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Então vamos lá, boa noite a todos, sejam bem vindos. Hoje eu queria fazer alguns lembretes a respeito da importância do negócio chamado status questionis que eu vejo ser sistematicamente ignorado por praticamente todos os debatidores públicos do Brasil em qualquer assunto que seja e até por muitas figuras de destaque na cultura europeia e americana. Esta semana, por exemplo, ouvindo um vídeo, estindo um vídeo do Alan de Bouton, ele propõe o seguinte, ele diz, olha, que a maior parte das pessoas são ateias, o ateísmo hoje é normal, então isso aí, esse ponto está resolvido. Não existe um acreto ser superior, não existe espíritos, não existe anjos, não existe nada, mas, diz ele, isso não encerra a questão. Porque apesar disso, nós continuamos gostando de cánticos de natal, gostando da arte-sacra, gostando do simbolismo da religião, etc., e tudo isso aí compôs uma parte importante da nossa cultura patatipada. De bom, a conversa até que faz sentido, mas até um certo ponto. Porém o fato é que essa ideia foi lançada no século 19 por Ernesto Reynant. Ele escreveu a história das origens do cristianismo, tratando tudo como se fosse mitológico, tudo como se fosse uma invencioníssima, e sempre muito bonito, muito comovente, muito estético, etc., etc. O mesmo tratamento, o CS Lewis, deu a todo o imaginário medieval. Tudo isso foi impugnado pela ciência, mas continua tendo o seu valor estético, etc., etc. E isso é só uma demonstração de fraqueza e um desconhecimento dos status-questiones. Então, vamos dizer, tanto os elementos da religião que sobrevivem hoje quanto aqueles que foram abandonados ao longo do tempo, como essa simbólica medieval, eles têm o valor cognitivo próprio, e você só fica sabendo isso se você investigou. Agora, se você aprior e nega o valor cognitivo, acha tudo isso foi impugnado pela ciência, é coisa que jamais foi. Então, só iria ao mesmo tempo. Você vê que aquilo tem um valor, então só iria resta apelar para o lado estético, sentimental, que foi exatamente o que fez Ernesto Reynant. Hoje nós sabemos que Ernesto Reynant era um sujeito extremamente descuidado com documentos, que era um chutador emérito, em suma, que era um tremendo escritor, mas era um historiador muito inferior, muito chifrinho. Ninguém vai usar Ernesto Reynant como fonte historiográfica, sério, como ninguém vai usar a volta. Só o Rodrigo, o concor instantâneo, tem uma volta como se fosse o neck plus ultra da historiografia. Então, tudo isso já está morde enterrado, mas de repente apareceu um sujeito apresentando a ideia como se ele tivesse acabado de pensá-la e a plateia que nunca tinha pensado nisso fica encantada porque ela também não sabe dos antecedentes. Então, quer dizer, a ignorância dos status questiones é por si a origem de uma infinidade de ideias circulantes. No que consiste exatamente o status questiones? Consiste na reconstituição histórica das discussões sobre um determinado ponto, como a abrangência possível, você abrangendo não só várias épocas, como também várias culturas diferentes, que podem ter pontos de vista diferentes e complementares, que de algum modo contribuirão para enriquecer a sua visão do assunto. Só quando você tem isso na mão é que você sabe do que se trata, porque tudo o que é da ordem humana, social, política, cultural, etc., etc., não chega ao nosso conhecimento pelos sentidos. Só alguns chegam, por exemplo, status ou pinturas chegam, músicas chegam, mas não é esse o ponto principal, quer dizer, você captar sensorialmente uma melodia não é aprendê-la. Isso aí, a surda estona, ele pega uma sequência de som, mas ele não pega a unidade da melodia. A unidade da melodia está para além dos sons, portanto ela não é por si mesmo objeto de percepção sensorial. Do mesmo modo, o quadro, você pode ver a figura física, presença física do quadro e enxergar algumas manchas de tinta, mas você aprender a unidade do quadro, aquilo que o faz dele uma obra de arte, isso não é sensorial, você precisa um algo mais. Então mesmo os objetos das artes ditas plásticas não são tão plásticas assim. E o resto, leis, instituições, obras de literatura, costumes, valores, etc., nada disso chega a nós pelo testemunho dos sentidos. Então só tem um jeito de você aprender essas coisas, é através do testemunho daqueles que vivenciaram esses valores ou ao contrário ao que negavam esses valores ao longo dos tempos. Então é o único jeito de você... é um tecido de discussões, e é justamente este cruzamento das várias perspectivas, é que vai aos poucos dando a você uma visão quase material da coisa, assim como para você desenhar um objeto você precisa medê-lo de diferentes distâncias para você captar mais ou menos as proporções dele no espaço. Não há outro jeito de fazer isso, tá sendo? Então isso quer dizer que se você não conhece o estado de questões, a sua visão pode abranger às vezes uma ou duas direções da perspectiva que são escolhidas totalmente aismo dependendo da sua subjetividade, e você literalmente não sabe do que você está falando. Por isso é que Aristóteles recomendava que, ao colocar qualquer questão, a primeira providência a tomar é fazer o repertório das opiniões dos sábios a respeito. Claro que tem que ser as opiniões dos sábios, não é? As opiniões da humanidade inteira. Primeiro porque seria inabarcavel, segundo porque você entraria numa repetição de opiniões já ditas milhares de vezes, isso é absolutamente desnecessário. Então, só é necessário colher as opiniões que realmente interessa, ou seja, que contribuíram a alguma coisa, ou para fazer avançar o conhecimento a respeito, ou até para atrapalhar-lo, para bloquear-lo e para tornar invisível alguma coisa que era invisível antes. É através disso que você vai reconstituindo mentalmente o universo dos valores, dos símbolos, das expectativas humanas, dos costumes, etc. Não há outra maneira absolutamente. Portanto, é por isso que eu recomendo, nesta área, você, ao investigar qualquer assunto, você fazer primeiro o levantamento mais completo da bibliografia a respeito, dividindo-a sempre na seguinte parte. Primeiro os documentos originais. Se você quer escrever alguma coisa sobre o código Napoleão, você vai ter que ter um texto do código Napoleão. Primeiro. Segundo, você vai ter que ter, dizer, os testemunhos indiretos da época. As reações que aquilo causou, as discussões que houve, etc. E terceiro, você vai ter que ter o repertório inteiro dos estudos a respeito. Então é evidente que isso dá trabalho. É certo? Mas sem isso, o objeto não está presente. Está presente apenas a sua impressão sobre um objeto que você mesmo criou, como este ateísmo estético do Alan de Botton, que ele pensa que ele criou, mas ele tanto ignora, ele está falando que ele não sabe que já existia há 150 anos. E se ele não sabe que já existia 150 anos, ele também não sabe dos julgamentos que foram feitos a respeito. Então ele não tem ideia das limitações do que ele está propondo, que já foi proposto e já as limitações já foram encontradas há muito tempo. E é claro que o pressuposto de que, já está provado que dá disso, existe, esse pressuposto é absoluto, é falso, infantil, com essas coisas ainda abertas à discussão e, sobretudo, eu vejo que absolutamente todas as discussões sobre fé e ateísmo, todas se atêm a pontos de doutrina, argumentos. Você quer saber a importância que os argumentos têm nisso aí? Nenhuma, importância nenhuma. O que você tem a dizer a favor da fé ou contra a fé não interessa, não mais mínimo que já, porque só interessa saber se o objeto desta fé existe materialmente, fisicamente, isso não é uma questão de opinião, isso tem que ser estudado em Ló. Então eu digo, por não é história do cristianismo, a única coisa que realmente interessa são os milagres, porque o cristianismo é todo feito de milagres, desde o nascimento regional de Cristo, até os milagres que ele participou, até sua morte em resurreição e os milagres que continuaram acontecendo, estão acontecendo ainda. Este é o material vivo do cristianismo. As ideias a respeito são sempre ideias humanas. O fato de que algumas delas são aprovadas oficialmente pela própria igreja para constituir o dogma da igreja, não quer dizer que elas dêem conta nem de um milésimo do cristianismo. O dogma é o mínimo, não é o máximo do catolicismo. Então evidentemente todo dogma é formulado em afirmações gerais de tipo universal, altamente abstratas, cuja aplicação a caso concreta é sempre complicadíssima. Então, por exemplo, você tem lá a definição do que é uma heresia, mas para saber, se determinada corrente de ideias em particular é erético ou não, pode levar 20 anos de exame e às vezes pode prosseguir por séculos sem que haja uma conclusão. Então isso quer dizer que toda a discussão que se dá no plano do alternado, no plano da confrontação de argumentos, quer dizer muito pouco, porque esta não é uma questão lógica, é uma questão factual. Então, a existência ou não de Deus, ou é um fato ou não é um fato. As nossas teorias, a respeito, não interessa muito. E a única forma possível que nós temos para conhecer a existência e presença de Deus são as ações dele próprio. Eu não tenho como chegar lá, mas ele age no mundo. Então, são só as ações de Deus no mundo que permitem reconhecer que ele existe, está presente ou não. Ora, essas ações são justamente os chamados milagres. Você já virou alguma discussão séria sobre milagres? Eu nunca vi, por exemplo, se você pegar os mais típicos representantes das duas correntes, Richard Dawkins e o Craig, né? Nenhum dos dois falas de milagres. Nunca. São só tesis, doutrinas e argumentos. Então no fundo, eles estão discutindo aquilo que os primeiros padres chamavam de Deus dos filósofos. É um Deus teórico. Então, na teoria, você pode ter argumentos maiores ou piores a favor disto ou a favor daquilo, mas você nunca vai passar do raciocínio probabilístico. Ao passo que uma interferência direta de Deus com a sua marca registrada, ela ocorre no terreno dos fatos e dos fatos de ordem física. Eu nunca me esqueço, portanto, do Conselho do Pópro-Novo, Senhor Jesus Cristo, que eu já mencionei. E vou mencionar de novo porque é a coisa mais importante que eu lhe tenho na minha vida, que é o trecho do evangelho de São Mateus em que João Batista na cadeia e ele manda perguntar, manda seus discípulos perguntar a Jesus. É você, o Messiaso, a gente deve esperar um outro. E ele responde o seguinte, voltem e contem a João o que vocês viram e ouviram. Vocês viram o paralítico andando, o cego e o leploso aparecer limpo e etc. Foi isso que vocês viram, então vai lá e conta para ele. O que é isso aí? É o método científico experimental. Uma coisa aconteceu no terreno dos fatos, no espaço-tempo terrestre ou não aconteceu? Se Deus era mais se manifestasse no espaço-tempo terrestre sob forma materialmente reconhecível, nós não teremos a menor obrigação de acreditar nEle e isso seria uma mera extravagância da nossa parte. Seria apenas uma teoria a mais que eu achei mais bonita. Então, tem gente que é cristão porque acha mais elegante, mais bonito e outro que é teu pelo mesmo motivo. Mas é claro que toda essa discussão colocada assim não é séria. Então só há uma possibilidade, você vai ter que estudar históricos dos milagres, dos testemunhos, discussões, etc., a confrontação aí dos testemunhos e daí você tira sua conclusão. Nenhum até jamais se meteu a fazer isso, nunca. Não tem jeito de fazer isso. Então por exemplo, aqueles vídeos que eu já recomendei mil vezes do Dr. Ricardo Castanhon, que eu acho que todos vocês já assistiram, se não assistiram assistam, aquilo ali está transferindo a discussão para o terreno dos fatos fisicamente comprováveis, por meio experimentais. E daí não é mais uma questão de discussão. Se você pega uma óssea, que é um pão, esse pão se transforma em sangue e o sangue e chegar vivo ao laboratório que o examina no ano de acho que 2008, 2007, 2008, está certo? Esse tecido de, esse encadiamento de fatos que não pode ser desligado, quer dizer, o pão se transformou em sangue não foi um pão da padaria, foi uma óssea consagrada, não é qualquer coisa. Se há algum caso de pão da padaria que se transformou em sangue, não tem. Então vamos dizer, a conexão, vamos dizer, inseparável do simbolismo com os fatos nos mostra o que é a ação divina no mundo. Assim, nesse caso, como em muitos outros casos. Qualquer dos milagres e o carisco mostra isso de uma maneira, mas do tal. Então vamos lá, continuando. Eles já falam da importância do estado questione. E, moçã, embora o termo tenha entrado em circulação, eu coloquei em circulação na mídia brasileira, acho que nunca tinha aparecido esse termo antes, não é? Jornais, revistas, etc. A partir do momento que eu pus eles se multiplicam, assim como outros termos, como a domina e assim por dentro. E o pessoal usa esses termos como se fosse porrete, mas sem se imbuir do verdadeiro sentido da coisa e da responsabilidade que esse conhecimento traz. Então a coisa mais fácil é você aderir a valores ou símbolos que parecem representar para você alguma coisa boa, humanística, generosa, etc. E você sair, raquilgurando o peito, que nem o soneto que eu fiz, o soneto calvinista em problema da fé bíblica, na barriga gorda de sujeito, é muito fácil você fazer isso, mas você se imbuir realmente do que aquilo está dizendo para você e da obrigação que ele traz é outra coisa completamente diferente, isso requer um certo trabalho. Mas no Brasil nós temos observado, eu até coloquei a notinha no Facebook a esse respeito, de todo mundo quer dar palpite sobre grandes questões, as pessoas escrevem ali o liberalismo, o fascismo, a cultura brasileira ou não sei o que, para não ter que examinar fatos concretos, por exemplo, por que não faz uma análise de um livro, por exemplo, ou de um fato, ou de um símbolo qualquer, você partindo de um fato pequeno e insignificante, você pode por círculos concêntricos, sondar até a última raiz daquele negócio, você vai ver então o universal aparecendo no detalhe pequeno, exatamente como eu fiz no Jarnês Aflições, que eu peguei uma conferência de um professorzinho obscuro, o Zé Mericumatapeseno, que foi o famoso fora do círculo ospiano, uma conferência medíocre de um autor obscuro, e para explicar como ela foi possível, eu fui sondando, sondando, sondando e fui parar lá nos Impérios da Antiguidade, tudo isso estava comprimido, não na conferência, mas naquela situação vivida, minha própria situação, assistindo à conferência, então tudo isso se comprimia ali, e você vê então o passado no presente, vivo ressurgindo no presente, quer dizer, são debates, são questões, são conflitos, que já tinham aparecido dez, vinte séculos atrás, e que de repente estava ali dentro de mim novamente, e para explicar aquilo, então esse simples fato foi preciso, vamos dizer, por um método de espiral, que depois o bruto lentino comparou a estrutura das sinfonias do Sibelius, de Ancibelius, foi possível então dar a plena inteligibilidade daquele pequeno fato, e através deste método, você pode descobrir a inteligibilidade de muita coisa, agora se você já começa querendo se colocar num plano de doutrinas gerais, você não vai passar do blá blá blá, tá certo? Porque a generalidade, a coisa mais fácil é você copiar a generalidade de sionais e citações, sempre parecendo bonito, então como dizia o Saul Bela, eu sou a favor de tudo que é bom e contra tudo que é ruim, no fim o que este pessoal está dizendo é só isso, eu sou bom, eu estou a favor do bem, eu estou a favor da liberdade, eu estou a favor da democracia, eu estou a favor dos direitos humanos, eu estou a favor disso, eu estou a favor dos pobres oprimidos, etc, etc, tudo, só bons sentimentos, né? Agora a falha, a falha de, o caráter farsisco desse sentimento logo se revela, né? Quando por exemplo, eu já vi duas pessoas nos últimos, últimas semanas dizendo eu só me ajuei, Leopernod 1, que não é deste mundo, eu digo, ah é, quer dizer que para você ajuei lá, é só se vier o Jesus Cristo, que é Jesus Cristo, que vem com aquela figura em destra do céu, aparece dentro de você, daí você ajuei ele, né? Foi isso que ele mandou fazer? Ele disse assim, o que fizeram? Dizam, menor destes, a mim ou fizestes, né? Então quer dizer, se você não enxerga o Cristo na figura do pobre, do doente, do perseguido, se você não enxerga o Cristo, sobretudo no rosto daquele que você persegue, a quem você faz o mal, então você não tem Cristo, nenhum meu filho, é só um Cristo de propaganda, é só o emblema da Fé Bíblica para mostrar, olha como eu sou bonito, quer dizer, é uma coisa de hipocrisia tão grosseira, tão gilaseana, que não devia ser nem preciso comentar, mas isso no Brasil, ultimamente, se tornou endêmico, então, na verdade, a mensagem é essa, vocês, meus alunos, vocês chegem ele um dia de idolávio, eu não, eu sou de Jesus Cristo, eu digo, mas eu lá pedi para alguém a velhar na minha frente, o que que me serviria, né? Se o... o... o... o reino a dizer ver, velhar na minha frente, eu vou achar que ele está com mais intenções, vai querer abrir minha braguilha, eu vou sair correndo, tá entendendo? Só serviria para isso, para que me serve o desgraçado a velhar na minha frente, né? Então, eu não, apenas, não apenas não pedi, como eu estou proibindo de fazer isso, não ajoiei na minha frente, por favor. Então, você vê, isso aí são exemplos, vamos dizer, de uma fragilidade, uma poelhilidade, aqui, 30, 40 anos atrás, você não encontrava na esfera da cultura, você não encontrava isso em livros, você não via professores de universidade fazendo isso, nem os mais burros do tempo do imbecil coletivo faziam isso, claro, cometiam suas gáfices, mas proporcionalmente não há comparação, nenhum deles era bobo ao ponto de achar que ele vai fazer uma boa figura só porque diz que só servei ele a perder Jesus Cristo, né? Também essa coisa de você começar opinando sobre grandes temas, leva você a situação, ridículas, como o resto do Martim Vássito da Cunha, que joga toda a literatura brasileira no lixo, machado de Assis, o clíce da Cunha, tudo mundo, né? E depois coloca no céu o livro do Francisco Rásio, quer dizer, agora Francisco Rásio é o maior com a machada de Assis, o clíce da Cunha, etc., etc. Quer dizer, como é que pode, com um cara que pretende ser crítico literário ser tão desprovido o senso das proporções, né? O que ele mostrou, o seguinte, você não está qualificado para jogar a cultura brasileira porque você não está qualificado para jogar nenhum autor, nenhum autor em particular, você para ser crítico literário você precisa comer muito arroz de peijão ainda, né? Deixe de ser presunçoso, bocó, deixe de passar vergonha, é certo? Agora, esse pessoal evidentemente, eles se badaram uns aos outros, então é formar uma panelinha literária, só que a panelinha literária é, vamos dizer, a causa pior da decadência cultural brasileira, sempre foi. Então, os autores que têm realmente alguma coisa a dizer, eles não precisam de panelinha alguma, os livros, eles falam por eles mesmo. Se ela precisar, para machar assim, algum dia precisou de uma panelinha de badalador, eles deviam devanerem alguma, com ou sem eles e vai para frente do mesmo jeito, assim como eu também, eu vou do meu, eu vou sem badalador nenhum, ali. Durante toda a minha vida eu jamais pedi que alguém fizesse uma notinha de duas linhas para mim e sobre um livro meu no jornal, nunca pedi, se quiser fazer, faça, se não quiser, não faça. Então existe todo esse aspecto social da atividade literária, que são as panelinhas, as editoras, as resenhas do jornal, etc., que não são literatura, não são cultura, são apenas, vamos dizer, o substrato material no qual essa coisa se apoia, está certo? Quando você não tem nada de conteúdo a oferecer, você se apoia nessas coisas, é isso. Quanto mais se apoia, mais está provando que não presta, é isso. Então no fundo, tudo isso aí é falta de cultura, porque as pessoas não sabem que isso já aconteceu na vida brasileira. Se você ler a obra do Leon Barretto, que eu li inteira, quando eu acho que eu vi há poucos anos, eu li inteirinho Leon Barretto até as cartas, até os diários, tudo, tudo que havia. Ele li a biografia dele para o professor C. D. S. Barbosa, ele liva um monte de coisa, então eu conheci aquele atrás para dentro e eu vi aquilo, era a tragédia de um escritor muito mortalmente sério, no meio fútil. E de tanto se sentia isolado ali, começou a beber e ficou doido. Ele foi derrotado pelas panelinhas. Quer dizer, ele deixou que aquilo entrasse dentro do coração dele. Quer dizer, sem dúvida, era um enorme talento literar, mas não era um batalhador espiritual, nem é exigível que fosse. Você não pode exigir santidade em cada escritor que você presente. Nem um espírito guerreiro. Isso, você pode ter escritores excelentes que na vida são covardes. É o famoso caso do Guilherme de Almeida, que fez um monte de poemas incitando os caras fazer a Revolução 32 de São Paulo e na hora que era para tomar o trem e para ir para frente de batalhe, eu não vou não. Eu não vou, não. Os outros foram tudo dele, não. Os caras, não, eu volto para casa, continuo escrevendo seus poemas, aqui dá um ânimo para a gente. Então, quer dizer, tem certas virtudes que ultrapassam a esfera da atividade do Espírito Real, mas não são exigíveis. Claro que elas enriquecem. E numa certa medida, aqueles que são realmente grandes terão essas virtudes, mas você não pode exigir isso de todos. Mas tem uma virtude que é absolutamente indispensável, que é o mínimo de autoconsciência. Fiquei autoconsciência. É verdade, todos nós na nossa mente temos elementos heterogênios, uns que vêm da nossa hereditariedade, outros que foram anexados por exemplo, as experiências infantis, outros que vieram através da cultura, pela influência de amigos, pelo rádio de televisão, cinema que passa para o seu subconsciente nem percebe, vem da educação, da escola, dos hábitos linguísticos etc. Tudo isso está dentro de nós. E você é o surgente que está no meio, naquilo que falava o Zondil, ego pontífex, o ego é o construtor de pontes entre as várias paixões. Ele vai ter que se virar no meio delas. Tudo quer dizer que a cada momento da sua vida você tem um domínio muito precário desses elementos heterogênios, mal que você não pode largar e deixar que um deles tome conta de você e faça de conta que ele é você. Por exemplo, todos temos um pouco de vaidade, é evidente, mas você tem que fazer as contas onde olha, tem aqui a vaidade, eu tenho a minha vaidade, eu quero aparecer etc. Mas eu também quero ser uma pessoa consistente. Eu quero aparecer no juízo final, podendo dizer a Jesus Cristo, olha, eu fiz um monte de pecado, mas eu não te envergonhei, eu não te humilei, eu não fiz um figura feia em teu nome. Eu quero isso, as duas coisas eu quero também. Então você vai ter que dosar e articular esses elementos antagônicos. Não existe um ponto de equilíbrio, o equilíbrio é instável como de uma bicicleta. Vai para lá, vai para cá, vai para lá, vai para cá e aí você continua. Então, isto é a autoconsciência. A autoconsciência é, vamos dizer, um movimento oscilatório. É um movimento sinuoso entre mil dificuldades, mil contradições e você tem que aprender a gostar disso. Porque isso é o centro da sua personalidade. Se você não tem um centro, você não é nada. Agora, o seu jeito é criar um centro com uma figura definitiva, esta minha personalidade. Então, acabou, isto não existe. Ninguém pode se conhecer por autoobservação muito menos no espelho e muito menos na repercussão que você tem aos olhos dos outros. Claro, tudo isto tem que ser levado em conta. Mas só existe o autoconhecimento no centro da sua consciência. O centro da sua consciência é esta luta pela unidade da sua consciência. Não há outra unidade da sua consciência, exceto a luta para unificá-la. E para ser alguém realmente, ser alguém realmente, é ser alguém em todos os planos da existência. É você personalizar cada ato seu. Em cada ato, você prestar satisfação a este centro sabendo o que você faz, sabendo as quais são as contradições, sabendo a sua imperfeição, da sua dificuldade, mas também de suas virtudes e qualidade. O tempo todo lidando com isto. Não pode parar se não você cai. É como um bicicleta. Para o de pedalar você cai. Quando a pessoa não está... O que é uma pessoa bem formada? É uma pessoa que tomou consciência e tomou posse disso. Então ela passa a ser alguém porque ela está de fato criando a sua história, criando responsávelmente a sua história. Ela está sendo quem ela quer ser. Não está só fingindo. Isso pode ser um esforço de vida inteira e em geral os jovens falham nisso aí. Porque existem parcelas inteiras da sua psique que eles não conhecem ainda, que vão aparecer daqui a pouco e podem passar neles a maior rasteira. Quer dizer, quando você menos espera, você está fazendo uma caixa orrada com alguém. E aí, o que eu vou dizer lá em casa? Lá em casa, dentro de você. Você vai entender que aquilo foi uma fraqueza e que você vai ter que superar de algum modo. Não é ficar batendo no peito. O gesto de bater no peito durante o ato e contrarição é puramente simbólico. É só três vezes. Não é ficar o tempo todo. O que é isso? Não é chegar para Deus, Deus é o maior dos pecadores. Ele vai dizer, não é, já viu outros piores. Nem isso você é, porra. Então o que a gente vê é um festival de imaturidade. Isso não é só no Brasil aqui, também nos Estados Unidos você vê a mesma coisa. Então, o mesmo Alain de Boton, num outro vídeo que eu estive há vários, ele diz que as nossas noções correntes sobre amor, paixão, etc. Todos foram criadas pelo romantismo, a partir do século XVIII, e eles não existiam. Então diz ele o seguinte, antes as pessoas não pensavam em amar as suas esposas, elas apenas toleravam. E elas toleravam os maridos, porque era uma conveniência social, precisava. Era uma questão de ordem doméstica, questão de decência pública também, e elas mantêm por isso, mas ninguém pensava em amar. Então veio o romantismo que criou a ideia da sua companhia ideal, do seu companhia ideal, que você tem que encontrar no mundo, não é pegar qualquer um, tem que encontrar a pessoa certa. Mas em toda essa noção realmente romântica que se espalhou no mundo, e que, por exemplo, no cinema americano, pelo menos até os anos 60 isso aparecia, depois eles começaram a inverter, mas ainda tem, ainda tem muito resíduo disso. E daí ele concluía que os nossos sentimentos são todos criados por modas culturais, de lugar possível. Ele até cita o Lá Roche Foucault que diz, muitas pessoas não se apaixonariam jamais se não tivesse ouvido falar disso. É possível, né? Só que da onde surge as modas culturais? Elas surgem sozinho? Nascem como bananas? Um cacho? Não, elas nascem na alma de alguns indivíduos criativos, que então criam esses modelos e espalham. Então, em vez de a moda cultural determinar o sentimento, foi o sentimento de determinadas pessoas mais criativas, mais poderosas que as outras que, de repente despertaram nos outros possibilidades sentimentais que eles não imaginavam. Por exemplo, quando o Gator escreve o Sofrimento dos Jovens Werther, que é um livro que eu li, acho que eu tinha 16 anos, eu chorava aqui, nem as velhinhas vendo novela, diz que muita gente se suicidou por causa desse livro, a paixão fracassada, os negos estoravam os milhólogos. Ora, será que as pessoas não sentiam isso antes? Sentiam, só não tinham consciência clara. E portanto isso não se incorporava na cultura, ficava escondido dentro das almas, sem expressão, mas nem por isso deixava de existir. Neste? Então, o erro é duplo acreditar que as modas culturais são onipotentes, como se elas surgissem sozinhas. E segundo, imaginar que as modas culturais, elas só servem para moldar de fora o sentimento das pessoas, quando na verdade elas podem despertar possibilidades latentes, das quais você não tinha consciência e que portanto você não vivenciava com clareza e que não se incorporavam portanto no seu centro. Isso quer dizer que essas modas culturais, na medida em que revelam outras possibilidades, altas ou baixas, ajudam no autoconhecimento. Ela revela para você toda constelação de criatura de ficção que habitam a sua alma. Neste? Aqueles que revelam possibilidades baixas e infames também contribuem, porque essas possibilidades infames também existem em nós, não com a mesma intensidade, como que existem em um criminoso, em um psicopata, mas estão lá. Quando eu li aquele romance de Dimon, do Gilbert Selby, que é a história de uma possessão demoníaca, descrita sem falar uma única vez a palavra diabo. É que ela é assim, tudo é fósso, obra prima. Você vê que nós todos temos aquela fraqueza, mesmo a fraqueza do personagem, de fazer algo que ele sabe que é errado, que vai prejudicar ele aos outros, mas chega na hora, não dá para segurar. E ele vai não crescendo, ele começa com o adultério e termina no homicídio. E o homicídio blasfema, ele faz questão de matar um cardial. Então essas possibilidades inferiores também existem. Quando você lê dos toéficos demônios, para quem teve alguma experiência de militaresa na esquerda, você lê os demônios. Você vê como você é ruim. Então, era o livro que Lenny mais odiava, porque Lenny estava ali, ele era o personagem. Veja, é muito fácil você falar e hoje em dia todo mundo fala de diversidade. Diversidade era conhecida como um valor, mas diga, mas pera aí, mas quantos realmente acreditam nesse valor e o praticam? Por exemplo, se você acredita realmente em diversidade, ela é uma diversidade apenas geográfica. Isso é, são várias culturas de vários locais, todas consideradas sincronicamente, ou seja, num mesmo momento do tempo, impossível. Por quê? Porque algumas dessas culturas foram moldadas, segundo valores de 10 ou 15 séculos atrás e permanecem lá, enquanto outras mudaram de valores. Se você pegar, por exemplo, toda a cultura islâmica, ela ainda está seguindo o Corão do Radito igualzinho, e quando o ocidente é que ela já mudou mil vezes. Então, a aparência sincronica está ocultando um diacronismo. Isso quer dizer que só existe diversidade, se você encarar, dizer com isenção e com compreensão e simpatia, não só diversas culturas do momento, mas diversas épocas diferentes. Portanto, você tem que dar voz às pessoas que já morreram e não podem mais falar por elas menos, só assim existe diversidade. Mas você vê que os mesmos apóstolos da diversidade são apóstolos da modernidade. Então quer dizer que só interessa o que veio depois de Flor de Tal, uns datam do Rede Car, todos os datam de Thomas Jefferson, de Karl Marx, etc. E apaga o resto. Ou se não tivesse acontecido, mas acontece que justamente por isso a sua experiência, a sua visão dos objetos é sempre deficiente. Porque você não foi o primeiro que nasceu, não foi o primeiro que pensou no assunto, não foi o primeiro que olhou esse objeto e existem milhares de perspectivas que estão guardadas nas culturas de outras épocas e que constituem aspectos daquele objeto. E talvez apareceram, brilharam, dentro dos olhos de um observador, no século V anze Cristo, ou no século X da Era Cristã, ou os 5 mil anos atrás, sei lá. Então nós não lemos ainda com enorme interesse o livro do Sun Tzu, a arte da guerra. Então, vamos dizer, qual o estrategista moderno que sem ter lido Sun Tzu explicou aquilo melhor que ele? Ninguém. Do mesmo modo, quando você lê o tal teking, o laute sur, você vê ali tem lições absolutamente em morredora sobre a arte, não a arte da guerra, mas a arte do governo, o confúcio. Tudo isso é absolutamente indispensável. É por isso que eu tenho imensa admiração pelo Ken Wilbur, um psicólogo, gênio, que descobriu essa história de que a psicologia é uma ciência nova, é uma estupidez. Existe psicologia desde o tempo confúcio. E nós temos que integrar todas essas descobertas e todos esses conceitos descritivos na nossa visão das coisas. Não fez outro gênio, gênio da sociologia, pittirim sorokin, que fazia a mesma coisa na sociologia. Mostrar que a sociologia era ciência antiquíssima. Então só com esse tipo de conhecimento aqui nós chegamos a ter uma visão objetiva das coisas, sobretudo das coisas, não das coisas da esfera da natureza. A esfera da natureza também acontece isso. Quer dizer, você ignorar o passado pode ser um engredir, alguém pode ter reparado alguma coisa que você não reparou. Mas na esfera humana, na esfera da história, da cultura, isso é a única maneira que tem. Só os tistemunhos verbalizados ou consagrados em obras de arte é que deixam traço da experiência humana de outras épocas. E hoje em dia acontece a mesma coisa. Como é que você fica sabendo o que aconteceu? Não é porque alguém contou? Ou uma tistemunha, um observador, ou alguém que está analisando a coisa. Por exemplo, você está... todo mundo está falando do golpe na Turquia. Alguém aí viu o golpe na Turquia? Não, ninguém viu. Você pode ter visto um pedacinho no filme, uma opinião aqui, outra opinião ali, uma narrativa ali. E é com isso que você compõe a sua imagem do golpe na Turquia. Existe outra maneira, só você indo lá. Agora, se você estivesse lá, eu diria, você está na Turquia falando não, meu filho. Você está num lugar da Turquia, você está numa rua da Turquia, ou numa praça da Turquia, ou numa casa da Turquia, você não está na Turquia inteira. Está se aportando mesmo o observador precisa do testemunho de outros observadores que completem aquilo. Então, o desprezo pelo estado de questões é letal. Se não sabemos o que já disseram a respeito do que eu estou investigando, o que nós estamos investigando, na verdade não sabemos, é nada. É tudo imaginação nossa. E pior, imaginação que reflete chavões, lugares comuns, cacuetes mentais de hoje em dia. E eu vejo que este modo de procedimento é uniforme em praticamente todos os autores jovens que eu vejo, exceto aqueles que estão saindo do cófico, Médico Nogueira, Yuri Vieira, o Rodrigo Gell, o Leonardo Robson, não, eles já têm uma consciência de que não dá para abrir a boca eles de você ter o estado de questões. Todos eles têm. Mas quando você pega esses palpitiros que estão aparecendo, aí tipo Francisco Rásio, Rodrigo Constantino, até gente de mais idade, tipo o Leandro Espiritual, Clovis de Burros, como diz a Paula Félix, que eu inventei o apelido para ele, mas ela inventou muito melhor que o chapéu para o... É né, Clovis de Burros, é absolutamente perfeito. Então, e este tipo de gente está infestando, está ocupando o espaço todo, criando uma caricatura de cultura superior que é ainda pior do que a falta de cultura superior. Então, isso quer dizer que se você vai pelo critério do Martin Vásquez, você não precisa ler o machado de assino, mas você tem que ler o livro do Francisco Rásio. Ele está brincando? Agora, se você perguntar por que as pessoas fazem isso, eu digo sim, eu sei por que elas fazem, porque a vida no Brasil é tremendamente humilhante. É só derrota atrás de derrota, vergonha atrás de vergonha, isolamento, fracasso, está certo? E as pessoas querem uma compensação para isto? E esses mesmo que dizem só, o meu joelho perante, não sei quem, esses mesmo nunca entendem, falam, não, eu só tenho que fazer sucesso penante este, porque eu vou morrer e vou para o último final. E eu quero chegar lá. Eu não vou chegar lá me gabando do que eu fiz, mas eu quero chegar lá podendo dizer, olha, eu fiz esse pecado, mas eu amo você, eu quero ficar com você. Você tem que poder dizer isso, mas o fato é o seguinte, se você não o reconheceu nos doentes, nos pobres, nos perseguidos, etc., você não vai reconhecer você lá. Então você entra numa espécie de, parece absurdo, uma idolatria de nosso Senhor Jesus Cristo. Você só leva a nosso Senhor Jesus Cristo a sério. O resto da humanidade, onde ele aparece em cada rosto, não interessa para você, você é muito superior a isso. Você só conversa com o chefe. Você quer que uma coisa mais ridícula? E os caras que fazem isso, eles acreditam para o São Cristão na hora que estou dizendo isto. Por que? Também não conhece o estado de questões. São Caleiros, São Tomar da Quina, São Tafum, São Bernardo, para saber como é que é esse raio de vida cristã. Como é que é isso? Como é que faz? Eu estou aqui com o livro que eu já comprei mil vezes, já perdi mil vezes. Perdi, não, acabo dando. Que é o Senhor Albert Fars, Le Phénomen Mystique, distinguido de sua contrafação humana e diabólica. Isso é fundamental para quem quer ver a vida cristã, para saber se você está deixando enganar pelo capeta ou não. O livro do Adolfo Tanquerri também. Esse era um livro muito usado nos seminários. Hoje você encontra todos em seus. Os seminários todos descartaram e botaram a livro do Leonardo Boff e coisas similares. Então, adeus, próprios págrinos, não sabem o que é o raio da vida cristã. O que é que tem que saber o que é a vida cristã? Todo mundo. Você é ateu, você quer combater o cristã? Meu carboão, então saiba o que é, meu Deus do céu. Então, volta ao conselho. Qualquer que seja o assunto. Antes de você ler uma linha a respeito, faça a bibliografia. Claro que você vai ter que ler um pouquinho, pelo menos o título que você vai ter que ler. Complete a sua bibliografia com as bibliografias dos próprios livros que você obteve. E aos poucos você vai coando para saber quais daqueles que são realmente importantes. Quais são os importantes? Aquele que são mais citados pelos outros. Então, não tem, portanto, como ponto de referência. Isso. Estude um pouco de metodologia da história, meu Deus do céu. Sem isso, não dá. Não dá. Pega os livros do José O'Nor Rodrigues. Eu acho que estão entre os melhores livros da área. Teoria da história do Brasil, a pesquisa histórica no Brasil e assim, por exemplo. Os livros que ele escreveu de história para me adito como história da independência, que eu sei, não são tão bons quanto os livros de teoria métrica e técnica. E uma série de artigos maravilhosos que ele escreveu sobre grandes historiadores no livro Vida e História. Então, eles consideram que esses três livros são indispensáveis. Quem quer que faça de lá qualquer coisa? Porque o método histórico é usado em tudo. Teoria da história do Brasil, a pesquisa histórica no Brasil e vida e história. Leam pelo menos esse. São muito bem escritos, muito agradáveis de ler no fim das contas. O homem sabia escrever maravilhosamente. Era um cara da esquerda, que ele tinha até a esquerdista. Também nunca imagina que você aderir a uma determinada corrente política que lhe parece a boa vai melhorar você. Você não ficou melhor por ser conservador, como ficou melhor por ser socialista, meu Deus do céu. Porque as ideologias não infundem as suas qualidades, nem os seus defeitos, nas almas das pessoas. É o que você vai dar para esse raio da ideologia que interessa. E isso não vem da própria ideologia. A ideologia não produz as pessoas. Mas há certos valores que são inerentes da atividade intelectual que você tem que absorver de uma vez por toda. Quem ainda não lê o livro do Pado e ser tigão? Se você está fazendo esse curso há anos e não lê o livro do Pado ser tigão, então você tem que voltar na primeira aula e ler o livro do homem. Esse livro é básico. Eu fiz esse curso para botar em movimento as ideias que eram dele. Aplicadas evidentemente da situação brasileira, adaptadas à condição local. E, portanto, evidentemente eu não posso lecionar no tom do Pado ser tigão, que é aquele tom eleganíssimo de um autor francês. Também essa coisa da elegância, olha, eu não vi nenhuma pessoa que hoje em dia fale eleganamente. Eu vi gente macaqueando, querendo parecer. Porque elegança, para não dizer que eu não conheço nenhum suíte elegante, eu conheço um que é o Dom Bertrand. Porque o Dom Bertrand, primeiro, ele é elegante no sentido de que ele não engana você. Ele não tenta parecer o que ele não é. Ele sabe que ele é uma pessoa que ele tem os seus limites. Ele não é um homem de fomando, ele não é um líder. Ele é um grande estudioso de problemas brasileiros, um erudito de problemas brasileiros e um patriota sincero que sabe a solução do mundo de coisas. Isso é tudo que ele é. Em um homem cristão, de verdade, e que não está a fim de sacanagem. Então, aí a elegância aparece, meu filho. Mas quando dá um negócio, o que você vê, o suíte falando de coisa que ele ignora completamente, ainda querendo parecer bonito em cima, como fez o Leandro de Piritó com a Escola Sem Partido, deu uma defesa, ideia, essa é uma ideia idiota, o que nós precisamos é de uma escola que tem ao livro de debate, e fala, mas é isso que a Escola Sem Partido propõe. Quer dizer, você pega a ideia do outro, vende como se fosse suíte, ainda achei em cá, olha o outro. Assim, o cara que fez isso uma vez, para mim, está acabado. Eu não quero mais saber a opinião dele sobre nada. Eu digo, é vigorista. Isso é vigorista. Ele já está carimbado por resta da sua porca-vida. A não ser que ele peça muitas desculpas e conserta o que fez, foi o que eu não acredito que ele vai fazer. Às vezes, o sujeito até se arrepende, mas é aquilo que o Benedito Croix chamava arrependimento econômico. Aqui é o sujeito que se arrepende não de ter roubado o banco, mas de ter sido priso, arrepende de ter passado vergonha. Para que todas esses elementos, esse requisito da vida intelectual, ou você os incorpora, ou você vai ficar doente, você vai ter que viver a vida de fingimento. Você vai ter que fingir que sabe o que não sabe, fazer pose e viver com medo de ser desmascarado. Isso aí é o que mata as pessoas. Então, por exemplo, existem muitos motivos de medo na sociedade contemporânea. Muitos. E existem os famosos trabalhos do W. B. Cannon, que ganhou o Prêmio Nobel com isso, sobre os efeitos do medo na microcirculação, circulação capilata. Por que matam a pessoa em duas semanas? Quer saber o que? Quer saber o que mais mata no mundo? O medo. É só ler o trabalho do Cannon, que depois o Levistros comentou no ensaio brilhante, aliás, o feiticeiro, eu só imagino. Onde ele tem razão, embora os métodos, ele explica como o feiticeiro pode matar uma pessoa. Aquele tem toda razão, só que esse não é o único método. Mas não quer dizer que isso aí está muito certo. O que é você espalhar no meio social da pessoa uma atitude, quer dizer, que o faça sentir-se isolado e perseguido, isolado, despeisado e perseguido. Então você discrimina o carro. Mas não basta um discriminar, precisa de sua comunidade inteira. O carro não tem palma de correr. Por que? Porque a personalidade dele é baseada na aprovação dessa comunidade. Se fale essa aprovação, ele não pode jogar a personalidade dele contra a comunidade. Para jogar a sua personalidade contra a comunidade, que é uma privissó, a gente muito forte faz. Você precisa se apoiar a uma coisa muito maior do que aquela comunidade. Essa coisa pode ser, às vezes, um ideal político, caso não apoleu ou não parte. Às vezes pode ser uma coisa muito maior do que a ideal política. Pode ser o próprio Deus. Mas isso não está ao canso da maioria das pessoas. A maioria das pessoas, de fato, se apoia no julgamento da comunidade. Elas querem ser amadas e compreendidas. Todo mundo quer ser amado e compreendido. Então quando você isola o camaradeiro e faz ele se sentir, reprovado, rejeitado pela maioria, mas não de maneira muito explícita. Tem que ser através de olhares, de gestos. Não pode ser declarado. Se for declarado, a coisa passa para a esfera, na verdade, da consciência e pode ser trabalhada. Tem que ser uma coisa que fique no luz com o fusco. Continua isso por certo tempo e você mata a pessoa. Nos meios empresariais tem que ser chamada operação salame. Eu já falei muitas vezes. O que é operação salame? Você é o diretor de produção da empresa. Na hora que você sai, o presidente da empresa que está a fim de se livrar de você, mas não tem como te demitir, chega para sua secretária e diz que é aquela besta quadrada? A mulher já começa a ficar com medo de obedecer o chefe imediato, porque se ela obedecer o chefe imediato, ela fica contra o presidente. Mais escovados funcionarem, daqui a pouco ninguém mais obedece o cara, ele não sabe por que. Em três meses o único que tem um infarto e morre. Uma coisa que eu tenho observado, por exemplo, as estatísticas de morte por tabagismo são muito maiores onde você tem vasta campanha anti-tabagista o tempo todo. O tempo onde não tem, as mortes são menos, porque? Medo. É muito simples. O sujeito fuma, 40 cigarros por dia, cada baforada ele pensa, isso vai me matar, isso vai me matar, isso vai me matar. Quanto tempo ele vai durar com isso aí? Então quando você na Rússia e no Japão onde não tem tanta propagada, quase não tem propagada anti-tabagista, as pessoas vivem até os 80, 90, fumando muito mais do que qualquer americano. Então quer dizer que há uma interpenetração, quer dizer, a ingestão do fuma acompanhada, associada a certas emoções, pode matar o cara assim. Mas o fumo sozinho não faz isso. Então se você acredita nessas coisas, você fica com medo, para de fumar, porra. Se você for um cínico como eu, eu fumo fumando. Eu fui treinado desde a infância para ficar sozinho e se for preciso ficar contra todo mundo. Desde a infância, se você me aconteceu, claro que no começo eu ficava terrorizado, mas quando eu cheguei aos 20 e poucos anos eu já não ligava mais. Se você não tem essa experiência de ficar sozinho contra todo mundo, bom, algum dia você vai ter, mas não se assuste muito. Isso aí só mata você se você quiser muito a aprovação daquelas pessoas. Então se tem desaprólito e discrimina, a primeira coisa, rompa a amizade para sempre. Eu não quero você nunca mais nem pintado de ouro. Faça isso agora, se você ainda quer se aprovar, quer a amizade, quer o. Elas vão te matar. Foi isso que matou Paulo Frantz. Não foi o processo da Petrobras sozinho. Quer desaprovação de pessoas que ele amava. Amoros amigos, eh? Os Drogber Rocha é também a mesma coisa. Então leiam o estudo do Levis Trons e leiam depois a tese do W. Birkernon sobre a microcirculação. Vocês vão ver que isso é uma coisa gravíssima. Agora, no Brasil sim, em tudo que as pessoas ignoram, elas dizem que é a teoria da conspiração, que é loucura e pronto, calou. Isso aí, a calma. A psique dela. Então elas não querem descobrir nada. Outro dia eu fiz uma nota no Facebook contando que quando foi que eu tomei consciência desse negócio de controle da mente, manipulação da mente. Foi no ano de 1965, quando eu li a edição brasileira de um simpósio que tinha acontecido na Califórnia em 1961, em que tínhamos maiores neurologistas do mundo, psicólogos, é tudo discutindo, isso preocupadíssimos. De que esses instrumentos de domínio sobre a mente logo estariam à disposição de governos, grupos multinacionais, partidos políticos etc. etc. De que ia ser um festival da enganação universal? Estava preocupado com isso em 1961. Quer dizer, são. Em 2011 completou 51. São 50 e 5 anos. Até hoje, no Brasil, se eu falar isso, eu acho que é teoria da conspiração. Então é evidente que qualquer discussão é e se torna impossível, porque a ignorância se torna a fonte da autoconfiança intelectual do sujeito. E isso está virando norma no Brasil. Porque você vê, essa coisa da degradação cultural, ela é automultiplicante. Cada geração de pessoas imbecilizadas vai imbecilizar a seguinte, mas ainda. E chega uma hora em que a situação já está assim. Você não tem um número suficiente de intelectuais públicos para servir de juízes da nova produção. Eu fui um dos últimos que se beneficiou disso. Nos anos 70 e 80, eu ainda tinha aqueles velhinhos ilustres. Roberto Sales, Meira Pena, Roswell Montello, tem um monte de escritores bons no Brasil, o Ledo Ivo. Então eu podia submeter eles à minha produção, porque eu confiava na autoridade deles pela experiência deles e pela obra realizada. Hoje não tem mais isso, meu filho. Hoje você vai pedir a opinião do Martin Váquio da Cunha. E desses pessoal morreu todo mundo sob o lava. E agora, se você segue a opinião do lava, então você está na minoria. A maioria é composta de incapazes hoje em dia. E os incapazes são cada vez promovidos por outros incapazes que precisam deles para se justificar na sua posição. Como é que nós vamos sair disso? Na verdade, eu não sei. Este é um mecanismo circular que se intensifica com a passagem do tempo e vai criando situações que depois são irreversíveis. Então, todo esse pessoal que chegou com ideias liberais e conservadoras, a hora que viram PT balançar, falaram, agora é nossa chance, agora nós vamos fazer a América e ocupar nos passos que não merecem ocupar. Eles não percebem que eles estão contribuindo, querendo eliminar o efeito reforço da causa. Porque a causa da ascensão do PT foi a destruição da cultura brasileira. Sem isso, ele jamais teria chegado lá. Vocês não se esqueçam que quando as pessoas votavam no Lula, era porque o Lula era sema no alfabeto. E isso reconfortava as pessoas. O serpassei pro presidente não precisa ter capacidade. É só a pessoa votar na gente. Muita gente votou assim conscientemente. Isso significa que o valor do conhecimento, o valor da cultura, já foi eliminado da sociedade. Então, a apologia do charlatão, é o reino do charlatão. E isso já está instalado. E agora não é mais no PT, não. Agora é pra tudo que é lado. Então, nos anos 80, eu criei uma estratégia para quebrar a hegemonia intelectual da esquerda. Hegemonia intelectual é uma coisa hegemonia cultural é outra. A hegemonia intelectual é o seguinte. Você tem um grupo que tem as ideias mais abrangentes, que absorvem todas as outras e acabam valendo como uma explicação universal. Só a esquerda tinha isso. E isso quebrei. Hegemonia cultural não posso quebrar, porque hegemonia cultural é domínio sobre os hormos de cultura, sobre a mídia, sobre o movimento editorial. Isso não dava um cara fazer sozinho. Quebrar hegemonia intelectual é claro, que a condição sim, é claro não para fazer a segunda, mas... E o problema agora já não é hegemonia cultural da esquerda. Hegemonia cultural dá decadência, meu Deus do céu. Incluído a esquerda e a direita. Eu acho que a coisa ficou mais grave, na verdade. Políticamente também ficou mais grave, porque eliminante o PT, o governo que vem em seguida está autorizado pelo seu anticomunopetismo a fazer tudo que o comunopetismo fazia sobre outros pretestos e ninguém pode falar mal. Você vê. Então logo se derrubou o PT, qual foi a etapa seguinte dos vencedores? Persiguir Bolsonaro, perseguir histórias, colas em partido, etc. Em suma, fazer o possível para eliminar todo o conservadorismo cristão do cenário público. Então agora você tem que lutar contra dois inimigos, um que está no governo e o outro que está fora. E complicou a coisa, não estava mais fácil quando o PT estava lá. Era só não aceitar tirar só a cabeça, tirar só a cereja do bolo. Não, não é que ele não removeu o bolo inteiro e não é aos poucos, é já. Porque ele se torna, vamos tirar a dílmica e quando a gente faz isso é que... Você pensa que só você continua a agir, o outro lado fica esperando? Não faz nada. Não, eles também continuam agindo e eles têm muito mais meios do que vocês. Então não pode ser de pouquinho, tinha que ser tudo uma vez, tinha que impugnar a eleição logo. Desde o início tinha que ser isso. Essa eleição não valeu. Vamos fazer outra. A gente está achando a possibilidade do impeachment como o plano B. Se fosse preciso negociar com políticos etc etc, então vamos negociar o impeachment, mas vamos exigir de vocês isso, mais isso, mais isso, mais isso, mais isso, mais isso. Na verdade, os movimentos populários não exigiram nada dos políticos. Apoiaram os políticos, né? Então, quer dizer, essas borradas na esfera política, resultam do quê? Você tem pouca inteligência circulante, meu Deus do céu. E esse continua sendo um grande problema. Então, por isso que eu lembro a frase do Girt, é urgente ter paciência. Nós não vamos conseguir sanear a atmosfera intelectual brasileira em dois anos, nem três anos, talvez seja vinte ou trinta. É? Mas a pessoa precisa fazer alguma coisa agora, se precisa fazer agora, exatamente isso. Se precisa fazer agora, algo que talvez só der resultado em vinte ou trinta anos. E se você deixar para fazer amanhã, está atrasando mais ainda. Então é urgente fazer coisas de longo prazo. Então, quando no começo você diz, olha, você tirar um líder de centro acadêmico, o mais importante do que você tirar a Dilma. Se você achar que eu estava brincando, porque não tem a menor ideia de como é que é a estrutura de poder. A estrutura de poder é quantas pessoas obedecem você? Não é que cargo você ocupa. A Dilma estava lá em cima e ninguém obedecia raios. O próprio pessoal do PT tinha medo de obedecê-la. Falava se a mulher vai cair ou obedecer, eu vou me queimar também. Então, deixa eu começar a falar mal dela. Não foi isso que aconteceu? Então, nos últimos dias a Dilma não tinha poder nenhum. Mas aqueles que estavam infiltrados na base da sociedade, eles continuaram tendo poder e continuam e tem talvez até o poder de trazer a Dilma de volta. O pessoal bobear um pouco e isso vai acontecer. A política é o resultado da vida intelectual, pelo simples motivo de que aquilo que você não consegue nem sequer pensar, você não consegue fazer. Tudo o que foi feito foi pensado antes, e não ao contrário. Se você vê um jogador no campo fazendo um passe pro outro, o que ele fez? Ele fez pro inédio e pensou depois. Ou rapidamente pensou e fez. Quer dizer, há um cálculo em tudo isso. E o cálculo é de sede ação. Então, isso quer dizer que a política é diretamente dependente da vida intelectual. Dependente de 100%. O UFFM, como eu já estava, tinha razão. Ele só usou a palavra literatura, que é um pouco restritiva. Nada está na política do país que não esteja proimendo a sua literatura. Bom, que não esteja proimendo a sua alta cultura. Ser uma forma de literatura ou de ciência social, de qualquer coisa. E este método que eu uso há anos e nunca falhou, como é que você faz as previsões? Eu não faço previsões, simplesmente leio o que os caras estão planejando fazer. E sei que as conversas começam sempre em pequenos grupos de intelectuais e só lentamente vão se alastrando. Quando elas viram política, pública, vão a ir tarde. Você tinha que matar o bicho quando ele é pequeno. Então é muito mais importante você demitir certas pessoas do magistério, não por um ato de governo. Isso é importante. Não é um governo que tem que fazer isso. São os estudantes que tem que fazer. Os estudantes tem que desmascarar o cara e dizer que tem que tirar isso de ele, porque ele não tem capacidade. Não é porque ele é esquerdista, porque ele é comunista, porque ele é petista. Não. Então, por exemplo, se você pega toda uma tese sobre qualquer coisa, repleta de erros de gramática, é muito simples. Se você não domina o seu idioma, você não entende o que você lê e você não está apto a opinar sobre coisa nenhuma. Isso é que nem um professor de engenharia que desconheça a aritmética elementar. Você pode imaginar um treco desse? Ele não sabe a aritmética elementar, não sabe a ógima, não sabe o geometrínio, então ele é professor de engenharia. O Brasil está cheio disso e as pessoas aceitam isso, porque isso não parece ter uma repercussão imediata nas suas vidas. Mas é isso que está gerando todos os males. A falta de respeito pela cultura, pelo conhecimento é uma coisa que destina um país ao fracasso, a miséria, a tudo que tem tipo de sofrimento. É um pecado contra o Espírito Santo, gente. Não tem perdão. Se você quer realmente... Ah, querendo concertar a política econômica, etc., etc., não temos tempo para cuidar dessas coisas. Acabou de cometer um pecado contra o Espírito Santo. É isso. Então, muito bem. Por hoje é só fazer uma pausa aqui para o que eu volto. Então vamos lá. Aqui o Marcel Maurão pergunta, você acha que existe possibilidade da Dilma voltar ao cargo? É claro que existe. O outro em menos saiu do pronunciamento da Procuradoria General da República de que não houve crime na gestão dela. Eles já estão preparando alguma coisa. Claro que a decisão, no caso não depende da justiça, mas a decisão política, porque se trata de não um crime comum, mas um crime de responsabilidade, mas o pronunciamento da Procuradoria General da República pesa de alguma maneira. Tamires Barbosa pergunta, muitos seminaristas têm sido afastados por serem considerados muito rígidos, ou seja, católicos demais. Dado isso, até mesmo a retomada de dentro para fora está sendo barrada, o que isso pode fazer pela igreja? Bom, eu acho que somente os leigos podem agir aí. Quem está dentro da hierarquia tem certo compromisso disciplinais, que não podem infringir, se não botam ele para fora. Mas quem pode deter a ação dos fiéis? Ninguém pode. Então, vamos dizer, fazer uma pressão, desmascarar os vigaristas em público, repetir das vezes. Esses pessoas não têm estofo psicológico para resistir a isso. Na terceira eles caem fora. Então é uma questão realmente de tomar consciência disso. Quer dizer, a igreja não é uma organização tão hierárquica quanto o pessoal pensa. Ao longo da história da igreja, mil vezes foram os leigos que salvaram a situação. Hoje em dia é só a mesma coisa, mas depois do negócio da infalibilidade de papá, o senso hierárquico da igreja aumentou muito. Isso não quer dizer que a autoridade real do Papa sobre o clero não funciona, os bílpsos fazem o que querem. Mas os leigos obedecem 100%. Obedece o quê? O Papa? Não, obedece o clero imediato. Então em vez de o dono da infalibilidade de papá, aumentar o poder do Papa aumentou o dos bílpsos. Foi isso que aconteceu. E os bílpsos fazem o que querem. Alexandre Gonçalves. Sobre a questão da implantação generalizada do medo através de constatações científicas vigentes, como a questão do tabagismo, do temor em relação a sexo e da alimentação considerada não saudável, seria isso uma destruição de hábitos previamente impostos pela própria cultura tradicional de um povo? Não houve cultura que conseguisse impor hábitos antes do advento do Estado moderno. Isso aqui é uma balela. O pessoal está vendo as culturas antiga, como se elas fossem? Sociedades de hoje, com todos os meios de atuação que o governo do Estado tem hoje, que absolutamente não tinha. Por isso que você disse assim, durante a idade média o Papa tinha o controle total da política Orbea. Falei isso absolutamente impossível, você não tem sequer meios materiais de agir, nem sequer de fazer a sua presença notada. Você e o Papa baixar um decreto de quanto tempo esse decreto levar para chegar na Sicília, na França, na Alemanha, as distâncias eram imensas, não havia estradas boas, as estradas eram locais de assalto, o pessoal corria um risco de vida, que é dizer, e 90% dos casamentos mensários simplesmente não chegavam, chegavam com 30 anos de atraso. Então vamos dizer, a característica fundamental do Estado moderno, vamos dizer, é a sua capacidade de ação simultânea, isso nunca existiu antes, isso quer dizer que, para você uma organização para impor um costume, ela só tinha um instrumento, a passagem do tempo, isso quer dizer que esses costumes iam se impregnando na mente da população aos poucos, e de maneira muito mais natural, muito menos traumática do que hoje, hoje você consegue mudar a cabeça de população inteira em 30 dias, por que? Porque você tem radio, televisão, internet, imprensa diária, você tem todos os meios de atuação que estão sempre concentrados na mão de uma elite pequeniníssima que sempre trabalha associado ao Estado. Então quando as pessoas historiadores ou pretensas historiador projetam esses conceitos de dominação, de manipulação da massa, de imposição de costumes, sobre as sociedades anteriores estão, quer dizer, infringindo uma impossibilidade física, quer dizer, os métodos de implantação de costumes e regress, eram muito mais suaves do que hoje. Então as pessoas imaginam que a sociedade era muito errarca e cantigamente. Leia o livro do George Colton, grande historiador inglês, medevo Village, Manor e Monastéria, a vila pistadinha, o Manor que é a residência do senhor feudal e o monastéria. Ele mostra, ele mostra o senhor feudal, ele vivia junto com os seus camponeses, no meio deles e ele não tinha armas melhores do que as deles. Qualquer um podia matá-la a qualquer momento. Ele vai ser um fazendeiro que está dando o meio dos caras. Quer dizer, não há uma diferença erárquica, notável, está certo? Isso, sobretudo na Inglaterra, isso se consolidou com o tempo, com os poucos países da Europa, onde essa, por assim dizer, essa democracia, esse igualitarismo entre o senhor e seus servos se propagou e se consolidou na figura do Gentleman Farmer, que é tão importante para a Inglaterra, porque eles são os senhores-seudais, fazendeiros que eram nobres, ao mesmo tempo participavam do Parlamento, essa coisa toda. Eles tinham a efetiva administração do interior do país. Então, tinha uma função social importante, não como na França, onde todo mundo só queria viver na corte e só gastar dinheiro. Então foi com o advento do Estado moderno que a distância entre a classe dominante e o dominado se criou. A partir da hora, por exemplo, se criaram armas mais caras. Quem podia ter um canhão, por exemplo? Essa é a tese do Carol Quigley, no livro Traged in Hope, que é absolutamente certa. Ele diz, quando as armas são baratas e iguais para todo mundo, reem um certo igualitarismo, uma certa liberdade, etc. Quando as armas ficam caras e de difícil manejo, você tem uma hierarquização do poder, evidentemente. Então, a visão que estão criando hoje, você dá sociedades antigas, como se fosse manipuladoras de massas, igualzinho que a sociedade, está totalmente invertida. Isso tem que ser lido, vamos dizer, com olhos muito críticos sempre. Em geral, são figuras de linguagem aptas a descrever a situação a toco, são projetadas sobre outra sociedade. Parece verossímil, porque hoje é verossímil. Damos caras tese como criaram uma figura de Jesus. Eu disse assim, eles contrataram uma empresa de publicidade da McCann Erickson e com o dinheiro dos Jorge Soros financiaram a reprodução daquela figura e tudo que aconteceu em cinema, teatro, TV, e criaram a figura de Jesus. Parece que você está brincando com isso. Francisco Augusto, um símbolo. Você vê isso que eu estou falando, é o tipo da ignorância dos status questiones. Você não sabe o desenvolvimento daquela questão. Então, aí o caso é, o tema é a influência de um ser humano sobre o outro. Essa influência depende, claro, da criatividade individual, da iniciativa, etc., mas ela depende eminentemente de meios materiais de difusão. Você vê, o regime totalitario, se esse regime controlou todos os aspectos da vida, o pessoal só se tornaram possíveis no século XX. Por que não houve nenhum antes? Exceto a tentativa falhada de João Calvino em Geneve. João Calvino tentou fazer um negócio de controlar as sociedades, ele não dava para controlar. Por que que no tempo João Calvino não dava para controlar e no século XX deu para ficar do rádio? Através do rádio, a voz dos chefes chegava a todo mundo ao mesmo tempo. Antes, se você reunisse pessoas, você verá quando Luís Catoris quis formar um exército, que era o maior exército da Europa, que tem 140 mil homens, ele teve que pessoalmente de cidade em cidade, implorar aos senhores e ao povo que cedessem suas partes das tropas, ou que se alistassem. Quanto tempo levou isso? Quanto tempo levava para corretor das cidades da França? Hoje você faz um decreto em 24 horas, aquilo se tornou obrigatório para todo mundo e toda a polícia está avisada, aprende quem não cumpri. Não tem comparação, não tem comparação. Mesmo os impérios na antiguidade não tinham esse poder de controle, nem imaginavam que isso fosse possível. As pessoas simplesmente seguiam porque queriam, porque falta de imaginação. Você não sabe o que fazer, você faz igual ao chefe. Por que não acabou? Isso não é uma imposição. Isso é um processo de imitação, que é outra coisa completamente diferente. Claro que às vezes, quando surgem conflitos, você pode escolher diferentes modelos. Por exemplo, no primeiro século do Crescent, não podemos permanecer pegados à religião antiga ou a deiria ou novo. Então, ninguém obrigava. Você acha que os cristãos que estavam sendo perseguidos, estavam sendo jogados para os irmãos, eles iam ter meio de impor alguma coisa para quem que fosse, aos poucos, nem mesmo o estado romano teve mais esse meio, porque todo mundo desobedecia. Esquece que o meio ali estava infestado de religiões, que viu da China, da África, do Raikoparta. Aqui lá era a nova era. Então ninguém tinha uma autoridade religiosa, essa é a verdade. A autoridade religiosa da igreja foi se formando aos poucos, na medida em que a igreja foi o único centro de resistência às invasões barbas, já que o governo romano tinha caído, tinha se desmantelado, e os senhores feudais se meto fugiram. Então, sobrou a igreja e, dali, apareceram muitos líderes. E também, mas no princípio da reorganização legal da sociedade, você não tinha mais governo, não tinha polícia, não tinha cartório, não tinha tribunal, não tinha coisa nenhuma. Então, eram os padres que faziam todos os documentos. Eles que faziam a escritura de venda de terra, que faziam os casamentos, faziam tudo. Então, aí foi-se criando uma autoridade da igreja. Isso foi imposto? Não tinha meio de impor. Então, Francisco Augusto perguntou, um símbolo não tem sentido um nível, o poder do sempre transfigurar, se seu contrário. Estive pensando na concepção medieval do universo, como um tecido de símbolos em que algumas partes referem a outras, ou seja, a natureza vista como um tecido de símbolos só pode ser compreendente através de uma escalada do espírito até dimensões supernaturais. Gostaria de saber se é possível relacionar com a noção de Hegel, a identidade e identidade de diferença. Sem dúvida, Hegel se inspirou nisso. Ele não inventou a coisa, ele está se inspirando no acesto do simbolismo que antes seria de muito. Ele faz um uso restrito disso aí. Os processos dialéticos dele na verdade são um só, da pésia de Titi Sinti, dialética é muito mais complicado que isso. Se você pegar quem-quem dá uma boa, até falar do Michel Foucault, o Michel Foucault olhou a palavras das coisas, que é um belo livro. O número de relações possíveis entre símbolos, de analogia, similitude, simpatia, etc. Era um monte de coisa. Tudo isso existe na verdade. E você só vai compreender que é simbolo e você vai levar em conta todas essas possibilidades de relações. Um pequeno estudo sobre isso é o que eu fiz no estudo sobre a dialética simbólica. É uma coisinha pequenininha. Mas ali já basta para mostrar quanto esta dialética do símbolo é muito mais complicado que o Hegel jamais imaginou. Alexandre Ferreiros, pessoal lá, obrigado por estar aqui deste tema da tomada do ocidente pelo Islã. Aprendi muitas das últimas aulas. Dentro deste tema, lendo que eu lembro que eu soubei comentado há alguns anos, que o Ramakumaraswamy teria infiltrado durante o tempo até tentando influenciar a organização criada por Dom Marciel Lefebvre. Então pergunto quem era este ao Ramakumaraswamy e o senhor saberia dizer qual teria sido o seu objetivo com a organização. Bom, Ramakumaraswamy era filho do Ananda Kumaraswamy. Ananda Kumaraswamy era um hindu nascido na Índia, praticante da religião. Mas era território hindu, de alguma maneira. Então praticando o hindu, mudou para os Estados Unidos. Eu não sei por que mudou, parece que ofereceu um emprego para ele. Era um museuólogo, ele foi curador de importantes museus, escreveu uma série de livros maravilhosos sobre a arte hindu e arte-sacra de Mordor Geron e escreveu também alguns livros sobre crises da civilização, mais ou menos no sentido coerente com o Reneginon. Eu não acredito que ele devesse muita coisa ao Reneginon, ele era, foi mais uma afinidade que o Reneginon, e o Ramakumaraswamy era filho do Ananda Kumaraswamy, ele se casou com uma mulher que tinha sido secretária do Trotsky. Então, deste casamento, o Esquisito nasceu o Ramakumaraswamy, que foi certamente uma das pessoas mais esquisitas que eu já conheci na minha vida. E o Rama, ele era um médico, um cirurgião cardíaco de enorme prestígio em Nova Orca, fazia aqueles transplantes, aquelas coisas, e ao mesmo tempo era um estudioso da região e era um membro da tarica do Fom. Só que não sei se por vocação pessoal, por determinação do próprio Sheikh, ele permaneceu ligado oficialmente à Igreja Católica e foi o professor de um seminário. E deste seminário que saíram, dois daqueles padres que foram sagrados bispos pelo Marcelo Efever, Dom Marcelo Efever, criando então a crise que resultou na escomunhão injustíssima de Dom Marcelo Efever, que era no Santo Homem, que foi, assim, um ato de desobedência, não foi merezia, não foi nada. Dava para resolver, mas a coisa chegou ao pão da crise. E eu ouvi do Comarasson, eu com esses dois ouvi daqui, eu ouvi esta frase, esse Dom Marcelo Efever é uma idiota, mas ele trabalha para nós. Eu acho, olha, você juntando o fato de que dois dos bispos foram, vamos dizer, tiveram suas cabeças formadas pelo Rama Comarasson. E mais esta frase, ele diz, bom, já dá para entender que eles estão atuando lá dentro. Eles têm algum interesse na crise da Igreja. Quando depois o Rama Comarasson publicou o livro The Destruction of the Christian Tradition, o livro apresentava o Concilio Vaticano II e as reformas da Missa em termos muito piores do que a coisa aconteceu na realidade. Ele tem razão em grande parte. Na Missa nova, tinha aspectos bem escolheralbrados e tal, mas em algum caso ele até falsificou algumas citações. Ele colocou lá trechos da Missa que simplesmente não existem. Eu conferi isso com o Antonio Donato, que tinha os textos do livro, ele só lhe disse que aqui não está no texto da Missa, ele estava botando para contar próprio. Então ele apresentou uma noção do Concilio Vaticano II mais catastrófico do que a coisa aparecia. Então estava de certo modo festejando a crise. E instigando, então, uma rebelião da Igreja que Don Marcelo Efero não queria de chefe a que rebelião nenhum era. Acontecimento simples e antecipital e facilitou então a ruptura. O livro do Rama Comarasson me ajudou muito e essa interferência dele lá não houve nada de que o homem não fosse ser o homem do Don Marcelo. Não sei, a profundidade, não posso avaliar a profundidade da coisa, mas alguma ação nesse sentido houve. Na época, todos os autores, os formadores do Pinão, o Ligado, o Chuon, a Anã Comarasson, etc., etc., eles faziam o possível para dar aos católicos a ideia de que a Igreja acabou. Você trata de pedir abrigo na Igreja Ortodoxa Rússia. Isso era conversa na época. E, particularmente, o Martin Lings fez muita força nesse sentido. Inclusive, um dos brasileiros que foram para lá junto comigo para entrar na tarica, o Chuon recomendou que ele fizesse isso. Você fique na Igreja Católica, mas você vai na Igreja Maronita, na Oriental, onde havia inclusive uma igreja que era frequentada muito, pessoa da TFP, uma coisa assim. Então, que houve uma interferência houve, em que medida isso teve efeitos dentro da igreja, é difícil saber. Muito difícil saber. Mas, pergunta que sempre me ficava, por que mandam os caras para a Igreja Rússia? Se a Igreja Rússia está infestada de caras da KGB e está ao mesmo tempo fomentando o terrorismo islamico, desde aquela época. Será que o Chuon não sabe disso? Ou será que dentro do plano geral de islamização, isso tudo faz sentido? É uma coisa evidentemente que tem que ser investigada, muito mais do que investiguei. Mas, por exemplo, no caso do Guénon, artigo que eu escrevi para a revista Verbon, que ali já está circulando, eu recomendo que compre. Eu não sei se eles publicaram o meu artigo inteiro ou por partes, não sei ainda. Eu digo ali que o René Guénon, ele tinha tentado interferir dentro da Igreja Católica para realizar o plano de restaurar a tradição católica sobre a orientação de mestres islâmicos, ele próprio, como em meu lugar. E ele tentou fazer isso através de uma série de escritos, de verdade, muito bons, todos eles, muito bons, sobre Doutre Cristã, Simbolino Cristã, ele tinha publicado na revista Regnab, e depois recolhido em Rio. Se ele vai para o Egito em 1930, significa que ele já tinha desistido disso, porque ele vai para o Egito e corta todo o contato com os meios católicos e, de história, antes só vamos me comunicar com o meu público através da revista e tílido tradicional, que era uma revista fundada para divulgar, a revista é o mais vega antigamente, né, o verga, era o verga, mudou para o tílido tradicional para divulgar as ideias do rei neguenon, então ele cortou os contatos com os meios católicos e só falava através do tílido tradicional, ele significa que aquela possibilidade que ele via de restaurar, restaurar entre aspas a tradição católica sob a direção de mestres espirituais islâmicos, ele achou que aquilo tinha fracassado, que não ia dar, o caminho não era esse, e quando aparece então a tarica do fruit of flon, que volta da argélia dizendo, vou islamizar a Europa, o genom disse, esta tarica foi o único resultado efetivo do meu trabalho, portanto esquece esse negócio católica, agora não temos que investir aqui no show pelo islamizar a Europa, para mim está muito claro isso aí, ele pode ser os motivos mais elevados do mundo para querer isso, mas o fato é que era isso que ele queria, então é claro que genonianos, distrito observância, de carteirinha, pode dizer, não, ele tem objetivos espirituais etc, etc, precisamente ele estava disputando o que, autoridade espiritual, não o poder político, mas se eu estendi o livro dele, ele diz que autoridade espiritual sempre determina o curso das coisas, não o poder culhida, então é isso, caiu meio esquita, foi uma aula do donato, o que eu posso dizer sobre isso? O donato é um santo, é simplesmente isso, você conheceu um santo, nem um homem santo, você tem algum problema lá perto do donato, é só isso, eu acho uma das coisas mais admiráveis do donato, é o seguinte, durante décadas ele luto o fezólo, luta admirável contra o aborto, não posso dar detalhes, porque ele é o dono, o senhor muita, ele não gosta de aparecer, não gosta de falar o nome dele, mas aos poucos ele percebeu que esse negócio de abortismo estava inserido num caso muito maior, e ele já, quase 50 anos, ele aparece na minha casa, humildimento, dizendo o que que eu tenho que estudar para entender o que está acontecendo, ficou vários dias examinando a minha biblioteca, anotando os ditos de livro e querendo aprender tudo, conversando com ele, um ano depois você vê que ele, ele pegou uma visão muito mais ampla da coisa que ele tinha antes, quer dizer, um homem que já tinha um ano, uma posição consolidada, ele consente recomeçar tudo em bases muito maiores, por aí você vai ver, isso é o que, humildade, como que o Xion tinha razão, Xion dizia humildade não é nada mais do que o senso da realidade, né, eu também aprendi muita coisa com o Xion, porra, Xion não era nem um santo e não era um mestre espiritual, mas era um baita filósofo e expositora da realidade. Felipe Rizzo, poderá explorar mais esse centro de consciência, esse que me faz ser eu mesmo, como um núcleo que emite fenômenos os quais manifestam o próprio núcleo de quem eu sou, esse núcleo é totalmente moldável, não, o núcleo em si não é moldável, só você pode, você o encontra em você mesmo como possibilidade e você o transforma numa realidade por uma decisão própria, a partir do momento em que você assume a responsabilidade integral pela sua conduta no mundo e pela sua conduta íntima perante Deus, é certo, como gerente administrador do conjunto, dos seus impulsos, paixões, fantasias, aspirações, ideais, etc. Não é só você olhando a parte mais bonita de cima e jogando o resto do abarco do tapete, não, você vai ter que, como dizia santo agustinho, as virtudes são feitas da mesma matéria dos vícios, portanto, os vícios são a matéria prima, você não vai poder assim, jogar o abarco do tapete, fazer ele quando come, ele diz, ah não vou pensar mais nisso, porque isso é uma tentação, não é assim, é, ou seja, isso dá trabalho e essa permanente reafirmação da unidade é a própria unidade, essa é a unidade se desfaz, ela está continuamente nós estamos num processo etrópico todo dia, por influências externas, por nosso próprio envelhecimento, enfraquecimento e até em função de fatores naturais, clima, alimentação, etc, etc, muita coisa pode mudar no seu mundo interior e aparecer novidades, em impulsos que você não tinha antes, temores que não tinha antes, virras que não tinha antes, tudo isso pode parecer e você está continuamente readministrando isso e dando novamente um sentido de unidade e assumindo a responsabilidade pelo todo, isso é o seu centro, quer dizer, o centro não é que ele existe, ele existe como possibilidade, ele existe como existe na verdade qualquer habilidade humana, ele é uma possibilidade que só se realiza por uma decisão livre e por um esforço reiterado e renovado permanentemente, depois de muito tempo você teatra de uma biografia, então aí o seu eu já manifestado, mas não quer dizer que ele se tornou permanente por causa disso, mesmo que você dê aparência, ele está estabilizado, eu acredito que eu dou aparência estabilizada, encontrei meu caminho seu que eu estou fazendo, você qual é a minha responsabilidade, não, não estou garantido não, amanhã tem que fazer tudo de novo, até o último dia, porque é uma coisa que só existe pela sua liberdade, não é uma criação livre sua, não é a livre o primeiro, porque já existe como possibilidade, todo ser humano tem essa possibilidade, segundo, porque a matéria prima dela é coletada no material que já está em você, vindo de dentro de fora, então é a noção dos ondas, o ego pontífix, você que faz as pontes entre os vários aspectos, seu ser, inclusive paixões contraditórias, por exemplo, ódio e medo, tem um inimigo, você tem ódio ou medo dele, você toma mais aqui dizer, se você achar que ele é mais fraco você tem ódio, você achar que é mais forte você tem medo, é muito simples, mas às vezes ele tem as duas, pelo menos tem. Bom, aqui Arthur Gomes, ele citou um 30 agustinho, ele diz, observando as coisas que estão abaixo de ti, Deus, compreendia que absolutamente não existem, nem totalmente deixam de existir, por um lado existem, por provém de ti, por outro não existem, pois não são aquilo que é, só existe, realmente aquilo que permanece imutável, fecha aspas, então aqui eu pergunto Arthur Gomes, eu sei que ele não quer aprovar a inexistência do mundo físico, então o que ele quer dizer com esse trecho? Ele quer dizer que existem distintas modalidades e níveis de existência, isso quer dizer, desde o ser absoluto até o mais relativo é passageiro dos seres, mas esse relativo passageiro tem um fundamento no absoluto eterno, é o exemplo que eu dou, o vento balançou uma folhinha da árvore, e daí passou, isso desapareceu para sempre, não desapareceu para sempre, quer dizer que retornou a nada, mas aquilo que já entrou no ser não pode ir por nada, então de certo modo essa coisa a fugar, ela é eterna também, ela está eternamente na mente de Deus, então nada do que passou é totalmente destruído, ele só não tem em si mesmo o seu próprio fundamento, ele tem fundamento na eternidade, então somente o ser eterno existe de modo permanente e inabalável, o resto existe de uma mulher que depende dele, mas não quer dizer que será totalmente impermanente, totalmente fugaz, que seria absurdo, seria realmente, aí seria um, sair da existência para ir para o nada, mas como pode ir para o nada, o ser já esteve na existência, aquilo que aconteceu não pode desacontecer, nunca mais, ele pode deixar de acontecer de novo no mesmo plano, no espaço temporal, mas ele não pode voltar ao nada, aqui, do nada nada sai, e ao nada nada volta, ele tem uma segunda pergunta, eu quero saber onde posso encontrar críticas literárias do tempo, elas ainda existiam, Otto Maria Carpoa, etc, como quer dizer algum livro, tem uma imensidão de livros, imensidão, você procura os seguintes nomes, você procura Álvaro Linces, você procura Augusto Maier com Y, M, E, R, você procura Fidelino de Figueiredo com autor português, que mora no Brasil, você procura Adolfo Casais Monteiro, que era autor português também, mora no Brasil, grande conhecedor literatura brasileira, e bom, você conhece esses nomes, já começou, está aberto aí, mesmo porque os assuntos que eles discutem são discutidos por outros críticos também, o próprio Wilson Martins, Wilson Martins, além do livro História e Inteligência, tem uma coleção imensa de artigos de crítica literária que foram todos reunidos em livro, está shortinho. Na verdade, na época todos os cristãos costumavam fazer alguma crítica literária, quer dizer, participando do debate literário, Manuel Bandeira, Carlos Donald Andrade, todos eles, dava algum palpite nisso, mas críticos assim, ex-professor que faziam isso o tempo todo, eram esses que eu citei, tinha muito mais gente. Ainda não só você tinha crítica de literatura, mas você tinha crítica de cinema de altíssimo nível, que você tinha ali, Almeida Sales, São Paulo, Paulo Emilo Salisgomes, o padre Guido Lager, o Ruben Biafor, é um todo crítico de altíssima qualidade, isso hoje é impensável que eu sei que os artigos de Paulo Emilo Salisgomes foram reunidos em livros, Dom Biafales eu não sei, mas é possível, ambos escreviam para o Estadão. Se você pegar a coleção inteira do suplemento literário do Estadão, que se só desistir por uma certa época, você vai perceber o nível da discussão, ou do suplemento literário do jornal do Brasil, que era dirigido pelo Mario Faustino, poeta, que foi um excelente coeta com grande animador cultural, você pegar revistas da época, deu meio literário, a vida social literária da época, era muito rica, e era, vamos dizer, um permanente fomento ao diálogo de altíssimo nível, tudo isso acabou gente, acabou, não é? Se você procurou uma biblioteca, uma revista, uma leitura, era uma revista focada mais na vida literária do que na literatura, quando você tem ideia de como uma coisa era intensa e rica, com tipos como Aníbal Machado, Marx e Ribeiro, esse pessoal, tinha algum tipo de conversação, discussão toda semana, esse aquele pessoal que se reunia na Zé Olímpio, na Liga da Zé Olímpio, no Rio de Janeiro, Perot, Monique Arpo, Jean Jammard, o Vestrilo de Janeiro, as coisas aconteciam na época, você pega o grupo dos intelectuais católicos da época, alguns Fredríguez Schmidt, o Manel Bandeira, Gustavo Corsão, o João Camilo do Liberatório, esse é um negócio enormemente rico, a coisa era maior, ninguém era dos comunistas, todos católicos, todo mundo, quer dizer, tudo isso sumiu, agora você, para quem passou a vida lenda, começou a vida lenda essas coisas, era o que eu li às 20 anos de idade, e hoje você vê aí, Francisco Rásmo, Martin Vaz da Câmara, o que aconteceu, meu Deus do céu? Ele foi uma tragédia, uma catástrofe cultural sem precedentes, então pegou esses nomes que eu, isso aí é Arthur Gomes, vai atrás disso que você não vai se arrepender, você vê na época qualquer edição de obras completas, de qualquer autor, tinha introduções muito boas, feitas por verdadeiros estudos, o João Gaspar Simões, José Adelado Castelo, Livro Xavier, um monte de gente, era tudo muito caprichado na época, era um outro Brasil que acabou, agora ele pode voltar a existir, se vocês absorverem tudo isso, todo esse legado, e dizer, não, nós não nos conformamos, queres na porcaria que está aí, nós vamos voltar a fazer a coisa do nível que os antigos faziam, nós não vamos desmerecer o que aqueles caras não legaram, agora grande parte da destruição disso foi pela introdução da universidade, essa atividade que se torna a profissão universitária ela se burocratiza e acaba definhando, isso é inevitável, sobre certos aspectos quantitativos ela pode até proliferar, tem mais gente, tem mais besteiras, tem mais alguma aqui que dê para responder, Gaspar Henrique Stemer pergunta sobre a questão da necessidade ocasional de medidas imediatas, não me sobrou nenhuma dúvida de que as ações longoprazo na área da cultura já são de maior efeito no longo prazo, entretanto são lentas e poderíamos ser mais rápidas a ver os recursos, a roubalheira totalmente desenfreada do PT e compara exaúdos recursos públicos na rapidez tontiante, e precisa ao meu ver ser parada, mesmo com o uso da violência, para que só na recurso para as outras áreas, bem, você está pensando em recurso estatais, tá certo, mas eu acho que você depende de recurso estatais, já é um problema, você deve usar recurso estatais que estejam a sua disposição, por exemplo se você assume uma secretaria de cultura do estado, do município, você pode fazer, começa a fazer o trabalho lá, fora disso você tem que aprender a juntar recursos por vocês mesmos, crowdfunding, procurar doações, criar negócios que rendam, entretanto, eu acho com o empreendimento cultural que não prove o seu próprio sustento, ele vai sempre depender da esmora de alguém, então é melhor que a coisa se sustente a si mesmo, claro que com isso ela vai ter que passar por uma série de testes, exigências, algumas vão fracassar, mas outras vão dar certo, então confia mais na sua própria iniciativa, adeus a você pegar liberalismo se não aragasse sua conta com o recurso do estado, então é o que todos os liberais estão fazendo, chega lá no instante e me dá o dinheiro para eu promover o liberalismo, tá? Liberar o dinheiro, liberar o dinheiro, é assim, se os caras não quiseres meter dinheiro no seu próprio governo, no próprio fórum da liberdade, do governo do sul, né? Quase afundaram com fora, então... O Felipe Lissage pode ter se lembrado do encontro europeu, né? Como é? O encontro europeus. Ah sim, o Felipe Lissage está me lembrando aqui... 5 a 7 de agosto em Lyon. Do encontro de estudantes do cofre na Europa, são estudantes europeus que acompanham o cofre, então se grame em Lyon, na França, de... 5 a 7 de agosto. 5 a 7 de agosto. E os interessados devem mandar um e-mail para Felipe Lissage, a roba de e-mail. Felipe Lissage, o quê? A roba de e-mail. Ah, envia um e-mail para... os interessados envia um e-mail para Felipe Lissage com S só, o mensagem com G, arobajmail.com, mas eu acho que ele devia colocar um link na minha página que as pessoas tenham mais fácil acesso. Faça isso, Felipe. Esse negócio é muito importante, vai, com certeza, vai gerar trabalhos interessantes, vai circular ideias frutíferas, isso é uma grande contribuição, grande coisa que eles estão fazendo, né? E Israel machado, o professor cheguei recentemente e comecei a construir minhas bibliografias, mas estou com dúvida no seguinte, é melhor ler um autor por vez de diversificar, bom, se você vai fazer uma bibliografia você vai ter que diversificar logo de cara, e não escolha suas áreas de estudo por autores, mas por problemas concretos. Primeiro que se você começar por autores, eu vou fazer aqui a lista dos comentários a Platão, a lista não acaba mais, é certo? Mais sobre temas mais definidos, você tem a bibliografia menor, mais abarcavel, com certeza. Então acho que é por aí. Bom, aqui não dá mais para. Alguém, o Bruno Vafonsi, porém, qual é o seu principal críticas ao behaviorismo esquinaisando? Eu não preciso inventar nenhuma crítica nova, eu li o livro do Arthur Kestner, The Ghost in the Machine, o Fantasma na Máquina, que é um negócio absolutamente arrasador, e um livro maravilhosamente escrito, um tremendo escritor, Arthur Kestner, que começou a carreira como jornalista científico e depois, no fim da vida, na velhice, voltou a esse assunto, publicou vários livros brilhantes, em todos os lugares, e esse aqui é a melhor crítica que eu vi ao behaviorismo. Eu não preciso apresentar mais nada, eu já disse tudo. Então é isso, gente. Até a semana que vem. Muito obrigado.