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Então vamos à boa noite a todos, sejam bem-vindos. Hoje eu queria continuar um pouco com o tema da dialética que nós vimos na aula passada com alguns esclarecimentos essenciais para a compreensão desse assunto. Nós vimos como nós vimos na aula passada a dialética aparece em primeiro lugar como uma concepção do mundo com o Heráclito, a concepção da luta dos mistérios articulados por um fator sutil e inalcançável que seria Logos. Depois nós havíamos aparecido em Platão como uma espécie de técnica acética, a técnica pela qual o mundo das impressões sensíveis é transcendido até se chegar à compreensão de alguns mistérios fundamentais da existência e aparece em seguida em Aristóteles já como uma parte da técnica lógica. Porém se nós perguntarmos como foi possível isso aparecer e nós temos sobretudo que perguntar será que eu aparecer primeiro como uma concepção do mundo não houve um equívoco porque a medida que o tempo passa de Heráclito até Aristóteles a dialética vai cada vez mais de ser uma concepção do mundo que só voltará a ser com reggae muito tempo depois e se transformando numa parte da técnica lógica quer dizer a dialética se refere às coisas se refere ao mundo do cirro ou se refere apenas ao mundo do pensamento essa é uma das grandes perguntas quando for no século 19 então Friedrich Engels acredita nesses seguintes reggae levando muito a sério e infundindo na dialética um sentido materialista acredita mesmo não é dialética da natureza hoje o livro a dialética da natureza nos parece totalmente poeirio porque aquele negócio a semente, a tese, a terra e a antítese a planta e a síntese e assim por diante. É só a figura de linguagem absolutamente poeirista. A dialética da natureza não deu muito certo mas nós vemos que decorridos aí quanto 23 24 séculos a dialética então volta a ser uma concepção do real de uma decisão do ser de modo que esse conflito dos contrários não estaria só na mente humana mas na própria estrutura da realidade. Como surgir isso e qual é a solução deste enigma existe uma dialética do ser ou a dialética está só no nosso pensamento é claro que a decisão tem consequências absolutamente portentosas para o restante da filosofia que nós vamos desenvolver mas pelo investigação que eu fiz eu comecei pensando assim seria possível para o ser humano pensar de uma maneira não dialética independente vamos fazer abstração aumentanemente da estrutura do ser quer dizer nós não sabemos o raio do ser ter uma dialética interno não se o mundo é composto da luta de contrário é composto uma coisa completamente diferente vamos nos até agora a nós mesmo e pensar e perguntar nós poderíamos pensar de uma maneira não dialética pensar de uma maneira estritamente linear de bom a mim parece óbvio que nós não podemos fazê-la porque a contradição se introduz no nosso conhecimento já desde a percepção sensível a primeira questão a fazer no caso é o seguinte é que nós não conseguimos prestar atenção em nada por mais de alguns segundos a nossa atenção vou a outra coisa então por aí você vê que já se introduz alguma contradição alguma dúvida alguma perplexidade desde o início em segundo lugar nós temos dois olhos e não um e essa visão binocular ela não é perfeitamente encaixada sempre existe uma distância entre um olho e outros em alguns casos a diferença é extrema que no caso tem o meu piano olho e permetrope no outro quer dizer um ver pequeno outro ver grande a gente já galou já tem chaga perto e para mim eu tenho até um negócio mais esquisito que eu tenho onde o analfabetismo à distância eu enxergo muito bem a distância mas eu não reconheço letras eu só reconheço letras quando chega assim anos 10 metros eu consigo ler eu nunca vi isso aí esse é o problema que está no cegue aconteceu e se eu olhar com o olho direito eu entendo as retas foi o esquerdo que chega longe não entendo então deve ter outras pessoas que tem o mesmo problema mas alguma alguma diferença entre os dois horas sempre existe e além deles serem diferentes eles não se encaixam perfeitamente você vê quando você puxa esse dedo aqui parece que é dois daí aqui ele virou um é isso então esse encaixe é sempre é sempre um problema nós vemos tudo duplo e não é no olho que a coisa encaixa no cérebro é isso em terceiro lugar nós temos um problema famoso problema que já chamou a atenção dos filósofes e nisso que é o problema da mudança e da permanência é quando o Heráculo diz que tudo flui nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio então a primeira vez que eu li esta esta frase nunca nos banhou duas vezes no mesmo rio da eu perguntei mas será que esta frase tem duas vezes o mesmo sentido mas me parece mais difícil ainda né o rio pelo menos fica no lugar agora a frase eu tenho que repensar então eu posso pensar cada vez com uma intenção completamente diferente né então esse problema da mutabilidade chamou a atenção dos filósofes desde o início e a mutabilidade aparece como um problema se as coisas mudam nós não sabemos que elas são nós não sabemos como nos orientar perante elas então buscar por baixo da mudança uma permanência foi uma preocupação que durou séculos na filosofia grega porém a coisa é um pouco pior do que eles perceberam na época porque as relações de mudança e permanência também não são permanentes quer dizer não é que existe sempre um mundo aqui de mudança e por cima dele um negócio muito estável não é assim porque a nossa percepção da mudança e da permanência ela também tem uma contradição é o seguinte em alguns casos a mudança é o aspecto visível aquele primeiro que você repara e a permanência é uma coisa que você constrói na sua mente por exemplo o ciclo lunar a lua aparece com quatro aparência diferente das quais uma não é uma aparência de uma aparição né ela aparece na lua cheia no quarto crescendo o quarto minguante depois lua nova não tem lua nenhuma né como é que você vai saber que essas quatro coisas são a mesma você precisa observar isso durante um longo tempo e daí mentalmente você constrói ideia do ciclo elas formam o ciclo então neste caso o que é visível é a mudança e o invisível que só é visível por abstração é a permanência mas em outros casos é o contrário por exemplo você vê uma árvore você sabe que aquela árvore vai crescer e um dia ela vai cair mas ela não está fazendo isso agora então você está vendo a permanência da árvore e a mudança que você consegue mentalmente então você vê que tudo isso já impõe ao ser humano uma dificuldade que você não está nem totalmente no ser nem totalmente na cabeça dele está nas duas coisas ao mesmo tempo e de maneiras diferentes portanto nós podemos dizer o ser humano desde que ela aparece na terra é obrigada a pensar dialéticamente porque ele não sabe o que está fazendo isso em mais do comem de neanderthal não tem a menor ideia do que fosse dialética mas ele já tinha dois olhos ele já viu o ciclo lunar ele já via a árvore com um tamanho determinado que no outro ano ia ter um tamanho determinado ele sabia que os bichos cresciam você já viu o cachorrinho pequenininho você sabe que ele vai crescer tá certo então você que você estava vendo a forma estática do cachorrinho atual e a mudança que vai fazer que eles tornam o cachorro grande só existe mentalmente então não é verdade aquela primeira impressão dos filósofos gregos que todo mundo dos sentidos é feito de mudança e só o mundo superior o mundo da razão é constituindo de permanência no mundo sentidos existe mudança e permanência e talvez no mundo dos arquéticos também exista permanência e mudança por exemplo quando você vê essas descrições de pessoas tiveram clinicamente mortas e foram lá e ficaram lá um tempinho de alguma coisa aconteceu ali e se aconteceu houve um transcurso de tempo então existe um transcurso de tempo dentro da eternidade nós somos obrigados a conhecer que sim existe a mudança na eternidade claro o menino por aquele coltum borpo é o menino de quatro anos que não tinha instrução religiosa nenhum me voltou lá falando de Jesus do Espírito de Santa de Céu de tudo ele voltou sabendo tudo e que disse que encontrou o avô que ele nunca tinha visto e ele descreve o avô exatamente o avô ele reconhece mostra várias fotos de velho pra ele diz é esse aqui e era mesmo né e da irmãzinha que tinha morrido no nascimento e que ele nunca tinha visto que ele não sabia que existia é então bom eu estava lá e daí apareceu a minha irmãzinha de uma apareceu ela veio de algum lugar então ela não estava ali desde o começo então ela veio então houve um processo temporal né isso então isso quer dizer que nós não podemos de maneira alguma conceber o mundo físico como permanente mudança né e o mundo espiritual como uma coisa estática parada e imutável não realmente não é assim né então isso quer dizer que você conceber a eternidade como uma coisa parada né como faz por exemplo frit of capra no livro a a eternidade a ordem implícita ou implicada como se traduzindo em português todo o começo daquele uma sucessão de eros lógicos absolutamente monstruosos porque ele diz que as nossas palavras expressam apenas essências estáticas mesmo quando são coisas que mudam né então por exemplo uma vaca de bom uma vaca não é uma vaca vaca é um vacando ela está sendo uma vaca né não existe o ser existe o sendo então é claro que isso é um erro porque o próprio conceito de vaca já implica que ela é um livro de português ela muda não é se você pensar essência estática de vaca não é uma vaca estática a essência apenas vamos dizer uma fórmula intelectual mediante a qual você expressa o que a essência da vaca o que é esta essência não é uma figura parada é a fórmula da vaca tá certo que contém nela todas as mudanças possíveis que a vaca sofrerá por isso a vaca vai da pequeninha vai crescer quando crescer ela vai dar leite ela pode dar muito leite pouco leite o leite pode ser melhor pior etc etc etc ela pode ser fecundada por um touro se você não tem o touro ela não vai ter bezeirinho de jeito nenhum né a não ser que você mesmo a fecunde eu não recomendo faça isso né o lula deu um outro tempo para a criação de cabritas mas não é recomendado então no conceito de vaca está embutido todas as transformações possíveis e excluídas transformações impossíveis para a vaca pode dar leite ela pode vir a dar leite no futuro e o resultado está no conceito de vaca e é seguro a vaca não vai aprender grego nem português nem alemão nem cois de um isso está excluído então as mudanças possíveis a diferença entre as mudanças possíveis e as impossíveis é o que está dando na definição portanto a definição não cabe nem na categoria do estático nem no dinâmico estático e dinâmico só existe quando você considera o fator tempo ora se a essência é aquilo que abrange todos os tempos né então evidentemente ela não é ela em si mesmo não é nem estática nem dinâmica ela é por assim dizer a fórmula estática de todos os dinamismos possíveis mas a palavra estático não se aplica no no caso assim o livro inteiro está cheio desses erros que se incorporaram na mentalidade popular de tal modo que as pessoas que só acreditam na realidade da dinâmica só das mudanças né eu dei bom mas o que que é mudança o conceito de mudança é sempre o mesmo a ou a própria mudança muda e não é mais o que ela era como tem no no soneto camões soneto maravilhoso é muda se o ser muda seus vontades todo o ser é composto de mudança tomando sempre novas qualidades para ver o que é no fim de bom e no fim o negócio já não muda como costumava mudar então se você diz que tudo é mudança o que que você está dizendo eu devo quando você diz isso devo atribuir a você duas vezes a mesma intenção ou você cada vez quis dizer uma coisa diferente então você entra claro você está entrando um total nonsense o fato é o seguinte é que o jogo de mudança em permanência não é por sua vez um jogo permanente ele também muda né isso algumas coisas são estáticas em apan... são mutáveis em aparência e estáticas no fundo e outras são o contrário parecem ser estáticas mas são mutáveis então e o bom não adianta então eu dizer que a minha mente é mutável o tempo todo tá certo é porque se a minha mente fosse sempre mutável uniformemente mutável ela não poderia perceber isso que eu acabei de dizer pra você que algumas coisas que não mudam tá certo então mas ainda quando eu vou dormir e acordo no mesmo lugar como já me acontece eu não sei que você dormiu bebo de alguém te carregou pra casa isso já me aconteceu se desculpe mas aconteceu né eu estava num lugar e eu repetei a cor de um outro e eu só pensava numa coisa macarrão macarrão é sair correndo que não é engraçado pra comer o macarrão no resto da esquina isso pode acontecer mas em geral você acorda no mesmo lugar e sempre o mesmo o seu quarto você acorda ali de novo então você está a mutabilidade da sua mente é compensada por uma permanência do ambiente externo né isso mas esse ambiente externo é o ambiente da natureza do mundo físico então isso quer dizer que com relação à mutabilidade da nossa mente o mundo físico no qual os gregos haviam mudança ele é o fator de permanência eu sou a minha mente da continuamente mudando mas felizmente eu acordo no mesmo lugar de dormir então eu sei que o mundo continua e daí a famosa regra do visto conta que está muito certa de regler o dedão para o leão legado regrar o interior pelo exterior porque o exterior tem alguma permanência tem uma estrutura e você pode confiar nele né você sabe que você pode andar sobre o chão né o chão não vai derreter né e que não adianta você querer andar sobre as águas está certo então o mundo exterior mundo físico no qual os gregos haviam mudança ele é também um fator de permanência então isso quer dizer que nós vivemos permanentemente num jogo entre permanência e mudança então eu não posso dizer que o mundo externo é sempre a luta dos contrários porque os contrários também mudam de lugar eles não são permanentemente inimigos eles não estão sempre luta né então é evidente que quando Aristóteles começa a elaborar a ciência da dialética ele o faz a partir do conflito entre discursos esses discursos são feito por várias pessoas porém seria possível haver uma diferença entre vários discursos feitos por várias pessoas se não houvesse algum aspecto conflitivo dentro da própria mente de cada um ou seja quando sei lá era que se diz isso para menos desaquilo o outro diz uma terceira coisa etc etc então nós teve a coleção das opiniões do sábio elas estão aparentemente em conflito mas será que cada um desses pensou a sua concepção de maneira linear e sem nenhuma contradição conflito é claro que não porque cada um sabia mais ou menos os outros de um pensado e diz ó o fulano assim mas eu digo que não é assim e que é assado então o elemento de conflito elemento de contradição está sempre presente não só nos confronto das suas ideias com as ideias dos outros mas com as suas próprias ideias ao você fazer uma pergunta você admite duas respostas contraditorias pode ser assim ou pode ser assado e se eu não fosse assim você conseguiria pensar ou não sei só e pensar ele e você não poderia fazer hipótese se você não pode fazer hipótese não pode fazer pergunta você pode fazer pergunta não tem resposta então você ver este elemento conflitivo tá certo de replé de contradições ele é inerente por assim dizer você não pode fazer inerente só ameamento inerente ao mundo exterior ele é inerente a nossa existência a nossa existência neste mundo e porque este mundo também tem o seu lado de mudança e o seu lado de permanência tá certo então isso quer dizer que em tudo o que nós percebemos ou pensarmos haverá sempre esses dois lados e eles não estão separados estaticamente como imagina engenamente o frit of capa e outros bobocas como ele tá certo e eles elas se misturam a já demora que eu vejo que bom há no universo algum elemento de de contradição no próprio universo porque porque as coisas mudam elas não ficam como era tá certo e quando ela e aí é então felizmente nem todos os ursos chegam a isso mas o urso pelo que eu estudei nunca pare de crescer até até morrer ele tá crescendo fica um monstro de três metros e meio e então isso quer dizer que a lógica da preservação da espécie não é tão lógica assim ela também tem a sua contradição ela tem a autodistuição de algum de de algum modo tá certo e mesmo você vê pra nós tão acostumado vamos dizer uma distinção muito clara de marcha infênia que hoje o pessoal tá pagando mas se você vai estudar asienas você vai ver esta informação não foi informada asienas elas não sabem que isso existe porque aí é na fêmea também tem uma espécie de membro viril não pode procurar evidentemente mas pode penetrar tá certo então o marcel não prestar atenção né ele sofrerá o impacto né isso é da fêmea que vai montar nele e usar como fêmea então asienas quando elas nascem elas são pequenininhas já que elas vão fazer suruba no berzinho é um negócio horroroso quer dizer o mundo de hoje tá sendo é o mundo dasienas né já querem que as crianças comece a fazer isso desde pequenininha né eu me lembro que nos anos 80 é eu era de estimunha quanto o negócio de uma seita e o promotor me levou pra falar com outro cara ele não tem um cara que estuda esse negócio vamos falar com ele pra ver se é musiquelera se é um engenheiro indiano como na brasil e ele estudava esse negócio de seita fazia muito tempo e ele tinha um imenso documental sobre a seita meninos de deus love family né que anos garoto ficavam na rua os garotos meninos eu te amo eu te amo e é às vezes sumiu com o sujeito né e teve um cara que apresentava forna internacional ele foi levado por um grupo de garotas de 12 13 anos para lugar desconhecido até hoje o cara não apareceu isso vai fazer 30 anos né deve estar se divertindo por lá e ele me mostrou um discurso do fundador da seita que se chamava deve não sei do que em que ele ensinava as pessoas que elas deviam fazer sexo grupal com as crianças a partir dos quatro anos quatro não quatro meses de idade os que dizia isso e o filme foi feito pela filha dele a filha dele ficou horrorizada com o negócio ela começou a denunciar o país só o meu pai tá biruta completamente tem que dar um jeito nesse cara sei que nada aconteceu pra ele nunca foi preso nem nada mas quando nós vimos aqui aqueles filmes o promotor que não era nenhum menino e não era nenhuma mocia sensível prometo promotor vomitou e bom isso foi nos anos 80 hoje em dia as pessoas já estão falando dessa coisa como são essa coisa normal você fazer isso nas escolas para as criancinhas não estão falando então fazendo isso não estão propondo aí já o sexo grupal para as criancinhas então confirmando aquela observação do embrejo de urkheim de que a capacidade que a sociedade tem de perceber anomalias é limitada quando a anomalia dura o certo tempo você começa a achar que é normal é certo então só tem lá cinco por cedo anomalia o resto você vai aceitar tudo como normal então e isso também quer dizer que no próprio estoura social no estour cultural social psicológica você vê essas contradições surgindo o tempo todo né isto e aquilo que num dia ele parece contraditório espantoso no dia seguinte ele parece inteiramente lógico e normal não ser você tem aí tem uma outra toda dupla de contrários se apoia em cima de uma outra dupla de contrários não existe dialéticas e tesa de sinti onde você tem tesa de sinti você tem encaixado né uma outra tesa de sinti como por exemplo neste caso a mudança é o contraste de duas fases de desenvolvimento que se opor uma outra se apoia em cima de uma outra contradição então para assim dizer você tem a contradição da mudança e você tem a contradição entre os seus conceitos respectivos como se fosse estático por assim dizer estático entre aspas então uma dupla de contrário se apoi a outra dupla de contrário e note note note na pergunta é como é que no meio desta barra funda nós conseguimos perceber alguma coisa nós percebemos nós conseguimos perceber alguma coisa e ter algum conhecimento precisamente por causa deste encaixe entre as várias contradições por causa desta dialética entre permanência e mudança esta dialética nos permite tomar consciência de que absolutamente nada no mundo é conhecido apenas por percepção sensível sem o aporte de uma abstração intelectual e vice versa isso aqui é da mais alta importância não existe esta separação entre o mundo sensível e inteligível eles estão implicados um no outro o tempo todo se nós não poderiam perceber nada ver se houvesse aqui o mundo sensível ou a sua mutabilidade em cima o mundo dos objetos ideais com a sua permanência o trânsito disso seria de uma outra seria absolutamente impossível felizmente as coisas não são assim existe a permanência mudança nos dois mundos e a relação entre eles também está sempre sendo articulada de uma outra maneira e é graças a isso que nós percebemos porque isso acontece acontece como você está fazendo quando você faz um desenho quando você faz um desenho você traça uma linha que na natureza não existe mas que marca o limite entre uma coisa e o que não é aquela coisa por exemplo eu quero desenhar a sofá eu faço uma linha que a linha não sofar não tem linha nenhuma tá certo mas ele marca o limite do sofá a parede tá certo pois eu marco o limite entre ele outra coisa outra coisa outra coisa no fim o que acontece aquela série de traços que são planos fazem surgir um objeto tridimensional e daí é de desenho foi além do desenho ele salta do plano para o espaço se o desenho foi bem feito claro a nossa mente faz a mesma coisa nós vamos articulando contradições contradições de repente o objeto nos aparece com toda a sua interesse a sua realidade esse objeto por si mesmo não é desívio nada no mundo é desívio o que você pode dizer só apenas os signos das coisas mas outra contradição o signo não representa a coisa diretamente ele representa através de uma rede de palavras que não tem nada a ver com a coisa como diz o Fernando de Sosfio o sentido da palavra é a diferença entre ela e todas as outras não é só isso mas isso também faz parte do do da natureza do signo então para você entender um signo você precisa entender vários se você fala para a pessoa a palavra desconhecida e ela pergunta o que que é isso com o que que ela responde com outras palavras a não sei que ela tem objeto a sua disposição e mostra mas você pergunta o que é elefante não tem o elefante aqui eu vou te explicar o bifes na África e a tromba ou seja teci uma rede de palavras em torno disso para que com esta rede de palavras com o contraste semelhante a pessoa possa montar imaginariamente o objeto e na hora que ela consegue visualizar a figura de elefante que aconteceu as palavras foram além das palavras e penetraram no outro mundo de tridimensionalidade e de presença real é assim que nós pensamos então dizia o raimão da velho no parágrafo magistral ele disse o acúmulo de contradições o acúmulo intolerável de contradições chega um ponto intolerável em que nós saltamos para uma intuição do objeto mais ou menos isso que ele disse e é exatamente assim que acontece quer dizer você vai desenhando as várias partes ou a distinção entre as várias partes até que não fia parece algo que vai além dessas distinções assim como a palavra você vai pegando a diferença e semelhante entre uma palavra de todas as outras montando montando montando daqui a pouco apareceu uma coisa para você que não é mais palavra eu espero que isso aconteça nessa mesma aula é o que vocês estão ouvindo palavras né então vendo aqui um sujeito um gay falando umas coisas mas para além do que eu estou falando você montando essas coisas direitinho você vê isso né que acontece comigo acontece exatamente a mesma coisa então essa nossa capacidade de ir além das palavras e além dos signos ela só é possível por causa deste jogo de permanência mudança por causa desse jogo entre das contradições e da articulação entre contradições então entendo então isso quer dizer que essas representações que tentam mostrar tudo dialeticamente elas são tão simplórias quanto aquelas que pretendessem traçar um retrato linear da realidade o fritio afcáfra é tão ingênuo quanto aqueles que ele está criticando não há nada de ingênuo em você designar a vaca que é um bicho mutável com uma palavra que em si mesmo não é mutável porque essa palavra é o que é o algoritmo da vaca né então se você procurar a definição de vaca como animal e você vai procurar definição de animal então faz parte do animal a sua multabilidade o seu movimento sua capacidade de crescimento e degenerecença e etc etc tudo isso está na definição então isso quer dizer que a riqueza do pensamento e da própria percepção humana só é possível graças a este jogo e os primeiros filósofos que trataram da coisa é evidente que eles viram a coisa do amanhã muito toscar quando não é que eles viram do amanhã muito eles disseram de um amanhã muito toscar e se você perguntar será que era acrito não sabia que as coisas são assim de claro que ele sabia mas ele não conseguiu dizer né então ele simplificou tudo num símbolo que da luta dos contrarios esse símbolo contém vamos dizer compactamente tudo que eu estou dizendo aqui tá certo mas você vê que existe uma evolução da filosofia mas é uma evolução mais verbal do que outra coisa é aquilo que um filósofo viu de maneira compacta e encerrou num símbolo para sem dizer mais imploro outro filósofo desmembra e vai havendo um progresso da o que aquilo que o o que ele chama clarificação da sorte a diferenciação dos progressiva diferenciação dos símbolos essa diferenciação por sua vez se condense em novos símbolos e articuladores e assim por isso não para nunca por isso que nós podemos voltar aquele negócio do jampol sata do em si e do para si e notar que por exemplo quando ele descreve o ato sexual ele diz eu tenho um em em si que é o meu corpo minha existência física e eu tenho um para mim para si que é a minha consciência então é a mesma divisão do decarte ele está usando um conceito cartesiano como a linguagem regulhana o que o decardo chamava de substância extensa e substância pensante é exatamente o que o jampol sata está chamando de em si e para si da certo é dizer quando tem o ato sexual eu faço uma pessoa largar o seu em si e se identificar com o seu para si por dar largar a sua consciência e se identificar com o seu corpo então estou rebaixando estou degradando esta pessoa ao mesmo tempo que me degrado a mim mesmo de bom de fato as coisas seriam assim se existisse o tal do em si para si se existisse o tal da substância extensa e substância pensante como substâncias diferentes note bem a restota defina substância como aquilo que não é atributo de outra coisa nem parte de outra coisa é isso então quando decarte diz que existe uma substância chamada pensamento ou consciência e outra substância chamada corpo ele está a dizer que nenhum desses é parte do outro são coisas distintas assim como um gato não é parte do elefante nem atributo um elefante mas o que nos diz a tradição escolar que é exatamente o contrário quando diz que a alma é a forma do corpo então está dizendo claramente a alma não é uma substância o corpo não é uma substância o que é uma substância é o ser humano o composto indissolúvel não é isso então bom se é um composto indissolúvel então meu filho você não vai precisar abandonar a sua alma para você transar o seu corpo o corpo da sua parceira o parceiro está aí tudo isso junto eu disse você não fosse assim então todo ato sexual seria inconsciente e esse eu não tem a menor ideia do que ele está fazendo e quando a mulher pergunta foi bom pra você dizer é ok o que está falando é seria exatamente assim quer dizer é claro que essa descrição do artessexual é pueril pueril porque porque não é baseado numa fenomenologia real é baseado na dedução do conceito conceito da em si para si que por sua vida tradução do conceito de corpo e pensamento de de carte então dá a impressão de ser uma coisa muito profunda precisamente por ser onde um desenvolvimento um desdobramento elétrico dos conceitos e não uma descrição e tá entendendo ora se você for fazer a descrição efetiva não não é só mas de qualquer coisa você só a poder a fazer por esses pares de opostos mas sabendo que esses pares de oposto estão articulados ou seja que aquilo que você viu que você ou antes que você está expressando o fundo como aspectos distintos não estão separados realmente aí que a gente chega por exemplo na coisa da psicologia da gestal com o vovran kullar a curto cófica e outros né que o que eu falei sobre o começo do século 20 então eu só vi uma figura quando a contraste com o fundo o fundo não faz parte dela mas se sumir o fundo a figura também desaparece então e por sua vez o que é figura e fundo também muda porque quando eu olho o fundo ele se torna a figura e o que era figura antes e torna o contexto ou o entorno daquilo tá entendendo então figura e fundo também não são coisas estaticamente separadas também então não vamos em um constante jogo de elétricos esse jogo de elétricos não para nunca e é porque ele não para nunca que nós conseguimos transcendê-lo nós conseguimos ir vamos para além do jogo de elétrico que a minha mente está aprendendo eu consigo perceber algo do ser que que é o ser é a forma está não é o processo inteiro é por assim dizer é a fórmula permanente do processo inteiro é Oops eu entendo que né tudo querolle tudo que nós percebemos é assim que as coisas funcionam quando eu pego por exemplo identidade uma pessoa então aqui olhando a Maria Carla Aqua trench invitation cada uma dessas pessoas é apenas a forma estática que eu estou vendo agora não eu sei que não és isso mas eu só estou vendo agora a forma estática a forma presente mas eu sei que tem uma história e tem um futuro. E por sua vez, este futuro e este passado se articulam com a forma presente também de uma maneira dialética. Eu posso dizer por exemplo, cada uma dessas pessoas é apenas o resultado do seu passado, não pode ser, porque também tem um futuro. E se todo o presente fosse apenas o resultado do passado, ele não existiria. Então entendo se passaria do passado para o futuro sem um presente. Quer dizer, no presente tem de estar acontecendo alguma coisa que não é nem passado nem futuro, que está articulando o presente, o passado com o futuro. E essa é a definição de consciência do Moís Pucadinho, o grande titicólogo, que a consciência é uma memória do passado preparada para as tarefas do futuro. Você não é só a memória do passado, é a articulação do passado com o futuro. Essa articulação é um momento presente. E é isso que eu vejo em cada uma das pessoas que eu estou vendo. Neste. Ora, esta impressão por si mesma, ela não tem como ser fixada em uma palavra, só uma articulação de palavras pode fazer isso. Então quando eu digo o nome de uma pessoa por trás do nome dela, tem todo um discurso e por trás do discurso tem todo um processo. E justamente através do discurso eu capto algo deste processo. Através das palavras eu capto algo que está para além das palavras. E é por isso mesmo que não adianta a pessoa ficar reclamando, vamos dizer, das limitações da linguagem humana. Porque as limitações da linguagem não são as nossas limitações. A linguagem tem as suas limitações. Por que? Porque nós temos algo além da linguagem. Então você não precisa dizer tudo. Por trás do que você diz, as pessoas captam algo que você não diz, mas que é o ponto de convergência entre a experiência delas e a sua experiência. E esse ponto de convergência está dado no objeto do qual vocês estão falando. Ou seja, vocês se reconhecem e o reconhecem. E isto aqui, vamos dizer, não apenas a solução do problema da velha dialética, mas este é o verdadeiro método pedagógico. O método que eu estou usando aqui e que funciona por causa disto. Quer dizer, eu vou montando essas contradições, até que aparecem para além do que eu estou dizendo, ao que eu não estou dizendo, mas que você sabe perfeitamente o que é. E é assim que vai funcionando. Então, entendeu? Agora, ao longo da história da filosofia, você vai encontrar muitos exemplos de filósofos que desprezam esta complexidade e riqueza da realidade e se apegam num fundamento doutrinal qualquer e começam a tirar conclusões daquilo. Quando você lê Thomas Hobbes, por exemplo, que acha que tudo é seu homem, homem e lupus, o homem e o lobo do homem. Eu digo, mas se fosse assim, não tinha sobrado nenhum horário. Será que ele só vinha comendo uns aos outros e devorando uns aos outros, matando uns aos outros, e falou que não é possível que faça isso o tempo todo? Mesmo porque? Eu das pessoas do meu círculo nunca conheci ninguém que tivesse que matar ninguém. Quer dizer, se é o homem e o lobo do homem, eu digo, então aqui alguma coisa está falhando. Vocês não mataram ninguém hoje, né? Então, o lobo, outro dia eu vi um documentário de um sujeito pastor de ovelha, e ele dizendo, olha, o lobo vem aqui e mata vinte e come uma. O lobo mata tudo o que ele encontra. Não é para comer, ele mata porque mata. Então, de fato, essa é a natureza dele. Então, o dia com o lobo do matouro ninguém, ele é um dia frustrante. O seres humanos são assim, e falo claro que não. Então, o homem ou homem, o lupus é uma figura de linguagem que expressa certos aspectos da realidade. Mas um sujeito pode ficar tão impressionado com uma figura de linguagem que ele desenvolve toda uma filosofia em cima daquilo e tira conclusões. Então, você ver, isso quer dizer que a linguagem tem também um poder hipnótico. Porque a linguagem não serve só para você nomear as coisas, a linguagem também é um meio de influenciar as pessoas. E você pode estar tão ansioso para influenciá-las num determinado sentido que você asprende numa armadilha verbal para que elas não percebam nada além do que está dito ali. Você pega o príncipe, fala luta de classes. Eu digo, bom, não é de classes, ela existe de vez em quando. Ela também não pode ser essência porque se fosse luta de classes, você diz, bom, não dá nem para você começar a montar a fábrica porque o seu prédio te mata ou você mata eles. Então, além da luta de classes, tem que haver uma colaboração das classes, ou muitas outras coisas, sim, por isso. Mas você pode estar tão interessado em promover a luta de classes que ele a transforma na categoria de escritivo universal e tudo que está fora da luta de classes é declarado irrelevante. Ou para Thomas Hobbes, tudo aquilo que não é a interdevoração da espécie humana é irrelevante. Então, existem muitos filósofos desses, sobretudo na modernidade. Filósofos antigos e escolas que eram mais comedidos. Eles nunca tentavam reduzir tudo a alguma coisa, se implória. Eles tinham mais um senso, vamos dizer, da complexidade, da riqueza das coisas, aceitava as contradições, etc. Mas no mundo moderno, a partir do Descartes, quando Descartes divido o mundo, é tudo ou é substância externa ou substância pensante. E o que não é nenhuma coisa nem outra, não interessa. E o que é as duas coisas ao mesmo tempo, também não interessa. E assim por dente, você vê muitos filósofos fazendo isto. Às vezes, os filósofos se tornam forças hipnóticas encarregadas de enfatizar de tal modo certos aspectos da realidade que você não presta atenção nos outros mais. Quando, como você vê no caso de Platão Aristótico, a primeira obrigação dele seria fazer o exatamente o contrário. Abrir as pessoas para a riqueza, complexidade real, para que elas possam, através do jogo, dos significados, das palavras, das contradições, chegaram a uma percepção das coisas. Essa percepção em si, ela é indisível, isso aqui é importante. Ela é indisível, mas não é incognocivel. Então, ser cognoscivel, mas não desível, é uma característica que praticamente todas as coisas têm. Então, você conhece sua mãe, conhece sua mulher, conhece seu pai, conhece agora diga-os. Você só pode dizer o nome deles, ou alguma coisa sobre eles. Você não pode dizê-los. E todo o conjunto de impressões que você teve a respeito deles e que está vivo na sua memória é incibile, não é desível. Mas também não precisa ser desível, não precisa dizer tudo. Por quê? Porque todos nós temos figuras análogas e podemos ter conhecimento de figuras análogas e podemos conceber a figura que você está descrevendo através daquelas que eu conheço, que nós conhecemos. Então, as limitações da linguagem humana só não são fatais e totalmente danosas, porque além da linguagem nós temos imaginação, temos memória, temos mais isso, mais aquilo. E nós temos essa capacidade de transcender os signos para chegar às coisas. Se não fosse isso, quer dizer, se as palavras fossem apenas aquilo que disse o socio, que é a diferença, o sentido, a palavra diferença entre ela e todas as outras, você jamais poderia comprar a salsicha. Porque não é que você dê certo, salsicha, o negócio aí é de vender a diferença entre a salsicha e tudo mais. E você iria com um saquinho de diferença para casa. Isso é absurdo. Quer dizer, esse lado da salsicha, ele existe, não é certo? Mas ele não é tudo. Mas ver esse desejo de sistematizar e de simplificar tudo de uma forma ou de outra e não, isso é a grande perversão da filosofia moderna. E fior, quanto mais unilateral, quanto mais estreito é o universo de ideias na qual o sujeito deseja aprisionar, mais eloquente é o discurso dele naquele sentido, e portanto, mais persuasivo também. Então, se você lê Carl Marx, Jean Palsato ou Thomas Hobbes, parece que tudo é daquele jeito. Por que que parece? Porque esse é um efeito ficcional. É o efeito de uma peça de teatro. Não é que você está vendo uma peça de teatro, você está sofrendo como se aquele problema que está passando o palco fosse seu problema. Quando o evidentimento acabou, a peça não é, está certo? Você pode ter um gostado da peça, devolver o dinheiro, pedir o dinheiro de volta, assim por dente. Quer dizer, envolve você num efeito ficcional que é tanto mais persuasivo e convincente quanto mais falso. Porque é toda a técnica da ficção usada para construir o mundo imaginário e fazer que você entre dentro daquilo. Quer dizer, esse filósofio, em vez de abrir seu ódio para a realidade, eles estão fechando você para tudo o que eles não veem, ou não querem que você veja. E isso é endêmico na filosofia moderna. Quando você lê, sei lá, você lê Hegel, Carl Marx, Giovanni Gentili, você lê Jean Palsato, você lê Michel Foucault, isso é evidentemente uma luta pelo poder. Então, o indivíduo está querendo que você faça isso ou aquilo. Então, ele quer te aprisionar dentro daquela cosmogisão estreita, que ou é a dele, ou não é pior ainda, não é a dele, ele tem uma outra melhor, mas ele está te vendendo esta. Está certo? Isto é muito comum e é claro que isso tende a piorar à medida que essas filosofias começam a ter uma influência pública maior. Ele se torna a base de movimentos políticos, religiosos, culturais, etc., modas culturais, etc., etc. E você não observa isso, de fato não observa isso nos grandes filósofos da antiguidade e da idade mesa, nenhum deles faz isso. Isso começa, eu acho que começa realmente por uma partida de Maquiavel. Maquiavel tem uma coisa com uma visão muito estreita, boba até sobre certo aspecto, que engeno a sobre certo aspecto, mas ele quer que todo mundo acredite que tudo é aquilo. Você lê o meu livretinho sobre o Maquiavel, vocês vão ver que coisa, como é desproporcional, onde o tamanho único da concepção de Maquiavel e a pretensão de universalidade dele. E isso vai ficando pior, pior, pior, pior, pior, pior. Sobretudo na medida em que os filósofos vão enfatizando aquele aspecto. Por isso que o Elé Michel de Montaigne, ele só fala da mutabilidade, instabilidade, o tempo todo. E parece que nada no mundo, cada vez que ele acorda ele está em um lugar diferente, a casa dele era branca, ficou preta e assim por dentro. Então o que ele está descrevendo existe, mas existe dentro de um outro quadro maior, sem o qual não existiria. Então eu nego desprezo esse quadro maior para enfatizar aquele aspecto que ele chamou a atenção ou para o qual ele quer chamar na sua atenção. Isso de fato não é honesto. Então o coeficiente de charlatanismo na filosofia moderna é muito maior do que foi em outras épocas. E pior, o prestígio dos filósofos aumentou muito na modernidade. Se você pensar assim, quantas pessoas prestaram atenção em Platão e Aristóteles no tempo dele, um pequeno circo de aluno? Mas hoje não, seja o Karl Marx fala para milhões, Foucault fala para milhões, Nietzsche fala para milhões, e assim por dentro. Com Nietzsche nunca esteve sacanagem, ele é louco mesmo. E por isso mesmo, graças a Deus da filosofia, dele é toda contraditória, ele uma hora diz uma coisa, uma hora diz outra. O que é uma vantagem, porque se ele se contradiz, quer dizer, ele não está querendo prender você no universo pequeno. Ele está lutando com suas contradições. Está certo? Então digo, Nietzsche não faz tão mal quanto esses caras. Graças a suas contradições. Mas o fato é que nunca chegou a fechar as contradições. Se você ler Schelling, Scheng também é cheio de contradições, mas no fim ele mais ou menos ensinua algo que está paralado às contradições. Mas Nietzsche nunca chegou a isso, morreu de si, se agarrou no burro, ficou chorando e morreu. Então, e também nunca existiu, de fato, um movimento de Nietzsche. Um movimento político de Nietzsche. Isso influenciou o fascismo do Nazism. É verdade que Hitler sabia livros inteiros de Nietzsche de Khor, Nietzsche, Schopenhauer sabia de Khor. Mas isso não quer dizer que o partido nazista fosse realmente Schopenhaueriano ou Nietzsche. Era apenas uma influência. O nosso Getulvar, Getulvar, que já lia Nietzsche 24 horas por dia. Talvez ele acreditar que ele fosse o super-homem do Nietzsche. Mas terminou tão mal quanto Nietzsche, não é verdade? Então, essa coisa ela existe, ela está quase que não se presente na filosofia moderna. São pouquíssimos. Aquele que diz, pera aí, pera aí, pera aí, e aí, assim, vamos descrever o mundo com todas as suas contradições, com todas as suas dificuldades, até chegar a esse algo que está para além e que não é desível, mas que é reconhecível. O cara que se faz, o Rousseau faz isso, o Lulaveli faz isso, o Bernard Lonergan faz isso. E esses que eu escolho, como dizer, são os filósofos realmente grandes, porque são mais confiáveis, eles não estão te enganando, eles podem errar como todo mundo, claro. Mas eles não estão querendo prender você num mundinho do tamanho deles, do tamanho da jaula que eles querem te botar lá. Não é assim. E acho que esse, vamos dizer, é um critério para você se orientar a saber quem é confiável e quem não é. Então, se você pega, por exemplo, a descrição e a dialética do eu, como aparece no Jean-Paul Sartre, e depois você ler a mesma coisa no Lulaveli, você deu o seguinte, o Jean-Paul Sartre está macaqueando o Lulaveli, procurando extraordinariamente, ele está tirando toda aquela riqueza, complexidade do Lulaveli, está certo, e prendendo tudo numa visão conflitiva. Por quê? Porque ele quer estibular o conflito, ele quer encrencar, meu Deus do céu, ele quer jogar todo mundo contra todo mundo. Então, para isso, é só você incentivar, vamos dizer, o lado conflitual e tudo vai virar conflito, como em Thomas Hobbes, tudo é a interdevoração dos lobos. Nós somos lobos, em parte, mas também somos cordeiros, somos águias, somos urubus, somos cordeiros, cavalos burros, tudo isso. É fácil você ver que, vamos dizer, na cosmovisão bíblica, os bichos são como se fossem aspectos especializados do ser humano. Por que você diz isso? Porque a adão que sabia o nome dos bichos, a adão sabe as essências. Então, os bichos são partes e nós somos um tudo. Então, os animais têm algumas capacidades nós elevadas à inésima potência. A falsa nossa é limitada, mas nós temos outras capacidades que são de outros bichos. Então, é claro que toda comparação de homem com bicho, evidentemente, é limitada. Então, muito bem, fazer uma pausa daqui a pouco. Espera aí, tem uma pergunta aqui. É uma coisa sobre a entregnação da itéia de transformação com ela foi profunda em muitas gerações de filósofos, ao ponto de muitas riquezas da natureza humana foram desprezadas no nome de você transformar. A transformação virou um fetiche, evidentemente. A transformação, a mudança. Por que o Luíla Velli desprezado, desafnalizado por causa de... O Obama que se elegeu com a promessa de change, tudo. A mudança mudança. Por que esses caras estão criando movimentos políticos para incentivar determinadas mudanças que eles querem? Então, é claro que eles vão incentivar, enfatizar os elementos de mudança. E, na medida que enfatizam, esquecem que eles só podem falar em mudança, se tiver uma permanência no fundo. E vice-versa. Os noções de permanência e mudança, elas são dialéticas metereculadas. Se você pegar o que é que é a eternidade, a permanência, fala, não, não, não. Você vê, tem o grupo católico do Rio de Janeiro, reagindo contra esse negócio progressista, então fizeram uma rede, chamava permanência. Eu disse, bom, você está enfatizando o outro lado da dialética. Mas a eternidade não é nem mudança, nem permanência, meu filho. Ela transcende isso aí, ela abarca tudo isso. Ela é, como dizia Boécio, a posse plena e simultânea de todos os seus momentos. Portanto, os processos de transformação que existem no plano temporal também existem na eternidade. Só que não é como no mundo temporal, onde nós estamos limitados à mudança. Então, a mudança no plano temporal, ela significa que um momento exclui o outro momento. O momento seguinte exclui o anterior. E na eternidade não, eles estão todos incluídos. Então, a eternidade é uma espécie de supratemporalidade, uma temporalidade total. Não é uma permanência, não é uma coisa estática, nem poderia ser. Se não, nada poderia acontecer lá, meu Deus do céu. Veja, o próprio Deus não nos conta a sua história na Bíblia, que ele primeiro fez o céu a Terra, depois aconteceu isso. Bom, então, Deus tem uma história também. Ele não está limitado por essa história, porque os momentos que passaram pra ele não passaram. E os futuros também já estão lá. Mas se ele pode fazer, vamos dizer, criar um escala, um canal temporal, na qual as coisas se sucedem e os momentos se excluem, é porque ele tem essa capacidade. E para que ele a tenha, é necessário que ele tenha outras possibilidades também. Quer dizer, que em volta do canal temporal, o qual nós vivemos, a eternidade tem muitos outros canais. Então, agora, quantas pessoas opõem, permanem em mudança, elas estão fazendo o quê? Estão exprimindo a temporalidade dentro do conceito que só cabe. Estão exprimindo a eternidade dentro do conceito de permanecer em mudança que só cabe na escala temporal. É na escala temporal que as coisas permanecem ou mudam. Na escala eterna não faz nenhuma coisa nem outra. Então, a eternidade tem uma riqueza de possibilidades que, pra nós, é inconcebível. Veja, é quando eu digo isso assim, o inconcebível é uma das coisas preciosas, ser humano, e você chega a um negócio inconcebível que ao mesmo tempo se impõe como necessário, aí você sabe que está lidando com a realidade e com uma coisa que transcende o seu pensamento. Por exemplo, pensa na ideia... Eu sempre penso nessa... Eu estou rezando, eu corro uma expressão que eu li dos índios do Finguete, que é a Terra sem mal. Lá em cima tem a Terra sem mal, não existe mal. Você consegue conceber isso? Não, você consegue falar. Você consegue pensar uma Terra sem este mal ou sem aquele mal, mas sem todos ao mesmo tempo? Isso é impensável. Agora, como é que você vai pensar toda... Ah, amara Deus sobre todas as coisas. Bom, o que é que é o Deus? Deus é o infinito bem. Você consegue pensar isso? É claro que não. Você pensa um bem, dois, três, bem, quando chega no terceiro, você já mistura algum mal no meio. Então, isso é a nossa dificuldade. Isso é a limitação. Isso talvez seja o resultado essencial do pecado original, a perda da dimensão da eternidade do absoluto. E a nossa queda, vamos dizer, no relativo. Mas o relativo, tudo que é relativo, é relativo a alguma outra coisa que é relativo a outra coisa e assim por diante. E graças a isso, por trás das relatividades, por trás das contradições, nós conseguimos pegar algo da estrutura do ser. Se não fosse isso, nós nem estaríamos aqui. Se tudo fosse contradição, não seria possível articular uma discussão. E se tudo fosse permanência, estaria todo mundo parado como no Museu de Serra. Eu não tenho discussão nenhuma também. Então, por tanto, não há este conflito de mudança e permanência. Mudança e permanência são ambos aspectos da temporalidade. Aspecitos que estão todos abrangidos na eternidade, a qual contei muito mais coisa do que isto. Então, na verdade, esta é a minha má ambição neste curso. Despertar nos alunos este senso da realidade que está para além das palavras e que é indisível, mas que todo mundo conhece a respeito do qual nós podemos falar. Existe uma realidade, nós estamos dentro dela. Nós não abarcamos jamais, mas nós nos referimos a ela e nós sabemos que ela está ali. E conhecê-la é o nosso esforço. Nós a conhecemos através das nossas contradições e saltando para além das contradições. Do mesmo modo que quando você desenha, você vai fazer os tracinhos e de repente, aquilo que era composto só de tracinhos virou um negócio trindimensional. Isso que agora você concebe independentemente dos tracinhos. Nosso pensamento de fazer um tracinho, tracinho, tracinho, de repente aparece uma coisa que está além do que você pensou. Se eu conseguir despertar isto na cabeça de todo mundo, eu transformei todo mundo em filósofo. E eu realmente tenho a missão de que este curso seja uma usina de gênios. Eu tenho essa missão. Alguns já estão aparecendo, vai aparecer o outro mais tarde. E o Brasil precisa desesperadamente disso. Outro dia eu coloquei no Facebook uma mensagem que seria parada para pensar no número de profissões que vivem apenas de dar impressão. O advogado, o que ele faz? Ele vai provar aquilo que ele diz, não, ele vai ter a pena dar uma impressão para que o juiz decida dessa branca. Tanto assim que se ele conseguiu convencer o juiz com três palavras, ele não vai dizer quatro. O que que viu um publicitar? Dar impressão. Ele vai provar que o produto que ele está anunciando é melhor que o outro? Não. Ele vai só dar essa impressão. O que faz o pessoal do show business? Cantor, ator, só dá impressão. O que faz jornalistas? Só dá impressão. Mas é um bando de gente que vive só de dar impressão. Isso quer dizer que se dentro da sociedade nova houve um número suficiente de pessoas que se dediquem a atenuar as impressões e despertar o senso da realidade para além disso, o que acontece? Todo mundo fica louco. Então a inexistência de uma camada intelectual preparada, séria e honesta, é um desastre psiquiátrico fora do comum. Mais de dez anos atrás ele viu uma estatística do INPS de que 10% da população brasileira sofria doença mental, quer dizer, 10% são loucos clínicos, sem contar os que não foram diagnosticados. E sem contar, vamos dizer, as condutas e estados mentais psicopatológicos que são compatíveis com uma impressão de normalidade, sem contar os psicopatas que parecem inteiramente normal justamente porque são os piores, tipo Lula e outras, tá certo? Que conseguem até parecer melhor que os outros, em ganar todo mundo, tá certo? E que você só percebe que o cara é um psicopata e depois que ele enganou todo mundo você vê que ele não está sentindo nada, que ele está se achando lindo, maravilhoso, não tem arrependimento, tem vergonha na cara, tem nada. Esse fai ainda é vítima, ele quer é vítima. Então esse 10% hoje deve estar pelo menos 30, 40, gente. Então é uma coisa catastrófica. Não é só o problema de... Você fala cultura, as pessoas pensam cultura como uma dor, uma enfeite, uma coisa para o fim de semana. Quer dizer, o negro vive na falsidade, no loucura o tempo todo, no fim de semana ele vai ouvir um concerto, vai ser uma peça de alta. Então é o... O conceito cosmético da cultura, a cultura é uma coisa que não altera nada, só enfeita um pouco a aparência. Olha, se fosse isso ela não seria necessária, absolutamente só seria necessária, justamente para essas profissões, publicitárias, etc. Então o próprio fato deste conceito de cultura ser tão corrente nas classes altas brasileiras, sobretudo em São Paulo, a classe alta de São Paulo é todinha assim. Então o negro não sabe nem os 10 mandamentos, mas ele quer a cultura, quer assim enfeitar um pouco, para enfeitar sua miséria. Então olha, eu conheço bem essa classe alta de São Paulo, conheço muito, muito, muitos foram meus alunos antigamente, e numa época que eu... Eu ainda não era um professor bom que nem agora, porque naquela época eu dizia, ensinava, ensinava, eu falava para o Ruchane, Ruchane eu sou o maior fracasso pedagógico da América Latina, porque eu ensino, ensino, ensino, os caras não aprendem nada. Depois do ano de 2000 e pouco, virou o negócio, começou a dar resultado, começaram a aprender, falou agora não sou o maior fracasso pedagógico da América Latina, etc. Então, e o meu público, o tempo de São Paulo era esse aí, etc. Então, minha grande emissão é essa aí, despertar esse senso da realidade, como algo que está para além do nosso discurso, mas e que é perfeitamente cognoscível, e que de certo modo é comunicável para além, não sem palavras, mas para além das palavras. Só que, se não há mais intelectuais sérios, capazes de meditar, restaurar o senso da realidade por baixo das impressões, o universo inteiro das comunicações fica a mercer dessas profissões que vivem de dar impressão. E eles estão pouco ligando para a sua saúde mental. Muita saúde, espirito. Ah, eu não tenho nem falar. Então, quer dizer, quando essas profissões se tornam dominantes e não existem nada para contrabalançá-la, meu filho, a sociedade vira um hospício, um hospício dirigido pelos próprios loucos. Quando o pessoal descreve essa situação de hoje, em que você vê os bandidos jogando os bandidos e absolvendo uns, absolvendo os outros, essa turma do STF forrendo para proteger os delinquentes, então eu digo, bom, isso aí é o Dr. Mabuse, que é o psicopata internado no Manicomo Judiciário de onde ele governa o país. Então, mas piorou, né? Piorou porque naquele tempo o Dr. Mabuse estava no Manicomo Judiciário, hoje não, o país inteiro virou o Manicomo Judiciário. Então, nós temos que parar com isso, gente. Não é um problema que está na política. Não é, é muito mais fundo o negócio. Nós temos que restaurar o senso da normalidade humana, da medida humana. Na hora que você vê pessoas falando a sério, que tem que fazer operação transsexual em crianças de 4, 5 anos, sabendo-se que dos transsexuals operados 41% se suicidam, e eu quero falar isso como se fosse uma coisa normal, é claro que perdeu totalmente o senso da realidade, e tem apenas o que? O senso da imposição, o senso da arrogância, tá certo? Da imposição de critério, por exemplo. E essa ideia, ela aparece do dia para a noite e de repente são vendidos como se fosse mandamentos divinos, imperativos categórios universais, que ninguém pode ficar contando, por exemplo, a ideia dos banhos de unicefes, isso apareceu a 3 ou 4 anos atrás. Agora já está ficando obrigatório, hein? Por quê? Porque o transsexual se sente constrangido de ir no banheiro de homens. E a mulher não fica constrangida de estar no banheiro cheio de homens vestidos de mulher? O que é isso? Cadê os direitos da mulher? Então, essa coisa dos direitos, o meu direito, seu direito, isso aí também é tudo tralatanismo, meu Deus do céu. As pessoas não sabem nem o que é um direito, eu digo, é o direito, como eu disse, o que é obrigação no terceiro, porque cada direito que você inventa, você está sobrecarregando alguém de uma obrigação. Então aparece uma idiota, como Marlenchal diz, a democracia é expansão dos direitos. Eu digo, ah, é? E em cima de quem vai cair a obrigação de cumprir os direitos? Ah, cá em cima da sociedade e do Estado. Mas quem é a sociedade e do Estado, se não nós mesmos? E o que é isso aí? É raciocínio, vamos dizer, inteiramente abstrativo, é a abstração que esqueceu, que abstrata, a abstração que pensa que é concreta. Isso é uma doença da inteligência humana. E quanto mais abstrata é o sujeito, mais eloquente será o discurso dele, porque o impulso que ele tem de colocar todo mundo dentro daquele mundinho, é incoercível, porque isso é a vida dele, é a única vida que ele tem. Ah, Marcia Tibun, esse quadro disso, né? Nossa senhora, ah, ah, ah. Fazendo, é, usando a menina lá do Guaco Guanal, porque ela está tendo uma realidade. Olha, eu ganho, eu sei que a Marcia Tibun, ela viu falando de fascismo, eu ganho porque ela nunca leu um único livro sobre o fascismo, ela tem menor ideia do que é o fascismo, que é um negócio que eu já li tanto livro sobre isso, eu sei que o fascismo é o fenômeno dos mais complicados que existem. Se o maior estudioso fascismo nos Estados Unidos é o James Gregor, ele é até um italiano, ele foi aluno de Giovanna Gentili, que é o grande teórico do fascismo, e ele mudou para o Estados Unidos, acho que quando era criança ainda, e virou o grande estudioso do fascismo, e ele guarda uma boa recordação do Gentili com o professor, embora toda a vida dele seja uma descrição terrificante do fascismo. E você vai ver que o problema do Giovanna Gentili é esse mesmo que eu estou falando, é o mesmo problema da Marcia Tibun. É um negócio, ele ficou obcecado pela ideia do Estado, ele leu o reggae, o que o Estado é a criação máxima do gênio humano, etc., ele ficou fascinado com isso. E acha que nós existimos para servir o Estado e tudo o que ele faz, propriedade do sistema pedagógico dele é baseado nisso, a psicologia dele é baseada nisso, nós somos abstratos, o Estado é concreto. Então, o fascismo, a origem do fascismo está nessas ideias. Então, a ideia comum do fascismo é apenas uma coisa de gente truculenta, brutal, e eu falo, não, eu faço isso porque tenho grandes pensadores. Então, grandes quanto Michel de Montaigne, o Red Descartes, etc., etc., só que todos loucos, pô. Então, não é um problema de falta de categoria intelectual. Nós aqui, os comunistas, nós somos caras evoluidíssimos, civilizadíssimos, eles são apenas os truculentes, eu falo, não. Quando os nazistas começaram a matar a gente da Alemanha, que foi depois de 33, os comunistas já tinham matado milhões. Agora, os comunistas têm o gênio da propaganda, isso sempre tiveram, isso eleia a vida do Vili, Mönzemberg, era um mágico. Não é como se conversar com qualquer pessoa de qualquer coisa. E quando ele descobriu uma verdade, ele misturava com vinte mentiras e ficava mais verossímio ainda. Você quer ver uma história presa todo mundo? Está a história do incêndio do Rastag, do Parlamento Alemão? Então, apareceu o Rastag queimado, os nazistas, imediatamente, culparam os comunistas e começaram a fazer vacaças bruxas. Então, os comunistas reagiram, fazendo um negócio, chama Brown Book, o livro Marron, que eu vou publicar na França, na Inglaterra, todo o país, dizendo que aquilo é uma conspiração de um grupo homossexual. Preocese-se, um grupo homossexual nazista, chefiado pelo Ernest Romm e pelo Hermann Göring, que havia um túnel secreto entre o Rastag e a casa de um deles, e que eles eram amantes do garoto holandês que tocou fogo, tal do Fonk, não sei o que, Lubbock, né? Que garotinho bonitinho, e que eram amantes, e que eles que tinham mandado tocar fogo para culpar os comunistas. Bom, esta versão pegou no mundo inteiro. Pode ser, pode não ser, só que é o seguinte, não tem nenhuma prova. Você pensa, quem tocou fogo no Rastag, ninguém sabe, né? Acontece, que eles fizeram isso, contando, na primeira parte do livro, contava a história do Rastag dando esta versão do túnel secreto. Você, quando foi um investigador entrar no túnel secreto, o túnel era tão complicado que o suíde se perdeu lá dentro e tiveram que ir buscar-lo. O túnel não dava na casa do Guêro, em Coisíssima, não, ele dava em milhão de lugares diferentes, né? E assim, a história toda inventada. Mas na segunda parte do livro, eles contavam que as teucolênicos, os alemões estavam fazendo os campos de concentração, que já tinham ali, predidos, já tinham 70 mil presos políticos, 30 e pouco, bem na Zaguerra, e tudo isso era verdade. Então, as verdades da segunda parte, venderam a invés de Faneís da Primeira. Na verdade, até hoje, isso é um enigma, até hoje, quem queimou o Rastag, ninguém sabe, os comunistas eram muito melhores de por fazendo do que o Dr. Guê... Quer dizer, o Dr. Guêbras, comparado com o Vila, não, gente? Meu Deus do céu, é? Era, Marce... Então, vamos lá. Como sempre, tínhamos perguntas muito interessantes, que não vai dar para responder a todas, mas vamos responder as que for possível. O Francisco Augusto diz, já li Robson muito tempo, mas fica no itendino, a leitura, na verdade, é ideia de que o homem é o lobo do homem, aplica-se a o que ele chama estado da natureza, um dos homens desejos das mesmas coisas e das mesmas necessidades, o mesmo instinto de auto-preservação. Por isso, o estado natural é conflito, guerra. Apenas por meio de um contrato, um pacto formante, pessoas iguais, que renuncia a sua liberdade toda da tranquilidade, é que as pessoas passam a desejar o bem comum. E isso é feito por meio do direito positivo que se mantém pelo legislativo. Muito bem. Acontece o seguinte, o estado de natureza não existe. Isso é uma abstração, vamos dizer, uma figura de linguagem baseada na ideia de que entre os animais tudo é caos. Mas, na verdade, você nem conta nem uma comunidade de formigas, onde não existe uma ordem. Então as formigas fizeram um contrato também. Em todas as espécies, você vê claramente a autodefesa da espécie da comunidade contra as espécies inimigas, é a coisa mais óbvia do mundo. E também a ideia, vamos dizer, do interesse muto, a mãe que protege os filhinhos, o macho que protege a fêmea. Você vê entre macaco, saguís, lobos, etc. É isso que raio de estado de natureza é isso. É uma imagem forçada a partir da seleção de um aspecto da realidade, quando você vê que os animais são mais aparentemente mais brutais do que o ser humano. Então você destaca esse pedaço e cria uma imagem da natureza inteira com base naquilo. Em cima dessa abstração, você cria uma segunda, que é de que o homem é o lobo do homem. Então você separa abstrativamente um aspecto da vida animal de todos os outros aspectos, destaca o primeiro como se ele fosse a verdade total. Em seguida você faz uma analogia entre isto e o homem, quer dizer, uma figura de linguagem em cima de uma figura de linguagem. E terceiro lugar, vai surgir a ideia do contrato, quer dizer, antes era tudo um caos, daí eles se reuniram, fizeram um contrato, mas como eles combinaram de fazer o contrato? Para fazer um contrato, você precisa ver um acordo prévio, anterior ao contrato. Um acordo de contratar, não é isso? E além disso, quando você vê a ordem nas espécies animais, a ordem que hoje é bastante conhecida na etologia, você está sendo estudada desde os anos 20, você não tem uma comunidade animal onde não existem regras que todos obedecem. Então, o estado de natureza é uma pura invenção, uma figura de linguagem amplificada. E o contrato é outra figura de linguagem, quer dizer, o contrato, por exemplo, é um acordo de contratar, o que é anterior ao contrato, portanto. Então, não existe nem o estado de natureza e nem o contrato. Em suma, tudo o que o sujeito está falando vale nada. Apesar de nós termos... Escusa, por que a gente é tão subserviente, tão sujeito só porque ele é um filósofo, que todo mundo estuda, etc. Nós não podemos confundir a história da filosofia com a história das ideias. As histórias das ideias, as ideias são medidas pela sua influência, pelo seu poder, e se tornam importantes. Mas na história da filosofia, você quer saber se as ideias são valiosas, se elas te ajudam a entender a realidade, ou se elas te imbecilizam. E esta aqui, obviamente, é imbecilizante. Agora, hoje em dia, é modo de você confundir as duas coisas. São duas disciplinas que você cura os critérios exatamente do contrato. E hoje em dia, a história das ideias tem nem engolir a história da filosofia. Então, eu acho que todas as filosofias devem ser julgadas severamente, todas elas. Quer dizer, o sujeito está querendo... A pretensão num filósofo é não mesmo influenciar a humanidade. Ele quer influenciar a humanidade para quê? Para o bem dela, isso depende de saber se a alma dele tem amplitude suficiente para distinguir o bem e o mal. Às vezes, não tem. Então, no Hobbes, tudo é absolutamente forçado. O estado de natureza é forçado, o almo... O lobo do homem é forçado, o contrato é forçado. Nada disso existe, não é que não existe. Não pode existir, isso é incongruente com a estrutura da realidade. Tá certo? Então, para quê que serve essa filosofia? Para justificar o governo forte, ditatural, centralizado que ele queria. Por quê? Porque ele estava assustado com as guerras da religião e achou que para botar ordem naquilo precisava um governo forte. Dizem, bom, as guerras da religião certamente foram um mal, mas comparado com tudo que veio depois, comparado com toda a violência que o governo forte fez, a gente fica um saudade das guerras da religião. Lucas Bezerra pergunta, utilizando o critério da Doutor Senhora, se quando diz que aqueles filósofos que querem nos prender em seus mundinhos, querem nos enganar, podemos dizer que canta um daquilo e quer nos virar? Com certeza, com certeza, porque ele parte, ele não parte de nenhuma experiência da realidade, ele não parte de uma pergunta, ele parte de uma imagem da paz universal. Ele quer instaurar a paz universal. Então, tudo o que ele é raciocínuo é para chegar na paz universal. Ou seja, você tem um modelo de realidade ideal que preziste a todo o desenvolvimento da sua filosofia e, de certo modo, a guia. Agora, a Aristóteles, de seguida a filosofia, começa com o espanto, começa com a perplexidade, não com uma solução prévia, não com um ideal prévio. Então, a realidade é soberana, ela é maior que nós, ela nos abrange, ela tem todos os direitos e nós não temos nenhum perante ela. Nós não temos nenhum direito contra a realidade, nenhum. Então, nós temos que fazer humildemente buscar o que ela está nos dizendo. E, por isso, quando você tem uma ideia brilhante, você sempre tem que perguntar e se não for assim. Então, cada uma dessas ideias só vale algo ser confrontado e articulado com a sua contrária. Então, por exemplo, se você era no estado natureza, o homem é o lobo do homem, vamos ver se o lobo é o lobo do lobo. Você nunca vai ver, você diz que o lobo não come lobo. O lobo come ovelha, come vaca, come coelho, às vezes come até gente, é raro, mas come, mas não come lobo. Poucas sociedades são tão solidárias quanto as sociedades dos lobos. Então, ali tudo é na base da regra. O sujeito conquista o posto de chefe, de acordo com regras muito claras, que são repetidas, cuja aplicação é repetida a Milênios, ninguém desobedece. Então, se a gente formiga, é assim, gente. Então, essa imagem, vamos dizer, do mundo animal como sendo inteiramente egoísta, quer dizer, o indivíduo, prevalece sobre tudo, fala, claro que não. Se não essas sociedades não teriam durado nenhum dia. Também, quando você vê, esses dias, veio uma pesquisa mostrando a função que as sociedades humanas teve o sacrifício humano, o bode espiator, confirmando tudo aqui, na Agua do Rã Energiado. Então, isso aí era um contrato social. Esses eram um contrato social, assim, nós pegamos um coitado, nós jogamos toda culpa em cima dele, nós o matamos e tudo fica em ordem. Isso é um contrato social. E isso é mais lupino do que qualquer coisa que os lobos façam. Eu nunca soube dos lobos sacrificar um lobo para botar o ordem no corredo. Então, tudo isso aí é apenas uma figura de linguagem, preenchida de uma linguagem pretençamente científica. Isso aí é para ser o maldito ideal. Quando eu digo, olha, o negócio do selibidak, os ideais, os ideais, intenções, as intenções, isso é isso que ferra com tudo. Vamos lá. Valdir Filho, pergunta, será que o homem lobo de simeã, no sentido de que a consciência pode se tornar autodestrutiva existencialmente? Bom, ela pode se tornar isso, mas quer dizer que ela seja isso sempre. Então, existe esse lado, sim, de autodestrutiva, são mais isso lado da autossolidaridade, da auto-preservação, etc. Além disso, se você confrontar esta noção, você do homem lobo do homem, como autoconsciência destrutiva, você está contradizendo o Hobbes, porque ele diz que a destruição vem do predomino absoluto, do alto interesse, não da autodestrutão. Ele está falando da destruição do vizinho, não da autodestrutão. Está falando da autopreservação. Então, os animais, segundo ele, só têm o instinto de autopreservação, e por isso não é porque quem pode mais chorar menos. Existe o quem pode mais chorar menos, mas não é desregrado. Tudo tem determinadas regras e elas são, por exemplo, invioláveis, elas duram milênios. Você pegar a primeira tribo de Macaco e comportar mais ou menos do mesmo jeito que até agora. Pode ter aprendido duas ou três coisinhas no caminho, mas substancialmente é a mesma coisa. Francisco Augusto, o senhor recomendo o livro Marquis do Marco, Raimão da Rona. Eu recomendo tudo, cada linha com o Raimão da Rona escreveu, mas não quer dizer que as críticas que ele faz ao Marquis serão as mais fundamentais. Na verdade, toda essa pessoa liberal, as críticas dele ao Marquis são todas superficiais. Eu estou olhando agora o livro Terry Eagleton, Why Marx Was Right, onde ele pega as críticas mais populares feitas ao Marquis, por exemplo, com o Marquisismo, é economicista, com o Marquisismo leva a tirania, etc. E ele vai desmontando uma a uma essas críticas, desmontando muito bem. Então, significa o seguinte, o problema do Marquis, nós todos sabemos que tem algo errado no Marquis, mas algo fundamentalmente errado. Mas isso não quer dizer que os seus críticos pegaram o que tem no fundo da coisa. Por exemplo, quando eles criticam a ideia da sociedade comunista, todos estão partindo do princípio, o objetivo do comunismo é chegar à sociedade comunista. E eu, sem muito esforço, descobri que não é. Eu descobri que é o objetivo do comunismo e a manutenção do movimento comunista eternamente. Não pode chegar jamais à sociedade por definição. E isso, eu acho que isso é uma crítica muito mais contundente ao Marquisismo do que você demonstrar que a sociedade comunista não funciona, que ela não rende, etc. Então, essas críticas mais populares, há um Marquisismo adogmático. Eu digo, claro que não é adogmático, é coisa mais óbvia do mundo, que não tem nada adogmático. A partir do fim do século XIX, começa a aparecer mil variedades internas do Marquisismo. E todas elas são aceitas como marxistas e discutidas seriamente, em geral com respeito, às vezes, da Briga de Morte. Mas isso, Briga de Morte, também é ouvido dentro do catolicismo. Quantos concílios não terminaram em Briga de Morte? Por causa de divergências doutrinais. Então, dentro do liberalismo, quantas briga dentro do liberalismo também não terminaram em Briga de Morte? Está aqui, o que que foi a rebelião do Sul contra o Norte? Era a rebelião de liberais contra estatistas. Quanto deu? Morreu mais gente na Guerra Civil do que tinha morrido em todas as guerras anteriores. Então, isso quer dizer que essas divisões, essa brutalidade, poderá aparecer dentro de qualquer corrente cultural. Não é característica do Marquisismo. O Marquisismo se caracteriza, vamos dizer, pelo volume extraordinário, pela quantidade extraordinária. Isso sim. Só que daí você tem que perguntar, mas por que ele chega a essa quantidade extraordinária? Não é questão só de acusá-lo. Não, eles sempre viram uma tirania sangrenta. Bom, muita coisa virou a tirania sangrenta, o catolicismo virou protestantino, virou protestante de mal, começou, já matou 40 mil pessoas. Na Inglaterra, só na Inglaterra. Então, e vamos dizer, a concepção dos Founding Fathers. Olha, ela era muito bonita, mas em nome dela se fez. Em nome de duas interpretações diferentes das ideias do Founding Fathers, se fez a Guerra Civil. Então, nada disso é característico do Marquisismo. A característica dele é o volume excessivo, o volume absurdo. E ele não faz essa liquidação em guerra civil. É o Estado liquidando sua própria população em tempo de paz. E isso é característico do Totalitario Moderna. E liquidando a população, nem sempre por motivos ideológicos. Havia, assim, pretextos ideológicos, mas que não correspondiam de maneira alguma realidade. Então, por exemplo, quando a Comissária perseguiu Boris Pasternak por ser o ideólogo da burguesia, ele não era isso de maneira alguma. Eles inventaram o que era. Então, por que eles tinham que inventar essas coisas? Então, quando você vai ver a irracionalidade profunda do movimento da burguesia, ela está na sua própria concepção originária. Ele é uma autocontradição, uma mentira desde o início. Ele é o movimento perpétuo, que não quer chegar a lugar algum, porque não pode chegar. No dia que a Revolução realizar os seus objetivos, ela será julgada. Jogada por quem? Se ela é o único tribunal que vale. A Revolução tem tamanho autoridade, tamanho poder que ela faz, como dizia Karl Marx, a crítica radical de tudo quanto existe. Então, a Revolução não aceita nenhuma autoridade e nenhuma realidade acima de si mesmo. Então, ela nunca pode alcançar seu objetivo, porque se ela alcançou, terminou o serviço dela, agora ela vai ser julgada pela história. Ela não pode ser julgada pela história, se ela é a autora da história. Então, este movimento não pode alcançar seus objetivos, não porque estes sejam objetivamente impossíveis, mas porque realizá-los seria destruir o Espírito revolucionário. Então, não pode acontecer nunca. Esta crítica ninguém foi o marquim, isso aí foi o que fiz. Eu tinha lido todas as outras e falo, você lê as críticas ao marxismo, tem muita relé, fica entusiasmado. Se você vem de uma formação marxista e de repente você descobre que não é nada aquilo, você vê a luz. Você não viu a luz ainda, meu filho. Você só entendeu que tem algo errado ali, mas o que é a própria bem-terrada? Então, nós temos que examinar essas críticas com o que examinamos o marxismo. Você tem que ler os anti-marxistas também com olhar crítico. Você já entendeu que o marxismo é maligno, isso é isso. Mas essa é uma crítica moral, não é ainda uma crítica em profundidade. Então, para chegar uma crítica em profundidade, você tem que superar as críticas já feitas. Dizem, não, elas ainda não pegaram, não descobriram onde está o ponto fraco, a absurdidade interna da coisa. Então, o livro do Terry Eagleton ele te livra das críticas superficiales ao marxismo. Mas se você se livrou das críticas superficiales, você sabe que a coisa é errado? Então, você tem que fazer uma outra análise crítica mais profunda. Carlos Garcia pergunta, estaria correto dizer que a separação rígida da realidade de dois elementos, extensão e pensamento, por exemplo, é uma das origens da estácia imaginativa, sem sombra de dúvida. Estácia imaginativa é quando a sua imaginação paralisa num quadro e aquele quadro toma o lugar de toda a realidade viva. É exatamente o que acontece. Aí é o... aquele livro, o autor anônimo do livro Sarkhanos Máurde Taro, que é um padre alemão, ele diz no começo uma coisa que me impressionou muito. Ele disse, você tem que tomar cuidado com a escola filosófica, que ela tem um poder hipnótico terrível, ela é uma espécie de macumba. Eu digo, oh, raios, é mesmo. E como diz Augusto Comte, a vida dos vivos é dominada por filósofos mortos. Então, você estuda a história filosófica, você começa a ver todas as camadas geológicas dessas influências que foram pesando sobre você. Nem todo mundo ali estava de Sarkhanari. Tem homens na história filosófica que são do monestidade, do monestidade, do aneidade, de exemplar quase santos. Outros são os santos mesmo. Mas tem muito o cara Sarkhanan, pô. E por que você vai respeitar o cara só porque ele é importante? Hitler também foi importante, não foi? Mussolini, Stalin, Mautusetur, Paul Pot, tudo de jeito importante. O Lula não é importante? Importante não quer dizer que vale alguma coisa, gente. Vira, a disputa de anos e demônios se dá entre pessoas importantes, não é de Zezmanés. Então é ali que você vai ver os anos e demônios. É, Carla Marzagão, pode ser um processo de aléfico em que você encorre de uma consubstanciação entendendo não como união de substância, mas como aspectos da substância. Bom, se você pega aspectos e trata como substâncias, você já está substancializando alguma coisa que não é substância. Então, o que é isso aí? Isso é falta de estudar Aristóteles. É dizer, 90% das disfuções filosóficas que você vê pelo mundo são problemas que Aristóteles já resolveu. Quando o sr. Maidaquino chama Aristóteles de oufilosco, ou policial, ele tem razão. O homem é um monstro. E não é de mesmo pessoas como Hegel e Marx que têm um Aristóteles em altíssima conta, que têm um sr. Maidaquino entendido com boa vontade. Esse considerava até herdeiros de Aristóteles. Mas, olha, se você dissesse para Aristóteles, todo mundo é a luta dos contrários, ele na primeira, ele diria, às vezes sim, às vezes não. Tem isso e tem o contrário disso. Você estava lá, a luta dos contrários. Então, a sua regra do luta dos contrários também tem um contrário. Então, a verdadeira dialética é a articulação de contradições. Muitas contradições. E por trás das contradições, então aparece, como bem anteviu, Heráclio, aparece o logos, o discurso do ser, que não é traduziva na nossa língua, mas que nós podemos captar algo dele. César Augusto, Cavazola, Júnior, como se formo líder político, é a preparação. É você estudar as vidas de alguns líderes políticos. sobretudo daqueles que lhe interessa imitar ou copiar. Você tem excelente biografia do Winston Churchill, do Ronald Reagan. Mas, você não pode esquecer o seguinte, em geral, esses líderes são todos titãs. São forças mais ou menos cegas, todos eles. Às vezes contribui para o bem, às vezes para o mal, mas eles têm que ser policiados e dominados. Alguém tem que ir dominados. Ou a igreja domina, a população domina, ou a própria consciência moral do indomínio, não pode deixar o nego fazer o que quiser. Um tipo líder político perfeitamente honesto, você nunca vai encontrar. Não tem. Porque o nego está metido no mundo do pecado, até a Agüela. Se ele continuar santo ali no meio, não é fácil, mesmo que ele queira. Você vai ter que ver o político pelo cálculo de custo-benefício. Quanto custou e o que nós ganhamos com isso? Nesse caso, quanto custou o comunismo? Quase tudo. O que nós ganhamos com isso? Nada. Só perdemos. Quanto custou o nazismo? Um montão. 20 minutos de pessoa. O que que deu? Não deu nada. Não vale a pena. Então, esses caras pelos frutos conhecerem. Esse é o critério. Só pelos frutos. Então, o indivíduo pode dizer que um pessoalmente é um cara imoral, pode ser, tem todos os defeitos, pode ser um bêbado como o Churchill, tá certo? Ou pode ser um brilhante enganador, como o Ronald Reagan. Ronald Reagan enganou todo o mundo. Essa aqui é a verdade. Só que ele fez conscientemente. Ele disse que ia fazer uma coisa e fez outra. E a outra deu certo. Foi por além dando risada. Então, você só pode julgar-los para fazer pelo resultado obtido. Mas, ao ver, a formação do líder político é uma coisa muito complicada. Eu sei como formar um. Se você quer ser um líder político, você vem aqui, fica aqui os dois anos, estudando tudo que eu mandar você estudar, vai tudo que eu mandar você fazer. Você sai um líder político. Tá certo? Eu sei fabricar um desses. Eu propus, eu ofereci, mando os moleques aqui, estudar um ou dois anos comigo. Eles vão ver o que eles fazem depois. Não apareceu quem financiasse a permanência deles. Eu digo, eu não vou comprar nada pelo curso, mas alguém tem que sustentar os neguinho aqui, pois eu não posso fazer isso. Não apareceu nenhuma boa alma. Vinicius Vardiero Diz-me, parece que muitos grupos que ele dizem Nova Era, Orientalista, etc. se aproderam do curso do Ponto e Butação do Capra. Batata! Batata. Eles leram aquilo como se fosse um novo evangelho. Aqui está tudo errado do começo até o fim. O Capra, é o filósofo de quinto a décima categoria. Não é um cara para que mereça atenção de dois minutos. A atenção para você ver que é porcaria. O discurso feroz do Capra, que está até o Visão Newton na Cartezena e pela visão política, tem algum valor. Ou é só mais uma estratégia de destruição da visão geral da realidade. Todo o olismo é absurdo. Porque a noção de totalidade, ela não se realiza na nossa mente. A totalidade para nós é uma assíntota, na próxima aproximação nunca chegamos. Você está falando em nome da totalidade e você já sabe que vai investir. No curso que eu vou dar para o político e cultura Brasil eu vou analisar essa noção de olismo, de organicismo, tudo isso eu vou analisar lá. E para você criticar uma visão e colocar uma outra no lugar dela, não quer dizer que você está mais certo do que a anterior. Quer dizer que temos que superar o cartesianismo. Quantos caras falaram isso no século 20? O Damásio, o Fantôno Damásio falou, o Fritioffo Capra falou, o Paul Fahy-Eraben falou, todos eles falaram. Digo muito bom. Se você quer criticar o cartesianismo, você tem que ver o que ele criticou, o que ele pretendeu superar e ele não jogou fora alguma coisa muito preciosa. Que já existia antes. Essa articulação dos vários planos de erradidade, que você vê no Aristóteles, se perde completamente com o Descartes e se perde ainda mais com esses caras. Porque eles querem, não, Descartes foi um cara de gênero, desbravou um novo mundo, eu vou desbravar um novo mundo. E se a verdade não tiver no seu novo mundo, mas tiver num mais antigo, eu nunca esqueço o negócio do Jean Fourrastier, que você tem que articular a história do conhecimento que a história do esquecimento. E muitas vezes, o que você pensa que você está descobrindo, você já foi e descobrida há muito tempo, o Lao Tse já descobriu, o Aristóteles já descobriu. Isso tudo, vamos dizer, é uma auto promoção desgraçada, aliada, é uma total falta de respeito pelos grandes homens que nos antecederam. Se o Descartes era errado, não quer saber alguém antes dele estará certo. Eu vou tirar o Descartes e eu vou fazer o mesmo. O Otávio pergunta, o Aldous Huxley previo a erotização infantil admirar o mundo novo, sim, com certeza. As crianças são todas educadinhas para a satisfação e o prazer. Muito bem percebido. O Aldous Huxley é o seguinte, dizem que ele mesmo era um membro dessa elite globalista, e que pediram que ele fizesse um estudo imaginativo sobre isso, e ele foi fazer e ficou horrorizado. Mas o objetivo dele inicialmente não era ficar horrorizado, era criar uma utopia mesmo. Só que aquele... montou a utopia e falou isso é um desastre. Só que ele achou que esse desastre levaria 400 anos para se realizar. E no fim da vida, ele escreveu o retorno admirar o mundo novo e dizia, toda aquela pocarinha que eu previo para 400 anos já está acontecendo. E era muito pior do que eu imaginei. O Orlando pergunta, certa vez eu li que as religiões foram criadas para manter um conflito entre as pessoas. Olha a abstração. Se as religiões foram criadas para criar conflito, como é que elas conseguem manter as suas comunidades? Como é que consegue criar unidão nas suas comunidades? Claro existe um lado conflitivo, claro que existe, mas também existe o contrário. Então, você fugir das contradições é fugir da realidade. E você cultuar as contradições também é fugir da realidade. Sempre lembrar o Velho Heráculo, tem as contradições, tem alunos dos contrários e por cima deles tem os logos. A verdade não está nas contradições, está no logos. E o negócio é através das contradições, chegar lá. Mas existem logos como o famoso tal que está acima do Yin e do Yang. Ele em si mesmo é inaprensível, nós não temos capacidade. Nós temos capacidade para nos aproximar dele, vislumbrá-lo. E esse vislumbre, ele é o objetivo final da filosofia. Como o empatão que vai elevando as pessoas até que tem um vislumbre daquilo que está para lá. O mito do her, o cara que moveu e que volta a vida. Conta o mito da caverna. E o mito do amor, do mito do heros. E com isso ele vai nos dando esses vislumbres. E esses vislumbres, eles nos inspiram. Inspiram para que? Para você ter uma visão mais intensa da realidade. E esse deve ser o objetivo da filosofia. Não é criar sistemas. O objetivo da filosofia não é criar sistemas, é criar filósofos. É caio mesquiasta. É mesia, ou é mesquita, é segurada. Eu e os colegas estão planejando fazer exercícios como os do Vughaling. Gostando de saber, pode nos dar uma aula particular, mediante pagamento. Eu posso dar sem pagamento nenhum, mas você vai ter que esperar até terminar esse curso. O que eu vou dar agora? Se esse curso já não responder o que você está fazendo. Porque esses exercícios consistem na... A ciência política divide-se de dois lados. Um é a filosofia política. O que é a filosofia política? É o estudo dos métodos e processos cognitivos que você pode usar utilmente no estudo da ciência política. Então esse é um estudo a priorístico do possível e do impossível. Em segundo lugar, os exercícios concretos. É isso que o Vughaling chamou propriamente de ciência política. E esses exercícios que eles querem fazer, eu acho que tem que fazer muitos. É... Então, volta a conversar sobre isso quando terminar o outro curso, porque agora não dá para pensar nisso aí. Francisco Augusto, estou lendo o Livro Charles Taylor sua filosofia aqui em Guilherme, uma reconciliação entre a subjetividade autodefinitória e a visão do ser humano com parte natureza, foi o problema chave da geração de reggae. Ora, esse problema não existiria se Descartes não tivesse criado. Os caras tivessem ficado na filosofia escola, que ensinava que a alma é a forma do corpo. Não haveria esse problema. Por exemplo, você achar que a alma é aquele negócio puro que está no céu, contemplando a verdade, e aí vê o maldito corpo e coloca em você instintos e desejos malígicos. Falei, meu Deus do céu, onde estão esses desejos malígicos sendo na própria consciência? É a nossa consciência que está corrompida e não ocupa o corpo. O que você lê na Bíblia? Nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas contra os principais hipotestais das trevas. Aonde atua esse principal hipotestado das trevas no seu corpo? Não, na sua mente. Então, é a alma que está corrompida? Não, o coitado do corpo. É uma culpa inocente. Então, e a alma tem... ela é a forma do corpo, ela domina o corpo, o corpo faz o que a sua consciência manda. Não, o contrário. Então, tudo isso aqui é um possível do problema com os caras que ele há na partida de outro. Um erro gera outro erro. Não é que gera outro erro. Gera uma preocupação filosófica na direção errada. E os caras vão gastar o mundo neurônio para resolver a sua alma realmente esférica ou quadrada. Ocúbica. O iluminismo alemão desenvolve então sua própria atmosfera intelectual. Essa foi muito mais receptiva ao deísmo do que ao materialismo radical. Tanto faz. Se você é um deís, você está nesse dualismo, você é o quê? Você é um pobre gnóstico. Mais um que está aí para complicar as coisas e nos encher a paciência. Em vez de clarecer alguma coisa. E o ponto que é refletido de modo mais claro foi a sua noção de Deus como suprimarquidade do universo. Foi um constituíto profissional de acordo com leis causais objetivas. Daí havia a imagem do universo como um relógio errado, historicamente errado. A imagem do homem do relógio é muito anterior ao iluminismo. Sobretudo do iluminismo alemão. No tempo de Galileu já tinha esta ideia. E em Descartes está muito clara a ideia do homem relógio. A ideia do homem com uma coisa mecânica que misteriosamente tem uma alma. Por um lado, um relógio dentro do relógio que encaixa, se sabe lá como, com uma alma. Ele chegou absurdo dizer que a alma está na glândula pineal. Mas lá glândula pineal é a parte do corpo. Então como é que ela pode... Como é que um negócio que é inespacial pode estar? O que significa o verbo estar? Nesse contexto. Significa isso. Blah blah blah. Bolha verbal criada por uma... Veja, a própria ambição do Descartes eu vou derrubar tudo e começar do zero. Por bom. Viruta. Tá louco. Não vai aproveitar nada do que ensinaram antes. Você é o primeiro gostosão da história. Então esta... Veja. Eu acho que para ser um filósofo, ele tem que ser muito honesto. Para ser muito honesto é a primeira coisa que ele tem que entender o seguinte. Então antes de eu chegar aqui o mundo terá existido. Depois de eu sair ele vai continuar existindo. E tudo o que eu disser no máximo vai arranhar um pedacinho da crosta terrestre, da pior das hipóteses. Então você ter a medida da sua própria insignificância né? E ao mesmo tempo vamos dizer da grandeza da inteligência que Deus te deu, que é capaz de se superar a si mesmo e alcançar algo da realidade quando nenhum bicho consegue fazer isso. A realidade não existe com o chaveiro do bílio mostrou isso. Realidade não existe para os animais. Só existe a estimulidade. Só existe o que eles estão sentindo. O que eles estão sentindo e além do que pensamos. Então se o nego segue lá o idealismo alemão e ele chega no Cristianino o que ele vai ter que fazer é jogar o idealismo alemão fora como o Schellinger acabou fazendo. Schellio no fim das contas virou quase um escolástico. Ele viu que tudo isso não ia levar nada. É? Hum. Ele não deve ser. Pergunto se um filósofo nunca pode ser um pulimão. Mas ele não deve. É claro que é possível. Claro que é possível. Mas eu acho que é muito difícil você ser ao mesmo tempo um agente político e o estudioso do discurso do agente. Você não é impossível você fazer isso. Mas eu acho que é muito desconfortável e um lado vai perder. Você não pode mentir de dia dizer verdade de noite. A imagem do Maquiavel de noite eu me fecho no meu escritor me fico elegantemente e me transporto para um mundo ideal. Quando você vai ver um mundo ideal porque se transporta é um inferno. Enrique Spangueiro como a praxis e a agulca mentalidade revolucionária. Essa pergunta é absolutamente fundamental. Então a ideia da praxis é de uma teoria que se elabora na prática que de certo modo já é a própria prática. Bom, na realidade nós vemos que isso, as coisas de fato, acontecem assim. Se não existe a separação absoluta de corpo e alma e portanto do em si para si também não existe a separação completa de teoria e prática. Tá certo? Mas articular-las é uma coisa e confundi-las é outro. Tudo o que Karl Marx faz é confundir uma coisa com outra. É o exemplo mesmo que eu dei no Jarius Aflições. A praxis é um modo de você conhecer as coisas, eu digo, às vezes sim e às vezes não. Por exemplo, a transformação. Se transformar a realidade é conhecê-la, eu digo, depende. Quando você pega uma árvore derruba e transforma-no à mesa, você não vai conhecer mais a árvore. Você vai conhecer apenas o que você fez com ela. E o que você fez com ela é a realização de uma das possibilidades dela. Então você troca o todo concreto da realidade por um pedaço que você mesmo abstraiu. Então aí a praxis se torna uma maneira de encobrir a realidade. E sobretudo você vê por que que esse pessoal comunista revolucionar não gosta de manifestar satisfações do seu passado. Por que que ele sempre varia o passado por baixo da mesa ou lança culpa nos outros? Porque a praxis foi feita pra isto. A praxis modifica a realidade e diz que só a realidade modificada é real, o que tinha antes não era real. Então aqueles cadáveres todos do Stalin não existiam, eles eram nada historicamente. Assim o Lula também não se acha culpado, ah, nós roubamos, mas agora já gastamos dinheiro, então não existe. É a praxis, no sentido marxista da coisa. O caso se aos danelos não existe mais, por que já foi suprimido pela praxis. Mas isso foi suforçoso. Pois é, a mulher da Globo, porque investigar isso passou faz tempo é a praxis meu filho, só existe aquilo reggae, a essência de uma coisa aqui no acola se transformou. O céu, o danel virou apenas uma alma do outro mundo. Então essa é a essência dele, é apenas uma alma do outro mundo. Ele não existe aqui, então não interessa. É claro que isso é um pensamento perverso, isso é uma articulação falsa da teoria com a prática. Ela consiste na falsificação. Atos na real, por aí eu contei aqui o episódio do Arjento mentalico, por acaso vocês já viram que eu era potente do Arjento mentalico, que você tomou por coincidência eu lembro, era C30, mas não sei se você deveria tomar, é melhor você consultar o meu pato, né, do que perguntar pra mim. Eu tive a suor de conhecer o meu pato do mundo, quero do teu Carlos Armando de Moura-Ribera, um gênio assombroso, o Amerser era de uma certeza, uma firmeza de uma autocorrofiança, ele disse assim, não vacine os seus filhos, se dá algum problema traga aqui, daí o Percival pegou meninjite, todo mundo tomava vacinino meninjite, ele não tomou. O Torri Beiro curou ele 24 horas, 24 horas, lá não tem problema deixa comigo, o Gugu pegou mão no nucleose, né, porque o Carlos Armando era terrível, não sei se existe outro como ele, não sei. Augusto Baraião diz, Ortega, se ele vai rebelandar as massas, diz o homem vulgar que antes era dirigido, resolveu governar o mundo isso é verdade, quer dizer, a presunção das pessoas aumentou de uma maneira extraordinária, elas não têm modéstia, nem cognitiva, nem muito menos política, que quando você pega um tipo como Lula que não dá pra trabalhar num pôster gasolina meu Deus do céu, não tem capacidade pra isso, não tem nem capacidade pra ligar com um torno mecânico tanto cortou o dedo, né, quer dizer, você cortou o dedo do torneiro mecânico, você não sabe pra torneir mecânico, tá na casa, né, quer dizer, um cara desse vira presidente da república, meu Deus do céu, né, é uma, eu tenho que aceitar a razão, é a vingança do homem medíocre, porque que só os caras mais dotados vão ser mais importantes, né, hoje tem isso até com a beleza, chega as mokreias, porque que só as mulheres bonitas serão bonitas, eu quero ser o padrão de beleza, daí tá a Ia Jandira, fegalha e tal, né, olha, eu sempre fui um cara modesto, eu quando tinha, eu tinha um colégio, era super bonitão, o nome dele é esquisito, ele se chamava Pantaleu Longobardi, né, mas era o homem mais bonito da escola, eu jamais era o Pantaleu, e daí, grande pocainha, eu sou eu, ele é ele, eu tenho as minhas qualidades, ele tem as dele, né, claro, todos os garotos e atrás dele, ele merece, ele merece, sobrar uma pra mim eu tô contento, bom, gente, por hoje é só, né, já tá muito tarde, então, muito obrigado pela atenção, espero vocês no curso política e cultura no Brasil, pelo menos, divulga o curso, agradeço os foros de divulgação que vocês têm feito, que têm me ajudado pra caramba, né, e nós ainda teremos uma aula aqui do coffee, antes da primeira do curso no terreno, ah, é, não tem não, é agora, é de um ano, então, espero vocês terça-feira no curso política e cultura, tá bom, muito obrigado a todos e até um dia doze.