Então vamos lá, boa noite a todos, sejam bem vindos. Antigamente a mídia brasileira, pelo menos a mídia que se pretendia cultural, acompanhava mais ou menos o movimento das ideias, pelo menos na França, na Inglaterra e nos Estados Unidos. Hoje ela não faz mais isso porque não há pessoas qualificadas para fazer o circo de leitura de especial bastante limitado e os enfoques também são meramente propagandísticos. No fim das contas tudo se resume qualificar as pessoas na esquerda ou na direita e não vai passar disso. Isso quer dizer que a linguagem normal da propaganda política se tornou o único instrumento intelectual disponível e evidentemente com isso você não vai poder aprender nada da complexidade do debate intelectual num país um pouco mais culto. Eu digo um pouco porque mesmo nesse país você observa uma decadência pronunciada. Em função disso eu vejo, por exemplo, que os novos filósofos que têm aparecido na direita francesa são completamente desconhecidos no Brasil e hoje eu gostaria de falar de um deles que é Charles Robbins. Charles Robbins é um homem de origem proletária, começou a trabalhar muito cedo e com grandes esforços conseguiu fazer um curso universitário e tirar um mestrado de filosofia e ele começou evidentemente no tempo que no início da carreira dele de estudante ele estava na extrema esquerda como todo mundo embora não fosse um militante ex-professor era um simpatizante ativo até que ele começou a notar certas incongruências no discurso esquerdista e ele narra as suas transformações interiores neste livro. O que é que o incinerário de um esquerdo está arrependido? Nós vamos ver adentro que não está tão arrependido assim. Mas as observações dele são muito interessantes porque a experiência que ele viveu na França é um pouco inversa daquela que nós vivemos no Brasil. Portanto para nós se torna mais fácil perceber as limitações do enfoque dele. Depois o enfoque inicial era muito interessante e não se pode negar a veracidade da maior parte das observações que ele faz. Note bem que ele é um direitista mas um direitista muito mais anticapitalista do que qualquer esquerdista disponível. O ponto de partida vantar das interrogações dele era um rapaz muito jovem de estar com ele há 41 anos e escrever esse livro que é uma espécie de... eu me lembrei do...... de... a autobiografia Precócio. A gente escreveu uma autobiografia de 41 anos só... bom, mas a falta é metade da vida para você contar. E a partir do que ele coloca aqui dá para a gente ver algumas possibilidades de desenvolvimento filosófico dele para as próximas décadas. Mas a interrogação principal que ele fez é o seguinte, ele come sendo um fedor de origem proletária entrando no meio universitário onde quase todo mundo era em classe média... média média ou média alta. Acabou notando uma diferença muito grande entre a perspectiva do que seria um socialismo proletário que seria o esquerdismo alivigente que se concentrava evidentemente na reivindicação de tipo feminista, gayista, defesa das minorias etc etc e ele se perguntava o que é que tem tudo isso a ver com os interesses do proletariado. E a primeira observação dele é o seguinte, é que se você toma como bandeira principal da esquerda defesa das minorias, das minorias que estão excluídas do sistema, o proletariado que por definição tem uma função no sistema e está integrado nele se torna parte da maioria opressora. Então ele... Então ele começou a se perguntar qual era a origem desses temas e slogans tipo minorias, feministas, gaysism etc etc e foi remontando até os primeiros ideólogos liberais, especialmente Voltaire. E notou que Voltaire ele é também John Locke, né? Eu nunca tive o menor respeito intelectual nem por um, nem por outro e acho que toda a ideologia liberal ela está cheia de fragilidades também e essa é uma delas. Reontando a... Antes mesmo do John Locke você pode observar que toda a tendência da filosofia moderna é tomar um indivíduo humano isoladamente como se fosse o centro de construção da realidade e isso aparece muito claramente no Descartes, onde a fonte da certeza é o indivíduo conversando a sós consigo mesmo. É a certeza que ele tem da sua própria existência é o fundamento de toda a construção filosófica portanto de toda a certeza possível. A partir daí a tendência de examinar tudo a partir da ótica do indivíduo isolado se torna praticamente uma norma do pensamento moderno, pelo menos até o advento de Karl Marx, né? Isso toma outra direção, mas ali entre os primeiros teóricos do liberalismo como John Locke Voltaire, a ideia é realmente que o indivíduo humano isolado ele é uma espécie de fonte, ele é um começo absoluto. Não existe nenhuma instância superior que o envolve a qual ele deva alguma satisfação então o culto da liberdade começa com esta noção do indivíduo isolado, o indivíduo é por isso, pelo simples fato, de ele nascer ele nasce com certos direitos entre os quais a liberdade, ele não tem satisfações a prestar a ninguém. A livre manifestação do indivíduo é o critério básico da ideologia liberal. Donde vem a liberdade de expressão, a variedade, a própria ideia do Estado laico, o Estado não pode, vamos dizer, assumir princípios morais que envolvam todos os indivíduos e que isso sobrepõe a eles de alguma maneira, mas a defesa principal, a missão principal do Estado seria a defesa das liberdades e direitos do indivíduo. Bom, então em primeiro lugar nós notamos que este indivíduo que o liberalismo fala, ele realmente não existe, ele é uma abstração. Quer dizer, quando você examinar direitinho o Décarte, você vê que quando o sujeito chega a colocar a si mesmo o famoso penso logo existo, ele já traz consigo toda uma cairança cultural, inclusive da própria língua na qual ele está formulando seus pensamentos, de modo que esse seu isolamento solipsístico, ele não existe realmente, ele não existe como experiência e eu creio ter demonstrado claramente isso no livro Visões de Décarte. Décarte acredita que ele está narrando uma experiência íntima real, mas essa experiência jamais aconteceu. O que aconteceu é que ele pega o conceito do eu e o trata como se esse conceito fosse uma pessoa real, mas a pessoa real jamais chega a ter esse isolamento solipsístico que ele ali descreve. Pelo simples fato de você estar pensando, você está usando uma língua, você já está em comunicação com toda a sua cultura, de modo que o indivíduo ele só existe mediante uma tensão dialética entre o que é ele e o que não é ele. Quer dizer, eu sou eu e me circunstância. Quer dizer, a circunstância, aquilo que está em volta, faz parte de mim de algum modo, através de hábitos recebidos, símbolos introjetados, reações aprendidas, linguagem, etc. Então, por exemplo, aquilo que o Jules Évola chamaria de indivíduo absoluto, não existe absolutamente. O Jules Évola diz isso num contexto totalmente diferente. Eu estou usando só o termo, não uma alusão ao pensamento Jules Évola. Mas, na verdade, quem acredita em indivíduo absoluto é o liberalismo. Então, um exemplo característico, vamos dizer, da ideologia liberal é a famosa Fábola das Abelhas do Bernard Mandeville, onde cada indivíduo, agindo apenas em função do seu próprio interesse o mais egoísta possível, produz a prosperidade geral, quase que sem querer. Um outro exemplo, outro exemplo mais recente, são os livros da Anne Rand, o princípio de os méritos morais do egoísmo, quer dizer que quanto mais, quanto mais os indivíduos se deixam levar por ilusões altruístas, menos eles cuidam dos seus próprios interesses e, portanto, a menos prosperidade geral. Então, nesse sentido, o egoísmo seria uma virtude pela sua força produtiva. Os romances da Anne Rand sempre celebram o herói totalmente egoísta que gera uma riqueza a qual se expandir, necessariamente, independentemente das intenções dele. Ele não precisa ter boas intenções sociais, basta ele querer ganhar muito dinheiro e ele já está fazendo um benefício. Claro que tudo isso consiste em tomar uma abstração como se fosse uma realidade concreta. Foi um dos romances da Anne Rand, a história de um arquiteto que se revolta contra os estilos dominantes e ele quer construir os edifícios do jeito dele, como se fosse uma expressão da sua personalidade. Você ainda vai em conta mais nada, fazendo uma abstração do meio ambiente físico, da cultura, etc. E ela celebra isso como se fosse um supremo heroísmo cultural e intelectual. Agora, se ela quisesse ter um bom exemplo de qual o tipo de ambiente urbano que isso gera, bastaria ela aí a cidade de São Paulo, onde os edifícios no tempo são bem nada que vem com o caos total, no qual os pobres indivíduos ficam perdidos. Já escrevi sobre isso na brava muito tempo, porque as consequências intelectuais cerebrais e neurológicas de você crescer num ambiente estéticamente caótico, onde você consegue reconhecer vários estilos individuais, mas a cidade não tem o estilo. Aqui no Estados Unidos você percorra o país inteiro, você vê que o estilo municipal e regional é característico, tem muitas variações porém dentro, mesmo de uma mesma pauta estilística, o que torna as cidades muito agradáveis e bonitas no fim das contas. Mesmo a coisa acontece nos países mais antigos da Europa, mas na concepção da Enrante, isso seria um reaccionarismo porque atenta contra os soberanos direito do indivíduo. Eu não posso negar que o indivíduo desempenha um papel fundamental no avanço do conhecimento. Toda e qualquer descoberta, toda e qualquer progresso é feito sempre por certos indivíduos isolados da cidade que não seguem a pauta comum e preferem escolher o seu próprio trajeto. Isso sempre foi assim, porém isso não quer dizer que esse indivíduo seja realmente isolado e que eles têm uma consistência ontológica própria. O simples fato de você precisar de um meio ao qual você se opõe já mostra que a sua independência relacional a esse meio é muito relativa. Na verdade, você se define perante esse meio. Se você fizer essa abstração do meio, o indivíduo ficaria pairando no vazio e ele não teria como se afirmar. Isso aí quem estuda um pouquinho de Hegel não terá menor dificuldade de reconhecer como a consciência se autodefine sempre por oposição ou por eluísmo de uma tensão em relação a algo que não é a famosa circunstância que falava o Ortega e Garceira. Isso quer dizer que esse cidadão, Charles Rabin, logo percebeu que o liberalismo não era apenas um sistema econômico, era toda uma constelação cosmológica e gnoziológica baseada na ideia da independência absoluta do indivíduo. E esse indivíduo mais ainda era definido em termos puramente materialísticos e naturalísticos. O indivíduo, por exemplo, aparece claramente no Mandeville ou no John Locke, o indivíduo é sobretudo um feixe de interesses e desejos. Não há nada acima dele, não há nenhuma transcendência, nenhuma normatividade que se possa impor ele e a origem de tudo é o interesse e o desejo do indivíduo. Então não é muito difícil perceber que a fonte dessas movimentos da esquerda como feminismo, gaisismo, negritude etc. é a ideologia liberal e não a socialista. Então por exemplo, se o sujeito, ou o caso do dia do sujeito que acho que na Austrália, onde não na Escócia, um presidiário que diz que se sentia mulher, então ele pediu sua transferência para um presídio feminino, mas depois ele teve que ser transfilho de volta para o presídio masculino porque ele estava comendo todas as mulheres do presídio feminino. Então ele agiu de maneira perfeitamente coerente com a ideologia liberal, autonomia do indivíduo. Quer dizer, ninguém pode cercear a realização dos seus desejos e sempre tendo em conta aquela frase que eu considero talvez a mais idiota de todos, que já passou por uma boca humana que a sua liberdade termina de começar do outro. E é evidentemente uma coisa muito bonita de se dizer, mas que na prática é totalmente inviável. O que faríamos, por exemplo, com a liberdade do sujeito que é masoquista, que paga para os outros batam nele como fazia o Michel Foucault, é certo? Como você vai equacionar isso em termos da minha liberdade e a sua liberdade? Então também no momento em que certos grupos de interesses comuns adquiram uma personalidade coletiva e essa personalidade do grupo passa a ser o traço definidor principal do indivíduo, mediante, por exemplo, a famosa identidade gay, que eu acredito que é uma coisa que não existe, mas na qual eles acreditam. Nesta mesma medida, o interesse, o desejo desses grupos é de que ele come se fosse uma individualidade e ele não pode ser serceado de maneira alguma. A famosa ideia de que a sua liberdade termina de começar do outro, ela só pode ser violada o tempo todo, porque é um simples fato de que eu já expliquei a vocês que a liberdade, ela não é um princípio definidor da sociedade, a liberdade é uma resultante de vários fatores, não é por si mesmo um princípio como por exemplo os princípios do direito, a de impossibilidade a nemotenetro, ossun, kuik, tribueria, dar a cada um o que é seu, esses são princípios de fato, mas a liberdade não é, a liberdade é uma resultante da aplicação de outros princípios, a liberdade é uma conveniência pragmática na verdade e em qualquer sociedade que você veja, a liberdade é objetivamente limitada por mil e um fatores e não pode ser medida na relação bionívoca entre duas pessoas a pensar, aqui está a liberdade da determinação, isso não existe, isso é completamente obstrato, a liberdade em primeiro lugar limitada pela disponibilidade dos bens e dos meios de ação, a liberdade é limitada, vamos dizer, pela própria fragilidade da vida humana, a liberdade é limitada pelo território disponível por um milhão de coisas que não tem nada a ver com a liberdade do outro, quando você fazer da liberdade do outro limite da sua liberdade é você proclamar, vamos dizer, um ideal que não tem nada a ver com a situação real, está certo? E que por isso mesmo será continuamente infringido em nome dele próprio, por exemplo, o fato de que o sujeito que se diz que se sente mulher, ele quer usar o banheiro das mulheres, então aonde termina a liberdade dele de usar o banheiro das mulheres? A liberdade das mulheres, mas as mulheres têm o direito de reclamar disso aí? Não, porque isso é um preconceito, se a mulher se sente ofendida de ver o sujeito exibir o seu membro no mixtório, então é porque ela o está reprimindo, então ela não tem a liberdade de reprimir o outro, mas se eu não tenho a liberdade de reprimir você, como é que eu posso dizer que a sua liberdade termina de começar a minha? A sua liberdade suprime a mim automaticamente, e isso é sempre assim, por tanto a liberdade dos cidadãos só pode ser definida em função de fatores globais que afetam a sociedade inteira e que criam pela sua conjunção e pela sua articulação uma pequena margem de manobra que nós chamamos de nossa liberdade. Porém, a partir destas análises, o Charle Robbins chega à conclusão de que a esquerda se tornou um instrumento da ideologia liberal, essa ideologia dominante é liberal e a esquerda ao levantar estas bandeiras que exaceram o individualismo até a sua última potência sabe no fim das contas que esse tipo de liberdade que eles estão exigindo só é possível, só é executível dentro da economia do livre mercado, porque se a economia já tem um plano estatal, a anterior tudo tem que estar dentro do plano estatal, então a sua liberdade não é limitada pela liberdade do outro, mas pelas disposições e pelas possibilidades gerais oferecidas pela economia planificada. Isso quer dizer que, segundo ele, este tipo de bandeira levantada pela esquerda se diz anti-liberal, mas na verdade está trabalhando para o liberalismo, a esquerda é um banco de serviços inconscientes do liberalismo. E o liberalismo, evidentemente, se identifica com os interesses do grande capital. Esta é a análise dele, vou ver se tem aqui alguns trechos interessantes para citar para o l 我寓. É... O liberalismo desemboca assim naquilo que eu chamaria, seguindo angels, de atomização do mundo. O mundo é composto de átomos soltos, cada um deles é uma fonte de si mesmo, fonte da sua própria liberdade, fonte dos seus próprios direitos baseados nos seus interesses e desejos. O reconhecimento do direito inato dos indivíduos à liberdade exige, por ricochet, a igual aceitação social e jurídica de todas as maneiras de viver concebíveis e imagináveis. É isso então. Se um homem acha que é mulher, tem o direito de viver com mulher, é assim por diante, é? Toda referência, né? Nesse contexto, toda referência a qualquer noção de moral comum ou de valores partilhados não pode surgir, se não como fundamentalmente autoritária e liberticida. Portanto, não pode haver nenhum moral comum, nenhum compromisso do indivíduo com a comunidade inteira, embora possa haver com a comunidade daqueles que partilham dos seus desejos e interesses. E daí surge o fato de que o único elo comunitário que vale é a identidade de desejos e interesses. Como é exatamente o caso, não é um movimento gaysista ou feminista, né? Nós aqui temos os mesmos interesses e desejos, portanto nós formamos um grupo e todos os que não partilham dos nossos interesses e desejos, ou pior ainda, se oponham, esses são os nossos inimigos. Então isso quer dizer que não pode haver nenhum princípio moral comum a toda a sociedade. Os princípios moral são se origina e se baseia nos interesses e desejos de cada indivíduo e, portanto, na semelhança entre os desejos e interesses dele e os do seu vizinho, seu parceiro, seu amigo, o membro do seu grupo. Então só existe moral dos grupos individualizados, não uma da sociedade inteira. Portanto, basta isso para você ver como a ideia geral da liberdade, como princípio da sociedade, já foi destruída automaticamente. Eu acreditaria que não se pode medir a profundidade da marca deixada no nosso espírito pela antropologia liberal, exceto recordando uma parte, as reivindicações saídas dos movimentos de maio de 68, dos quais algumas permanecem fortemente impregnadas do existencialismo sartreano, para o qual o ser humano se define como essencialmente livre e autônomo. É uma linhagem de Descartes, Locke, Berl-Alembra de Ville, Voltaire, etc. Vai terminar no existencialismo sartreano, onde o indivíduo é livre e autônomo no sentido, até, diz o sartre, que o indivíduo não tem uma essência, não é nada, ele se cria e se define a si mesmo, a partir de si mesmo. E diz aqui o Charles Robbins, que isto impregnou profundamente os ideais de maio de 68, o famoso é proibido proibir, etc. Esse aspecto da doxa filosófica dos anos 60 apresenta tanto mais interesse se acrescentamos que a liberdade se concebia em sartre, como a capacidade de romper com todas as provenências, pertinências e origens, vividas como outros tantos julgos que pesam sobre o desejo do indivíduo. Portanto, você não tem mais nenhum compromisso com a sua origem, com a sua família, com a história, com o passado humano, com absolutamente nada. Então, você se autodefine a partir do zero como se o ego coge tão cartesiano a adquirir uma vida biológica e começasse a existir no espaço e no tempo. Vamos ver se tem outro trecho aqui interessante. Então, o estudo dos autores liberais clássicos fornece a essa análise sólidos pontos de apoio. Desde o século XVIII encontramos já formuladas, notadamente através da figura de um Voltaire, as principais implicações políticas e culturais do projeto liberal, como por exemplo a ideia segunda, a que a livre busca pelos indivíduos, pelos seus interesses e seus desejos, o fundamento pseudonthropológico da nossa atual ideologia libertária, constituiria garantia mais potente da prosperidade econômica das nações capitalistas. Então, é a noção do mercado. Você verá que na própria economia austríaca os desejos do consumidor são colocados com uma fonte absoluta e inexplicável. Então, daí a crítica que o Ludwig von Mises faz da teoria do valor, de Karl Marx, segundo a qual o valor do mercado ia a quantidade de trabalho socialmente necessário para produzir, ele disse, não, o valor é o que as pessoas se dispõem a pagar por aquilo, se eles acharem que a calcinha da Madonna vale 200 mil dólares, pagaram 200 mil dólares. E se você apresenta lá uma obra de arte raríssima e ninguém quer pagar nada, não vale nada. E nesse sentido, funcionalmente, o Ludwig von Mises tem razão. Quer dizer, os desejos dos consumidores são nesse sentido, o fator decisivo. Agora, da onde surge esses desejos? Quer dizer, o consumidor, tal como o entê do Ludwig von Mises, é um átomo isolado, tal como as abelhas do Mandelville, ou tal como o cidadão Voltaire, ou tal como o ego Córgitans Cartesian. Então, dá a impressão que ele saiu do nada, nada o determina, nada o molda e ele escolhe, determina absolutamente livre. Ora, nós sabemos que isso é totalmente falso. É verdade que o valor das mercadorias é determinado pelos desejos de preferência do consumidor, mas os desejos de preferência do consumidor não saem do nada. Para que existe, por exemplo, a propaganda? É isso. E também, além da propaganda, existe a limitação forçada da presença de certas mercadorias no mercado. Eu me lembro, por exemplo, que nos anos 60, houve um engenheiro chamado Vankel, que criou um motorzinho deste tamanho, que movia um caminhão de 10 toneladas. E o que as companhias do automobilista fizeram? Compraram aquilo para não produzir. Por quê? Aquele motor é tão simples, tão barato, que a sua produção ia criar um desemprego em massa na indústria automobilista e uma crise social. Então, o consumidor só pode escolher aquilo que está disponível e nem tudo está disponível. Além do que existe, vamos dizer, a própria interferência do Estado, que proíbe o acesso a determinados bens, como por exemplo, aqui nos Estados Unidos, ela tem um mercado de armas, é absolutamente fantástico, e no Brasil isso não existe. Quer dizer, onde foi parar a liberdade do indivíduo? Então, até esse ponto eu acompanho a análise do Charles Robbins 100%. E tudo isso que ele está dizendo é verdade. Só que temos aí um seguinte problema. Eu também sou um cara de origem pobre, não aproveitar é mais pobre. Proveitar é até certo ponto que minha mãe era uma operária da indústria gráfica, mas naquele caso não era mais. A família afundou, faliu, e eu fui criado na mais extrema pobreza e a partir dos 14 anos eu estava trabalhando exatamente a mesma experiência que ele viveu. Só que não foi na França, foi no Brasil. E no Brasil a nossa experiência do liberalismo é exatamente inversa. Porque no Brasil a ideologia de esquerda não servia o liberalismo, mas ao contrário. Nós vimos que durante 40 anos, além de você ter uma tradição estatista e intervencionista, protofascista, por assim dizer, da economia, desde o tempo do retúrio Vargas, com breves arremedos de interrupção, como houve, por exemplo, no governo Collor, mas assim muito breve e superficial, então a nossa tradição econômica é fundamentalmente estatista e controladora. E nos últimos 40 anos, desde os anos 70 do século passado, nós vemos a hegemonia total da esquerda. A esquerda controlou, todo ambiente cultural e político, ao ponto de, em duas eleições presidenciais, o seu Lula celebrou com uma apoteose da democracia o fato de que todos os candidatos eram de esquerda, ou seja, a supressão total da direita, não só da atividade política, mas da atividade cultural e universitária. Então, foi isso que nós vimos no Brasil. Na França, ele observa a mesma coisa dentro da universidade, mas não na política em geral. Não tem o primeiro lugar, vamos dizer, a direita francesa nunca acabou, não só a direita liberal, mas a direita protofascista, da qual você é representante, por exemplo, a Alain Sorral. Isso nunca acabou na França, as pessoas sempre têm um destaque e embora eles sejam rejeitados no meio universitário, eles tenham seu próprio público, têm suas próprias editoras, têm suas próprias publicações, etc. Além do fato de que sempre existiram na França figuras ideologicamente indefiníveis, que se permitem opinar livremente sobre isso, sobre aquilo, de tal modo que você não consegue filiá-las a um grupo, como por exemplo talvez a figura mais notável aí seja Pierre Goutin. Não dá para você saber se Pierre Goutin é de direita, de esquerda, católico, mação, não dá para saber, ele mistura tudo isso, essa figura sempre existiu na França e o Pierre Goutin embora tenha sido um pouco esquecido depois da sua morte, ele em vida foi um ídolo nacional. Então essa já é uma diferença marcante entre o ambiente intelectual francês e o ambiente brasileiro. Então no nosso ambiente de hegemonia total da esquerda, que deixou de ser hegemonia, já era um domínio efetivo, um predominio que hegemonia não implica a dominação total, é uma dominação sutil que não precisa necessariamente ter uma expressão materializada no poder. Então antes da esquerda chegar oficialmente ao poder com o Lula, na verdade já tinha chegado com o FHC. Ela já dispõe da hegemonia cultural já desde o tempo dos governos militares, isso é absolutamente fundamental. Você precisa ver que quando os militares estavam lá em cima professando anti-comunismo da boca para fora, os comunistas já dominavam todas as universidades, dominavam toda a mídia sem exceção, nenhuma, nenhuma, nenhuma, e todas as universidades também sem exceção. E para que dominasse a política, a política eleitoral faltava apenas um passo. E quando surgem os movimentos liberais, ele surgem no Brasil graças ao falecido amigo meu, que era o Dona Stuart Jr., que era um engenheiro brasileiro filho de Canadense, apesar do nobito era brasileiro, ele funda os institutos liberais, aquelas ideias aos poucos começam a se disseminar através do Meira Pena, do Mar Guerreiro, do Berdo Oliva, de um pessoal que circulava em torno dos institutos liberais, dos quais o mais forte era no Rio Grande do Sul, onde era bastante ajudado, financiado, ali pela indústria Guerdal, Guerdal subsidiava os foros da liberdade, que era o único lugar no Brasil inteiro durante 20 anos, era o único lugar que se podia discutir livremente, das ideias liberais, era realmente único, e era tão isolado que em São Paulo e no Rio não saía sequer uma notícia, eu estive em vários foros da liberdade, reunia 2, 3 mil pessoas, e não saía sequer uma noticinha em São Paulo e no Rio, então você ia em Brasília muito menos, então você vê o isolamento dos liberais, era uma coisa desesperadora, talvez na ansia de conquistar mais popularidade, alguns desses liberais foram se transformando em libertários, o que lhes permitia, ou dizer, subscrever certas propostas da esquerda, como a liberação das drogas, o gaisismo, etc, etc, e no conjunto, este grupo de liberais foi apenas um instrumento na mão da esquerda dominante, então as passou simétricamente inversa da França, então a França, a terceira, quer dizer, a esquerda se transformou no instrumento do liberalismo, mas no Brasil o liberalismo se transformou no instrumento da esquerda, e, vamos dizer, as políticas estatistas, controladoras, etc, não pararam de se impor o tempo todo, você sabe que coisa similar acontece nos Estados Unidos, onde a ideologia dominante pode ser liberal, mas note bem, entre a ideologia e a política real de um grupo existe, uma coisa não é função da outra, não é como se a ideologia fosse uma injeção, então a ideologia é um discurso de autorjustificação, e nem sempre os pretextos que você usa para justificar as suas ações são os verdadeiros motivos da ação e muito menos, vamos dizer, a substância prática da ação, a gente pode usar uma ideologia para justificar uma ação que vai exatamente ao contrário dela, e isto acontece com uma frequência extraordinária, não é isso? Então, por exemplo, vamos dizer, Karl Marx era socialista, ninguém vai negar que ele fosse socialista, que ele quisesse o comunismo mundial, no entanto ele advogava o livre-comércio entre as nações, ou seja, naquele momento ele estava advogando a política liberal, por que? Por motivos dialéticos, ele acreditava que o livre-comércio desenvolveria as forças produtivas do capitalismo, e na medida que ela se desenvolvesse, ela chegaria a certas contradições que destruiriam o próprio capitalismo, então vamos dizer que por um motivo tático ele pregava o contrário do que seria o seu objetivo nominal, e não há nisso nenhuma falsidade, é uma questão, vamos dizer, a relação entre ideologia, objetivo, valores, estratégia e tática, é uma coisa muito complicada, eu vou dizer uma coisa para você, acho que eu não conheço nenhum analista político que você me levaria se em conta, e já resolvi a partir de ideologia. Então, é certo então que este ideário da esquerda libertária se encaixa como uma lua do discurso liberal, isso aí não tem a menor dúvida, porém nós devemos perguntar, a política efetiva praticada por esta direita liberal no poder é liberal? Eu acho que não, porque você vê que nos últimos 40 anos aqui nos Estados Unidos você tem um dirigismo e um controle social cada vez mais meticuloso, a interferência do Estado em todos os domínios da vida é uma coisa notabilíssima, aqui nos Estados Unidos e também no Brasil, aqui as pessoas têm um pouco a ilusão de que não é assim, porque muito se acredito que a ideologia liberal clássica ainda é a dominante aqui, mas pode ser a ideologia, mas não é a política, então tudo isso aí é muito complicado, quer dizer, você nunca se pode deduzir uma situação de fato a partir dos valores alegados, isso é a coisa mais óbvia do mundo, não é isso? Então, a política que um sujeito do governo segue na verdade pode estar baseada no ideologia exatamente oposta a que ele alega, você ver Ronald Reagan não se elegeu aqui nos Estados Unidos com a proposta de liberalizar a economia, ou seja, diminuir o investimento estatal e o que ele fez? Aumentou o investimento estatal monstruosamente para poder vencer a nossa viética na corrida pelas armas atômicas, ele foi incoerente e falou, não, meu filho, a vida é assim, Herbert Spencer faz uma figura de linguagem muito interessante, ele disse que você pega uma placa de metal e ela tem um calombo, se você pegar um martelo e martelar em cima do calombo, o calombo aumenta, então isso que você fala, você bate em volta, até chegar no centro, então isso quer dizer que a sociedade não é uma máquina que opere no sentido linear do objetivo que você propõe, ela tem intenções e contradições internas e tem que ser manipulada de acordo com essas intenções e contradições internas, uma contradição, por exemplo, que eu não conheço um liberal que leva em conta no Brasil pelo menos, é o seguinte, uma coisa é você definir uma certa política econômica para um certo país, quando você coloca esse país no cenário internacional a coisa muda completamente, então por exemplo a liberdade de mercado, a liberdade de mercado é uma coisa quando você é considera na escala de um país isolado, então é uma política liberal, mas quando você coloca esse país no cenário mundial e ele está concorrendo com países enormemente mais ricos e poderosos, a coisa muda totalmente de figura, a sua liberdade de mercado interno pode ir pro brejo pelo simples fato de que você tem um concorrente externo mais forte, e daí você é obrigado para defender uma margem de liberdade de mercado interno a adotar políticas protecionistas, e daí os liberais vão dizer não, mas protecionismo é fascismo etc etc etc, bom eles podem até dizer isso, mas o fato é que o protecionismo foi, a regra áurea da esquerda brasileira no poder durante todo o tempo, está aí o Celos Furtado que não me deixa mentir, que era um discípulo do Mihá Mano Ilescu, o ministro da economia fascista da Romênia, então todos esses conceitos abstratos, liberalismo, fascismo etc etc, tudo isso deve ser usado não como expressão da realidade, mas como instrumentos comparativos, ou como diria o Max Weber, tipos ideais, modelos ideais, e para chegar a compressão de uma situação concreta você precisa cruzar vários tipos ideais como você cruza diferentes medidas para você representar um objeto no espaço, entende? Eu estou trabalhando nessa técnica há décadas, eu não quero saber se é um negócio liberalismo, se é fascismo, se é isso, eu quero saber o que está acontecendo mesmo, e para saber o que está acontecendo mesmo, eu vou ter que examinar usando essas várias conceitos como diferentes unidades de medida para tomar várias medidas em diferentes direções até poder chegar a entender o que está acontecendo mesmo, então esse aqui é o senso da realidade concreta, mas o senso da realidade concreta depende de uma coisa terrível, que é o número de disciplinas que você domina, ou seja o número de perspectivas que você pode lançar sobre o seu objeto, então nós chegamos à conclusão, já expliquei muitas vezes, não existe nenhuma ciência que trate da realidade concreta, isso é impossível, ciência só trata de objetos abstratos previamente recortados para poder ser abordados de acordo com os métodos dessa ciência, então se você disser, ah mas e a interdisciplina, o causamento de várias disciplinas, isso pode ajudar desde que o conceito que domine, seja o da realidade concreta e não o da ciência, não o da própria interdisciplina, não tem que praticar interdisciplina porque é bonito, mas porque o objeto exige ser encarado sobre certos aspectos, e onde termina isso? Se você pegar todas as ciências sociais elas não bastam, pegar as ciências naturais também não bastam, ou seja, você às vezes tem que subir uma perspectiva metafísica, essa metafísica basta, não meu filho, a metafísica também é abstracionismo, se você ler todas, tem imensa produção, na escora tradicionalista, guinon, chuuma, etc, já tá cheio de coisas lindas sobre as religiões, a espiritualidade, o simbolismo, só tem um negócio que falta, falta um negócio chamado Deus, quer dizer, ou Deus, é uma entidade concreta, qual você tem algum contato que fala com você e que age sobre você, e cuja ação é identificável na sua vida concreta, ou você não tem Deus nenhum, meu filho, seu Deus é um conceito abstrato, então, por exemplo, a ação divina em certas circunstâncias, ela é perfeitamente identificável, na nossa vida pessoal e às vezes na vida coletiva, eu não sou muito a favor dessa mania de profetologia que tem aqui nos Estados Unidos, que todo mundo interpreta tudo a luz das profecias, eu acho que eles abusam disso aí, mas às vezes a ação divina é bastante evidente, por exemplo, é impossível quando você vê esses esforços de criar um governo global que deveria, os planos dele estaram ponteiras da década de 80 e não está aí até agora, é impossível você esquecer de lembrar da história da Torre de Babel, onde Deus separa os homens pelas suas nações, pelas suas origens, pelas suas línguas, etc., etc., para que não ousasse unificar-se por sua própria conta, porque a única unidade da espécie humana que existe é a pessoa de nosso Senhor Cristo, não há outra unidade, então, tentar unificar a humanidade, eles estão fazendo a Torre de Babel de novo e ela não vai ficar pronta jamais, ora, quando passa um tempo, as pessoas começam a tomar consciência dos planos globais, o que acontece? O Brexit na Inglaterra, o Trump aqui, o Málino Lepen lá, são reações quase orgânicas da humanidade, que sabe que a nossa humanidade só existe abstrutamente, concretamente, quem é a humanidade, se você pergunte, se você define o que é a humanidade, faz qualquer adicionar, tem, mas se você pergunte, a humanidade existe apenas como objeto físico, não, a humanidade implica uma dimensão pessoal, portanto, se você pergunte, quem é a humanidade, só tem um que pode responder, o nosso Senhor Jesus Cristo, o modelo é fonte de toda humanidade, então, você não tem nosso Senhor Cristo, então, você já tem o quê? Teatro de Babel, e ela vai cair necessariamente, os esforços para Erguela não serão inocos, eles deixarão marcas, então, você não criará o governo global, mas você transformará os governos locais numa mistória dos diabos, que é exatamente o que está acontecendo, é impossível não virar a ação divina aí, eu digo, a Deus está desfazendo a Teu Torre de Babel de novo, escuta, mas, e quanto eles gastaram para construir a Torre de Babel, e o esforço humano, dependido naquilo, e os recursos que tiveram que ser robados daqui, da Lipaco, levar para o governo, e o nome de pessoa que morreram na Dona da Constituição da Corre Torre de Babel, tudo isso aí é dispensa, está lá no passivo, está lá no saldo em vermelho, e isso fica, quer dizer que a obra, a parte destrutiva da obra fica, e a parte construtiva não se completa nunca, isso está na Bíblia, está certo, e é muito difícil você não ver a história sem repetir, na verdade, toda construção de império terminar assim, quantos impérios já não cresceram, já não surgiram, cresceram, dominaram tudo e depois caíram, assim, com uma velocidade impressionante, e num espetáculo de auto-decomposição deprimente, eu digo, e por que será diferente com o Império Mundial, meu Deus do céu, ou com o Império Russo, ou com o Império Americano, qualquer outro Império, então, quer dizer, esses esforços de obter mediante o controle humano, algo que só está na mão de Deus, eles vão sempre ter o mesmo resultado, né isso? Então, observando as coisas de uma perspectiva brasileira, eu vejo o seguinte, como este cidadão, Charles Robbins, chegou à conclusão de que a esquerda está servindo ao liberalismo, o que que ele propõe? Uma esquerda radical que volte à sua proposta de uma sociedade igualitária sem classes, e não faça concessões ao liberalismo, e diz ele, estes socialismos a poder a existir, se ele reconhecer acima, vamos dizer, dos indivíduos atomizados, o Império de uma transcendência, eu digo, epa, começou, né? Mas essa transcendência, ele não é... ele não é cristão, ele não é o Senhor Jesus Cristo, então, ele acredita que em transcendência, em espiritualidade, em religiosidade, que ele identifica com valores comunitários, ele está pronto para a conversão ao Islam, ele está com apenas 41 anos e isso pode acontecer a qualquer momento, porque ele vai ver que o Islam lhe fornece esta base transcendente e comunitária, o Islam é, por definição, a comunidade sacra, não é uma religião no sentido que a palavra tem no ocidente, que é um sistema de crenças individuais, que vale para o indivíduo, está também a noção liberal da religião, é dizer, a sua religião é matéria de foro íntimo, e ele diz, não, isso é absolutamente incompatível com o Islam, porque o Islam se considera obrigatório para todos os seres humanos, e o seu foro íntimo não interessa no mais mínimo que seja, a declaração de fé, mediante a qual o indivíduo se integra no Islam, ela tem uma validade apenas social, quer dizer, ele se integrou na comunidade, se ele acredita nela ou não, não faz a mais mínima diferença, então como é que você vai dizer que a prática do Islam é uma matéria de foro íntimo? Não tem, o foro íntimo não entra em consideração, e o que entra é a integração na comunidade, que por sua vez, acredita personificar na terra a presença de uma transcendência, de uma autoridade divina que se impõe a toda a comunidade humana, então de bom, isso aqui é a maturação de um sujeito desde o comunismo, até muito provavelmente o Islam, se ele não acordar para este outro lado, então estou pensando que eu vi uma carta para eles, olha, o seu livro gostei muito, e até esse ponto você está certo, mas acontece que eu, no Brasil, vivi a experiência exatamente oposta, não da esquerda servir ao liberalismo, mas do liberalismo, a contrabosto acabar servindo à esquerda, e uma política estatística, intervencionista, controladora etc etc etc, portanto as coisas têm um outro lado, é isso, agora, eu já cheguei à conclusão que você nascer num país muito desenvolvido, é um tremendo handicap, eu no começo achava ruim ter nascido no Brasil, ter nascido no terceiro mundo, agora eu acho cada vez melhor, porque se você nasce num país insignificante, e você é obrigado a observar o que está acontecendo nos países significantes, e eles são diferentes uns dos outros, e você acaba adquirindo uma perspectiva mais completa, mas se você nasceu na França, o seu mundo é a França, meu filho, se nasceu no Estados Unidos, o seu mundo é o Estados Unidos, você vai ver tudo na escala do seu país, e o que estiver fora do seu país, ou no interesse, ou é irrelevante, ou é até mesmo enganoso, quer dizer, por exemplo, para um americano acreditar que todos os muçulmanos estão loucos, é a coisa mais fácil do mundo, eu disse, meu filho, mas se eles tivessem loucos, eles não conseguiriam fazer o que estão fazendo, eles não estão agindo como loucos, é como dizia o Don Quichote, louco assim, mas não tonto, e assim então, o desprezo que as pessoas nascidas nesse país mais desenvolvido têm pelos outros, nos leva a cometer erros horríveis, ao pásquei nós brasileiros, somos apenas rapazes latino-americanos, sem diando bols, nós não podemos olhar ninguém desde cima, nem mesmo no futebol podemos fazer mais, eu nasci no tempo do Pelé, e eu olhava os caras, ah, nós temos um Pelé, você não tem nada, nem no futebol nós podemos fazer mais isso, quer dizer, nós somos um Zé Mané, nós somos Coitadinho, e a nossa única saída é observar a realidade, tentar nos adaptar a ela, mas se você nasceu em uma cultura mais avançada, você está cercado por ela, e ela lhe parece realmente o centro do mundo, e justamente por lhe parecer o centro do mundo, ela se torna vulnerável à intromissão de culturas estrangeiras, que a destrói sobre pretextos que ela mesma criou, quer dizer, um muçul humano que alega a liberdade de consciência, para lhe poder praticar uma religião que nega a liberdade de consciência, só funciona onde se respeita a liberdade de consciência, no próprio Islam não funciona, quer dizer, esta vulnerabilidade das sociedades que nasceram da ideologia liberal, ela é cada vez maior, está dentro dos nossos olhos, e eu não creio que a intelectualidade desses países mais avançados esteja em condição de transcender esse problema, porque quando eles saem da ideologia liberal, eles descobriram que a transcendência, a religiosidade, a espiritualidade, eles fazem uma meleca dos diabos, começa a ler René Guénon, Júlio Zévulo, e acha que virou o rei da coca da preta, quando na verdade não está entendendo, é coisíssima nenhum. Então eu mesmo vi isso com meus próprios olhos nos anos 80, quando convivi com eles, pessoal. Eu via, por exemplo, aqueles que se apresentavam como representantes do sufismo autêntico, eram totalmente impotentes contra aqueles que eles jogavam representantes do falso sufismo, conseguiam fazer nada, absolutamente nada, até morriam de medo deles, eles foram dos grandes impactos cognitivos que eu tive na minha vida. Eu tive uma experiência com o pessoal do Idris Chá, que é aquilo que eu estou dando para um band de vigaristas mesmo, está acima de qualquer dúvida no vigarista, mas eu via com o pessoal do show, morri de medo deles, eu disse, como, mas vocês não são os representantes do sufismo autêntico, vocês não estão com a baraca, a baraca é a benção de Deus, dá o poder para vocês, vocês não estão com a baraca, então por que vocês têm medo desses caras? Uma outra coisa que eu acredito, eu acredito que isso realmente é um privilégio do indivíduo humano, não por ele ser uma entidade autônoma, mas justamente porque ele depende tanto do contexto social, para ele se autodefinir, em parte absorvendo os conceitos, o ambiente social, em parte se opondo a ele, o indivíduo humano está na posição de entender o que a sociedade não entende, e portanto, de ele ter um nível de consciência superior da sua sociedade, isso é normal na história humana, sempre foi assim, porém, ele terá esse nível de consciência sem ele poder alterar o rumo das coisas, então, ao mesmo tempo, é grandeza e miséria do indivíduo humano, você pode estar enxergando, ninguém mais enxerga, mas você não vai conseguir fazer ninguém enxergar, eu já entendi que as coisas são assim, e que a gente vive no meio dessa tensão, o fato de que você não vai poder alterar fundamentamente o rumo das coisas, não quer dizer que você não possa alertar no certo número de pessoas quanto ao rumo das coisas, para que pelo menos elas se preparem, o que, no mínimo, não fique tão assustadas com as coisas que acontecem, vamos fazer uma pausa daqui a pouco nós voltamos. Então, vamos lá, aqui o Paulo Ricardo pergunta, o bagulho de Guno, tem nada a ver com aula, mas é interessante, eu comecei a ser aca de um mês e meio a fazer poemas e vou entregar de vez a literatura, estou pegando firme literatura e ficção, e meus textos estão com uma expressão cada vez melhor, dele pede alguma orientação com relação à poesia, então a orientação é muito simples Paulo Ricardo, você não está ainda prestando suficiente a tensão amétrica, a amétrica é coisa básica na poesia, mesmo se depois for para você fazer o verso branco, você tem que dominar essa técnica, existe um livro que hoje é raríssimo, que ensina tudo a respeito, chama-se a arte do poeta, o autor Murilo Araújo, que é um poeta mineiro muito cérebro no seu tempo, muito respeitado, hoje esquecido, a arte do poeta, Murilo Araújo, tente achar isso de qualquer maneira, se ninguém achar, eu vou pegar o meu exemplar, tirar uma cópia e pedir para a vida editorial publicar. Luide Amendola, professor soaula está muito boa, obrigado, só poderia falar sobre a Alain Sorral, o Alain Sorral, ele parece do mesmo problema crônico da direita francesa, que tem ainda aquele ranço antisemítico que começa lá no tempo do caso do Ré Fus, na esquerda o preconceito antisemita muito mais velho, o Volterra não antisemita raivoso, mas na direita francesa isso começa no tempo do caso do Ré Fus, que já era um preparativo da Primeira Guerra Mundial, na qual o judeus tinha uma fama de espiões alemães, nunca mais concertou o negócio, então o negócio de bater judeus é por qualquer pretexto que seja, agora apareceu o Islam, deu mais um pretexto, então eles têm esse problema e isso eu acho que é um escotomo, é uma coisa que impede as pessoas de ver, por exemplo, você falar de conspiração sionista mundial, hoje em dia isso não faz sentido, é claro que existe um sionista mundial, um sionista tem em toda parte, mas você só vê, o judeus se ferrando por toda parte, eu disse que é raio de conspiração, é que os conspirações são a panha, é uma espécie de cegueira, e é interessante que na França, por exemplo, esses julgamentos sumários, também baseados em meras aproximações exteriores, como os aqui, o próprio Charles Robins, no livro Conta e Espírito Universitário, é uma coisa terrível, porque ele deu uma entrevista para o site do Alain Sorra, e um dia ele estava lá fazendo uma conferência, alguém se levantou e falou como que esta universidade admita a presença de um cúplice do Alain Sorra, ele não tem nada a ver com o pensamento do Alain Sorra, ele não tem nada a ver com a direita francesa clássica e versão moderna, e o roubano é sequer um direitista, na verdade ele é mais extrema esquerda hoje do que antes, ele está tentando voltar à esquerda clássica. Fabrício Alves, o que o que o senhor Harns deu no livro The Secular Age, Charles Taylor, eu comprei esse livro, mas ele foi para no depósito e está lá guardado até agora, não tive o ocasão de ler, parece um livro muito interessante. Nelson Filho, os agentes dos esquemas globalistas teriam hoje maior vitalidade, criação intelectual, que é o movimento de reação ao globalismo, não, vitalidade intelectual pura não, mas eles têm uma vitalidade de mídia, que é um negócio fantástico, eles praticamente dominam a mídia do mundo inteiro, então eles falam mais do que o domino amido, o domino show business, criatividade ali não tem nenhuma, acho que o Michael Moore é criativo, em matéria de criatividade estão muito baixos, só repetem chavões do tempo todo, e são chavões autipnóticos, o jeito diz uma palavra instantaneamente e acredita que aquilo existe, onde quer que você ver uma pessoa raciocinando assim, você sabe que o Angelatão é um idiota completo, um autipnótico, então por exemplo, agora os camaradas falam, não, nós temos que nos opor ao ódio, ao preconceito, etc., muito bem, nós temos que nos opor ao ódio, preconceito, mas você está achando que esta medida do Trump de limitar um pouco a entrada de 7 países fornecedores de terroristas durante 90 dias para investigar e separar os imigrantes dos terroristas, é uma medida anti-immigração, você acha mesmo isso, você acha que isso é baseado, não é contra-immigração e daí as pessoas ainda acham que, ah, mas isso é baseado no ódio e no preconceito, quem falou? Lesta esta, esse post que eu coloquei hoje na internet sobre essa gangue MS-13, que está atuando aqui em vários Estados Unidos, que já estão recrutando crianças de 8, 9 anos, como lembrou aqui o Alexandre, na base de, o rite de iniciação para você entrar lá, consistem em você matar alguém, agora depois que você mata alguém, você está comprometido com a, pega um garoto, jovem, pega um transeúto, o que é que fala, mata aquele lá, se ele não matar ele mora, se ele matar ele é aceito na gangue, eles estão fazendo isso aqui, é gente, tudo imigrante, tudo, tudo, tudo imigrante, é uma, uma, uma gangue que veio de El Salvador, que está dominando aqui vários Estados americanos, então você acha que você é pura isso, é ódio e preconceito, são pessoas que se encantam com palavras, né, claro, todo mundo é contra ódio e preconceito, então, mas isso aí é, são, são chavões, são pessoas evasivas, que você aplica onde você quiser, na hora que você tem pessoas, na hora que elas dizem essas coisas, elas visualizam aquilo mesmo, ou seja, a realidade concreta não tem mais a mínima importância para essas pessoas, mas nem sabe o que é isso, né? Por que você acha que esse pessoal da esquerda, por exemplo, eu me lembro que alguns anos atrás, a Sarah Paley disse que precisamos dirigir nossas forças contra um determinado álbum, entenderam isso como uma ameaça de morte, que ela queria matar aquela pessoa, esses mesmo que ficarem escandalizados porque ela diz isso, hoje pregam abertamente a borda do trombo, na televisão os caras falam, ele tem que matar, tem que matar, pra ele dizer isso, isso é natural, como é que você chega nisso, você sabe quem, quem matou essa charada? Foi o, aqui o Pierre Mutant, vou dar um parágrafo pra vocês, ainda voltando ao tema do indivíduo soltor, não é? Se o eu reduzido privado dos seus liames da sua religião liberado, se encontra no entanto acediado pela morte, ele projetará nela a recusa passional, uma recusa passional, sem crer que jamais essa recusa possa triunfar sobre o antigo destino, ou seja, ele recusa a morte, mas ele sabe que essa recusa não vai triunfar. É humilhando o outro e comportando-se como servidor ou sacerdote de um destino que ele adiará, adiará, adiará, que adiará o seu aniquilamento, ele se evadirá do tempo da morte, ele se fará, tornará uma exceção provisória da condição humana, ele inventará um tempo, um parênteses de tempo, que não seja uma descida para o nada, um rebaixamento de si mesmo. O último dos carrascos se imagina um semideus, escapando a lei comum, ele não pode evitar nascer, ele crê, eludir a morte. Ou seja, no momento em que ele mata o outro, que ele executa o outro, ele está superior à morte, é? Ele é, como é que diz? É quem comanda a morte. Então, o desejo de matar é inerente a essa coisa da liberdade atomística. Agora, não vem, você vai por... Ah, temos que sair disso, então temos que achar uma transcendência. Não, não é transcendência, tem que achar Deus. Não é transcendência. Samuel Gauvea. No tema da filosofia de Giovanni Reale, o Protágono das Diabedera foi o fundador do relativismo ocidental, que ele expressou na série Fórmula O Homem à Medida de Todas As Coisas, com isso entendendo que não existe critério absoluto para jogar o verdadeiro e o falso, bem ou mal, mas que cada homem julga conforme o próprio modo de ver a medida das coisas. Bom, essa frase pode ser interpretada em duas maneiras. Uma maneira a mais vulgar é essa, o relativismo. Mas note bem, o que o Protágono disse não foi cada homem, ele disse o homem. Ora, se você observar, existe na ciência um negócio que chama o principal antrópico, que mostra assim, para que tudo envolca no nosso ambiente, foi construída a nossa medida, para que a nossa espécie pudesse sobreviver neste ambiente. E nesse sentido, de fato, o homem ameia todas as coisas. No sentido objetivo, e não o homem como um indivíduo, e sim o homem como espécie, é uma maneira de você entender. Uma segunda maneira, é que, de fato, na prática, o que vai vigorar é o julgamento de cada um, sem dúvida. O que não quer dizer que ele deva fazer isso e que isso seja, vamos dizer, o único critério da verdade. Vamos dizer, a conduta de um homem é decidida pelo que ele acha subjetivamente, o que ele sente subjetivamente, o que ele imagina subjetivamente. Então, nesse sentido, ele é a medida da conduta dele mesmo. E só podemos compreendê-lo, se compreendemos essa medida que ele tem interna. Mas isso não quer dizer que essa conduta dele seja adequada ao mundo real. Existem vários lados por quais examinar as coisas. Agora, em geral, as pessoas entendem, no sentido puramente relativista, subjetivista, eu não sei se essa foi a intenção de protágoras, ninguém estava lá, o que sobrou dele foi apenas dois ou três fragmentos. Então, você pode interpretar no sentido relativismo e imbecil atual, ou você pode ter uma certa diferença como protágoras e pensar, não, ele deve ter pensado em uma coisa mais profunda, não é possível que ele fosse tão idiota assim. Vanessa Theodor, perguntou para mim a minha manografia, ele fez a sua tour de música, curtemos suas constrúrticas, ele diga alguma bibliografia, e eu não sou a pessoa adequada para isso. Luiz Fernando Tomé, durante semana o professor publicou no Facebook a frase, nunca esqueceria o que aprender com regra, em todas as homens, a parte negativa vem primeiro. A parte negativa vem primeiro pelo simples fato de que você nasce num ambiente preexistente, você não pode, vamos dizer, impor a realidade, os seus projetos, as suas ideias sem você remover algum obstáculo, a remoção do obstáculo é sempre a primeira coisa, então, por exemplo, você quer construir uma mesa, então você vai ter que derrubar uma árvore ou algo assim, você não vai partir direto para o seu projeto positivo, isso é sempre impossível. Christian Rocha, é verdadeira carta de Aristóteles para deixando o grande sobre importância da Doutora, absolutamente falsa, é uma boa invenção, você não é velho, é bem trovado, mas é falso. Sergio Braga, o que Benoar Amon propõe como religiosidade comunitária, não poderia também ser um embrião de uma religião civil, isso que hoje se reconhece no círculo da esquerda, que a espiritualidade é uma dimensão da existência humana, claro, é uma tese que foi colocada em circulação há muito tempo por um muçulman americano, dizendo que o socialismo era incompleto, porque ele faltava a dimensão espiritual, e que o islam iria então colocar essa dimensão espiritual em cima do socialismo. O ideal é similar a do Augusto Cômpter, que a Revolução Francesa tinha sido muito certa, mas ela esvaziou o espiritualmente do ser humano, então precisava colocar uma religião em cima, e ele inventou a tal da religião da humanidade, uma religião civil. Se você pensar bem, o islam é uma religião civil, o islam inteiro é um código civil, o código da conduta do cidadão, é isso, teoricamente seria, vamos dizer, o código civil revelado, com a sociedade que Deus quer. Marcelo Mas, de tanto o dia, o comunismo cheguei a seguir de indigestos, será comunista e algo de positivo? Mas é claro que tem algo de positivo, isso é a coisa mais óbvia do mundo, o mal absoluto não existe, se pega a ideia mais criminosa do mundo, alguma razão de ser ela tem, né? Ademais, Karl Marx escreveu o par das memoráveis de análise do capitalismo, da história, etc. Não é o poder jogar tudo de fora. Luiz Estevanato, se o liberalismo está a serviço da esquerda no Brasil, qual seria o papel e a tarefa da direita? Eu não sei, eu sei qual é o meu papel. Eu não estou aqui para dar receita para ninguém, sobretudo para um treco chamado a direita. Quer dizer, depois que apareceu, a maior parte da minha vida não existia a direita, a circulante. Eu falei, tem que existir alguma, daí comecei a fomentar para que aparecesse. A hora que apareceu, a paz, o que veio de picareta, de oportunismo e bandido no meio ficou com coisa horrorosa. E não que eu esteja arrependido de ter fomentado. Se você fomenta algum tipo de vida, vêm todas formas de vida, verbes, lacraias, etc. É inevitável. Então eu não estou aqui para orientar a direita. Eu posso, quando aparece, por exemplo, um político sério, que você vê que é uma amonesta, eu posso dar uma amonesta, algumas sugestões para ele, para facilitar a carreira dele, para ajudá-lo a fazer o bem. Mas para uma corrente política em geral, o que eu recomendo para todos os cidadãos brasileiros, no momento, não para a direita, mas para todo mundo que tem um pouco de armamento na cara, o ponto principal agora é derrubar o tal do estatuto de armamento. Por quê? Porque eu sou a favor disso, a favor aquilo? Não, gente, é porque está morrendo de 60, 70 mil brasileiros por ano. E a polícia não vai fazer nada, a polícia está entrando em greve, o governo não tende a ir para pagá-la. Então deixa pelo menos a gente ter as nossas armas, não me impeça a defender a minha vida, já que você não pode defender. Quer dizer, o Estado que não tem a condição de proteger, nem o Estado tem o direito de tomar as armas do cidadão, de jeito nenhum. Não por causa de princípios liberais, mas por causa do princípio da defesa própria, que este é o universal, este não tem nada a ver com liberalismo. Então, principalmente o Estado que não tem meio de da proteção, ele não pode proteger, proibir proteger você mesmo, a sua família. Isso é tão imoral, isso no Brasil já tomou a dimensão de um genocídio, porque é sistemático. Você desarma a população, a força, e ao meu tempo você proteja os bandidos de tudo, de maneira como acaba de fazer o STF, agora tem que pagar a indenização para os caras. Não, quem vai pagar? Somos nós, é o seu imposto que vai pagar. Indenação por maus tratos, olha, se já tem superpopulação numa cela, já é maus trato. Isso quer dizer, todo o presidente brasileiro vai receber indenização e vocês vão pagar. Quer dizer, é claro que isso é uma política genocida, a política de exterminio do povo brasileiro. Então, se tem alguma coisa para recomendar, não para a direita, mas para todo mundo, é isso aí. Se juntem, adiem suas divergências, não é suprimir, adiem que tem coisa mais urgente. Mais importante do que o seu projeto de sociedade é você continuar vivo. Rondon, antes de se considerar um indivíduo com seus desejos de interesse, o seu jogo aqui havia mais equilíbrio de transcendência na humanidade, sem sombra, de dúvida, havia um senso mais aprimorado da rede, mas isso é o óbvio, é só você comparar qualquer tribo de índio e você vai ver que é assim. Você vai... nunca houve sociedades tão homicidas quanto as da atualidade. Quando... eu falei assim, olha, quando os... na revolução francesa, eles já achavam, não, nós temos que quebrar as monarquias absolutas e criar aí uma república para ter os direitos humanos, muito bem. A violência, a assassina nas repúblicas democráticas foi muito maior do que tinha sido antes. É isso? Daí, mais adiante, aparece a ideia do socialismo, não, nós temos que criar o socialismo para instaurar a paz. Bom, o socialismo, então como foi na neusovieta, na China, na Alemanha, etc., é muito mais assassino do que tudo que houve antes. Então, quer dizer, algo de errado na base da civilização ocidental, é claro que tem. É isso? Você pode diagnosticar com a perda da transcendência, se quiser, mas, veja, o comunismo não é uma forma de transcendência. A aposta numa utopia futura que transcende os interesses individuais colocando-os dentro de um esforço coletivo para alcançar um suposto bem no futuro, isso não é uma transcendência. A história, o socialismo não são, como é que se diz, valores supremos aos quais todos os interesses humanos têm que se ceder. São, então, eles são uma forma de transcendência. O islão não é uma forma de transcendência. É, como é que se alcança a transcendência, matando os infiéis. É assim, por diante. Quer dizer, transcendência é uma pinóia. Ora, transcendência, religiosidade, fé, espiritualidade. Eu escuto falar essas coisas e hoje eu sei que eu estou falando com o vigarista. Agora está vendo um título do livro aí. O Cundo da Virgem ou a Metafísica no Feminino. Eu digo, ah, aqueles milhões de fatos que conversaram com o nosso Senhor, pensaram, né, ter igual de metafísica no Feminino, não pensaram nada. Só que os seguintes conheceram o nosso Senhor. E ela agiu sobre eles diretamente. Então, é isso que está faltando. São direto ali, Deus no mundo. Agora, Deus não age sem você pedir muito. Ele não é que nem o diabo. O diabo se intromete em tudo. Agora, Deus assume esse compromisso. Você é livre. Eu só vou se você quiser. Ele fica insistindo com você, mas insistindo suavemente. Então, o que está faltando é isso. Não está faltando transcendência, nem religiosidade. Está faltando é você pedir. Eu leo o leo do Paz, é Juan Gonzálezal inteiro. Está tudo lá. Tudo que eu sou espiritual do século XX, eu não vale 10 paras daquilo. Mas isso é o assunto do outro curso. Bom, eu acho que por hoje é só. Está bom? Então, espero que tenha sido útil. Muito obrigado a todos até a semana que vem. Ou até o curso da terça-feira. O que estão fazendo os dois para entender que um esclarece o outro, o outro esclarece o um. Você tem que... Espera aí. Não, não. Você tem que ver lá. O quê? Nada? Tá bom. Então, até a semana que vem. Muito obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado.