo estava acima de qualquer suspeita e ele aceitou criar ali um governo provisório relativamente submetido aos alemães, mas num território independente, e muita gente apostava nele como o chefe da resistência, que era evidentemente a coisa mais prática a fazer, nós temos um governo ainda, o governo acabou, então nós podemos montar uma reação aos alemães a partir do governo, bom, acontece que muitos camaradas desistiram disso, maior parte dos seguidores do charmorá desistiram, mesmo porque eles não confiam na república, eles não queriam a república, eles queriam a volta da monarquia, e esse hora desse charmorá é uma verdadeira tragédia, porque era um escritor maravilhoso de primeiríssima ordem, e um inspirador de todo o movimento monarquista francês, monarquista e portanto católico embora ele pessoalmente não fosse um católico, ex-professor pelo menos, ele era a favor da igreja católica, mas nunca se declarou um católico, só o fez no fim da vida, então vamos dizer, era a maior força pró católica que existia na França, quer dizer, a acção francês que era o movimento que ele fundou, era enormemente, vamos dizer, acho que um terço da França pelo menos estava perfeitamente aliada com ele, e o charmorá sendo o grande defensor da monarquia e da igreja católica, ele foi traído pelo herdeiro da coroa francesa, o duque de Paris, o côndio de Paris, o príncipe herdeiro, que o renegou, e sendo o grande defensor da igreja católica, o seu movimento acionfrançês foi escomungado em 1926 pelo Papa P.I.I., que depois se arrependeu amargamento ter feito isso, mas se arrependeu três anos depois, ou seja, alguém sobrou besteira na oireia do Papa, e ele assinou lá escomunhão do homem, é claro que isso enfraqueceu tremendamente a acção francês, tá certo? E quando nós relemos hoje os escrisos dessa época, as pessoas dizem, ah não, mas o morrasse era evidentemente um antecemita, ele escreveu contra os judeus ainda durante o governo de Vichy, até hoje eu vi um entrevista do George Steiner, que é simpático até certo ponto ao morrasse, mas ele diz, não, mas ele tem escrito contra os judeus durante o governo de Vichy e foi imperdoável, mas o que ele escreveu contra os judeus? Eu vou ler algumas coisas que ele escreveu. Ele do Netagar diz o seguinte, Hitler era ainda o nosso inimigo número um, o empreendimento racista é certamente uma demência pura e sem saída. Não podemos deixar aqui de ser particularmente sensíveis a este ponto, o racismo é o nosso velho inimigo intelectual, desde 1900 os seus mestres franceses e ingleses, Gobinow, Vachy de Lapuch, Houston, Chamberlain, tinham sido fortemente assinalados por nós como é que se diz? Como objeto de desconfiança de todos os espíritos sérios e de todos os nacionalistas sinceros. Em 1900, muitos, no grande governo de Vichy, uma parte esperava que o governo Petan fosse o centro da resistência e outra parte esperava que ele se entregasse totalmente aos alemães, ele nunca fez nenhuma coisa nem a outra, ele ficou sempre em cima do muro, ele estava muito velho, ele era um pouco gaga, não era muito decidido, mas muitos escritores franceses, muitos de primeiro plano, Aderino, Alemanha, de Copuial, entre os quatro, Robert Brasillard, Lucien Rebate, Lufres Nanceline, Dria La Rochelle, viraram nazistas mesmo, entao é certo? E veja, Robert Brasillard tinha sido um membro de acção francesa e em 1941, Charles Morrais escreveu ele, não voltaria a falar jamais com as pessoas que admitem fazer acordo com os alemães. Ora, o que o Charles Morrais escreve contra os judeus, não tem nada a ver com o racismo, absolutamente nada, ele fala dos judeus como grupo político e grupo político evidentemente imbecil, que apoiava a política que desarmou as forças armadas e facilitou o invasão alemã. Então, racionalmente, moralmente, ele nada tinha contra os judeus, então ele chamava ele de distinguir os avos termos, anti-semitismo de pele e anti-semitismo de estado. Eu não sei se as soluções que ele propunha para a situação do judeu na França era boa, mas eu sei que a crítica era fundamental, ele disse esses judeus estão todos aliado com a República, a República está aí para destruir a França e a República vai entregar a França aos alemães de mão beijada, como de fato fez. Quer dizer, o cara, vamos dizer, ele não podia, não podia não estar certo em tudo, mas não é essencial, ele acertou. E ele diz, o anti-semitismo é um mal, se entendendo por aí o anti-semitismo de pele que desemboca nos pogrom, progou a matança de judeu em massa e que se recusa a considerar no judeu uma criatura humana, feita de bem e de mal na qual o bem pode dominar. Então o que que esse cara tem em conto judeus? Sua política deles, não a sua raça, não a sua religião, é isso? Então, claro, o Charles Morrat, claro que ele estava iludido em muita coisa, a própria ilusão dele com a monarquia, com a família real francês já foi um negócio absoluto desastroso, quer dizer, ele está contando lá de Paris e de repente o conto Paris, não, não tem nada com isso, você que se dane, ou seja, a previ capacidade de previsão dele não foi boa em tudo, mas em muitas coisas foi e sobretudo foi no essencial, com relação, a política desarmamentista que foi realmente desastrosa, aliás, Gustavo Corsão comenta isso brevemente no livro do século do nada, ele também não era um grande admirador de Charles Morrat, mas como eu também não sou, mas tenho que reconhecer que nesses pontos fundamentais o homem estava certo, além do que, ele também errou quando ele achou que a acção francês se dividiu a partir de um certo ponto, uma parte queria ir para o Marroco, Zergélia, para organizar a resistência lá e ele achava que o contrato tinha que se concentrar no território francês, o tempo demonstrou que aqueles que foram para o Marroco estavam certos, porque eles abriram as portas para a invasão americano, eles sabiam que os americanos vêm invadir, o diagnóstico estava certíssimo e tudo o que eles fizeram para desmantelar a defesa alemã deu maravilhosamente certo, então se você comparar, pegar uma personária como Morrat, a personária é muito interessante, aonde ele fez a previsão errada, você vê que ele também não foi totalmente imune à ilusão ideológica, é dizer, arrastar a partir das correntes de ideias, não é isso? Ora, a ideia para o intelectual é uma coisa muito importante, é a vida dele, mas para um político, para um militante, não é a coisa principal, a coisa principal é, vamos dizer, a solidariedade com o movimento, não com a ideia, não é isso? Então, você dizer que as ideias dirigem a história do mundo é tão absurdo quando você diz que a economia dirigia a história do mundo, só tem duas coisas que dirigem a história do mundo, aliás tem três coisas que dirigem, a natureza, isso é as condições materiais nas quais nós vivemos que nós não conseguimos trancender, a ação humana e Deus, tem mais nada, é só isso que decide, então todos os outros fatores, inclusive a economia, inclusive as ideias são totalmente subordinados a isso aí, então toda a ação ela tem um personagem real, quer dizer, um agente real humano que tem, vamos dizer, um horizonte de consciência que não é muito maior do que o nosso, às vezes é menor, às vezes é um pouco maior, mas que tem lá as suas limitações e que deve ser medido na escala, você, da situação e de quanto o horizonte de consciência abarcava dessa situação, e evidentemente os intelectuais, como vive pensando ideias o tempo todo, eles tendem a cair nessa coisa de julgar a situação pelas ideias em jogo e não pelos personagens reais que estão atuando, então a gente vê, o Pierre Moutin foi um dos caras que foram pro Mara contrairando a hora do chefe dele, morar falou não, não vá, ele disse não eu vou de qualquer jeito, ele estava certo, porque o futuro estava lá, então ali, foi ali em Casa Blanca que começou a resistência ante a Alemanha, na qual os comunistas irem entrar muito mais tarde depois de ter láboi contado durante anos, então entendendo essas são essas sutilezas da história, então agora você imagina, o erro monstruoso que as pessoas cometem quando, isso é geral, por exemplo Arnold Hauser no livro História Social da Literaturidade que é uma bela porcaria vendida assim como social de higênio, ele disse que nessa época nos anos 30, eles há maiores dos intelectuais, marchava para o fascismo, subo guiamento de fulano fulano fulano, charlo morra, ele coloca até o horté H.C., que foi o primeiro sujeito a ser expulso da Espanha pelo governo do general Franco, então e que tinha sido eleito deputado por uma coligação de esquerda, então por aí você vê, você já não sabe o que está falando, então você chama o morrado fascista a coisa mais absurda que tem no mundo, não dá para ser monarquista e fascista ao mesmo tempo, então morrar tem parnas e parnas onde ele diz, o culto do estado, a ampliação do poder estatal é a coisa mais visceralmente contrária que existe a moro aqui, então se não existe nenhum poder superior ao estado, então o próprio rei está submetido ao estado, então o guiamento pessoal do rei fica abolido por uma máquina burocrática e o rei se tornou como se tornou na Itália fascista um boneco na mão do estado, você não vai comparar durante o governo fascista na Itália, o poder de Mussolini com o poder do rei Vitor Emanuel, que acordou tardiamente, foi ele que nomeou o Mussolini com o primeiro-ministro, foi ele que o Mussolini estava mandando nele, daí tardiamente destituiu o Mussolini quando a guerra estava perdida, é certo? Então o fascismo, antes de um melhor estudos do fascismo, é o James Gregor e ele explica se em todos os movimentos fascistas na Europa surgiram de ex-combatentes, ex-combatentes que depois de ter visto todo o horror da primeira guerra, voltavam para casa totalmente deslocados do ambiente da normalidade burguesa, e que estavam loucos para explodir tudo, é dizer, a ligação para os primeiros movimentos fascistas tinha uma tonalidade nítidamente anarquista, eles pareciam esses caras que estão agora, que iam dizer, ah, vamos matar o Trump, vamos tocar fogo e tudo, vamos acabar com as leis, é um pouco essa a mentalidade, os movimentos fascistas estão intimamente ligados ao modernismo na arte, e nesse sentido, eles eram evidentemente a força revolucionária contra a estabilidade do estado burgues, como bem viu Stalin, então o que que isso tem a ver com o extremo-direita? O extremo-direita, de boa, o extremo-direita era o Shalu Mohas, era 100% conservador, monarquista, passadista, e queria a velha França de volta, isso era extremo-direita, os fascistas não eram extremo-direita, eles eram um meia bomba, então, você vira assim, o dano que essa história estereótipo faz à cabeça das pessoas é um negócio terrível, fica a imbecilizar completamente, sobretudo, se você acredita, vamos ver aqui, esse pessoal da esquerda, o objetivo dele é os direitos humanos, a liberdade, etc., etc., aí que você cai em godos terríveis, um dos quais eu expliquei hoje num posto do Facebook, esse movimento em favor, vamos dizer, do acesso dos transexuais aos banheiros femininos, e por que que eles querem ao banheiro feminino? Porque eles são femininos, hein? Porque o banheiro é feminino, se fosse um banheiro unisex, você entrar lá, vestido de homem, de mulher, de hipopótamo, de marciano, de qualquer coisa, ele deveria fazer a menor diferença, então, os transexuais querem ir ao banheiro feminino porque é o banheiro feminino, é o banheiro feminino porque é frequentado, porque, exclusivamente, por mulheres, não mulheres como ele, que apenas são mulheres no seu desejo, mas mulheres que nasceram mulheres, portanto, são definidas por uma diferença anatômica, visível e confinível, tá certo? Então, na hora em que o transexual quer entrar no banheiro feminino, que é o ingresso no banheiro feminino, ele está afirmando a diferença feminina e o direito das mulheres a um recinto privativo onde o homem não entra, tanto que ele quer entrar ali, não como o homem, mas como mulher virtual, então, ele está afirmando essa diferença no instante mesmo em que ele anega, então, é claro que isso é a estimulação contraditória, e a pessoa que ouve essa reivindicação não sabe o que dizer, então, porque o sujeito se sente mal no banheiro masculino, porque ele quer estar entre mulheres e não entre homens, não é isso? Ele quer estar entre que tipo de mulheres, mulheres iguais a ele, que só são mulheres em pensamento, não, ele quer estar entre mulheres biologicamente mulheres, portanto, essa diferença biológica anatômica é o fator prioritário, ou seja, porque a diferença anatômica das mulheres é o fator prioritário, eu quero abolir ela mediante a minha presença no banheiro feminino, então, isso é a estimulação contraditória, isso aí paralisa a cabeça do ouvintes e os ouvintes conservadores, burros como ele só, começa a dizer, isso é uma imoralidade, isso tem uma menininha, etc., todos os argumentos não funcionam absolutamente, porque este não é o ponto, meu Deus do céu, se você pegasse o, você acha realmente que os transexuais estão muito interessados, estão sexualmente interessados em entrar no banheiro das mulheres, se eles quiserem entrar nos banheiros trans mulheres por motivos sexuais, eles não são transexuais, eles estão a fim de ver as mulheres peladas, isso, como aconteceu com aquele presidiario na Escócia, o sujeito está preso, ele me transferiu para o presidio feminino, transferiu o presidio feminino e começou a comer as mulheres todas e foi levado de volta para o presidio masculino, então esse não é um verdadeiro transexual, está aqui ó, está se fazendo de, né, então muito mais logicamente se fosse por um motivo sexual, eles desejariam estar no banheiro dos homens, porque são homens que eles desejam ou não, eu estou enganado, né, se são mulheres trans, então essa história transexual lésbica, se me desculpe, mas isso aí conversa maior para eu dormir, né, o sujeito que para ele ter sexo com a mulher, ele precisa se vestir de mulher, ele é apenas um fetichista, ele não tem nada de transexual, não tem um tipo de fetichista, assim como outro quer se vestir de bebê, está achando que eu sou um vesti de lobo mal, isso é tudo um fetichista, não tem nada a ver com transexualismo, não tem nada a ver com disforia de gênero, né, então se o neguinho tem realmente a disforia de gênero, o motivo que ele pode querer ter para ir no banheiro das mulheres e não dos homens não é um motivo sexual, é um motivo de temor e pudor, eu não quero ir no banheiro dos homens porque eles ficam tudo me olhando com desejo e querendo me comer e pode me estuprar lá dentro, por isso eu vou no banheiro das mulheres onde eu me sinto mais protegido, mas quem são essas mulheres? Não são mulheres com pensamentos, são mulheres biológicas e é por isso que ele quer estar lá, é porque existe a diferença anatômica das mulheres que ele quer estar no banheiro das mulheres negando a prioridade dessa diferença anatômica, hum? Ora o que que você tem a ver com direitos dos transgêneros? Absolutamente nada, mas tem a ver com a estupidificação da massa para gerar pelo efeito da estimulação contra a editora aquele famoso efeito chamado snaping onde a mente laceia por assim dizer e ela começa a aceitar qualquer coisa para não entender mais nada, então isso é um gênero social, hum? Então assim como isso milhares de outras, milhares de outras reivindicações que hoje ganham apoio da massas inteiras, são do mesmo tipo, por exemplo, as feministas anarrajeis que querem o adveto do islamismo, claro que é estimulação contra a editora, hum? E essa pessoa não adianta você cobrar a coerência lógica dela, porque a vida dela está baseada na estimulação contra a editora, é por ser contra a editora o que funciona, vocês não entenderam? Ou seja, não é um argumento lógico que vai se impor, é uma atitude contra a editora que vai atemorizar e subjugar o público, tá entendendo? E assim por diante, bom então esse aqui vai ser breve lição de aplicação dos preceitos da ciência política ao analisidade de uma situação concreta, tá bom? Vamos fazer uma pausa, hoje eu não vou responder pergunta, eu estou muito cansado e eu preciso me preparar para a aula da terça-feira, então vocês me desculpem, então até a semana e bem, muito obrigado.