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Então vamos lá, boa noite a todos, sejam bem-vindos. Hoje eu queria aqui fazer umas considerações baseadas no livro do Michel Welebeck, Sumission. Não é ainda uma nares do livro, que eu não me sinto preparado para fazer por enquanto, mas apenas é tirar o proveito do livro para ajudar na nares de alguns acontecimentos que são de domínio público, todo mundo está observando. O personagens central do livro, chamado François, é um professor universitário de letras que está fazendo uma tese sobre Joris Huisman, o grande romancista francês do século 19. Eu nunca li Huisman, eu conheço só de referências e depois de ler esse livro eu vejo que eu perdi uma grande oportunidade de vir a ler, parece uma coisa realmente de muito valor, muito interessante. Não sei porque, nunca atraiu a minha atenção. E ele está trabalhando, trabalhou há longos anos essa tese e é o indivíduo que está interessado em literatura e nem um pouco em política. Ele é um professor da Sorbonne, o começo do livro é a descrição do cotidiano dele na Sorbonne e você vê aos poucos que é um personagem que está num processo depressivo que ele mesmo não conscientiza muito claramente no início. Ele já não se interessa por nada na vida, né? Várias mulheres passam pela vida dele, ele descreve inclusive algumas cenas de sexo que teve com ele, nos quais ele está apenas cumprindo uma rotina, ele já é um vício, mas já não lhe dá nenhum prazer. A namorada dele o Abandona muda para Israel, ela é da família judia, eles estão com medo da situação na França, mudam para Israel e ele sente um pouquinho de falta dele, só no máximo. E não tem, não tem ideia das transformações políticas que estão ocorrendo na França e acaba tomando conhecimento delas por experiência pessoal. Quando acontece um tiroteiro no meio da rua, certamente foi uma cena que de fato aconteceu, veio acontecer depois, da previda no livro aconteceu exatamente dessa maneira. E aquele tiroteiro simulando não é noticiado, como ele vê depois ele conhece o marido de uma colega dele que trabalhou no serviço secreto e que ele dá uma dica de que coisas muito importantes e temíveis estão para acontecer e ele decide fazer uma viagem pelo interior. No caminho ele passa por um posto de gasolina e todo mundo está morto a tiros, também nada é noticiado. E ao mesmo tempo está havendo ali uma eleição geral, parece que os tiroteiros foram tramados para bloquear a eleição, pelo menos para atrasar, na semana seguinte volta a ter a eleição e o quadro político é mais ou menos o seguinte, o partido majoritário é o Fronto Nacional do Lepen e do outro lado você tem a frateridade no sumano vira um partido político, ela tem 24% do eleitorado, os socialdemocratas tem 21% e a direita golista tradicional tem 12% quer dizer está acabada realmente. Mas a situação se resolve com uma aliança contra o fronto nacional, essa aliança então reúne o socialista, a direita golista e a frateridade muçulmana e o presidente da frateridade muçulmana vira o presidente da república. Então, mas tudo isso é como se fosse um processo imperceptível e indolor, isso é que é a coisa mais impressionante do livro, porque ele vai contando as coisas, é sempre como se não estivesse acontecendo nada, como se fosse apenas uma mudança de superfície. E está todo mundo satisfeito com a solução, porque o presidente da frateridade muçulmana é um sujeito moderado, equilibrado, ele não quer briga com ninguém, ele até afaga um pouco os católicos, uma parte do católico o apoia e os muçulmanos mais radicais move um pouco de oposição a ele, porque ele não quer introduzir mudanças muito profundas, mas essas mudanças acabam batendo a porta do personagem na hora em que ele é demitido da Sorbonne, ele é aposentado com aposentador integral, ele está com 40 poucos anos, ele vai ter rendimento o resto da vida sem precisar trabalhar e você vê que ao mesmo tempo na transversão social de uma profundidade extraordinária ao ponto de que o desemprego diminui, porque as mulheres são retiradas da força de trabalho, dentro dos sistemas lâmicos, elas ficam todas em casa, então sobra emprego para os homens, todo mundo fica contente, com a situação, até as mulheres não parecem muito insatisfeitas com isso, porque elas perdem autonomia, mas como diz o f***, autonomia, elas estão disfrutando de outras vantagens, agora elas podem, elas têm o privilégio de poder continuar sendo crianças pelo resto da vida, viver só para se enfeitar, fazer fofoca e ter a vida sexual, isso é a vida delas nem mesmo a responsabilidade familiar elas têm, porque no sistema islâmico, em caso de divorcio, os filhos ficam sempre com o pai, então elas estão preparadas para ter filhos e deixá-los, então evidentemente a ligação, isso é tradicional, a ligação profunda que existe entre pai e filho, não entre mãe e filho, as mães apenas são canais por onde o criança passa para ir para o colo do pai, e as mulheres não parecem estar muito incomodadas com isso, também ele vê que os currículos da Sorbonne mudam radicalmente, o Sorbonne vira uma universidade islâmica mesmo, então você vê que nos acordos que a fraternidade islâmica fez com os outros partidos, ela não quis mexer muito na economia, nem nisso, nem naquilo, o que ela mais queria mexer era educação, porque é o que tem efeito de mais longo prazo, então isso aí mostra o seguinte, mostra que o verdadeiro problema da Europa não é de maneira algum o terrorismo, o terrorismo é apenas, como dizia Lenin, propaganda armada, e a propaganda armada é propaganda para alguma outra finalidade, que não é o próprio terrorismo evidentemente, e essa finalidade se cumpre integralmente nesta profecia, por assim dizer, o livro descreve uma situação que se passa mais do ano 2020 e pouco, mas que é a situação para a qual a França está se encaminhando de algum modo, e o que vai ficando claro ali é o total esvaziamento de todos os elementos que cumprão o quadro político ideológico cultural tradicional, a mídia que era massissamente esquerdista e que estava acostumada com a briga extrema-direita e entre a esquerda e a direita, de repente entra no estádio e a fazia, eles não sabem mais o que dizer, a mídia não entende o novo quadro, os valores tradicionais associados à República França, eles se desfazem, a Olhos Vista a França se desfaz praticamente, viram um republico islâmico quase sem perceber, o catolicismo, o cidadão vai passar uma semana dentro de um mosteiro e ele acha tudo muito bonito e tal, mas houve aquelas sermões sobre o amor ao próximo etc. e aquilo tudo não diz nada para ele, então você tem o esvaziamento cultural total da França, que é exatamente o que está acontecendo, e isso está acontecendo em todo o mundo, você vê mesmo as pessoas que tomam posição frontalmente contra esse processo, tanto a islamização quanto a laicização do mundo, eles ficam só no domínio crítico, eles não têm absolutamente nada a sugerir, ninguém tem nada a sugerir, a igreja por sua vez se omite ou ajuda esse processo, então dentro dos esvaziamentos, os esvaziamentos geral, só quem quer alguma coisa que consegue alguma coisa, os outros provavelmente não sabem o que querem, você vê uma característica, por exemplo, do fronte nacional, o fronte nacional está aliado à Rússia, que é o que está no fim das contas financiando todo esse avanço islâmico, inclusive o terrorismo, então quem acaba compondo o fronte nacional, é o pessoal da chamada que surge nos anos 70, 80, com a nuvem do Rata, do Alonso de Benoit, que é um pessoal assim nitiano e evolucionista, que é a favor da hierarquia, porque é o domínio dos mais fortes, dos mais evoluídos, etc, os caras acabam, o fronte nacional perde inclusive o apoio católico, o apoio católico acaba virando por lá do muçulmano, então o que você vê é uma situação no fundo muito parecida com o do Brasil, uma situação de desorientação geral onde as fórmulas dos discursos políticos tradicionais já não têm mais substância e no próprio, em uma entrevista mesmo, o Michel Welebec disse, olha, 10 anos atrás ninguém sabia o que era islâmico, ninguém ligava pra isso, e curiosamente, 10 anos atrás ou 20 anos atrás, a revolução islâmica já tinha penetrado fundo no meio intelectual, e aí que as pessoas não prestem atenção, porque os políticos e empresários se dizem pessoas pragmáticas, não se interessam pelas ideias, mas acontece que, como disse o Ayatollah Khomeini, e ele inclui, eu uso esta frase como uma das epígrafes do livro, o islâmice não é político, ele não é nada, então é só você ler o corão, e você vê que o corão é acima de tudo um código civil, e você se toma cuidado com esse sofá, porque isso vai cair, você tem que levantar e botar, levanta e põe de novo, pera aí, e isso, está vendo um acidente aqui, levanta mais, levanta mais, já deu? Ah, bom, então, passado este erro, em falso acontecimento, retornamos a assunto. Então, este esvaziamento ideológico vai sendo preenchido pelo islâmico, e isso é realmente a estratégia que tem sido usada desde o início, quer dizer, você só lavar tudo o que você encontra pela frente, de modo que não haja um princípio de ordem, mas o islâmico se apresenta como princípio de ordem, para sanar a desordem que, no fundo, ele mesmo criou, e o islâmico é sobretudo um código civil, quer dizer, ele é um princípio de organização da sociedade, já as pessoas que analisam esses assuntos, elas usam categorias que estão acostumadas dentro do seu próprio ambiente, então quando você fala de religião no ocidente, o que é um negócio, é razão de um lado e fé do outro, então você fala da fé, olha, no islâmico não existe sequer o conceito de fé, e, mais ainda, a adesão do indivíduo ao islâmico é considerada válida, mesmo que ele não tenha fé alguma, o famoso radite do profeto, os hipócritas são nossos amigos, quer dizer, que se você adere ao islâmico, por hipocrisia, sem acreditar em uma única palavra do corão, não é válida do mesmo jeito e você é considerado um muço humano em pé de igualdade, em good standing com os outros, quer dizer, este elemento do ansiedade, a adesão subjetiva, não existe no islâmico, assim como não existe num código civil, você é obrigado a obedecer o código civil, ainda que você acha aquilo tudo uma besteira, quer dizer, o que importa é a obediencia exterior, e isso já mostra, então, que o islâmico é eminentemente um princípio de organização da sociedade, não diretamente da sociedade política, isso é importante, porque se você procurar no corão inteirinho, assim como nos radites, você não vai encontrar uma única fórmula de governo, quer dizer, não é monarquista, não é republicano, não é socialista, não é capitalista, não é coisa nenhuma, quer dizer, o governo não entra em questão, o que entra em questão é a organização da sociedade. Se o governo impõe uma organização islâmica, então pouco importa qual é a fórmula dele. Na tradição islâmica, é considerado governo legítimo aquele que consegue permanecer no poder, quer dizer, não existe também o sentido da legitimidade como valor, a legitimidade é uma questão de fato, quer dizer, se o governo existe e ele está lá, ninguém o tira de lá, então ele é legítimo e você tem que obedecer. E a fraternidade islâmica, nós não podemos esquecer, que foi fundada por Saídico Tubo nos anos 30, e na época o Saídico era considerado tão subversivo que o governo egípcio mandou enforcar-lo. E o que ele fazia era uma interpretação política do Corão, ele escreveu um comentário em 30 volumes chamado A Sombra do Corão, eu sei para cheguei com o título era significativo, porque é a sombra em vez de a luz do Corão, então o que o título sugere é o seguinte aqui, por baixo, vamos dizer, da compreensão usual do Corão, existe um outro sentido mais profundo e esse sentido é eminentemente político, como veio depois a reconhecer o Eatorá Comenem, e hoje eu acho que todo mundo já percebe que se trata de uma nova organização político social e não se empreende uma nova fé, a fé não entra absolutamente em consideração, então durante um tempo eu estudei um negócio, a disciplina que chama religiões comparadas e a única conclusão que eu cheguei é que não dá para compará-las, porque não são espécies do mesmo gênero, são fenômenos especificamente diferentes, as pessoas podem se deixar iludir pelo uso comum das certas palavras, por exemplo, a lá é o nosso mesmo Deus, a lá é um substantivo abstracto, ele é a divindade, não é uma divindade pessoal, como se entende no Cristianismo, nem como se entende no judaísmo, então eu falei aí, já não estão falando da mesma coisa, você vê que quando você entra em uma igreja, você tem um altar, o altar tem um crucifixo que representa, aparece um Cristo crucificado, é ele que você está se dirigindo e através dele também é Deus-Pai, Deus-Pírito Santo, mas no mundo ilâmico você ora para um espaço vazio chamado mirab, mirab é um espaço cavado numa pedra, não tem nada ali, tá certo? Então mostrando mais ainda o sentido puramente abstracto de a lá, é o artigo definido, o, ou a, então não é uma pessoa de maneira alguma, né? E no entanto, esta abstração ela fala, ela fala e ela determina regras de conduta, etc., etc. Então também, vamos dizer, as várias funções dos personagens envolvidos também não coincidem, o pessoal da Antia tem escolhente de Mohammed e Jesus e falam, não, de jeito nenhum, essa escolha não existe, o próprio Mohammed, não, nos raditem no Corão, ele enaltece o papel de Jesus como um dos seus antecessores, inclusive dotado de poderes miraculosos que o próprio Mohammed não tem, isso é, o Jesus, na tradição árbua, ele pega um pedaço de lama, a sopra, e aquilo vira um passarinho, então ele representa o verbo criador, exatamente como no cartolicismo, no portes antídomo, então, só que a função do verbo criador se torna, no contexto, não é uma função de um profeta, quer dizer, quem exerce esta função não é Deus, é um profeta chamado Jesus, é uma coisa difícil de compreender, se é um melhor profeta, como tem, então, como pode ser ao mesmo tempo o verbo criador? Quer dizer, isso vai suscitar problemas teológicos, complicadíssimos, mas eu estou dizendo essas coisas, só vou dizer assim, nada, em uma religião nada corresponde ao que é a outra, então elas nunca estão falando da mesma coisa, se você acha que aqui nós temos um Deus e temos várias concepções a respeito dele, nós divergimos nas concepções, mas o Deus é o mesmo, eu digo sim, mas o que que você conhece desse Deus, além daquilo que você pensa que conhece dele, então, tudo o que nos sobra são as concepções humanas, a não ser quando há uma ação divina e direta, é por isso que insisto na importância dos milagres, e as várias doutrinas necatóricas, protestantes, musulmanas, etc., etc., tem uma função secundária em face da ação direta de Deus, que não é uma coisa que ele está dizendo, mas é uma coisa que ele está fazendo através do verbo criador, quer dizer, aquele verbo que diz, faça-se a luz e a luz aparece, não é fácil ser a luz, não é fácil pedir que alguém acenda a luz, não é exatamente isso, então, Deus certamente é algo, agora, na hipótese religiosa, existe uma diferença entre o que Deus é e o que os seres humanos pensam, ou imaginam que sabem dele, na hipótese ateística não, só o que existe é o que os seres humanos pensam a respeito, e o Deus propriamente dito, não é nada, Deus resume a uma concepção humana, enquanto você continua, na comparação de doutrinas, você não vai sair desta, quer dizer, está realmente na perspectiva ateística, a única possibilidade de sair da perspectiva ateística é de haver uma ação divina direta, e aí entra em questão os milagres, por isso que eu digo, só os milagres interessam, somente eles, porque a criação do universo foi um milagre, o nascimento original, a ressoreição de Cristo, etc., tudo isso foi um milagre, então fora os milagres, existem somente as concepções humanas, e na hora que o discurso, a controvérsia se encerra dentro da confrontação entre concepções humanas, então, qual é que sempre levará a vantagem? O Islam, porque o Islam é diretamente um princípio de organização da sociedade, coisa que o cristianismo não é, as doutrinas do cristianismo, respeito da organização social, foram se desenvolvendo aos poucos, ao longo de milênios, na verdade, só se consolidaram mais ou menos no século 19, e se consolidaram, creio eu, ainda de uma maneira bastante polêmica, o caráter polêmico dessas doutrinas católicas aparecem, aparecem muito claramente neste livro, onde você vê que o líder musubano eleito presidente, ele é um adepto do distributivismo, o que é o distributivismo? É a doutrina do Chesterton e do Healer Bellock, onde se privilegiava sempre a economia privada de pequena escala, mas essa economia privada de pequena escala é defendida então pelo que? pelo Estado, então, você tem aqui um Estado intervencionista, que vai ser aqui, se opõe ao avanço dos monopólios, mas para fazer isso ele mesmo tem que ser um monopólica, então é mais uma doutrina estatista absolutamente desastrosa, que é facilmente incorporada dentro da economia islâmica, porque a economia islâmica de certo modo também favorece isto, digam. Quando a igreja católica aprofunda ou comenta sobre o lucro, sobre o mesmo, antes disso, quando existe na doutrina católica o princípio da sagrada família, isso não é um princípio de ordem social? A sagrada família, uma vez que a família é... Bom, é este o elemento que é assimilado no distributivismo, quer dizer, a família predomina sobretudo e a família deve ser também o centro da economia, na perspectiva católica distributivista, tá certo, mas quem assegura a família esse direito? Eu estava, evidentemente, então você vê que no começo do século XX havia, por toda parte, uma revolta contra o liberalismo capitalista, contra o lecifer, todo mundo estava contra, os fascistas estavam contra, os comunistas estavam contra, o distributivista estavam contra, os personagens do doutrina social da igreja também estavam contra, tá certo, sem perceber, vamos dizer, as consequências nefastas que esse estatismo acabaria tendo, porque todo mundo favorecendo o crescimento do Estado por um... pelos pretestos mais variados possíveis, é certo, pouco importando as boas ou mais intenções, todo mundo convergindo neste sentido, então estava se cumprindo a profecia do Jacob Burkart, feita no fim do século XIX, no século que vem, a autoridade reerguerá a cabeça e será uma cabeça terrível, como aconteceu no comunismo, no fascismo, etc., etc., e dentro da própria perspectiva liberal também acaba acontecendo, porque, você não pode esquecer que o liberalismo foi eminentemente uma criação de economistas, tá certo, e é uma corrente que não escapa, a tendência geral de todas as correntes que é de absorver as várias perspectivas numa só, que às vezes o jeito é um antropólogo, tudo para ele é antropologia, se ele é economista, tudo da economia e assim por diante, tá certo, então esse privilégio da economia dentro da perspectiva liberal faz com que todos os valores éticos, sociais, etc., serão submetidos à economia, então é natural na perspectiva liberal que os valores morais se adaptem ao estado da economia, tá certo, mas isso corresponde exatamente à definição do Antonio Gramsci, ética para ele é o ajuste entre os valores vigentes que determina o conduz das pessoas e o estado das forças produtivas, então quer dizer que a perspectiva liberal ela vai igual no mesmo sentido do Gramsci, a economia se torna a rainha do espaço, tá certo, você vê que em geral mesmo os melhores dentro dos liberais como fomises, por exemplo, quando tratam de assuntos religiosos, são de uma superficialidade, são quase de um poerelismo assim, deplorável e uma coisa fundamental que é a relação entre os vários domínios da realidade, resguardando a autonomia de cada um e a sua interação, que é o problema central das ciencias humanas, é completamente obnubilado, desaparece, então é claro, a economia ela tem as suas finalidades próprias, que é como lidar com o problema da escassez e elas só toquem assuntos de valores morais e políticos, de raspão, tá certo, mas tendendo sempre a submeter-los aos seus próprios critérios, isso acontece em todas as disciplinas, quer dizer, o ordem se chama do imperialismo, imperialismo das ciencias, cada ciência acha que ela é rainha da rocada preta, se você é biólogo, se arrume uma explicação biológica para tudo e assim por diante, e isso é um problema que até hoje não está devidamente resolvido, nem depois que inventaram a moda da interdisciplinaridade, se não resolveu nada, porque a própria estrutura das profissões universitárias induz a isso aí, você tem permanentemente uma disputa, por exemplo, de verbas, as verbas vão para o meu departamento ou para o seu departamento, então eu tenho que demonstrar que a minha disciplina é muito mais importante do que do vizinho e assim por diante, então não só a disputa de verbas, mas da disputa de espaço na mídia, não é isso? Então, quem é o representante da ciência que será mais ouvido publicamente? Então, toda a estrutura da profissão universitária favorece de algum modo uma disputa imperialista de espaço, e como o ponto fraco da perspectiva estatista e socialista é a economia, nunca conseguiu, nenhum regime estatista jamais conseguiu criar um sistema econômico que funcionasse, a não ser na base da economia de guerra está importantíssimo, vou ver se é comprovado, por exemplo, na espinência nazista e na espinência americana do rússio, o famoso New Deal só não afundou o país porque veio a guerra, tá certo? Então, no momento da guerra, claro que o Estado a sambaca tudo, porque ele está coordenando a economia não em função de finalidades econômicas, não em função da sobrevivência e da defesa, então evidentemente a perspectiva militar vence e ela é capaz de fomentar a economia na base artificial da guerra, então tanto na experiência nazista quanto na experiência americana, o estatismo funciona se o país estiver em guerra, agora sim, vem a paz, então o estatismo só serve, ele é um instrumento predatório, ele sufoca a economia em favor de grupos que estão próximos ao Estado, que é exatamente o que a gente vê acontecer no Brasil, por exemplo, então como o ponto fraco das economias estatistas, dos regimes estatistas, é sobretudo a economia que evidentemente um Estado centralizador não consegue competir com a criatividade de milhões de empresários, como eu estou assistindo agora na série Personal Interest, que eu soube inventar a máquina que fiscaliza todo mundo, a máquina sabe tudo o que todo mundo está pensando, eu digo bom, para um regime estatista funcionar, só assistisse uma máquina como esta, fora disso, não há Estado que será capaz de prever, por exemplo, todas as inovações tecnológicas, todas as iniciativas empresariais, as mais diversas, a variação dos mercados locais, a variação dos preços, o controle estatal é impossível, então os liberais percebendo esta brecha e entraram por aí, fazendo a apologia da superioridade econômica do capitalismo liberal, a qual é óbvia, evidente e inegável, então quer dizer, qualquer argumentação estatista, ainda que venha da igreja, ainda que venha do próprio Papa, não significa nada em face da realidade dos fatos, o Papa tem que ser assim, vai ser, está vendo que do outro jeito funciona melhor, a palavra do Papa vai ser passada para trás, todo mundo vai quecer, então, nunca houve um confronto sério entre os apologistas da dor transversal da igreja e os economistas liberais, se houver esses economistas liberais teram ganho a disputa, assim, com uma facilidade, nós provamos aqui, aqui tem uma questão matemática, ainda que os valores morais, a igreja está proclamando cerdos verdadeiros, vocês vão ter que adaptar isso a realidade do fato econômico, quer dizer, é um negócio de santo Maidaquino, nós falamos com palavras, mas Deus fala com palavras e fatos, quer dizer, o fato está dentro de nós, negá-lo, é negar a prioridade do próprio Deus, ninguém contrafata no argumento de santo Maidaquino. Eu não li esse livro, como é que chama? Aqui o Edison está me lembrando que Isil Thomas Woods escreveu um livro contra o distributivo, eu preciso ler esse livro, isso é importante, então, você vê aqui, Chester e Bellock, eles são ótimos no aspecto crítico, crítico do mundo moderno, do ateís, do protestantismo, está tudo ótimo, só que na hora de propor uma coisa, eles propor vão ver a deira estupidez. Também, na base do que? Do imperialismo do trinal, quer dizer, você quer fazer a teologia de novo a rainha das ciencias, dizem que existe a rainha das ciencias, não existe, não existe por quê? Aquela velha advertência do Edmond Russell, não existe uma trigonometria dos leões, nem uma embriologia dos triângulos, quer dizer, a realidade se compõe de domínios que têm interações, mas que não há maneira de você reduzir um domínio aos princípios da outra, então, se você faz uma interpretação teológica da economia, digo, não, você pode fazer, vamos dizer, uma terceira disciplina, que seria a teologia da economia, mas que não vai afetar os princípios da economia, nem muito menos você vai deduzir da teologia os princípios da economia, ou vice-versa. Então, essa questão das várias, como o Russell chamou, das ontologias regionais, quer dizer, são domínios do ser que têm uma certa independência em relação às outras, embora, na prática, elas coexistem em uma influencia a outra, mas não quer dizer que possam ser reduzidos ao mesmo corpo de princípios. Portanto, esses domínios têm uma convivência meramente empírica, não é essencial, não é ontológica. Então, as interações não devem apagar a realidade, dizer que um domínio é inalcançável desde o outro. Por exemplo, que ele dá, é maravilhoso, eu falo, bom, você tira conclusões embriológicas da teigonometria, ou vice-versa. Então, esse problema magnos das ontologias regionais, Russell passou a vida advertindo com o Três, mas eu acho que isso não teve um efeito cultural muito grande, a ideia do imperialismo continua funcionando. Por exemplo, quando os liberais, partindo da constatação óbvia, da maior eficácia da economia de livre mercado, começam a entender o princípio do livre mercado para todos os domínios. Eu digo, ora, o livre mercado funciona na medida em que as pessoas têm a liberdade de fazer suas escolhas, mas essas escolhas, por sua vez, não são baseadas em critérios de mercado, isso é importantíssimo. Por exemplo, no livre mercado, a mulher pode ir escolhendo e comprar uma calcinha verde ou cor de rosa, mas por que ela escolheu verde ou cor de rosa? Não é para um critério de mercado. E se você disser que esse critério é totalmente subjetivo e de bom em alguns casos, há mais em outros casos existe um princípio de valor objetivo. Então, por que as pessoas preferem determinado automóvel, em vez de outro automóvel? É porque isso aqui funciona melhor, não é porque elas vão poder vendê-lo melhor no mercado amanhã depois. Você não compra o carro para vendê-lo, você compra ou usá-lo? Então, a própria noção do valor de uso acaba desaparecendo aí. O mercado não pode explicar jamais o valor de uso, o valor de uso depende de outros valores, que você classificar com meramente subjetivos e arbitrários é você impor o domínio total da economia, só interessa o valor de mercado, o resto é tudo subjetivo. Então, muito bem, e se o socialismo adquire maior valor de mercado do que o capitalismo, o que acontece? Você conseguiu convencer todo mundo a votar no candidato socialista, pronto, ele ganhou. Então, aí o liberalismo de certo modo se come pelo próprio ramo. Ou existem valores estranhos e superiores ao mercado que o determinam e o limitam, ou o mercado vai abolir todo o valor, inclusive o seu próprio. Não tem outra saída. Então, esta coisa, vamos dizer, da competição universitária entre as várias disciplinas, é um dos fatores da confusão contemporânea. Você pode ver que, por andar de disputa pelas verbas, isso tem uma coisa fundamental. Você tem que convencer o dono das verbas de que a sua pesquisa é importante e não é do vizinho. Isto é o tempo todo fazendo isto. Então, é claro que você pode usar outros argumentos também que são extramercadológicos. Por exemplo, você pode usar um valor político. Eu pertenço ao mesmo partido que você, portanto, você tem que dar a verba para mim e não para o seu fulaninho. Também pode acontecer isso aí. Mas isto tudo não aconteceria se não fosse um outro fator que é hipertrofia da instituição universitária. Você vê que o número de pessoas que é de quenil e de plomo universitário é incomparabilmente maior do que o mercado jamais pode absorver. Isto não é só no sistema capitalista, na Rússia, na União Soviética, que era a mesmíssima coisa. Todo mundo era professor do Tô. Está lá um lava valendo a pena. O outro vendendo sorvete. O outro levando cachorrinho da madame para passear e era tudo do Tô. No socialismo aconteceu exatamente igual ao capitalismo. Eu lembro que na visão paulista tinha uma loja de suco chamado Engenheiro que virou suco. Porque tinha um filme, o Homem que virou suco. No Engenheiro não conseguia emprego, abrir uma loja de suco começou a ganhar dinheiro. E, por exemplo, o professor do Tô, que era o professor do Tô, que não conseguia ganhar dinheiro. E isso significa que o número de diplomados em circulação é muito maior do que qualquer mercado pode absorver e do que uma economia estatal pode absorver. Então, é claro que o ensino universitário espalhado para todo mundo é uma imensa fraude do mundo moderno, que equivale também, vamos dizer, ao decréscimo da qualidade e competência das pessoas formadas. Quer dizer, isso é uma coisa mais do que óbvio. Então, se você perguntar assim, quantos intelectuais um país precisa para funcionar? Eu acho que no Brasil, por exemplo, se tiver 2 mil, está suficiente. Não precisa de nenhuma mais. Então, é evidente que o acesso a essas profissões aí sim deveria ser baseado na meritocracia. Se existe uma coisa na qual a meritocracia funciona, é na vida intelectual. É só a meritocracia que funciona. Por exemplo, por que você vai ler um livro no outro? Sim, porque um livro é melhor do que o outro. Por que você vai escolher aqui, sei lá, Betoven e o Teixeirinha? Por que você vai escolher Betoven? Porque é o melhor. Agora, se você achar que o Teixeirinha é melhor, você vai preferir o Teixeirinha, evidentemente. Então, o critério do melhor ou o pior pode ser subjetivo, mas é ele que está em jogo. Então, se você achar que a meritocracia é real ou invertida, tanto faz. Então, quando você vê objetivamente a massa universitária da Europa e do Estados Unidos, sempre serviu só como massa de manobra para movimentos radicais, revolucionários, nazistas, fascistas, comunistas. É só para isso que tem servido. Não tem servido lá mais nada. É para cada... Eu calculo assim, para cada 100 mil pessoas formadas nas universitárias, um ou dois são necessários. Mas, se espalhou desde a Revolução Francesa, se espalhou a sanação de concesso aos diplomas... Não ao conhecimento, mas aos diplomas universitários, é um direito universal. É claro que isso é uma fraude, porque você, com o seu diploma de engenheiro, você, no máximo, vai vender suco. Todo mundo sabe que é assim. Então, a instituição universitária é uma das grandes responsáveis por este caos, por esta auto-demolição, das ideias e valores no mundo ocidental. E das vocações? Sim, e claro, também uma distorção das vocações, da todo mundo, no lugar errado. Então, não deixa de ser um indício, onde é uma espécie de contraprova, do que eu estou dizendo, que, por toda parte, as únicas instituições de ensino que continuam eficiente são as instituições militares, isso em todo lugar. Se você vai ver todas as invenções, desde o leite condensado até o Maus, foi tudo invenção da pesquisa militar. A universidade não serviu para absolutamente nada. Portanto, quem está realmente fomentando a connexão, os instituições militares. Por que? Porque, na instituição militar, a seleção é maior. Não é todo mundo que quer fazer serviço militar. Você pensa o treinamento que o militar vai ter que receber. 99% da pessoa fala, não, isso não é comigo. Só, quer dizer que para a carreira militar, só vão, em geral, aqueles que estão realmente invocacionados para isso. E isso já é uma solução, uma seleção meritocrática, por assim dizer. Você merece entrar na escola militar, por quê? Porque você quer desesperadamente isso e o outro não quer. Eu sempre disse isso em matéria de ensino. O que se deve ensinar as pessoas? O que elas querem aprender? E isso foi o segredo do sucesso desse grande educador americano, John Taylor Gattler. Ele fazia isso, descobriu que cada criança queria aprender e ensinava a criança só aquilo. E através daquele ponto especializado, a criança adquiria a cultura geral necessária. Por exemplo, tinha um garoto que só pensava em beisbo. Ele disse, tá bom, então vamos estudar o beisbo seriamente. Você vai estudar técnica do beisbo, história do beisbo, psicologia do beisbo, tudo, tudo, tudo, tudo. Em três anos, o garoto era um gênio. Né? Então, esta é outra grande fã do mundo moderno, que é a educação universal obrigatória igual para todo mundo. A margem de desperdício nisso, eu creio que é de 99%. Porque cada um só vai aprender aquilo que ele quer aprender. Eu lembro quando eu estava no ginásio, só duas matérias me interessaram, latim e biologia. Faz duas legões que eu aprendi. O resto, eu, para a Paula de Português, eu entrou na aula do Português e dormia. Ou então pegava um livro, eu entendi, eu estava na aula de inglês, lendo um livro do crítico literário Os Valdinos Marques, sobre a técnica poética do Cassiano Ricardo. Vejo o que eu estava estudando ali. A professora de inglês me tomou o livro. E depois veio comentar que, no livro esquisito que você estava lendo, na sala os professores estavam todo mundo rindo. Eu falei, claro, eles me entendiam uma palavra do que o Os Valdinos Marques estava dizendo. Então, você vê, o professor de línguas, vendo o cara estar se interessando por assuntos profundíssimos de técnica literária, deveria fazer, me dá 10 para o resto do ano. Eu falei, você é aluno excelente, você não está aprendendo nada de inglês, vai estar aprendendo isso aí. E assim por diante, essas coisas eu queria aprender. Eu não sei porque se a coisa tinha interesse em si, no caso do latim, sim, eu queria aprender muito latim, e me fascinou desde o início. E no caso da biologia, por causa do fascínio da pessoa, do professor, que era o Dessio Gris, esse era o showman realmente. Nunca vi coisa tão engraçada, tão divertida quanto a aula dele. Eu não sabia o que ele estava tentando ensinar, a lei da conservação da matéria, o pessoal não estava entendendo. Ele pegou isso, fecha todas as janelas e porta, se fechou. Daí tocou fogo na lado de lixo. Daí a hora que todo mundo tocinha, fumasse para tudo quanto é lado, ele gritava assim, está vendo seus filhos das putas, nada se perde, nada se cria. Não havia como não entender. Então, essa coisa, vai dizer do interesse pessoal, é claro que é a chave da educação. E eu acho que você aprende tudo que você quer aprender. Se você não quiser, é muito difícil. E, partindo de uma base muito especializada, você abre para outros domínios na própria medida em que você vai encontrando os limites daquele seu domínio especializado. Você vai querer estudar baseball, algo do regulamento do baseball, você vai ter que aprender. E através daí, você teve a sua iniciação nos estudos de direitos. Você começa a entender o que é uma lei, o que é uma norma. E assim por diante. A matemática. O movimento das bola não tem algo a ver com balística, essa coisa toda também tem. Entrando por uma porta, você vai ter acesso a todas. Agora, se quer entrar por todas ao mesmo tempo, não vai dar. Então, o que eu ensino o Universal Obrigatório Promete é ensinar tudo para todo mundo, ao mesmo tempo. É claro que é uma fraude. É claro que isso nunca vai se cumprir. E se começa já em uma base fraudulenta, você está induzindo as pessoas a conduzirem as suas carreiras de estudante e a base fraudulenta para sempre. Então, quer dizer, a corrupção começa aí já. A corrupção das profissões universitárias. Isso quer dizer que vai haver um abismo cada vez maior entre o ideal de ciência e a ciência que efetivamente se pratica. Hoje nós temos esse negócio da fraude científica endêmica com toda essa porcariada de aquecimento global, com todas as vacinas todas que só servem para danar as pessoas. Essa influência nefasta, vamos dizer, da grande indústria farmacêutica. Isso eu fui editora da revista Médica, eu posso confirmar isso aí, o que a informação que chega aos médicos é determinada inteiramente por interesse da indústria farmacêutica. Então, a revista precisava dos patrocinadores. Então, você ia falar daqueles assuntos que interessava esses patrocinadores e não necessariamente, a realidade da prática médica. Então, como toda a estrutura da vida intelectual ela está corrompida desde dentro, então o significado é o seguinte, a imensa produção científica intelectual não serve para orientar as pessoas. Ela serve, sobretudo, para criar prestígios, que serão, em seguida, consolidados pela mídia. Então, por exemplo, quando você vê quais são os filósofos que... Pergunta para um cidadão comum, quais são os maiores filósofos do século XX? Ele vai dizer assim, Jean-Paul Sartre, Bertrand Russell, os caras que apareceram mais na mídia. Desse perguntinho é do mundo rússer, quem é esse cara? Quem é Bernard Lonerga? Não tem. Quem é a chaveira do Birger? Não tem. Então, quer dizer, o critério público de imposição dos personagens na mídia acaba deformando completamente o panorama. E a meritocracia que é essencial para a vida intelectual acaba, devia ser uma concorrência de prestígio na mídia. Inclusive, esses prestígios são às vezes paradoxais, porque, por exemplo, todo mundo sabe quem é Heidegger. Mas ler o Heidegger é quase impossível. Se você não tem uma imensa formação, se você não conhece todo o vocabulário escolástico e as alterações que ele fez, você não vai entender uma palavra que ele está dizendo. Então, como é que com a autoria elegível você fica tão popular? Isso não quer dizer que o Jean-Paul Sartre era fácil de ler nos seus ensaios políticos, mas quando você vai ler o ser ou nada, ou a crítica da razão dialética, você não entende uma palavra também. Não é o caso do Bernard Roche. O Bernard Roche sempre dá para entender um escritor maravilhoso. Dá para entender tudo o que ele diz, mesmo quando está monstruosamente errado. Bom, essa popularidade se justifica pelo sucesso dos seus livros. Mas como é que autores que ninguém lê podem fazer tanto sucesso sem vender livro algum? É um milagre da mídia. Você não precisa ler. Nós estamos falando, cara, é uma troca de nomes, um comércio de nomes, de prestígios. Em função de tudo isso, é que os fenômenos que se passam na realidade não podem ser compreendidos, meu Deus do céu. É o que diz o Heidegger, que horas de 10 anos atrás ninguém falava de Islam. Dizem, bom, mas quem tivesse lido René Guenon na década de 20 ou 30 entenderia bem coisa por aí. Porque você sabe que aquilo que começa em pequenos círculos de intelectuais é o que tem futuro na política. Então, fazer uma invasão islâmica era altamente previsível desde o livro Oriente e Ocidente do René Guenon. Por que ninguém pôs sua atenção? Porque Guenon não é um sujeito conhecido. Era um obscuro professor de matemática. O professor do Correjau, na verdade, que pula um acaso, deram espaço para ele fazer uma conferência na sua urbana, que você acha que foi assistido por 13 pessoas. Mas eu digo, escuta, mas se nós estamos falando de ciência, pouco importa o número de pessoas que leu. Importa se a coisa tem algum valor como descrição e diagnóstico objetivo. E o que o Guenon dizia ali no livro Oriente e Ocidente, foi o que aconteceu. O Guenon dizia que ou tem uma, ou tudo cai na Barbade, ou a igreja católica se restaura sob orientação islâmica, ou será preciso ocupar o Ocidente, que o Islâm ocupe o Ocidente. Então, quer dizer, as duas últimas hipótesis eram praticamente a mesma. Só tinha duas, na verdade, ou a Barbade ou o Islâm. Isso é o que ele está dizendo. Quando você vê todas as providências que foram tomadas pela elite do Vaticano, desde o década de 30, 40 até agora, foi só para desmantelar, evidentemente. Quem é que não sabe? Por exemplo, você tenta confessar numa igreja católica, você não encontra igreja aberta, meu Deus do céu. Quando era um moleque, a igreja ficava aberta de inteiro, sempre tinha um pato tomando confuso, agora é impossível, mas eu desortei. Daí aparece sempre os doutrinários, os novos papas, como as encíclicas maravilhosas, sobre o amor, etc. Tudo isso é lindo, mas na prática, ele está desmantelando o negócio. Então, isso quer dizer, as três mais dos papas não são inspiradas pelo Espírito Santo, em matéria de doutrina e moral. Nenhum desmestiu na doutrina e na moral. Deixa eu falar tudo igual. Só que a doutrina e a moral são só hipotéticas, o que vai funcionar mesmo, é a igreja como instituição na sua prática diária, é isso que vai funcionar. Então, você não precisa mexer na doutrina e na moral, deixa tudo igual, só que, conforme você vai mudando a estrutura, da atividade ritual, por exemplo, essa doutrina acaba sendo interpretada de uma outra maneira, sem que você mexa nela. É o tal negócio. É o que se chama Alex Orandi e Alex Credendi. Quer dizer, você tem a lei que determina o culto. Esta aqui determina o sentido do que você vai crer. As palavras que expressam a sua crença são as mesmas, mas a interpretação que você dá já mudou por quê? Porque mudou Alex Orandi, mudou o ritmo, mudou a prática, etc. É assim que se faz, do mesmo modo como você pega a constituição de um país e sem mudar uma vírgula nela, você faz ela dizer o contrário do que dizia, mudando o quê? Mudando a prática. Então, uma constituição determina muito pouco, no fim das contas, quem vai determinar são decreto de chefes de departamento e portarias ministeriais. É isso que acaba decidindo tudo, porque isso decide a prática. Então, no meio desta confusão, é que surge esse estado de coisas descrito pelo Michel Olebeck, em que o único princípio de ordem que consegue simpor é o islam. E isso é o que nós estamos realmente vendo, só que por trás do islam, existe um outro negócio que se chama KGB. Então, no fundo, só existe um princípio de ordem no mundo, e ele vem da KGB. Por fato de que a KGB, aliás, o Nikita Khrushchev, em pessoa, tem inventado a teologia da libertação, é o fato da maior importância que foi revelado sobre a história da religião no mundo. E as pessoas não estão prestando atenção nisso. Está achando a teologia da libertação? É uma tendência que apareceu de dentro da igreja católica. Ele disse, não, ele foi enxertado lá com o propósito de demolir a igreja católica, evidentemente. E está funcionando. Nós vemos que o PAPA está profundamente influenciado pela teologia da libertação, portanto pela KGB, meu Deus do céu. Então, é a pergunta. Mas se existem tantos cientistas políticos, tantos sociólogos, e não tem uma lista de estratégias, por que que eles não percebem isso? É simples. Eles estão dentro das suas respectivas profissões. E a estrutura da profissão determina, dizer, o perfil do conteúdo de conhecimento que o senhor ele pode compreender e não pode compreender. Isso quer dizer que só pode haver vida intelectual. Se ela transcender as figuras profissionais respectivas. Isso eu percebei muito tempo atrás. E eu lembro de uma frase do Artéia Gacésia, é a gênio é aquele que inventa sua própria profissão. Então, bom, então, serei um gênio. Vou inventar uma profissão que não existe. Mas te serve para o meu propósito. Qual é o meu propósito? Investigar a realidade e compreender na máxima medida da minha capacidade, e tentar explicar para os outros. É isso que eu quero fazer. E é o que eu estou fazendo. Por que? Porque criei minha própria profissão. Porque se estivesse dentro de uma dessas figuras pré-estabelecidas, eu teria que prestar satisfações aos meus colegas, falar na linguagem deles, e em suma, adaptar a minha visão do mundo, a visão deles, de algum modo. É isso. E há uma constatação óbvia que as pessoas recusam ao fazer tudo aquilo que é descoberto no mundo, é descoberto por um indivíduo fora independentemente da coletividade. Sempre foi assim. Existe, ao caso de alguma descoberta científica, que todo mundo fez junto ao mesmo tempo, e um indivíduo fez depois. Não, é sempre um indivíduo primeiro. Mas é claro que é assim. Você pegar a história de todas as descobertas científicas, para Newton, Galileu, Albert Einstein, etc. Um sujeito descobriu uma coisa que o resto não sabia, ou é o contrário. Agora, na medida em que você tem que se atir às normas da sua profissão, isso se torna muito mais difícil. É claro que esse problema é menor nas ciências ácinas naturais do que nas ciências humanas. Por quê? Porque ali você tem um critério objetivo de reconhecimento, que por mais que as instituições profissionais desejam deformar ou encobrir esse fato, mais dia menos dia não tem jeito de você negar. Hoje em dia está começando a ficar difícil. Por quê? Porque a corrupção, a fraude científica entrou em cheio nesse meio. Então o reconhecimento dos fatos comprovados está se tornando cada vez mais difícil. Então está ficando ali a discussão científica, hoje na área de física e biologia, parece a discussão do sociólogo da Puque. Cada um acha isso, eu acho aquilo. E a gente realmente fica desorientado nesse meio. Se você for ver toda essa discussão sobre a aquecimento global, sobre eliocentrismo, e geocentrismo, você fica doido. Está certo? Porque é um festival de opiniões encontradas. Como diria o Moura da Silva, até hoje ninguém sabe que morreu, ok? Morreu, garante que foi ele e garante que foi eu. Então sempre foi assim na ciência social, mas agora está ficando assim na ciência da natureza. Também por causa da estrutura profissional, que tem que ser financiada por alguém, e só o Estado, ou as grandes corporações que tem dinheiro para financiar isso, custa muito o caro. Então isso quer dizer que nós criamos o ensoparato científico e intelectual, e ele é incapaz de nos dizer o que está acontecendo. Então quer dizer que a facção que tem mais continuidade ao longo do tempo, ela acaba predominando por aquele velho motivo que eu já expliquei na postila, quem é o sujeito da história, quem age na história. Quem age na história é quem dura mais. A duração histórica é por natureza superior, a duração média de uma vida humana. Então só quem tem a possibilidade de fazer uma ação direcionada para além da duração das vidas humanas, é que é um agente histórico. Portanto, só tem um personagem, aquele que age com mais constância durante mais tempo. Então na verdade você só tem dois agentes. Você tem um movimento comunista e você tem o islam. Os outros não. Se você pegar, mas... Ah, e as grandes fortunas, etc. Bom, as grandes fortunas têm uma duração de várias gerações, as Rockefellers, etc. São dinastias. Mas isso não quer dizer que elas têm objetivos permanentes, como tem os partidos comunistas e como tem o islam. De uma geração para outra, a cabeça das pessoas pode mudar completamente. Se você estudar para a família Ford, você vê como foi mudando ao longo do tempo. Eles conservam seu poder, evidentemente, mas já não servem os mesmos objetivos e acabam, às vezes, sendo ação embarcados por objetivos de outras famílias. Você pegar o Rothschild. Bom, a primeira coisa que o Rothschild queria é nós somos ricos e queremos continuar ricos e ficar mais ricos ao longo do tempo. E por isso eles conseguem. Tá certo? Mas qual é o sentido histórico da ação deles? Quando você vê, por exemplo, os rogers hoje são as maiores acionistas do Ronald Le Monde, que é o Ronald esquerdo, evidentemente, em que medida eles estão realmente fomentando uma política de esquerda ou em que medida foram absorvidos por ela? É difícil saber. Uma coisa eu garanto, o Islam e a KGB não foram absorvidos por ninguém. Então um tentando absorver o outro faz décadas. E até hoje ninguém sabe quem morreu. Então, é para esses fatores de longo prazo que transcende a duração da vida humana, é nesse aí que nós temos que prestar atenção. O resto é tudo espuma na superfície. E dentro dessa espuma, eu ver quem está sendo mais facilmente submergido são os cristãos, sobretudo católicos. Por quê? Como eles acreditam que tem, nós temos a doutrina infalível, nós temos o magistério infalível. Digo sim, meu filho, mas um magistério infalível só se refere a fatores de ordem obstrato universal. Eu não desrespeito a história humana. A história humana tem que ser recompedida a cada geração. Não é dato a dizer que a doutrina infalível repetia as mesmas coisas. Inclusive porque a interpretação dessa doutrina infalível vai variar na prática de acordo com a interpretação que você tem do estado de coisas. E o pessoal protestante que está aqui nos Estados Unidos, só o que eles fazem é pegar a Bíblia e entender que a Bíblia está falando dos Estados Unidos. A Babilônia é a América. De quem falou para você? É. Tem um mundo de analogias ali que a analogia vai acabar um dia. E com base nisso eles querem prever o que vai acontecer. O que faz o ruso? O ruso percebe que esses caras são os idiotas, e fala, então nós podemos facilmente nessa América a Babilônia, então nós podemos fazer aqui uma propaganda anti-americana monstruosa, sem falar em comunismo, pegando só os conservadores americanos, os idiotas caem nisso. Então o que é isso também? É o imperialismo das disciplinas. O nego estudou teologia protestante, ele acha que ele explica tudo. Então se isto vêm reforçado com uma fé religiosa, pior ainda, porque daí você vai ficar mais burro e vai ter mais certeza do que você está falando. E isto aí, então, é a ignorância total da do Conselho de Santo Maidaquino. Nós falamos com palavras, Deus fala com palavras e coisas, quer dizer, fatos também. Então, não adianta nada você pegar o texto da Bíblia e analisar os fatos, a luz delas, tem que fazer o contrário, meu filho. Você tem que entender os fatos, e daí retroativamente você diz, pô, era isso que a Bíblia está dizendo. Então, interpretar os fatos, a luz da Bíblia, interpretar a Bíblia, a luz dos fatos, isto me parece a coisa assim, um preceito absolutamente elementar. Porque os fatos estão a acontecer a todo momento, é neles que você está vivendo. E os livros da Bíblia foram escritos dois mil anos atrás e é impossível que eles contem um detalhe aquilo que você está vivendo agora. Então, tem que ser o contrário. Então, eu tenho certeza que sempre que você entender o curso das coisas, aí retroativamente você entende a profecia. Mas não partir da profecia deduzir o que vai acontecer agora. Então, é isso. Esse livro aqui exemplifica como um país todo pode entrar no estado de Torpor, onde quem acaba venceda aquele que sabe o que quer e continua querendo a mesma coisa ao longo do tempo. É uma coisa muito simples. Agora, eu fiquei espantado porque a tradutora do livro Brasil Rosa Freire-Guiard deu uma entrevista dizendo que o livro trata de uma transição normal do poder. Quando cada linha deste livro está mostrando, a normalidade monstruosa sob a aparência de normalidade. A aparência que não está acontecendo nada. Então, você imaginar a profundidade de uma transformação como essa que ele diz. As mulheres saem do mercado de trabalho, viram todas criancinhas porque só vive dentro de casa. Então, só fica pensando em pôr o rosto e ficar bonitinha para atrair o marido. Só pensa nisso o tempo todo. Então, sobra emprego para os homens. Dizem uma transformação monstruosa da estrutura social. É uma coisa imensa. Então, na hora que as pessoas aceitam isso, falam, o que deu? Aí o título do livro submissão. A França se submete. Não é um processo violento. Existe violência, mas a violência é só o elemento coadjuvante. É por assim dizer, é o estopim da transformação. E o grosso da transformação se dá pelo que? Pela imigração que criou eleitorado. Eu acho que é diagnóstico exemplariamente correto. Embora ele para efeito artístico, ele diminuído a importância da violência. Ele sabe que não é assim. Ele me é uma entrevista e dizia, eu sei que... Vou dizer que a minha descrição é otimista demais, porque ali não tem violência, não tem uma revolução sangrenta, etc. Ele sabe que esses fatores existem e que tem mais importância do que ele disse aqui. Mas ele quis enfatizar o seguinte, a violência não é o centro da coisa. O terrorismo não é o centro da coisa. A transformação está se dando numa esfera muito mais profunda, muito mais do louro e muito mais imperceptível, graças ao que? A desensibilização dos intelectuais, sobretudo. E no Brasil, acontece a mesma coisa. Essa ascensão dos comunos larápios ao poder levou 40 anos e não encontrou nenhuma resistência. Isso. Então, quando o Lula venceu a sua primeira eleição, todo mundo recebeu de braços abertos, dizendo o Lula mudou, o Lula não é mais aqui. Mas todo mundo disse isso. Só eu aqui não, falando de cestão, é loucos. Porque é só você estudar um pouquinho de história e você vai ver que essa camuflagem, esse negócio do Lobo Império de Cordeiro, isso é uma tradição no movimento comunista. Raríssimamente, eles fazem propaganda usando o termo comunista ou se apresentando como comunista. Isso é uma exceção, acho que isso aconteceu a última vez, da década de 20. Na Alemanha, um pouco nos anos 30, aconteceu. E sobretudo, perguntar se é um jeito eco-e, comunista ou não. E você tentar responder isso na vaga de quais são as convicções dele, isso tem uma coisa de uma estupidez fora do comum. Se você foi qual foi o cara mais influente na expansão do comunismo na Europa, antes, na época que precedeu a guerra, foi uma época decisiva. O Vili Monsenberg, não nunca foi marxista. Eu acho que nem pensava nisso. Ele só pensava como é que nós vamos fazer coisa funcionar. E estuda a história do fronte popular. O que é o fronte popular? Ninguém falava em comunismo no fronte popular. Era antifascismo. Então, o que foi antifascismo, terceiro mundismo, progresismo, teologia da libertação. São vários nomes. Então, você só vai identificar, não tinha comunista ou não, não pelas ideias dele, mas pelas conexões reais dele dentro de uma estrutura de poder. Não interessa o que o cara pensa. Interessa o que ele está associado com quem ele está trabalhando e para quem ele está trabalhando. É só isso que interessa. As convicções pessoais podem ter importância e não é um intelectual. O Lula pode ter inclusive algumas convicções que são anti-comunistas. Mas não são as convicções dele que vão entrar em prática. É o que ele combinou com os outros. É o que ele combinou com o Fidel Castro, com o Hugo Chávez, etc. É isso que vai entrar. Comunismo não é um estado de espírito. Comunismo é uma conexão real dentro de um esquema mundial de poder. Assim como o capitalismo também não é isso. Você não pode ser um comunista e ser um presidente de uma grande empresa imperialista? Pode, claro. Eu mesmo vi isso. Então, a ideologia pessoal não tem a mais mínima importância, meu Deus do céu. Já tem acreditado o francês. Você quer mudar as ideias do homem medíocre? Muda ele de lugar. Então, você não interessa as ideias. Interessa o lugar onde ele está. Então, o Lula estava dentro de uma coisa óbvia. Pelo menos em 1990 deveria ser tornado óbvio quando ele fundou o Fora de São Paulo. Mas mesmo assim, as pessoas não querem ver. Tem gente até hoje que insiste a esse Fora de São Paulo, não existe. Não é? Eu falo, tá aqui. Vamos começar por aqui. A história do Fora de São Paulo conta desde dentro. Roberto é regalado. Enquanto os desencuentros de la esquerda latina americana. Uma mirada desde o Fora de São Paulo. Em 2007, já explicando tudo que estava acontecendo, o que ia acontecer. Os caras não lêam nem isto. Quer dizer, eles não lê as atas, não lê os livros, não lê os depoimentos, não lê nada. Então, expressam o quê? Expressam tomadas de posição em favor em função de valores aqueles aderiram. Então, se ele começa por pensar, o só favor do quê? Ah, o só favor da democracia. Da ordem democrática. E pronto, aí ele começa a raciocidiar a partir daquilo que ele aderiu. Em vez de você saber, espera aí. Em vez de você decidir para qual time você torce, você tem que saber quais são os times que estão jogando. Parece isso. Se não você vai torcer pelo Palmeiras numa partida entre Corintas e São Paulo. Que é o que todos esses caras estão fazendo. Quem disse, por exemplo, que no Brasil agora existe uma competição entre a ordem democrática, institucional e o PT? Quem disse que abriga esta? Todas as estruturas institucional trabalham para eles. Então, essa abriga não existe. A abriga é outra. No meu entender, a abriga é entre os interesses populares e a elite. Que é as 15 famílias mais ricas, os banqueiros, a grande mídia, a classe política. Então, é o estamento burocrático de sempre. Eu quis dizer, o diagnóstico do Raimundo Faurus está certo. Ele achou na época que o PT representaria aí as forças populares. Estava redondamente enganado. O PT simplesmente unificou o estamento burocrático. E o pois a seu serviço. Então, quando você vê que as pessoas que são pagas para entender o que está acontecendo, para explicar o que está acontecendo, não fazem nada disso, então é claro que ninguém vai entender coisa nenhuma. E se alguém entender e explicar, o que acontece comigo? Uma massa imensa de pessoas entende que eu estou fazendo da verdade. Por quê? Porque há 20 anos eu estou fazendo previsões, minhas previsões se cumplem pa, pa, pa, pa, pa, pa. Por quê? Eu sou um cientista político e esses caras não são. Eles não têm menor ideia do que esses é político. Uma ciência que não é capaz de prever o curso dos fatos, ela não serve para absolutamente nada. Ela não existe, ela é só blá, blá, blá. Você não é na sua exposição teórica maravilhosa, mas no modo como você lida com os fatos concretos. É isso. E isso aí, tanto em Filosofia política como em Ciência política, isso deveria predominar. Você vê com suas belas teorias de como deve ser o Estado democrático, etc. Bom, me explica o que está acontecendo aí. Caras não sabem. Então, esse é um negócio de impeachment. Bom, desde o início, eu disse seguinte, não se reúne 2 milhões de pessoas na rua para depois dizer, você espera aí que eu vou até Brasília, pé e já volto. Não se faz isso. A partir dali o curso do destino estava acelado. Transformar a vitória em derrota. E foi a isso que todos se dedicaram. MBL, Janaína Pascual, Elio Bicudo, etc. Por que? Sabe o que esses caras entendem de política? É nada. Nada. Nunca estudaram. Não sabem do que estão falando. Não tem ideia do que é poder. Não tem ideia do que são meios de ação. São os dois conceitos fundamentais da poder e meios de ação. Eles vão lidar para o que? Para ideais democráticos, para a ordem institucional, etc. Tudo coisa que não existe. No fundo isso é que é a vestimenta do poder. E o poder consiste em... O que é poder? Poder é você conseguir fazer o que você quer que elas façam. Então, é isso a primeira coisa que você tem que estudar. Quem tem os meios de se fazer obedecido e por quem? E, segundo, essas pessoas que estão obedecendo elas estão aonde? Elas têm o efeito reproductivo? Elas conseguem repassar as ordens recebidas? Ou elas vão parar num certo círculo limitado? Como está acontecendo hoje? As ordens que vêm de cima de la culpa arpetista, etc. Chegam ali no MST e param por ali mesmo. Então, isso significa uma retração real do poder, tá certo? Porém, eles ainda têm os meios institucionais na mão. Isso aqui é o problema. Eles têm as instituições na mão. E essas instituições? Como as instituições são apenas vestimentas exteriores do poder e não a base dele, as instituições oupedecem quem tem o poder de uma vez elas fazer o que eles querem. E ao que tudo indica estão com um exército na mão também? Então, quer dizer, que a elite eu defini ali assim, são as 15 famílias mais ricas, são os banqueiros é a grande mídia é a classe política inteira quase sem exceções, tem um ou duas exceções, tipo Bolsonaro não tem aqui no composto geral não pesa são os professores universitários são os donos do sistema de educação e agora o comando das forças armadas eu não posso dizer as forças armadas porque eu não sei o que a maioria dos oficiais pensa mas o comando eu sei o que pensa então o comando está integrado no estamento burocrático e o que nós estamos vendo desde março é o povo contra o estamento burocrático por isso o povo contra a estrutura institucional inteira então tá o negócio ou cai o sistema ou fica tudo como está que ele tira um vamos usar o sistema para tirar uma pessoa a Dilma isso aí já é uma confissão de derrota você começa querendo tirar todos e depois você diz não, deixa todos no lugar, vão tirar um só você já recuou evidentemente a debilidade atrai agressividade você vê que esta semana a mídia já começou a reagir dizendo que a popularidade da Dilma subiu isso diz que subiu 2 ou 3% eu não acredito nem nisso mas nós sabemos que a mídia está mentindo ao ponto de falsificar fotografias aparece meia dúzia pingada do MST na paulista com aqueles balões 40 balões só 3 aparecem refletidos na janela do masco eu digo o que é isso é fraude evidentemente quer dizer, a mídia já passou da maior ocultação de fato para a falsificação ativa a mídia é um elemento do sistema e mais ainda digo, o elemento mais antigo e fundamental não adianta você ficar contra a Dilma você tem que derrubar o poder dessa mídia primeiro senão você não vai conseguir absolutamente nada da mídia porque a classe política também depende da mídia e na verdade toda esta elita dominante depende da mídia então a mídia é o instrumento fundamental de eles, é ali que tem que atacar mas isso é um diagnóstico objetivo me custou muito o tempo de trabalho e todos esses diagnósticos acertados ao longo dos tempos confirmam, eu estou na pista certa não quer dizer que eu vou conservar isso para sempre mas até agora estão 20 anos de diagnóstico todos acertados sem um único erro às vezes não se cumpre na hora demora um pouco mais quando eu disse por exemplo que o PT esse eleito criaria o controle total das comunicações, na época teve gente que riu hoje você está vendo que isso é verdade e assim por diante quer dizer, nem tudo se cumpre da mesma hora, às vezes cumpre na mesma semana por exemplo eu disse olha, se o Trump foi eleito ele e o Putin podem restaurar o equilíbrio bilateral e assegura uma paz relativa ao mundo durante o meio-cerco na mesma semana aparece o Putin dizer, ah o Trump é o grande candidato o Putin está dizendo a mesma coisa que eu quer dizer, nós precisamos de um cara como esse do lado de lá para a gente poder conversar, porque do jeito que está não dá então infelizmente, quer dizer esse bando de infeliz, incapaz, metidos no fundo bem intencionado no seu próprio entender quando eu falo de boa intenção, eu lembro do verso qual foi o poeta inglês que fez isso mesmo esqueci, e Kaifa foi na sua mente o benefício do homem, eu não lembro de quem esse verso lembra esqueci Kaifa era na sua própria imaginação um bem feitor da humanidade não é o Alden, é um cara mais antigo mas eu acho que sim quem é bom, o verso grudou na minha cabeça de qualquer maneira eu não acredito que exista boa intenção e amor à verdade não existe amor à verdade sem o esforço de buscá-la e não existe esforço de buscá-la se não exista confrontação das hipóteses contraditórias essa é a coisa básica, que é a ciência a ciência é confrontação de hipóteses que se desmentem uma a outra se você não faz isso, você não fez nada você precisa aumentar aderir alguma coisa, porque você quer, porque você gosta então é wishful thinking no fim das contas era isso você marquem, eu volto a falar mais desse livro que merece uma análise mais aprofundada então vamos fazer uma pausa daqui a pouco vamos lá, para começar o Caio Lincoln me lembra o verso é o Willem Blake o verso do Willem Blake esquecido, o guardou o verso e esqueci o autor obrigado Felipe Riso gostaria apenas de deixar aqui a minha tristeza com a situação da França, um dos países mais católicos quando o Correio apareceu de Lourdes, de La Salette ester passando por esse paganismo e essa islamização talvez esses mesmo tenham sido alertas que a França não quis ouvir e por isso padece eu não posso esquecer que a França imediatamente antes da revolução, em 1789 era o país mais poderoso e mais próspero do mundo e depois eu caindo, caindo, caindo, caindo, virou uma potência segunda classe e agora está virando empregadinha do muçulmano então a França era a monarquia francesa acabou a monarquia e acabou a França continua assim, que nem o sapo, depois de morto continua mexendo um pouco, mas já morreu e o Fabricio Alves eu soubeu a perplexidade dos antagonistas do reinal das EVS, descobriu que o comunismo é real parece que o golpe do STF mudou com umas menstermose mas é o tal negócio, vamos dizer onde está o erro de todas essas pessoas a fonte básica de informações, nas quais esse baseio é a mídia e isso não pode, não pode acontecer, a mídia pode ser a fonte básica de informação para o Zemané, para o homem das ruas que não toma decisão e não tem que ter obrigação de entender nada para estudiosos, isso é absolutamente proibitivo, nos anos 50 a 60 quem quer que se baseasse na mídia entre os intelectórios seria o objeto de xacota, hoje em dia é o normal quer dizer, é o fenômeno que eu mesmo descrevia, no artigo escrito na década 70 em que a mídia estava se tornando o padrão da alta cultura, ela não refletia mais a alta cultura, ela criava a alta cultura primeiro ela começa a criar vamos dizer os prestige, é um fenômeno que eu mencionei, vai dizer, quem são os filósofos importantes, todo mundo é um filósofo importante, Jean-Paul Sartre Martin Heidegger Bertrand Russell, esses são os filósofos importantes porque são os que aparecem na mídia então jornalistas que são pessoas que são a menor formação em filosofia determinam quem é filósofo, quem não é daí acabou porra para que que existem as publicações especializadas, para que que existem as informações de fonte primária, para que que existem os documentos para que que existe a ciência histórica esse pessoal não sabe nada disso então a gente não pode esquecer que o jornalismo é a ciência histórica em miniatura é uma versão mais simplificada, mais grosseira, mas no fundo é a mesma coisa, é a informação, portanto, acesso a testemunhas, interpretações de testemunhas e documentos, é isso que agora se a interpretação é feita a partir de outras interpretações que a própria mídia criou, então você entra na circularidade é o que falava o Rolf Kuntz, isso falava já nos anos 80, os jornais são autofágicos um leu que saiu no outro e publica a mesma coisa por isso que a história de sonte do Brasil você fala que ela fica mais fala mais alto e que a história de sonte do Brasil você te fala de ser que é uma história que está entre parentes porque ninguém não tem um registro não tem uma hora nada se registrou de tudo o que aconteceu de importante na sociedade brasileira nos últimos 40 anos, nada foi registrado nem no jornalismo, nem na literatura nem em parte alguma eu estou agora coletando vídeos que mostram o crescimento da violência da crueldade, da desumanidade entre as classes mais pobres do Brasil eu fui criado entre essas classes, meus amigos fave ladinho, filho do operário e você não via nada disso você não tinha violência, não tinha crueldade não tinha diferença que eles tinham menos de outro aliás eu também tinha mas isso não fazia diferença alguma do ponto de vista moral e agora não, agora sim, não apenas as cenas de crueldade se multiplicaram um número assombroso só das que foram documentadas em vídeo sem contar milhares de outras como você lê nos comentários a aprovação a isso tem um vídeo aí que uma menina alta dá um soco no nariz bem menor assim, de repente, sem nada e todo mundo achando lindo o soco eu digo, o que que é isso? se você por... o título é assim, que soco bem dado todo mundo só louvando a qualidade do soco eu digo, mas pera, primeiro tem a proporção de tamanho segundo, a pequenininha não estava nem preparada, nem suspeitava o que isso puder acontecer, não imaginava que o batembol que ia virar agressão física de repente, ele ia aporar no meio do nariz que pode lesar ela, onde quanto tempo vai levar o tratamento pra consertar essa mulher é um vídeo que ele desestragava um dia e todo mundo achando lindo então, você vê que a corrupção não é só nas altas esferas essa corrupção moral é muito pior do que desvio de dinheiro do que rompo do bnds porque está estragando o povo sobretudo o povo mais pobre mas a turma da classe média já está começando a gostar disso aí então eu vou ver se eu junta essa documentação e faça lá uma coleção pra você ver, mas é um museu de horrores a coisa não acaba mais assim, de junta a 10 pra batem 1 e todo mundo está achando maravilhoso é o grande que bate no pequeno todo mundo fica com inveja quer ser igual àquele é o menino que estoura o ouro do outro com a porrada eu lembro que eu era pequeno se eu batesse num cara e ele saísse gritando desesperado, eu era o primeiro que ia só correr eu falei, pô, fui eu que fez essa merda eu tenho que consertar é não, o cara deixa o outro lá estou destorado e ele se exibindo e o pessoal, olha que legal parece eu não sei o que um heróizinho desse desanimado o que que está acontecendo aí, pô? e como é que nós vamos consertar isso aí? isso é claro que é o efeito conjugado de está tudo em fãs da adolescente criminalização da polícia exaltação dos bandidos que eu já documentei dos bandidos iletrados há quase 20 anos a... como é que se diz? a apologia do comportamento desviante isso, e nem agora começaram com a defesa da pedofilia então o truque é primeiro, é o que você... não, isso não é crime, isso é doença mais tarde você criminaliza dizer que é doença é sempre assim né, isso? não, isso não é um pecado, isso é uma doença então tem que ser respeitado, tratado depois mais tarde, não, dizer que é doença é crime porque não é doença é assim, quer dizer que você vai por etapas então tudo isso está contribuindo vamos dizer para criar um povinho de monstros isso é... ah, uma coisa que contribui enormemente para isso o bolsa-familho então bandidos ocupados tem o que fazer é certo? claro, uma briga na rua a diferença que tem entre uma briga de rua hoje e uma 40 na trás é um negócio... monstroso monstroso eu até contei na primeira semana que entrei na escola e troquei um seu papo no carro na semana seguinte viramos melhores amigos ficou meu amigo durante anos, depois ele até virou padre isso era normal pessoal tinha um certo espírito esportivo agora a falta de informação desse pessoal comentarista de mídia, professores universitários políticos são todos criaturas do globo e da folha é isso que é essa informação deles e se você mostra os documentos originais os testemunhos, eles não dizem nada por exemplo, se você pegar, eu mostrei aqui esse livro quem de todos esses vagabundos leia esse livro aqui eu digo, se você já tem livro documentando desde dentro a história do foro de São Paulo você não tem o direito de abrir a boca se você não leu pelo menos esse livro meu Deus do céu mas você tem os livros, asatas completas discursos do Lula, você tem tudo na mão e mesmo assim as pessoas não querem então aí entra no negócio da estupidez criminosa isso não é só burrice é uma burrice criminosa você está ignorando coisas que tem obrigação de saber agora, está ignorando, não quer saber mas quer continuar falando essa história do comunismo acabou isso é coisa da mídia internacional New York Times, as CNN o que acabou foi o estado soviético tal como existia mas o movimento comunista internacional acabou nada você vê, dez anos depois da queda da mídia soviética já tinha o livro do Jean-François Revere da grande parada que foi traduzido no Brasil e ele já tinha percebido isso, ele falou como é que o movimento comunista aumentou como é possível ter aumentado quer dizer, ele no ano 2000, ele já tinha percebido que tinha aumentado e que era uma coisa aparentemente inexplicável mas no Brasil passado mais 15 anos o pessoal ainda não quer perceber então é claro que é você é saudosis da guerra fria eu? o que está fazendo a guerra fria? são eles é? quer dizer, é assim, matar o carteiro quer dizer, no Brasil os pessoas não entendem que é um diagnóstico de realidade eles só entendem tomado de posição a favor ou contra se você diz que a guerra fria continua, é porque você é partidário da guerra fria a categoria da realidade não existe para essas pessoas logo é neocom ah, logo é neocom eu disse, bom, eu já respondi, neocom é o que é? o que eu escrevi sobre neocom, é só verificar, pega lá na parte do lao procura para a neocom, você vê que eu só desço o cacete dos caras, mas agora eu sou um neocom quer dizer, não tem o menor respeito pelos fatos, pela realidade é só expressão de desejo de opinião de tomar de posição a mídia inteira é só isso e quem se baseia nela já está fazendo tomar de posição de segunda mão não vão acertar nunca eles perceberem, na realidade vão perceber 15, 20 anos e ainda vão tentar ter no APA a disfarçar o vexame é Vlamir, pergunto tem uma determinada aula que eu falo sobre a necessidade de administrar um curso que estimula a sua aprendizada da coragem física, da iniciativa e da capacidade de correr riscos como eu sou militar, veio pensando a ter que fazer um curso de operações especiais seria esse tipo de espininhas que eu acho que você refere? sim, mas operações especiais já é um patamar superuovo você tem que começar com uma coisa mais elementar isso então por exemplo um pouco de sobreviver na selva ou na selva das cidades, ou simplesmente um pouco de briga de rua meu deus do céu porque hoje em dia se tem briga de rua nas camadas mais baixas é briga de rua o tempo todo com condições covardes, cruéis etc da classe média para cima você não pode encostar um dedo na pessoa que vem o conselho tutelar os autoridades o orientador educacional ao ONU o que é isso? o que está acontecendo? eu lembro que eu era moleque e a gente sempre brigava um dia venci, outro dia apanhava e seria normal a parte da vida mas você não tinha briga cruéis não tinha esse negócio de você derrubar você derrubou o suíte, você começa a chutar ninguém fazia isso derrubou o cara e você esperava levantar chutar a cabeça ninguém fazia isso meu deus do céu eu nunca chutei a cabeça de ninguém ninguém chutou a minha cabeça, dava umas peladas você caiu, eu vou te esperar levantar e continuar eles tinham um resíduo de esporte na coisa agora não, é guerra é para matar mesmo então o que está havendo? o senhor da Silva, o chefe do comando vermelho ele num livro que foi lançado na a sociedade brasileira de imprensa com apoio da OAB nos anos 90 ele dizia eu olho para esses meninos da favela e vejo o futuro amanhã eles serão milhões todos armados matando vocês na rua isso já está acontecendo agora você vai dizer que o estatuto da criança do adolescente não ajudou você vai dizer que a mídia anti-policial não ajudou é claro que ajudou tudo isso está acontecendo mais ao mesmo tempo e esse pessoal já tem arma desde criança o pessoal de classe média para cima brasileiro, trabalhador, operador não pode ter um estilingue e os outros podem ter um fuzil AR-15 a K-47, granada, bazuca, helicóptero do qual é? estão preparando evidentemente um morciscínio e já está acontecendo 70 mil homicídios por ano é o genocídio é o genocídio basado na estrutura de classe não de raça agora todo mundo viu isso acontecendo viu esse fenômeno sendo preparado incentivado criado de noite e não pode reagir porque é feio é feio porque? porque a mídia diz que é feio agora porque eu sou obrigado a aceitar a ser medido e julgado por esses caras se você aceita isso você já está liquidado então a mídia brasileira é 100% criminosa isso não tem perdão e a classe professor dos universitários também Gio Simar Jr. pergunta de que serve o estudo? de que serve o conhecimento se o estudioso pode morrer na mais absoluta indigência sem dinheiro, sem mulheres, sem filhos e ser amigos de que serve o conhecimento se um grande erudito pode ser um indigmo outra pilha surga ter conhecimento e uma alma enriquecida com arte por exemplo não é nenhuma garantia de que a pessoa tira dinheiro para sobreviver bom mas peraí qual é o número de eruditos que mora de fome qual é o número de analfabetos que mora de fome é absolutamente incomparável em segundo lugar você sabe o que que o amor o conhecimento faz foi um elemento indispensável do amor a verdade que o amor a Deus é o primeiro mandamento que tem essa de não quero saber se você não quer saber você não tem respeito a verdade você não tem respeito a Deus, você tem respeito seu próprio umbigo e se for necessário você ser marginalizado passar fome etc etc uai, e daí? você acha que só porque você estudou você é um cara especial, tem direito a isso aqui e você começou a pensar isso, você já entrou no sistema corruptor então se você ver aqui a misera não escolhe pessoas entre os mais letrados quer dizer, o iletrado miserável é uma exceção acontece tem a história de Leon Blois mas Leon Blois passa fome por que? porque ele brigava com todo mundo porra ele escrevia coisas de uma virulência extraordinária conta todo mundo e era o que se diz, ele mesmo se dizia um indigo ingrato, alguém dava um dinheiro pra ele falar mal do cara falou o que que se espera que aconteça então a miséria de Leon Blois foi inteiramente justa era um grande escritor mas um caráter absolutamente lamentável então se você não tem sequer você se gaba de ser ingrato e ao mesmo tempo você diz que é católico você tá muito doido, Leon Blois não bateu os pinos tá entendo? os outros todos viviam mais ou menos bem mesmo quando era pobre, Charles Pegueira mas viviam a vida decente no Brasil o que você escreveu? foi o escritor mais pobre que teve eu acho que foi aquele o sujeito que escreveu o desastro cego, uma coisa, esqueci o nome do cara agora esqueci faz muitos anos que eu li Leon Blois reto viveu uma vida ruim mas não chegou a ser indigo ficou um tempo no hospício mas por que? então bebe por não é por falta de dinheiro que ele foi para o hospício então em geral a coisa não é assim em geral o conhecimento ele traz alguma ascensão social por mínima que seja e você não precisa de muita ascensão social não? é muito difícil ser um um escritor se você tem uma grande fortuna para administrar então é tal negócio deve aceitar, uma pobreza sem miséria eu sempre rezo Deus livraram-me da pobreza e da arraquesa fica ali no meio é a situação ideal Alex Voos não sei se é assim que se pronuncia senhoras que aspas após adquirir os critérios e metas fundamental da vida intelectual para a seguinte é abrir-se sem prevenções nem medo a todos os tipos de influência que independentemente de ser contra sua igreja partido, mãe ou seja, o que for se eu poderia comentar sua experiência pessoal a fazer isso como manter a calma e meio a confusão que surgem em seguida? olha eu não tenho uma fórmula mas eu acho que uma boa é você dizer assim então eu sei que é verdade embora você não saiba qual é verdade deve ser acessível algum dia parcialmente que seja mas algum existe confiar na existência dela e na possibilidade de conhecê-la sem isto não dá como dizia Rego a fé no poder do espírito humano é a primeira condição da busca filosófica sem isto você não vai a parte algum esta fé implica em parte a fé em Deus implica indiretamente alguma fé em Deus a estrutura da realidade não vai te enganar ela não é um tecido de engodos você não é capaz de aprendi a lancer o conjunto mas algo você sempre acaba sabendo esta fé eu acho que eu nunca perdi ela sempre teve lá como é que ela disse? não tem ideia portanto eu não tenho uma fórmula pra isso mas eu acho que esta é a fórmula do Rego, a fé no poder do espírito humano de conhecer a verdade não tanto quanto o Rego achar que conheceu mas alguma até ainda respeito deste mesmo tema Francisco Augusto Rego Rabelo as formas a priori não são como pensava a Cães, projetados sobre um objeto mas são dados constitutivos deste objeto existem as duas coisas as formas a priori da sua percepção da realidade as formas a priori da apresentação dos objetos é o famoso exemplo você vê um cubo só por três lados mas não é por uma limitação sua e porque isso é a forma a priori da sua percepção o cubo se ele se apresentasse os seus seis lados ao mesmo tempo ele não seria um cubo ele seria uma projeção como na geometria descritiva você tem aqui a projeção de um cubo no plano então não seria um cubo de maneira alguma seria um cubo virtual portanto o cubo tem a sua limitação intrínseca do mesmo modo um ser vivo você só ouve pela sua superfície não pelos seus órgãos internos se os órgãos internos tivessem a mostra ele estaria morto ou moribundo então são limitações que são a própria estrutura da realidade agora por que que o Canto remete tudo isso a percepção humana eu não entendo, há nenhum motivo para fazer isso, é zero motivo quer dizer, só o que toda estimulação que nós recebemos a caótica e a nossa percepção ordena tudo isso é manifestamente impossível você tem que ter um acordo um jogo entre as duas coisas eu tenho as minhas limitações ou já tenho as dele às vezes eu posso projetar sobre ele mas a limitação é de maneira errada que não cabe em cima dele mas quem me diz que as informações que ele me dá sobre ele o revelam por dentro não, não revelam, revelam que tem algo por dentro então até o por dentro se você abrir a barreiga do bicho você vai ver órgãos inteiros esses órgãos por outra vez são compostos de moléculas você vai ter que cortar tudo para saber quais são as moléculas, é assim por diante é então todo objeto ele tem, vamos dizer, uma aparência e uma consistência tá certo e a aparência não revela sua consistência inteira, mas revela a forma da sua completude com a qual ele aparece dentro de você quer dizer, o gato aparece sobre forma de gato tá certo, e não sobre a forma dos organismos internos que o compõem esses organismos eles são partes e funções para que o gato possa ter essa aparência portanto a aparência significa algo e ela significa o quê? a forma da espécie o que você percebe do gato é a forma da espécie gato e não os seus órgãos internos se você visse, por exemplo, o fígado ele teria o quê? a forma inteligível de um fígado não de um gato, é assim por diante quer dizer, o canto de banalidade ele cria o monstro então de banalidade essa banalidade eu acho que com movido por um desejo de poder fora de comum quer dizer, eu vou criar limites aqui para a percepção humana e todo mundo vai ter que perceber as coisas só do jeito que eu digo isso foi uma hipnose, as pessoas ficaram hipnotizadas por até 1910, 1920 todo mundo é hipnotizado com isso usando velhos argumentos sofisticos usando argumentos antiquíssemos lembrem que reggae eu pensava que as coisas não são mais do que uma suma de universais isso é impossível porque se você somar todos os universais você vai ter apenas a definição do objeto você não vai ter o objeto real além disso quando você diz, bom, ele tem a existência mas a existência é universal acontece que ele não tem esta existência sob a forma do universal existência mas de uma individualidade existente quer dizer, é o que dizia essa objeção, ela estava respondendo por lime quer dizer, além de todas as qualidades que compõem o ser tem que existir, meu Deus do céu ele tem que ser alguma coisa e ser não só dentro da sua espécie mas ser na sua individualidade se não na vera de fênix entre um individual um gato e outro gato existiria apenas o universal gato caminhando por aí quer dizer, este desprezo pela individualidade concreta foi a grande crítica que o Kierkegaard fez ao rei o tempo todo com muita razão então, como refutar antes que ainda essa madriga rei-guilhão leio o Kierkegaard para tudo lá alguém é o Leis Torre também me lembra o poema do Willem Blake obrigado Francisco Augusto Rego Rabelo Juno o senhor tem a minha opinião a respeito da obra literária de Sartre que tem da sua filosofia, algumas obras como a nausia me parecem vigorosas no geral porém obras com uma idade da razão parecem pura propaganda política a idade da razão é absolutamente intragável é só estereótipo o tempo todo mas o Sartre nem sempre assim o Sartre era um escritor muito talentoso de uma força extraordinária mesmo quando ele está mentindo mas esse é o teu negócio o indivíduo que se deixava levar pelo seu próprio discurso é um escritor tão bonito que ele mesmo acreditava e é esse o motivo pelo qual o interesse pelo obra do Sartre vai diminuir e no fim não vai sobrar a coisa foi uma moda passageira eu não posso mentir aqui me pergunta Paulo Leite se eu puder falar o nome do livro que o senhor comentou na aula de hoje o livro é esse aqui Michel Uellebec submissão existe uma tradução brasileira, submissão mas eu ver que a tradutor não entendeu o que é isso ele está falando de uma submissão e ela fala de um processo democrático normal se for um processo democrático normal pode vir de vista puramente formal mas e todo o substrato de violência que tem embaixo e que não aparecia esse é o primeiro lugar e segundo lugar como um processo democrático normal se a maior parte das pessoas não está entendendo o que está acontecendo se não existe e se não existe um voto consciente do seu efeitos não há democracia alguma Rondom pergunta para derrubar um modelo de educação atuar precisa estar no poder para estar no poder, para ocupar a espaço e criar um grupo que se sobrepõe ao atual sendo assim concordo com o senhor sobre a mídia inclusive em uma parceria eu acredito que a palavra de ordem contra a rede global imediatamente subiu no cara de som um barbudinho e quase chegamos as vias de fato pois é ninguém não está entendendo quando fala que está no poder você não precisa estar no governo o poder não está no governo o governo é uma manifestação de um poder preexistente o qual está na sociedade a sociedade que cria a sociedade às vezes pode derrubá-lo às vezes não pode porque você criou aquela casca e a casca se tornou dura demais você não consegue mais destruir é exatamente o que está acontecendo agora mas mesmo assim não é indestrutível e eu acho que a maneira de derrubá-lo não é você disputar o poder político com ela é você corroir as bases da confiabilidade que é a confiabilidade que vai criar a obedência isso só é possível então mediante o desrespeito sistemático às vezes você é obrigado a obedecer porque senão tem uma punição de você não quer sofrer a punição mas você não é obrigado a respeitar não é isso então por exemplo eu não ver motivo para continuar chamando as pessoas de vossa excelência nunca é você e olha lá você tem que nivelar o caso, você é apenas um de nós aliás você está aí com o nosso dinheiro para fazer um serviço para nós, não está fazendo respeitão, isso é básico em segundo lugar não fazer o que eles estão mandando fazer outra coisa o que eu estou fazendo aqui há anos eu não estou fazendo nada que o governo mandou fazer estou fazendo outra coisa que eu quero fazer estou fazendo meu jeito você ainda tem espaço para você fazer isso então aproveita o espaço existente e leia o livro do Jane Sharp que você vai aprender alguma coisa bom, eu acho que por hoje já deu já está muito tarde alguém pediu para começar as aulas mais cedo mas acontece que não tem um recurso que é quando você começa a assistir você pega a aula desde o início você pode rebobinar você pode rebobinar eu não sei se isso resolve muito para as pessoas e nós estamos com 3 horas de diferença para começar a aula aqui há 5 e meia e eu estou fazendo o que eu quero e eu estou fazendo o que eu quero eu não quero fazer isso mas eu não prometo que a gente consiga porque no sábado tem outros compromissos e isso fica difícil mas vamos tentar de qualquer maneira muito bem, até a semana que vem muito obrigado semana que vem sábado é dia 26 nós não teremos aula no dia 26 eu vou ter que viajar para o Willemburg encontrar meu padre e confessor porque acumulei vários pecados não estão com escassez de pecados no mercado e eu tenho que ir lá confessar com o padre James então sábado não tem aula voltamos até a aula e aí no dia 2 de janeiro normalmente, então feliz anotau para todos feliz anonô tchau tchau