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Então vamos lá, boa noite a todos, sejam bem-vindos. Hoje eu queria aqui estudar brevemente um texto a respeito do Kant, não é um texto notável, é apenas um trabalho escolar na fina das coisas, mas ele tem a vantagem de que o autor reuniu as quatro únicas fontes nas quais se encontra a opinião de Kant sobre a prece. São referências mais ou menos breves que Kant faz, mas que eu considero altamente significativo, porque ali de algum modo se condensa toda a filosofia da religião de Kant. E o nosso objetivo, evidentemente, não vai ser discutir, saber se Kant tem razão ou não. Existem muitas discussões a esse respeito, em geral a opinião de Kant rejeitada pelo religiosa, que tem muito religiosos protestantes que reclamam do que ele está dizendo ali, mas o nosso objetivo não é este. O nosso objetivo é sondar as premissas profundas do que ele está dizendo. Quando dizem premissas profundas, quer dizer que, evidentemente, nós não entendemos nenhum pensamento, se nós não soubermos quais são os princípios que o emissor da opinião considera autoevidentes e que sustentam para ele, dizer, da incredibilidade a essa opinião. Porém, quando falam em premissas, vocês têm que tomar cuidado com o seguinte, nem sempre as premissas são afirmações, explícitas ou implícitas. Muitas vezes, a premissa é uma percepção geral que os rei têm de uma certa área de fenômenos e que ele não chega a verbalizar, nem mesmo, interiormente, nem mesmo, em segredo, mas que está embutido ali no seu, na sua cosmovisão. Desencavar esse gênero de premissas, nós podemos... existem as premissas explícitas, existem as premissas implícitas, existem as premissas ocultas e existem essas que eu chamarei de premissas mudas, que são as mais decisivas de todas. São premissas que não estão formuladas, elas não são tesis, elas também não foram escondidas, elas sempre vieram não chegar a ser verbalizadas. Justamente, porque não chegam a ser verbalizadas, elas têm um poder enorme de convicção sobre o indivíduo, porque elas não parecem ser uma ideia, não são pensamentos que ele tem, parecem a própria realidade. E quando nós fazemos esse tipo de análise nas opiniões do Kant sobre o fenômeno da prece, nós chegamos a algumas conclusões espetaculares, que serão muito reveladoras sobre toda uma etapa do pensamento histórico e que até para aqueles que viram a fazer o curso da guerra cultural terão alguma utilidade, porque muitas vezes eu aliterei de usar este método, de desencavar as premissas mudas, para chegar a compreender o que o indivíduo está dizendo realmente. Olha, quando digo também o que o indivíduo está dizendo realmente, não se trata de que ele está dizendo uma coisa e pensando outra, não se trata de que ele está escondendo algo, mas se trata de que o indivíduo está inserido dentro de um conjunto de percepções que para eles são naturais e óbvias, que não precisam nem mesmo ser formuladas como teses. Então, ninguém vai fazer o raciocínio baseado na premissa de que um mais ou igual a dois, ninguém faz isso, porque já não, isso não chega a ser sequer uma premissa, isso é uma realidade por isso. Então, as primeiras primeiras premissas em que o indivíduo se baseia, as mais básicas geralmente não são enunciadas e não são nem sequer pensadas, não se pode dizer nem que são crenças, são realmente percepções, coisa com indivíduo V, assim, não é que ele acredita, nem isso acredita, é que ele está vendo dessa maneira. Então, eu vou pedir aqui para o Alessandro para ele traduzir alguns, esse texto é só um lembrete, só interessa ali os quatro trechos do canto sobre a prece. Vamos lá, você pode, pode, não traduz a tudo, também só os trechos, o que você acha necessário. De bem quando eu vou tentar romper para fazer algum comentário. Vamos lá. É importante lembrar que os tipos de oração que cante tem em mente, em todo lugar, são comunmente referidas como preces de agradecimento, preces de louvor ou preces de petição, ou pedidos. É claro, há outros tipos de prece, pode se pensar em prece contemplativa, por exemplo, mas quais são os mais pontos de cante, quais são os principais objetivos de cante? Em todo lugar, ele usa palavras como desnecessário, fútil, despropositado, em aceverar ou usadamente que, de maneira objetiva, então, as preces são bastante desnecessárias. Para o bem de Deus declarar louvor ou fazer um pedido, é simplesmente despropositado. Nada se não uma ilusão supersticiosa, uma espécie de fetiche, ou uma criação do fetiche. O que ele quer dizer com isso é que um ser omniciante já sabe, já conhece qualquer necessidade ou motivo mais profundo que nós podemos ter. Daí, a conclusão de que a prece não se trata de uma conversa com Deus, mas se trata de uma conversa com o Sebo mesmo. A única razão para rezar é para o nosso próprio bem, para fazer nossas próprias ideias compreensíveis. Para fazer nossas próprias ideias compreensíveis, nós devemos vesti-las com palavras, trata-se de uma fraqueza humana. Apenas nesse sentido subjetivo, a prece é uma outra maneira de expressar esse uso subjetivo da prece, é a sua sugestão de que nós podemos apenas falar com alguém que nós conseguimos ver. Daí, a conclusão de que é um absurdo desejar conversar com Deus, uma vez que nós não podemos intuir Deus. Além dessa falta de propósito, essa falta de sentido, entretanto, a prece com palavras, ou em palavras e fórmulas, de maneira positiva evita que façamos cumprimos qualquer dos deveres morais que nos não são incumbenhos. A prece, portanto, nunca é em si mesma boa. De maneira mais própria, a prece é apenas um meio para aquilo que é em si mesmo bom. Essa distinção é o ponto central de câncer a respeito da prece. Ele desenvolve essa distinção ao contrastar a letra, simplesmente os meios e o espírito da prece. As palavras e as fórmulas são a letra. Apenas necessários para nós, na medida em que nós falamos, consigo mesmo. Enquanto as pessoas comuns precisam dessa assistência, dessa ajuda auditiva, uma pessoa pode treinar a si mesmo para rezar em silêncio, para fazer essa prece em silêncio. Essa é a habilidade ou a capacidade de examinar que uma pessoa pode desenvolver, examinar suas próprias disposições, suas próprias motivos. Qualquer pessoa que pode fazer isso, que consiga fazer isso de maneira silenciosa, definitivamente ou positivamente não deve ou não deveria rezar em voz alta. Cante adiciona aqui que a letra da prece não deve ser censurada, desde que ela seja solenemente expressa na igreja. Desculpe, que a letra da prece não deve ser censurada, desde que ela seja solenemente pronunciada na igreja, ela pode ter um grande efeito em todos. Mas ele não consegue terminar essa sentença de uma maneira positiva, dado a profunda tendência humana de corromper o espírito transformando em letra, mas em e por si mesma a letra é morta. O que a prece deve ser, o espírito da prece, é a moralidade. Este é o ponto central da coisa, já que vamos chegar lá. É ter a disposição em todas as nossas ações, que ele define como um sincero desejo de agragar a Deus em todos os nossos a fazê-los, em todos os nossos a fazê-los, em todos os nossos não fazê-los, nas nossas ações e omissões. O perigo na prece é que a prece nunca é o objetivo, mas a psiquia humana tem uma tendência de se esquecer disso. De fato, ele identifica precisamente isso como o maior dos males, inerente em todas as religiões. Isto não é uma falha ou culpa de nenhuma religião, mas em vez disso, é uma inclinação que é tão inverterada em todos os seres humanos, que é a seguinte, de tomar erroneamente o que tem o valor de um meio pela própria coisa. Na melhor das hipóteses, é apenas um meio, de fato. Nem mesmo é um meio necessário, pelo qual nós estimulamos nossa disposição moral, que é esse o único objetivo. Como nossa disposição moral é progressivamente purificada e elevada o espírito da prece, é isso que nós todos precisamos e que todos deveríamos nos esforçar, fazer um esforço para conseguir, ou trabalhar para conseguir. A letra das preces deveria, em última instância, ou no fim das contas, ser desaparecer, porque aprecie em si mesma, não tem nenhum valor. No começo de uma longa, uma extensa nota de roda-pé, com a típica precesão binária cantiana, ele clarifica o que é esse espírito e letra, a distinção de espírito e letra um pouco mais. O espírito da prece é o desejo ou a disposição de agradar a Deus em todas as nossas ações e intenções. Kant sugere que, nessa maneira correta de rezar, uma pessoa trabalha ou faz um trabalho sobre si mesmo, trabalhando para trazer suas próprias disposições morais, para transformar suas próprias disposições morais, trazê-las à vida em forma de ações. Na letra da prece, palavras e ritual, uma pessoa trabalha sobre Deus, ou age sobre Deus, o que é claramente presuncioso e audacioso. Além disso, o espírito da prece pode ser completamente sincero, mesmo se eu estou bastante incerto a respeito de se Deus realmente existe. Isso é importantíssimo. Segundo Kant, a prece corretamente feita, baseada na intenção reta, pode ser feita, mesmo que você não esteja seguro da existência de Deus. É importantíssimo. De maneira contrária, se o praticante da letra da prece pensa que suas palavras, supostamente para Deus, no mínimo, não fazem mal algum e podem até ajudar, a sinceridade é claramente menos pura. Eu acho que pode parar por aí, né? Já deu para entender, já deu mais ou menos para entender o que ele está querendo dizer. Então, nós vamos examinar isso aí, vamos examinar essas opiniões de Kant sobre a oração, desde o ponto de vista de o que mais ele precisaria crer para dizer o que ele disse, ou seja, qual é o fundamento último dessa opinião emitida? Fundamento último, repito, não é um fundamento lógico discursivo, não são teses que ele já tenha anunciado em outro lugar e nas quais ele se baseia para tirar essas conclusões. São verdades ou aparentes verdades que lhe parecem tão alto e evidentes que ele não precisa sequer anunciá-las. Já estão dadas, por assim dizer, no próprio tecido da realidade. Por exemplo, para um sujeito que vai escrever um livro, ele não precisa provar que ele está escrevendo o livro. Isso aí, para ele, é uma verdade autofundante que nem mesmo faz parte do livro, mas sem a qual, evidentemente, o livro não existiria, né? Então, quando lemos essas opiniões, nós temos em primeiro lugar, vamos dizer, o intuito purista ou purificador. Ele está falando de um cristianismo exterior, e contrastando com a oração feita nas palavras do próprio Jesus em espírito e em verdade. O próprio Jesus diz, não adianta você ficar gritando e na sinagoga, batendo no peito, fazendo grandes demonstrações, você tem que orar em espírito e em verdade. Então, num primeiro instante, nós temos a impressão de que o que Kant está fazendo é isso, e de certo modo é, isso é o que ele quer fazer, ele quer purificar a religião popular. Falando contra os verbalismos e as demonstrações e puxando tudo para o que ele chama o espírito da presta. O ser não se apegue à letra, mas se apegue ao espírito. E ele diz que apresse, em si mesmo, apresse como para o Láser desnecessário, porque Deus já sabe tudo, primeiro, você não vai poder dizer nada que Deus não saiba. Em segundo lugar, você não vê Deus, e você não pode falar com alguém a quem você não tem acesso no mundo da experiência. Você não pode ir terceiro, você não pode agir sobre Deus. Bom, estas três premissas são erradas, elas não correspondem absolutamente. Você pode perfeitamente falar com alguém que você não vê, ou que você não pode ter a garantia de que a pessoa ouviu. E em segundo lugar, você que não pode ouvi-lo, que uma pessoa não está aqui, às vezes nós falamos com pessoas que estão mortas. Às vezes eu converso com meu padrinho de batismo, meu tio Torres, converso com o doutor Miller, falo umas coisas para ele, não sei se eles ouviram e certamente não usou-se de maneira alguma, mas nada, ele não me impede falar. Em segundo lugar, como eu não posso agir sobre Deus se nós o crucificamos? Nós não apenas agimos sobre Deus, nós fizemos uma devastação em cima dele. Vocês assistam o filme do Mel Gibson, que está lá mais ou menos descrito como a coisa foi de verdade, não foi brincadeira, isso aí. Então como é que você não age sobre Deus? Quando nós falamos vida, paixão e morte de nós, o que é paixão? Paixão é o contradação, é sofrer uma ação. Portanto, se houve uma paixão de Cristo, nós agimos sobre Deus, fizemos uma bela porcaria ali, é? É certo? E em terceiro, ele diz, Deus não é objeto da nossa experiência. Eu digo, bom, isso aí é uma premissa que não está provada de maneira alguma, porque a coisa que é a qual mais existem testemunhos é de aparições de Jesus Cristo, nosso Senhor em tudo quanto é lugar, pessoas que conversaram, e às vezes narradas de uma maneira que você não tem nem como duvidar, como é o caso desse menino da África, Emmanuel Segatache, que era um sufritano alfabeto e que não era nem batizado, e que teve de Jesus Cristo a revelação antecipada, e muitas coisas que iam acontecer no seu país como de fato acontecia. Você tem o caso, vamos dizer, do milagre de fato, e manda 70 mil pessoas assistir nesses coisas, e falar como não é objeto da experiência. Então, vamos dizer, no século 18, houve uma imensa campanha contra a ideia do milagre. E o milagre é sempre descrito em termos de que o milagre é um objeto de fé. Eu digo, mas se o milagre fosse um objeto de fé, ele não seria um acontecimento no tempo, ele se daria apenas na imaginação, mas nós criamos no milagre justamente porque ele tem alguma manifestação física, se não tivesse uma manifestação física, não seria um milagre algum. Então, quando o Cristo faz o paralítico andar, o paralítico sai andando mesmo, ou ele só acredita que saiu andando. Então, quando o Padre Pil fez aquela moça sem pupila, se enxergar, que ela enxerga até hoje, caindo sem as pupilas, é o que aconteceu no mundo físico. Então, vamos dizer, você pode dizer que atribuir essas milagres a uma entidade espiritual pode ser uma tera de fé, mas o fato em si mesmo não pode de maneira alguma. Quer dizer, o que vai suscitar um ato de fé é um fato que aconteceu no mundo espacial temporal, no mundo físico. Os corpos incorruptíveis dos santos que estão aí há séculos, você vai lá ver aquilo e diz, bom, tem duas atitudes, você pode acreditar na aplicação que a igreja está dando, ou você pode arriscar alguma outra interpretação, se você quiser. Você dirá que a primeira é baseada na fé e a segunda é baseada na ciência, o que não é verdade absolutamente, porque uma hipótese de uma futura explicação científica não é uma explicação científica de maneira alguma, embora seja vendida como tal. Então, tudo isso você vê que as premissas que eu acreditava se baseando são altamente problemáticas. Porém, a mais problemática de todas, as mais problemas são as seguintes. Primeiro, o objetivo da pressa é de ordem moral, ou seja, na pressa eu estou me educando a mim mesmo para eu agir em conformidade com a vontade de Deus. Eu dei muito bem, mas como é que eu sei qual é a vontade de Deus? Então, ele está partindo por cima de que a vontade de Deus é uma coisa que está obviamente explicada e que só resta você cumprir. A pessoa vai dizer, ah, mas não tenho os 10 mandamentos, eu digo que tenho, mas você pega o primeiro mandamento. Amar a Deus sobre todas as coisas, ele acabou de dizer que nós não temos nenhuma experiência de Deus. Se eu não posso falar com alguém que eu não vejo e que eu não tenho acesso no mundo de experiência, como que eu posso amá-lo? É inteiramente absurdo. Quer dizer, o amor por um ser invisível, inacessível, totalmente alheio ao mundo da nossa experiência, é tão impossível, ou mais impossível, tanto que falar com ele. Falar você pode falar, você não tem a garantia de que ele está ouvindo, mas nada impede falar. Agora, amá-lo, como seria possível? Portanto, na primeira manifestação, a primeira indispensável manifestação do amor a Deus é o desejo de conhecê-lo. Isso. Pode ser que você ame uma pessoa e não queira nem conhecê-la. Já aquele filme nunca te vi e sempre te amei. Os caras passaram o tempo trocando carta e tal, mas estavam louco para se encontrar, ou não, bastava as cartas. Não quero conhecer você não, está bom assim, só quero suas cartas. Isso não é possível no mundo humano e muito menos possível na relação com Deus. Então, a primeira e mais óbvia manifestação do amor a Deus é buscar a Deus, sem pressupor que você o conhece. Você pode ter um monte de ideias erradas a respeite de Deus, ou as verdades, mas você não sabe distinguir, ou seja, você pergunta a ele, quem é você? Você vê que essa pergunta reaparece muitas vezes no evangelho. O próprio Cristo pergunta o que as pessoas dizem que eu sou. Um diz que você é Elias, o diz que você é Moisés, o diz que é quepavááá, o outro diz que você é o filho de Deus. Então, a pergunta, quem é você? Isso é uma coisa fundamental. Você vê quando as pessoas têm visões de entidades espirituais, o que a igreja recomenda, qual é a primeira pergunta? Quem é você? Se você começar com dinheiro, você já sabe que é o diabo. Então, a identidade daquele que se apresenta em nome de Deus, é uma coisa fundamental. Então, o desejo de conhecer a Deus é preliminar a ideia de amar a Deus e de obedecê-lo. Eu não posso obedecer no sujeito que eu não conheço, e do qual eu não sei absolutamente nada. Então, isso é muito mais absurdo do que a ideia de falar com Deus. Então, você vê que todo raciocínio de Cântese está baseado numa premissa de quê? Nós sabemos quem é Deus e nós sabemos o que Ele quer de nós. Essa premissa não é verdadeira de maneira alguma. Essa premissa é tão duvidosa da onde Ele tirou isto. Porém, tem coisa mais grave. Ele diz que eu posso fazer oração com o Espírito, correto, com o Espírito interior, sem nem mesmo ter muita certeza da existência de Deus. Então, pera aí, eu não posso falar com uma pessoa que eu não vejo que está fora da minha experiência. Mas eu posso me dirigir sinceramente a ela sem nem saber se ela existe. Isso é o mais o bom, como você escreveu a mensagem, colocar na garrafa e jogar no oceano. Eu não sei se alguém vai pegar aquilo. Como é que eu posso agir em consequência? Obedecer a uma criatura, se eu nem sei se ele existe. Então, por exemplo, evidentemente que eu negar a existência de Deus, é negar toda a autoridade dele. Fecha um pouco a porta e para não escapar. As duas portas para não escapar o ar-condicionado, aqui está um calor do demônio. O calor aqui da virgina, a gente não sabe o que é. O Rio de Janeiro parece o Alasca comparado com aqui. Então, muito bem, estou salvo. Então, se eu negar a existência de Deus, é negar automaticamente a sua autoridade. Como é que o jeito que nem existe fica me dando ordem e ainda tem que cumprir? Quer dizer, a dúvida sobre a existência, ele admite a dúvida sobre a existência de Deus como algo que ensina um atrapalho ao Espírito da Précia. E o Espírito da Précia para ele é um espírito moral. Ou seja, é um esforço de autoeducação que eu estou fazendo para cumprir a vontade de Deus. Mas tente fazer isso. Você está tentando cumprir a vontade de Deus e ao mesmo tempo você está colocando em dúvida a existência dele. Então, isso quer dizer que a sua obediência também vai ser condicional. Eu vou fazer tal coisa supondo que Deus exista, mas eu não sei se ele existe. Ora, se ele não existe, quem diz que os mandamentos dele são estes e não outros? Se ele não existe, então os mandamentos dele não vêm dele, evidentemente, porque o nada nada produz. Então, o nada certamente não de todo é esmandamento para Moisés nem coisíssima nenhuma. Então, o que ele está exigindo é uma impossibilidade psicológica pura e simples. Quer dizer, você ter uma obediência sincera a alguém que você não sabe se existe e que não sabe se deu aquelas horas que você está cumprindo. Chegamos aqui para fazer um ponto que é idêntico a gente chega quando tenta fazer o esperimento de Cártica que eu descrevo no livro Visões de Cártica. Ele está pedindo que você faça uma coisa impossível, não dá para você fazer isso. Portanto, é claro que estas opiniões Cártic não tirou da experiência real porque essa experiência ele não teve e ninguém já teve e ninguém vai ter nunca. Essa experiência é mais impossível do que você falar com alguém invisível. Quer dizer, ele está tirando uma, criticando uma atitude por ser impossível e está pedindo outra mais impossível ainda. Então, não é pouca confusão que tem aí nesses parágrafos. Note bem que eu não estou criticando tudo o ponto de vista desta daquela ortodoxia, nem católica, nem protestante, etc. Eu estou apenas tentando captar a lógica interna do pensamento dele, lógica em que vai, desde premissas mudas até conclusões finais. Tem premissas mudas, tem premissas não declaradas e tem premissas declaradas e tem por fim as conclusões. Então, a gente compreende um pensamento quando você chegou a acabar até as premissas mudas. E quando essas premissas mudas coincidem com a sua experiência, com a experiência humana em geral, você diz, bom, então isso aqui eu estou mais ou menos no reino da verdade. Pode haver algum erro aí no percurso, erro de expressão, mas substancialmente eu estou na verdade. Mas quando você vê que a premissa muda é impossível, então é claro que o edifício todo é falso. E quando você contrasta, vamos dizer, esta ausência de fundamento experiencial, no indivíduo que está enfatizando que só o que é de experiência é conhecimento legítimo de Bunker, ele está me colocando numa situação impossível. Agora, você imagina milhares ou milhões de pessoas leram canto, levaram a sério e moldaram mais ou menos a sua vida espiritual por esse caminho. Todas elas se colocaram numa espécie de armadilha. Essa armadilha tornará, aprecie a vida religiosa do jeito progressivamente impossível até que chega o maior edifício de existir dessa progariato, o edifício da religião, o edifício do canto. Mas o ponto central, a premissa mais básica de todas, mais, mais, mais, mais, mais, porque está mais fundo em tudo isso aí, é que ele enxerga alma humana e Deus como entidades que existem de perci. Diz que é alma, a sua constituição, com alma como substância e ali existe uma outra substância chamada Deus. A primeira está tentando falar com a segunda. E ora, a existência da alma como entidade substantiva independente já nega a própria existência de Deus. Quer dizer que se o ser humano para existir independente completamente de Deus, então Deus não apita nada. Então se esta alma que tem uma substancialidade própria, uma existência independente, vai falar com Deus, então evidentemente é uma atividade, como diz ele mesmo, totalmente inocual. E sem sentido. Isso. Ao contrário de canto, toda a tradição religiosa, dois milhêmetros de tradição religiosa, insiste na necessidade absoluta da prece. Orais sem cessar, dizia o apóstolo, isso não é brincadeira. Se você ver o livro Relácio do Perguino do Rúso, que é um livro maravilhoso da Igreja Ortodoxa, tem um camponês que ouve essa frase, ouve o Pado falar essa frase no seu irmão e ele fica pensando que raio de coisa é essa de orais sem cessar. E ele fica procurando até que ele encontre um monge que ensina para ele a técnica da prece perpétua. É uma prece que você continua repetindo e ensine o tempo todo até quando está dormindo. Ela é feita em silêncio como requer o canto, mas é um silêncio sem palavras? A maior parte das preces que eu faço é tudo em silêncio, eu não fico falando em voz alta, mas é em silêncio com palavras. Então este ponto também não fica claro, quando ele desorar em silêncio, o que quer dizer? Esse or com palavras é óbvio que eu estou falando para mim mesmo. Mas quem é este mim mesmo considerado separadamente de Deus? É uma substância ilusória. É claro que eu estou falando comigo mesmo, mas tem aquele famoso High-Card do António Machado, que é na Abla Solo Espera Ablar a Deus um dia. Então você está falando consigo mesmo? Na esperança de você encontrar no fundo de você mesmo o próprio Deus? Então você não está falando para prometer obediência? Alguém cujas ordens são incertas tanto quanto a existência dele? Não pode ser isso. Eu não estou orando para... Olha, Deus, eu serei bonzinho, eu vou cumprir todos os seus mandamentos, etc. Ninguém faz isso, só são idiotas perfeitas. Ao contrário, você vai ver uma infinidade de preces ao longo do tempo, no qual o orante, pode ser um fiel como um místico, um monge etc., pede a Deus que lhe enfunda a virtude do amor a ele, e a virtude da... Você pede a própria fé, meu Deus do céu, porque a fé, como está na Bíblia, ela não é uma disposição natural da alma, ela é uma graça sobrenatural. Então se é uma graça sobrenatural, não adianta. Eu praticar essa virtude na esperança de que ela atraia a graça. Ao contrário, eu preciso da graça para ter a virtude. Isso é o que toda a tradição religiosa diz, mas Kant está invertendo. A opinião do Kant sobre a oração é importante pelo seguinte, o conteúdo da fé é o que determina a forma da prece. Então o que se chama? O lex credende a lei da crença e o lex orante a lei da oração. Teoricamente falando, a lex credende determina a lex orante, mas na prática é o contrário. A lex orante, isso é, o seu hábito de prece determinará o conteúdo da sua crença. Por isso, por exemplo, que a forma da liturgia é importante. Você muda um pouco a liturgia, o conteúdo da sua fé muda. Então, por exemplo, então, vai aquela controvérsia no Vatican II, e Cristo faz o sacrifício da cruz por vós e por muitos, ou por vós e por todos. Se fez por todos, então automaticamente os muçulmanos, budistas, cauteu, etc, beneficiaram do sacrifício tanto quanto o fiel cristão. E eles só o são em potência, eles podem participar se quiserem, mas eles não querem. Então, surgiu essa controvérsia e o próprio texto do Novos Ordomis teve que mudar. Mais por todos, virou por muitos também. Então, essa é a relação da lex orante com a lex credende. Toda a reforma na Inglaterra, por exemplo, muito interessante estudar o cara da reforma inglesa, que foi muito diferente da Alemã, foi baseado no que não houve uma contestação de doutrinas, como no cara da Alemanha, quando o Lutero já chegou negando isso, negando aquilo, papá, papá, papá. Não, não, não, eles foram mudando gradativamente a liturgia, sem discutir os dogmas. E, passado algum tempo, os dogmas já estavam totalmente alterados. Eles fizeram mais um... isso, o Freto antecipou, no tal do Cranmer, que foi o Freto, fez a reforma liturgica na Inglaterra, e antecipou o António Grâmich, de algum modo. Ele fez as pessoas acreditarem em outra coisa, sem que elas percebessem que era outra coisa. Então, isso é um dos motivos de ter tido muito menos... de não ter havido uma guerra civil entre católicos e protestantes da Inglaterra, ou uma perseguição escatólica, mas não chegou a ver uma guerra civil, como em outros lugares houve. Então, a coisa veio assim de maneira sutil e disfarçada. Então, isso é para vocês verem a importância do modo de orar e do espírito da oração, naquilo que ele determina o conteúdo da própria crença. Então, o modo cantiano de orar determinará que tipo de crença. A crença de onde você obedece, você professa obedecer o mais perfeitamente possível as ordens que você não sabe se vieram de alguém que você não sabe se existe. Então, isso quer dizer, a imposição moral se torna autônomo em relação à própria existência de Deus. Então, sumiu a religião e sobre o que? A moralidade. Então, a redução da religião, a moralidade, é obra do canto. Alguém mais pode ter colaborado, mas que ele fez isso, ele fez. Então, ele mesmo diz que o único sentido da prece é a moralidade. Ou seja, você se convenceu, se persuadir a si mesmo a seguir a vontade de Deus. Que teoricamente você conhece e que você através da prece não pode vir a conhecer. A prece nada te revela, segundo o canto. Quando, ao contrário, um dos motivos fundamentais da prece é o desejo de conhecer a Deus. Você... Quando Moisés está no Aldo Sinai, o que ele perde para Deus? Mostra-te a mim. Deus disse, não dá, porque se você me ver, você vai morrer. E não dá para você morrer agora, porque você vai ter que descer lá e informar os outros caras. Então, você vai ter que descer lá e informar os outros caras. Você vai ver algo de mim, na não a mim, propriamente, de Deus. Então, é sempre tudo que vemos de Deus, é algo dele. E este algo, em geral, é mais do que suficiente para você comprovar a presença dele. Este algo é, por exemplo, o que se manifesta num ilágio. Você conhece a Deus pela sua ação, pela sua presença no mundo e não pela sua substância. Não pela sua essência, evidentemente. Mas você conhece alguém pela sua substância? Não. Todo mundo que você conhece é pelas suas ações, pelas suas manifestações, sempre parciais. Então, por que com Deus seria diferente? Se eu não conheço minha presença, eu não tenho a presença. Então, por que com Deus seria diferente? Se eu não conheço minha própria mulher, meus próprios filhos, pela sua essência, mais só pelas suas ações, pela sua presença, por que com Deus seria diferente? Se Deus é muito maior e muito mais difícil de aprender, mas mesmo que não fosse, você não conhece um gato pela sua substância, você não conhece uma tartaruga pela sua substância, mas só pelas suas ações, pelas suas manifestações interiores. Então, esta ilusão, vamos te dar, esta maneira de ver que considera a relação entre o homem e Deus, como a relação entre duas substâncias autosubstantes que se relacionam entre si, isto aí é exatamente o que vem do cartesianismo, a herança cartesiana. Ora, o mais incrível é que canta um dos pontos de partida, de canta e acidruitamente, as anadas que David Hume fez do conhecimento humano. E David Hume prova que é impossível você, por experiência, saber que você tem um eu ou uma consciência. Ele diz, com toda razão, nós só temos a experiência dos nossos estados e sensações e pensamentos, não temos a experiência de nenhum eu. Então, presta atenção, as pessoas você conhece só pelas suas ações, pelas suas manifestações exteriores, que são sempre parciais. Os animais você conhece também só por suas manifestações inferiões, não pelas suas substâncias. E você mesmo, você conhece só pelas suas manifestações, não pela sua substância. Por que você deveria conhecer Deus mais do que isto? Em suma, tudo o que nós conhecemos é por manifestações exteriores, mas tem algo que nos faz enxergar, não visualmente, não sensorialmente, mas intelectualmente, a substância por traí-lo, tudo inclusive por trair nós mesmos. O que é este algo? E isto é a ação do Espírito Santo. Isto é o topo da inteligência humana. E este topo não tem explicação natural, este topo é puramente sobrenatural, isto é a ação do Espírito Santo. Ou seja, nós sabendo que nós temos um eu, por que? Porque Deus tem um eu e ele enfondeu em nós, é o que eu expliquei no Facebook. Deus, quando cria o ser humano, cria o corpo dele por um meio e com uma matéria, e a sua autoconsciência por outro meio e por outra matéria. O primeiro cria com o barro, e o segundo cria com o seu sopro. As pessoas enterem que o sopro é a vida, no sentido biologico, não pode ser. Porque antes de criar o homem, Deus havia criado os pássaros, os mamíferos, os répteis, os peixes, etc. E todos tinham vida. Então não é possível que ao criar o adão do barro, o adão não tivesse vida animal alguma. Então, o sopro é algo mais do que a vida animal. Deus sopro seu Espírito. Então isso quer dizer que a nossa compreensão, da nossa própria autoconsciência, nós só temos graças ao influxo divino, graças à ação do Espírito Santo em nós, senão nós não teremos de jeito nenhum. Os animais não têm isso, nenhum animal tem. Então, você nunca vai ver um animal recordando a sua vida e se arrependendo dos seus erros. E nem lamentando o mal que aconteceu. É isso. Ah, eu não devia ter comprado esse carro, não devia ter casado com essa mulher, não devia ter feito isso, não devia ter investido, não devia ter votado no Lula. Nenhum animal faz isso. Ele não tem autoconsciência, tem alguma consciência? Sim, mas não autoconsciência. No sentido humano. De ser enxergar como uma substância vivente que persiste ao longo do tempo, e ao longo do tempo, o autor das suas ações e, portanto, o responsável por ela, que é a base de toda a moralidade possível. Então, o que o homem demonstrou por A mais B, e demonstrou de maneira definitiva, não temos experiência do nosso eu. Mas, então, nós sabemos que ele existe, porque se ele não existisse, eu não poderia nem estar dizendo isso aqui. Nós sabemos que em nós mesmos existe algo inacessível à experiência. E é este algo inacessível à experiência que nos permite ter experiência e compreendê-la. Ora, a prece é justamente uma aproximação deste núcleo da autoconsciência. Na qual você busca, a raiz da autoconsciência, no espírito de vinho. Como é que você faz isso? Você não pode sair para fora das autoconsciências. Portanto, você não vai poder ver a origem da autoconsciência como se fosse uma coisa, uma entidade separada. Esta origem é algo que te envolve, te abarca e te contém de algum modo. E você não pode ter acesso a esta origem saindo para fora de si mesmo. Porque se você sair e se apagar, o autoconsciência daí, se você apagar, o autoconsciência, como é que você vai saber a raiz dela? Portanto, o modo da autoconsciência, sondar a sua própria raiz, é através da participação e intensificação. E esta intensificação é justamente isto, que é a operação dificilima que apresse possibilidade. Enquanto você está repetindo as palavras da prece, algo se passa na sua consciência. E esse algo que se passa é uma espécie de retorno da autoconsciência à sua origem. A origem que não é conhecida como coisa, mas é conhecida com participação e intensificação. É próprio da consciência ser sempre mais consciência. E a busca da raiz da consciência no Espírito Divino se dá através da intensificação dessa consciência. E como é que você percebe que isso está funcionando? Sim, porque você vai tendo intuições cada vez mais claras de milhões de coisas. Você vai ficando mais inteligente, não no sentido operacional, do que você tem mais inteligência verbal, inteligência matemática, etc. Não, você tem mais arraigamento na realidade. Realidade, isso está bastante demonstrado na obra do Xavier Zubirio, realidade é uma coisa que só existe para o ser humano. Assim, quando faz calor, o Vir sente calor, evidentemente, mas ele não sabe que o calor é quente em si mesmo. Ele não tem essa ideia. Então, isso, a própria palavra ser, né? É dizer que existe o ser e o ser tem as suas características próprias, indefendentes de nós. Então, esta é a dimensão de realidade. Então, é o Espírito Santo que permite o arraigamento da nossa consciência na realidade. O arraigamento cada vez mais intenso, cada vez mais profundo, cada vez mais claro. E é o que permite também, na medida que você tem este arraigamento, você não está conhecendo sua realidade, aí você está conhecendo também a si mesmo. No sentido de conhecer o que é a sua autoconsciência, você saber que ela é um milagre, você saber que você só tem um eu, porque Deus te emprestou o eu dele. E de que através da participação na autoconsciência divina, que é uma participação mínima, infinitesimal, está certo? Você consegue algo que nenhum outro animal consegue. E, sem esta autoconsciência, como seria possível, por exemplo, o arrependimento dos pecados? Eu acho que não dá, você não pode ter nem autoconsciência biográfica. Quer dizer, sem esta autoconsciência, não poderia ver a sua vida como uma narrativa ao longo do tempo. Ela seria apenas uma sequência de episódios inconexos, que você nem se sabe se passaram com o mesmo personagem, ou dois, ou três, ou quatro, ou vinte, mas esta percepção da unidade, da unidade transcendente da nossa personalidade, é o que você obtém através da prece e através da intensificação da experiência da autoconsciência. A autoconsciência não pode se intensificar a si mesmo, por nenhum esforço, para ela fazer isso e ser o que ela fosse realmente uma entidade independente. Ela não é. Nós temos independência na operação das nossas funções cognitivas normais, memória, razão, imaginação, etc., etc., etc. Mas consciência de realidade não há nada no ser humano, nada, nenhuma função biológica que explique consciência de realidade. Você pode pegar todas as funções cerebrais humanas e você verá que elas seriam exatamente a mesma, se todos os pensamentos dela e todas as percepções fossem fictícias. Por exemplo, quando você notiza uma pessoa, o cérebro dela continua funcionando igualzinho, as funções estão lá, é só a consciência que não unifica. Então, a própria existência daquilo que os escolas chamavam, os sensos comunes, quem que é os sensos comunes? Você tem os cinco sentidos e você ouve, por exemplo, um gato meiaio e você vê o gato meando. Como é que você sabe que o gato que você está vendo é o mesmo que está meando? Ou existe uma outra função que junta os estímulos dos vários sentidos, ou isso seria impossível? Isso, evidentemente, os sensos comunes não é todo o senso da realidade, mas ele é uma parte importante dele. O funcionamento deste senso de realidade é uma coisa que não se explica fora da ação do Espírito Santo. Um dos motivos pelos quais você ora é você estar falando com você mesmo, em busca daquilo que Paulo Claudelo dizia, Deus é aquele que em mim é mais eu do que eu mesmo. Isso quer dizer que a nossa identidade, a nossa egoidade, por exemplo, ela é muito imperfeita e muito tênue. Ela se desfaz. Nossa consciência, autoconsciência, ela se dissolve no fluxo dos acontecimentos, no fluxo das impressões e então é preciso restaurá-la de novo e de novo e de novo. Note bem, restaurá-la não é na esfera moral. Eu quero me lembrar dos meus pecados para eu me arrepender. Não, para você se arrepender dos pecados, a possibilidade do arrependimento moral depende de uma identidade cognitiva anterior. Sem identidade cognitiva, como é que você teria o senso da autoria e, portanto, o senso da responsabilidade pelo seu exato? Impossível. Então, qual é a primeira coisa que Deus quer de você, que você se arrepende dos seus pecados, seja bonzinho, jamais? Ele sabe que isso é impossível se você não tiver autoconsciência e que se você não ter autoconsciência, nenhum, se ele mesmo não estiver continuamente reforçando essa autoconsciência. Então, primeiro a autoconsciência cognitiva, depois a autoconsciência moral. Pelo menos porque a maior parte da moralidade se refere a atos que você faz para com outras pessoas. Mas, que importa os seus atos para as outras pessoas se você, no seu próprio trato com você mesmo, você é falso. Você não se conhece e não quer conhecer. Então, todo o seu arrependimento é por um teatro. Você não sabe exatamente qual é o seu pecado. Eu, por exemplo, já tentei uma vez fazer a lista dos meus pecados, eram tantos que eu... Eu falei, não vai dar. Se eu for materialmente um por um, não vai dar. Então, eu tenho que ter uma apreensão mais profunda de ver qual é o princípio maligno em mim que me fez fazer tudo isso. E você se arrepende do princípio, portanto, das suas consequências. Tudo isso é uma operação de que tipo? Cognitivo. Algo de Deus você conhece em você mesmo. Eu pedi a santa agustinha, a verdade está no interior do homem. Então, estar no interior não quer dizer que seja subjetiva. Porque toda a parte subjetiva não é totalmente nossa. A nossa parte subjetiva, que é nossa função, razão, memória, etc. Tudo isso aí vem misturado com hereditariedade, com influência cultural, etc. Não é isso, não é totalmente nós. Isso é parcialmente. A única coisa que é realmente nós, é o núcleo da autoconsciência. E o núcleo da autoconsciência é precisamente aquela parte que fala com Deus. Não com Deus que está fora julgando você pela sua conduta, mas com Deus que está ensuflando a sua autoconsciência naquele mesmo momento e fazendo você se conhecer. E portanto, aí sim você pode ter alguma orientação na vida moral. Orientação, porque o Cante está exigindo que você tenha sem ter essa antecipação cognitiva. Portanto, qual é o efeito global dos pensamentos de Cante a respeito da oração e da religião em geral? Tornar a religião é impossível. Sem negá-la. Ao contrário, purificando-a. Ele purifica tanto, que ela se torna impossível. Ele quer ser mais santo que o Santo, mais santo que o próprio Deus, de algum modo. Então, este purismo extremo, vamos dizer, é uma coisa que se disseminou muito no mundo protestante. Embora em vários pontos, o Cante desminta os dogmas protestantes. Não precisamos me abordar isso hoje, mas mais adiante, ele entra em um conflito tamanho com o Lutério e o Calvino, que ele entende. Por que tanto os protestantes aqui ficam bravos com ele? Mas não é esse o ponto. Não é essa nossa perspectiva. Está a cerca. Então, você ver aqui este defeito fundamental do pensamento de Cante. Ele tem um nome. Ele é um dualismo. É um dualismo recorrido. Aqui você tem alma, ali tem Deus. Não tem nada em comum entre os outros. Só moralidade. Está a cerca. Mas, evidentemente, como é que você vai saber se essa moralidade foi determinada por Deus, se você nem sabe se ele existe? Então, você tem que obedecer preceitos exteriores de uma moralidade, internalizando-os profundamente, sem ter a certeza de que vem de Deus. Então, se você não está procurando, por que eu tenho que acreditar nisso? Ele vai responder porque sim. Esse é um nome certo do Imperativo Categórico. Imperativo Categórico quer dizer por que sim. Porque se você não fizer isso, você não vai ser nem humano e você vai ser um monstro. Então, você vai ter que obedecer tudo isso para você não ser um monstro. E você não vai nem saber de onde isso veio e não pode querer saber. Então, esse dualismo recorrido mostra a confrontação de duas substâncias que não se interpenetram em um momento algum. É um eu substantivo e um Deus substantivo. E eles não se conectam nem mesmo na presta. Eles só se conectam através da moralidade. Isso é de uma série de mandamentos que você tem que cumprir. Ora, é evidente que uma religião concebida assim é inervante no mais alto grau. Isso arrebenta os nervos de qualquer um. Porque você está sempre tentando fazer um esforço ao mesmo tempo onde a sua consciência intelectual está se voltando contra aquilo. Quer dizer, você deseja na esfera da moralidade aquilo que é a sua própria inteligência, da dizendo que não existe, o que é impossível, o que é idiota. Você verá. Quando as pessoas dizem, por que eu deveria estudar Karl Marx? Olha, um dos aspectos mais importantes e valiosos do Marxismo é a sua crítica do dualismo burgues. Se eu não tivesse estudado Marxismo, eu jamais pegaria isso no Kant. É claro que a crítica Marxista ao dualismo burgues ela é totalmente insuficiente, mas ele teve o mérito de levantar esta lebre. Então, você vai ver que este dualismo reaparece todo dia na nossa experiência comum. Quando as pessoas perguntam, por exemplo, o comunista acredita que ele é sincero no que ele está fazendo ou é esperteza, é astúcia dele. Isso é tipo do dualismo burgues. Então, existe um abismo entre a intenção subjetiva e os atos. Existe um abismo entre a dimensão cognitiva do sujeito e a sua dimensão moral. Isso é típico da mentalidade burguesa. E é uma limitação autoimposta, criada por Kant, aprofundada depois para Augusto Compte e outras, que se impregnou de tal modo na mente da burguesia, que até hoje este é o maior impedimento cognitivo aqui o pessoal burgues liberal e conservador entenda o processo revolucionário. E isso não vai aprofundar no curso guerra cultural. Eles não podem entender por que, porque a mentalidade revolucionária, especialmente Marxista, se coloca num outro plano, onde o conceito da totalidade supera esses dualismos e os articula. Quer dizer, os dois elementos que o dualismo separa o marxismo articula. Ele articula de uma maneira falsa, claro. Porque a totalidade, para ele, será apenas a totalidade da existência material, não considerada naturalisticamente, mas considerada como processo de apropriação da natureza pelo homem. Isso aí é muito pouco, isso não basta. Mas nunca poderemos negar um artigo este mérito. Ele pegou o defeito fundamental do pensamento burgues, que não é só do Kant, evidentemente, mas o Kant, ele é um ídolo da burguesia alemã. Ele é todo o pensamento burgues que vem seguido. Augusto Kant, Emilio Jörkheim, Max Weber, Karl Popper, é um bando de gente. E é um pensamento autocastrador que cria dificuldades para si mesmo, e depois não sabe por que está apanhando. É claro que as dificuldades, Dico, também as pessoas podem reagir a isso que ele está dizendo, também de acordo com o dualismo burgues. Então ele diz assim, não, mas as pessoas não percebem o movimento audiovisional, ou elas estão ocultando de propósito. Essa diferença não existe, meu filho. A ocultação proposital só é possível mediante uma deficiência de consciência. Essa deficiência de consciência também vem de uma autocultação proposital. Ou seja, uma recusa de receber o influício do Espírito Santo, que vai nos arraigar na realidade. A pessoa vai tentar desenvolver a sua inteligência, o seu raciocínio verbal, sua imaginação, etc. Mas não o seu senso de realidade. O senso de realidade não é outra coisa, senão estar aberto ao influício do Espírito Santo. É você dizer adeus, eu não sei como é isso, mas você sabe, portanto, me faça ver. E isto é o sentido primeiro da prece. É falar consigo mesmo? Sim, mas em busca de algo que está tão profundo dentro de você, e que é a origem e raiz da sua autoconsciência. Note bem, você volta à raiz, mas se abandonar o fruto, porque se você abandonar o fruto, você corta o autoconsciência, como é que... você vai penetrar numa longa noite. Então eu vou dissolver a minha individualidade no ser divino. Você perde tempo. Deus não fez você porque você se dissolvesse nele, mas para que você se alimentasse nele, para que você intensificasse a forma da sua autoconsciência, a sua própria presença no mundo, através desse influício do Espírito Santo, que não cessa, a ação do Espírito Santo não cessa jamais. Existe evidentemente duas ações do Espírito Santo, a ação ordinária, a ação extraordinária. O que eu estou falando é a ação ordinária, quer dizer, o apoio que o Espírito Santo dá à nossa inteligência 24 horas por dia. Não se trata de revelação, aí é a ação extraordinária, que é de saudade de vez em quando para alguém que tem lá o desfile de si. Então eu estou falando, vou dizer, da simples operação da nossa inteligência. Isto faz uma diferença tão grande, tão grande, tão grande, que pessoas dotadas da inteligência, entre aspas, entre as funções, entre as associações, em nível altíssimo, pode sair completamente da realidade como sai canto. Ninguém vai dizer que canto é burro, que ele não sabe associar, que ele não sabe matemática, que ele não tem senso artístico, ninguém vai dizer isso. Ele tem tudo isso, ele só não tem uma coisa. Ação do Espírito Santo e isto vai fazer toda a diferença do mundo. Deu para entender? Então aqueles que fizeram o curso de guerra cultural, vão se aproveitar desta aula. Claro que alguma coisa disso eu vou ter que repetir lá, mas não posso dar todo o detalhe que eu estou dando aqui. Para entender, vamos dizer, a função autocastradora do dualismo burguês. E o dualismo burguês, evidentemente, se opor ao marxismo, em termos que o próprio marxismo já superou. Portanto, nunca vai pegar o inimigo, sempre está deixando escapar. O exemplo mais característico é as pessoas que pensam assim, não, os regimes comunistas, quando eles chegarem a uma crise e não tiver mais comida, eles vão cair, então não cair. Em Cúbrias não tem comida, eu falo de tempão e agora não cair. Na Rússia, houve fomes, epidemias de morte por desnutrição, o governo não caiu. Porque funciona de uma maneira diferente do regime burguês. Também, vamos dizer, a relação entre as ações de uma democracia e de uma ditadura comunista. A gente não percebe como isso funciona, não é totalmente diferente. Numa democracia, todo político é obrigado a mentir para o público, o tempo todo. Se os policia começaram a dizer a verdade, ninguém vai estar neles. Então, como eles dependam, o voto, eles dependem de cortejar o público, cortejar a seduzir, seduzir é mentir. Ou seja, a democracia se baseia no mentir, evidentemente. O ditador comunista está dispensado de mentir, ele não precisa fazer isso. Porque não há opção ao contrário. Então, é por isso que certos ditadores podem, às vezes, dizer coisas de um sincerismo brutal. Quando Stalin disse, olha, não importa em quem você vota, importa quem conta os votos. Que político numa democracia pode dizer uma coisa? Se ele disse isso, ele está liquidado. Mas Stalin pode dizer nada acontece para ele. Ou dizer como o Che Guevara. Sim, nós matamos e vamos continuar matando. Alguém na democracia pode dizer isso? Aqui você não pode dizer, nem mesmo, você viu outro dia o deputado Alberto Fraga, que era uma mulher bate como homem, era de apanhar como homem. Ele estava se baseando num exemplo de uma deputada jovem, que agrediu o deputado septuagenário Roberto Frey. Quer dizer que esse ovelhinho, agredido, reage na porrada, a uma faixa preta de jovem, faixa preta de cara T, ele está errado, é uma agressão machista. Chegamos a este ponto. Que que é isso aí? É uma canina da democracia. A democracia é um teatro. Claro que a democracia tem as suas virtudes, que nenhuma ditadura tem. Porém, essas virtudes não podem ser preservadas, se você não entende a verdadeira natureza delas. E do que elas precisam para poder continuar existindo? Então, uma coisa que eu tenho dita há muito tempo, não existe uma democracia, se não existe uma aristocracia. Isso é impossível. Se você nivela tudo, se existe, vamos dizer, se o princípio da igualdade é levado muito a sério, instantaneamente você cria a desigualdade de poder que nunca mais você pode restaurar. Restaurar a igualdade anterior. Ou seja, a democracia é alto contra a ditória, ela funciona dialéticamente, não é uma coisa linear como o pensamento Burguês imagina. Baseado no pensamento Burguês, se tira essa ideia da Marlene Chauy, que isso é marxista na imaginação dela, a democracia é ampliação dos direitos. Por que? Porque o Burguês vê o direito do ponto de vista quantitativo. É como se fosse um capital que você tem no banco. Então, num pensamento marxista, qualquer ideia, qualquer ideia, na hora que se transforme em ação, ela se converte no seu contrário. Qualquer uma. Marxista entende isso facilmente. Quer dizer, a ampliação dos direitos, na hora que ela se transforme em ação, ela se transforma em supressão de direito. Qualquer marxista entende isso, fácil, fácil, fácil. É principiante de marxista. Pelo menos no meu tempo, eu não sei mais. Eu não tenho mais nem marxista. Tem, mas muito na elite, muito lá em cima. Se você vê os opinadores, os caras que dão opiniões em público, com respeito, você fala tudo na alfabeta. Então, um dos motivos para estudar marxismo é você se curar do dualismo burguês. É sempre. Claro que não vai adquirir as doenças do próprio marxismo. Não adianta. Tá bom, mas acho que deu para entender isso aqui. Deu para entender o imenso perigo do dualismo burguês. Do qual o representante primeiro e máximo é o Kant. Então, pro resto, faz a capa para voltar. Então, vamos lá. Antes de começar aqui a responder as perguntas, eu queria fazer um apelo dramático aos meus alunos. Como vocês sabem, existe uma infinidade de temas importantíssimos para a compreensão das situações brasilhas, que jamais foram estudados. Eu, ontem, coloquei no Facebook algumas sugestões e vou repetir aqui. Eu, fazendo uma rápida pesquisa superficial no YouTube, eu coloquei assim, travestis, agressão. Então, o tempo todo você só via travesti batendo nos outros. Quando aparecia um travesti apanhando, era de outro igual. Você não via um único caso de homem batendo em travesti, mas nenhum. Eu falei, pera aí, pera aí. Eu falei, parnas e parnas, eu gastei umas três ou quatro horas nessa bocadinha. Eu quero tirar isso além, porque não é possível que um acontecimento, que é endêmico, segundo dizem, jamais apareça no YouTube, é altamente improvável, para dizer o mínimo. Então, o YouTube, pelo volume de material que tem ali, se torna uma mostragem significativa. Precisaria haver um estudo sério primeiro do ponto de vista, para dizer, estatístico da validade dessa mostragem, da validade significação dessa mostragem. Eu fiz duas dessas sondagens. O segundo era mulheres, agressão. Você só via mulher batendo em homem. Quando era uma batida na mulher, em quase todos os casos, era o amante da mulher divorciada. Quase todos. De vez em quando aparecia o marido. O levo atendido em homem era uma grandeza. A mostragem não é só nacional, evidentemente. Nós precisaríamos selecionar só o material nacional. Mas do interior nacional tem muitas coisas interessantes. Tem um russo, um russo de 2 metros de altura, e uma mulherzinha pequenininha dando bronca dele, enchendo ele de porrada, dando tapa, ponto-tape, tudo. Ele ainda tentava calmar, tentava abraçar, para ver se ia calmar. Não conseguia. Quando ele morreu, ele deu uma porrada, e ela caiu. Mas isso depois do apanhar durante uma meia hora. Então eu falei, nós precisamos aproveitar este material e confrontar isso com o discurso oficial. Não é possível com um fenômeno que se algum de vocês é endêmico e está por toda parte. Nunca apareça no YouTube, não é estatisticamente razoável. Um estudo desse tipo seriamente tem que ser feito com critério científico. E isso não teve sentido, foi apenas uma lambida jornalística no assunto. Mas eu fiquei muito impressionado pelo aspecto quantitativo da coisa. Outro dia eu também fiz uma pesquisa violência nas escolas. E você via que a coisa estava piorando, piorando, piorando, piorando, piorando. E era sempre assim. Ou era 3 batendo em 1, ou 10 batendo em 1, ou um grande batendo no pequeno, e todo mundo torcendo por grande. Foi uma coisa... Eu lembro quando eu estava na escola, tinha algumas briga, mas você tinha alguma regra, não era assim. Todos contra um. Não havia essa alegria sádica. Você não via isso. Depois o que mais me impressionou foi ver um grupo de meninas, de uns 10 anos, brincando de mulher, flagra, marido no motel e ainda a panha da amante. As meninas pequenas, mas fazendo uma coisa com o realismo, que se você fizer essa abstração da idade, você diria que era um documentário, que aconteceu mesmo. Quando criança eu brincava de muita coisa, brincar de médico, de cowboy, de caçada, brincar de banco, mas nunca me ocorreu a ideia de brincar de curno. E hoje essa ideia está aparecendo natural para a criança, que reflete o modo como elas vêm, o mundo. O que é o mundo dos adultos? É o mundo de comer a mulher do próximo, bater, apanhar. Essas coisas são significativas e nós precisamos... Nós precisamos começar a voltar a ciência social brasileira para a realidade do dia a dia. A ciência social brasileira é 100% falsificação. Se a gente já vem com a ideia pronta e arruma lá uma amostragem muito vagabunda, eu vejo isso, por exemplo, pelos escritos críticos, entre aspas, que aparecem a respeito da minha própria obra. Quase toda a totalidade deles é feita de invencionistas poeiriscos, que não tem absolutamente nada a ver com o que eu escrevi em cinem, mas nada, 0, 0, 0, 0. Aparece muito aquela sondagem de ligações secretas. Eu podia aparecer um dizendo que eu tinha ligação secreta com George Soros e Healer Clinton. Ligação secreta com Healer Clinton só pode ser de ordem sexual. Ela está me comendo, como ela está comendo todo mundo aqui, também eu sou mais ruim. Então, por que isso acontece? Por um ou outro fenômeno sociológico. Quanto mais anônimo e insignificante, o sujeito mais ele tenta aliviar a sua impressão, o seu sentimento de nulidade perfeitamente justificada, aliás, mediante a invenção de conexões secretas e inside information que ele teria, o sujeito está lá, eu estou sabendo de tudo, eu captei as conspirações, estou por dentro, no fim é aquele negócio, caitando no meu prédio. Eu sou um serbané, mas eu sei que o lado está ligado na Healer Clinton. Isso também é um fenômeno deplorável, quer dizer, este sentimento de insignificância, de falta de sentido da vida, que busca aliviar em coisas ainda mais grotescas do que a vida real do cara. Eu acho que um dia alguém tem que estudar isso aí seriamente, e isso tem a vida brasileira, meu Deus do céu, essas crianças brincando de escândalo no motel. Eu vi esse aí, mas deve ter outras crianças brincando da mesma coisa. Então, o que está se passando nas escolas, o que está se passando nos lares, o que é a vida real do Brasil no dia a dia? Ninguém está estudando isso, meu Deus do céu. E não pode estudar, porque se estudar, vai aparecer uma realidade que é 100% oposta ao discurso oficial, do qual um grupo pequeno de universitários vive. Antigamente, até a época, eles fazem tudo por interesse partidário, mas hoje não é mais nem por interesse partidário, é para satisfazer as suas fantasias sexuais. Ou seja, nós estamos pagando para que legisladores, professores, advogados, juízes, tentem criar um mundo à medida das suas fantasias sexuais. E dizer, o que é isso? Isso é uma apropriação do dinheiro público, isso em algumas ocupações, isso é pior que o meu salão, gente. Quando você vai ver o volume do que se gasta com essa procaria, é uma monstruosidade. Bom, vamos aqui a vocês. Então, aqueles que se dispuserem a estudar esses assuntos, vamos conversar. Mateus Reboça pergunta, seu aluno recente, gostaria que você detalheça um pouco mais sobre a relação que existe com o ciência de realidade e a moral do sujeito. Eu digo, bom, qual é a base de toda a moral? Eu desejo a verdade. Se o sujeito não quer a verdade, como é que ele vai querer o bem? O bem, vamos dizer, é uma decorrença da verdade, uma parte, um aspecto dela. Não existe moralidade, não existe bem se não existe amor à verdade. E não existe amor à verdade, e não existe a busca da verdade, a busca desesperada. É aqui falar o Pascal, quer dizer, eu não aprovo nem aqueles que... que vai, eu nem aqueles que aplaudem. Eu só aplaudo aqueles que... só aprovo aqueles que checam a uma gemição, buscam entre gemidos. Quer dizer, eu sufro mesmo da alma que quer a verdade, quer, quer, quer, quer, e vai atrás dela até o fim. Não só a verdade dos fatos externos, a verdade da política, eu quero dizer, mas a própria verdade interior. O que significa que esse indivíduo que fez isso, ele vai se voltar justamente para essa função da prece que eu expliquei na aula. Quer dizer, o aprofundamento da sua autoconciência até a raiz dela. Quer dizer, você é uma luzinha que é alimentada por uma luz maior. Então, a única maneira da luz pequena conhecer a maior é ela se deixar intensificar pela luz maior. Enrigar-se, a pergunta. Ah, no politicamente correto, uma fortendência moralista. Por julgar na clave do bem e do mal ações e palavras perfeitamente triviais. Perfeito. Podemos dizer que canta, então, seria o pai ou menos o avô do politicamente correto, mas é claro que sim. O politicamente correto é uma exploração de contradições internas do pensamento burguês para jogar o burguer contra si mesmo. Colocá-lo numa camisa de força e fazer contra ele uma espécie de guerra assimétrica. Está se autômetro de você cobra a ele deveres que são superúrias à capacidade dele. De veres que ele não pode cumprir e fazer o sentido culpado e culpado e culpado. Então, vamos dizer, é o velhinho que apanha da campanha de Carateiro e não pode reagir porque isso é violência machista. E ele ainda sai culpado e tem apanhado. Bruno de Mello. Eu vou ter que explicar no curso da guerra cultural porque a exploração do dualismo burguês é um dos elementos fundamentais da guerra cultural comunista. Especificamente comunista. Claro que existe guerra cultural muito antes do comunismo. Algumas que se prolongam por séculos. Mas o dualismo burguês é evidentemente uma fraqueza de pensamento que se transforma numa fraqueza de caráter. Por exemplo, a famosa distinção entre as boas intenções e a malícia. É uma distinção que se aplica, vamos dizer, o próprio burguês, mas não se aplica necessariamente a outro. A distinção entre a busca da vantagem e o idealismo. É o negócio do feijão e o sonho. O sujeito vai trabalhar e ganhar dinheiro, ele vai se dedicar às ovocação artística. Esse tipo de dualismo. É o pai que é o garoto que trabalha na lojinha, mas o garoto quer ser artista, músico, etc. Esse eterno conflito entre a necessidade de material e os belos ideais de vida, os belos sonhos. O sonho e a realidade. Isso é sempre assim. Quando nós sabemos que na realidade das coisas, as ações humanas são conduzidas por sonhos. Nada é mais eficiente do que um sonho, na realidade. O jeito que perdeu o seu sonho é perder todo o impulso. O indivíduo não pode trabalhar conscientemente contra o seu próprio desejo de felicidade. Não é possível isso. Então entre o sonho e a realidade, existe toda uma dialética. As duas coisas no fundo são a mesma, se você pensar bem mais para o pensamento burguês, ou uma coisa, ou a outra. Isso. Também assim, por exemplo, você vai atrás da moça porque você tem interesse sexual nela, ou você quer casar e constituir família. Eu acho que casar com uma pessoa com o intuito de constituir família já é a intenção de usar aquela pessoa com uma finalidade que não é ela. Então em primeiro lugar, você casa e a mulher não pode ter filho. O que você vai fazer? Vai expulsar e você pode estar expulsando pela lei. A lei consagra esse direito. Você casou, a mulher te mostrou estério, você mandou ela para fora. Então na realidade, o amor, na verdade, transcenda essas dificuldades. Esse problema não existe. Eu quero constituir uma família. Então eu quero usá-la para constituir uma família. Esse alo não me der a família que eu quero, eu mando ele embora. Esse é o típico dualismo burguês. Até existem muitos outros exemplos. A própria concepção burguês é que todo mundo age buscando a vantagem própria. Um pouco na base da INRAN. Mas também toda a escola austríaca baseada nisso. Quer dizer, a ação busca uma vantagem. Não existe pessoas que vão escurridir Saddamazoukis, vão levar porrada. O Michel Foucault ia. Ele ia buscando alguma vantagem financeira, vantagem material. O que o Vantário Maria leva de apanhar. Quer dizer, existem outras motivações no ser humano. Às vezes muito mais profundos. O desejo de auto destruição, o desejo da morte, existe. Mas para o dualismo burguês só existe. Existe a busca da vantagem própria, ou a irracionalidade, a loucura. Tudo que não é busca da vantagem própria é loucura, doença. É dualismo. Aqui é Fabrício Alves. Eu poderia comentar o conteúdo daquele livro do Antonio Negres sobre Descartes. Eu não posso, mas eu vou dar um resuminho. Ele analisa o pensamento do Descartes. Como o pensamento foi importante no surgimento da mentalidade da burguesia e o importante do poder burguesa. E eu acho que ele está montado na razão. Eu acho que isso aconteceu mesmo. Quer dizer, Descartes dá um passo dentro do dualismo e o Cante consolida. E o que é isso aí? Ele está criando da mentalidade da burguesia. Embora o Descartes não fosse, o Cante era um burguês típico. E o Descartes não era. O Descartes era um senhor que vinha da aristocracia. Arturo Gomes perguntou, eu já vou falar de um autor chamado Elifas Levy. O que acha dele? Sugiro que você leu o que o Renegue Nons escreve sobre o movimento ocultista francês do século XIX e do começo do século XX. Você vai perder muito do seu interesse em Elifas Levy. A crítica que ele faz disso é devatadora. Não se escapa pedra sobre pedra. Quais os principais passos que o indivíduo deve dar para se livrar da mentalidade burguesa? Tem algumas coisas que você pode fazer imediatamente. Primeiro você se aprofundar mais no cristianismo, mas sobretudo na crítica cristiana da sociedade moderna. Não tanto a crítica protestante, que é muito baseado na crítica de um homem que não é um homem que não é um homem. Mas sobretudo na crítica cristiana da sociedade moderna, não tanto a crítica protestante, que é muito baseada em moralismo. E portanto na própria mentalidade burguesa, que fica numa espécie de cachorro mordendo o próprio raio. Mas na crítica de certos autores católicos que não são autores oficiais da igreja, não são representantes do pensamento oficial da igreja, mas que são o melhor que produziu a intelectualidade católica no século XX. Eu leio o Chesterton, leio o George Bernard Nosso, leio o Leon Blois, Leon Blois não pode ficar um pouco maligno, mas vale. E o Françoa Morriac. Então, esses são camadas que analisam a mentalidade burguesa até o fim da manhã empiedosa. E mostrando assim, olha, meu filho, se você é um cristão católico, pelo menos você não pode ter essa mentalidade burguesa. Nós temos que transcender isso infinitamente. Eles não chegam a formular alternativas, mas analisem que eles fazem o suficiente para te curar. Então, por exemplo, está esse conflito insolúvel do egoísmo com o amor. E na verdade também nem existe, porque se eu amo uma pessoa, alguma felicidade, esse amor me dá. Então, não há um conflito, está a minha felicidade e é dela. Eu dependerá dela para eu ser feliz, então as coisas se somam, na verdade. Isso é o que acontece na realidade, mas para a mentalidade burguesa não. Ou é altruísmo, ou é o egoísmo. O que coloca você em uma posição psicologicamente impossível, porque você dá a dizer Ah, o sacrifício de Jesus Cristo foi totalmente altruísta. Altruísta é uma pinóia, né? Ele ganhou um universo inteiro de presente, Deus Pai deu tudo para ele. Então, e vai dizer que ele não sabia disso? Se eu fizer a vontade do meu pai aqui, ele vai me dar tudo. Será que ele não sabia? Será que ele era boboa? Então eu só me ferrar aqui para sempre. Ele fala, claro que não. Então, o altruísmo total é, ele só existe, conceptualmente, ele só existe, logicamente, como conceito, mas não como realidade psicológica. Ah, não, eu não sei o que mais. Ah, não, eu não sei o que mais. Ah, que caio de soza casaroto. Existe alguma relação entre essa espiritualidade canteana, da separação entre Deus e o ser humano, como entidade espiritual e independência, crida, o Teólogo protestante, Karl Barco, de negar qualquer conhecimento sobre Deus por meio da analogia antes, mas sem sombra de dúvida. Se você não tem, vamos dizer, a analogia antes, que é o fato de que existe uma analogia entre as coisas existentes no mundo espaço temporal e o próprio Deus, uma analogia, uma analogia, uma síntese semelhante, diferente, de mais ou menos, algo você pode conhecer, esse algo nunca é exato, mas é alguma coisa. Se não existe isso, então você não pode conhecer Deus de maneira alguma. Então você obrigada a obedecer a um Deus que você não conhece, que você não tem acesso no mundo da experiência. Karl Barco é cantismo puro. Aqui, se eu posso explicar a frase, Deus criou o homem assim, mas semelhante. Bom, eu não posso explicar, você requerer um curso inteiro, que eu não estou capacitado para dar, mas... É evidente que quando diz a sua imagem semelhança, não é igualdade, é analogia. Existe semelhança e existem diferenças. É apenas uma imagem e não uma realidade, ele não criou um outro Deuszinho. Então, no que que o homem se assemelha a Deus, na participação que o próprio Deus tem na Constituição dele mesmo, que foi exatamente o que eu expliquei na primeira parte, quer dizer que se não existe esse influxo do Espírito Santo, na inteligência humana, na inteligência humana, simplesmente não existe. Existe o aparato material cerebral, na verdade, que é constituído das várias funções, razão, memória, linguagem, etc. Então, a primeira semelhança do homem com Deus é ter um eu. Como é que Deus se autodefine? A única autodefinição que Deus dá de si mesmo na Bíblia é você, eu sou o eu sou. Eu sou a força de poder dizer eu, quer dizer, eu sou autor, eu faço. Eu não padeço o que acontece, eu faço, eu ago, eu crio. E isso o ser humano também tem, numa medida enorme, menor e dependente do influxo do Espírito Santo. Então, essa é a semelhança principal. Matias Guimarães, a formação da personalidade tem algo a ver com a descoberta da autoconsciência pelo influxo do Espírito Santo? Tem tudo a ver. Ela é isso, no fim das contas. Quer dizer, a luta do conciência humano para ela se formar, para ela tomar pós-her e si mesmo, para ela poder dizer a palavra eu com o Ressimento de Causa. A leva inevitavelmente a este núcleo central, a esta origem, este quase que cordão umbilical que a conecta com o Espírito Santo. E você vai ver que no fundo, a operação mais profunda da autoconsciência é a prece. É você pedir e pedir e pedir e pedir e pedir. Que Deus lhe dê precisamente isso. Quer dizer, você... É uma boa aventura de conhecer Deus em três etapas. Conhecer Deus na sua sombra, que é o mundo da natureza, o mundo físico, onde aparecem sinais de Deus, sempre nublados e confusos, tá certo? Na sua imagem, que é a sua própria autoconsciência. Você lembra que Aristóteles definia Deus como noésis noésios, o pensamento, o pensamento, a consciência da consciência. Então você entende que Deus é de maneira constante, permanente e plena, esta luminosidade que a sua autoconsciência consegue às vezes. Então a nossa autoconsciência é participação na luminosidade divina. E é claro que a formação da personalidade se baseia nisto. Você não percebe isso no começo. No começo você quer apenas adquirir certas qualidades que você aprecia, o que você invera. Se você não consegue as qualidades, é pelo menos que é destruí-las no sujeito que você invera. Então a busca da autoconsciência é no início um processo muito nebuloso, e ele vai se esclarecendo na medida em que ter uma consciência é querer mais consciência. Por isso é a grande tragédia da evolução pessoal intelectual de pessoas que paralisam e cristalizam. Você descobre uma coisa, e você estabiliza por ali mesmo. Eu vi isso em várias gerações de pessoas que foram descobrir alguma coisa e estacionaram ali mesmo. Quer dizer, perdendo o principal fio da meada, que é justamente esta pressa interior, esse deser profundo de receber o influíso do Espírito Santo cada vez mais, e se arraigar na realidade de maneira cada vez mais plena, na máxima medida da sua possibilidade, da sua necessidade, porque não é possível conhecer tudo, mas Deus sabe o que nós precisamos conhecer. Eu sou o que são os principais aqui, Gabriel Campos, que são os principais passos necessários para compreender a mentalidade burguesa. Bom, lê esses autores que eu sugeri. Eu li o Chesterton, eu li o Blois, o Jorbenanus, o François-Marieca. A mentalidade burguesa está inteira ali, você vai entender. Tem muito também no Bausaca. Faça isso e depois nós voltamos a conversar. Alguém Henrique Garcia faz a mesma pergunta sobre o que eu fiz aqui. Sou politicamente correto e eu canto. É a mesma pergunta que eu respondi. É o Der Pereira. O senhor pretende lançar algum curso de introdução de Chávier-Zuvir? Não pretendo. Eu conheço a obra de Chávier-Zuvir de maneira muito precária, e eu não acredito que eu vou ter tempo de ler o resto da obra dele e de escrever um livro a respeito. Eu tenho outras prioridades. Eu acho que por hoje temos que parar aí. Então, não esqueçam do curso Guerra Cultural História Estratégica que começa no dia 20. Aqui horas? É, 20 horas. E vai ter uma hora por semana, as terças-feiras. Quatro de terças-feiras. As inscrições encerram amanhã. Segunda-feira. Até lá, muito obrigado.