Então, boa noite a todos, e bem-vindo. Antes de tudo, um aviso. Hoje nós estamos recebendo a visita do Matheus Faria, que é o promotor que está tocando a frente o processo de impeachment do ministro Tófoli. Então na segunda parte, que é reservada as perguntas, eu vou passar a palavra a ele para que ele dê os crescimentos que vocês queiram a respeito. Os funções são tudo da mais alta importância e que vocês não vão encontrar em nenhum outro fonte. Quer dizer, embora a informação vai ficar restrita aos nossos alunos, ela tem que circular de algum modo. Então, muito bem, aproveitando aí os acontecimentos dos últimos dias, eu na aula passada, eu tentei explicar que uma das funções essenciais da filosofia é simplesmente explicar o que está acontecendo em termos que coloquem os fatos na sua devida ordem dentro do quadro geral da história humana, com uma perspectiva a mais ampla possível. Existem muitas obstáculos intelectuais, psíquicos e morais a isso. O principal é que nós vivemos na era da mídia e a mídia é exatamente as notícias que se sucedem do dia sempre dando a impressão de que aquilo que está acontecendo é o centro da realidade. Essa é a primeira grande ilusão de que você tem que se livrar para entender realmente o que está acontecendo. Os acontecimentos do dia parecem muito importantes no dia, mas uma semana depois eles foram esquecidos. A gente nunca pode deixar de ter isto em mente. E segundo, os fatos que obtêm um destaque na mídia não são necessariamente os mais importantes. Você não pode esquecer, por exemplo, que é claro, quando estourar a bomba Hiroshima, o mundo inteiro noticiou, mas quando começaram a pesquisar a bomba atômica ninguém noticiou coisa nenhuma. Então isso quer dizer que a mídia geralmente é a última a chegar. A ideia de que os jornalistas vivem atrás das notícias é essa uma ideia que está atrasada há pelo menos 50 anos. Não há nada que o jornalista tenha mais horror do que notícias importantes. Se for possível, eles só publicam notícias que correspondam às categorias já publicadas. Por quê? Porque um jornal impresso ou de televisão é um produto. Um produto tem que ter um perfil, de modo que o que faz o perfil de um jornal ou de um noticiário de TV? O tipo de notícias que ele publica. Isso é o que dá a personalidade dele. Então é necessário que essas notícias já estejam recortadas de antemão para combinar com o perfil do produto. Isso quer dizer que inumeráveis notícias importantes terão de ser excluídas, elimina. Não é por uma distorção ideológica, não é por uma censura, não é por nada. É simplesmente por um fator industrial. Quer dizer, as notícias têm que combinar entre si. É por isso que o meu colega e amigo Rolf Kuntz, que é o maior jornalista do país, quer dizer que os jornalistas são autofágicos. Eles se alimentam dos outros e de si mesmos. Quer dizer, a edição de hoje se alimenta da edição da véspera. Então não é de espantar que os fatos mais importantes escapem totalmente à mídia. Hoje nós já temos, a mídia moderna, nós já temos 200 anos de existência. Ela começa sobretudo a partir da revolução francesa, do começo do século XIX, que começa a aparecer e proliferar os jornais e mais tarde os noticiários de rádio, mais tarde os de TV e hoje os de internet. Então com 200 anos já nós já podemos fazer um balanço deste fenômeno e entender que existe uma necessidade urgente de um novo meio de acesso à notícias. A internet em parte provei isso, mas acontece que a internet por si mesmo, ela abre mercados. Na hora que abre mercados, sempre tem gente com um produto a vender. Então o mesmo veículo que serve durante um tempo para a livre circulação de notícias em seguida é submetido ao mesmo modelo restritivo. Existe sempre uma competição entre o público, o usuário e as empresas que querem vender alguma coisa. E essas evidentemente sempre acabam levando vantagem de uma maneira ou de outra. O segundo obstáculo que existe na nossa mente é o resíduo deixado pelo pensamento de Karl Marx, que sempre tenta equacionar os problemas do poder em função de um conceito de classes sociais definidas pela posse ou falta de posse dos meios de produção, o que é totalmente errado. Nós podemos tomar como base, como critério único. Quem possui os meios de produção jamais possui o poder. Isso é absolutamente impossível que um sujeito seja ao mesmo tempo, um grande empresário, tem muito dinheiro, tem inumeráveis firmas, tem investimento em vários lugares do mundo e que ele seja ocupante do poder, seja oficialmente, seja extraoficialmente. A formação da classe política é um fenômeno totalmente independente das classes sociais como as descreve Karl Marx. No entanto, a tendência de raciocinar de novo e de novo e de novo em termos de classes sociais pode levar aos erros mais monumentais que você possa imaginar. Um erro drástico está sendo cometido agora pelos intelectuais, esquerdistas, especialmente pelos petistas quando eles tentam descrever a situação atual como uma onda conservadora a serviço da classe dominante para derrubar os representantes do povo, os portavóis, os pobres oprimidos que são eles mesmos. Essa visão é perfeitamente invertida. Eu duvido muito que haja em toda a Esquieza Nacional ainda algum cérebro capaz de aprender o que realmente aconteceu, que foi aquele fenômeno que eu descrevi com o nome de farogramatismo, que foi tentar obter, alcançar os objetivos proclamados pelo Raimundo Faur, pelos meios disponibilizados pelo Estratério do Antonio Gramp. Então, você se volta contra o estamento burocáctico e em seguida aplicando a técnica da ocupação de espaço, infiltração, etc., você próprio se transforma no estamento burocáctico e começa a roubar mais do que todos os estamentos burocácticos anteriormente. Isso só podia dar no que deu. Se você perguntar, mas por que esse esquema não caiu ainda? Ele não caiu ainda, é o primeiro lugar, porque não existe nenhum esquema que o substitua. E como dizia Nietzsche, só se destrói perfeitamente aquilo que se substitui. Então, não tem ninguém para ocupar o poder, exceto uma classe política que tem lá as suas rosquinhas com o PT, mas que também tem o rabo preso com todo esse esquema da roubalheira aí. Então, a situação pode ficar como está por mais 20 anos, pode se arrastar por mais 20 anos. Quer dizer, toda semana saindo denúncias, mais denúncias, mais denúncias, etc., e não acontece nada, os caras não caem. Eles não podem fazer nada, porque eles não têm apoio popular suficiente, não são ouvidos, não são ouvidecidos, ninguém os leva a sério, mas eles também não deixam ninguém fazer nada. Isso pode estacionar tudo no nosso país por mais 20 ou 30 anos. Um terceiro obstáculo, a compreensão do que se passa, é o tradicional ódio brasileiro ao conhecimento. Não é desprezo, é ódio, é ódio. É uma coisa incrível, incrível, incrível. Se justamente pela fragilidade das nossas instituições de cultura que estão sempre, vamos dizer, a mercer, seja de interesses comerciais, seja de interesses partidários, e que nunca têm autonomia, nós podemos dizer que a outra cultura nunca foi um fator agente no nosso país. Ela sempre foi, vamos dizer, um elemento secundário, um auxiliar ou um enfeite, às vezes é enfeite da religião, às vezes é enfeite de um partido político, e às vezes é enfeite de um banco, de uma grande empresa, por exemplo, você vê o Banco Itaú, por exemplo, tem uma revista de cultura, que evidentemente entende cultura como chiqueza, que é outro elemento também muito presente. Quando você vê publicações que marcaram época, por exemplo, na história do Brasil, são sempre publicações chiques, como a revista Senhor, a revista realidade, a revista abril, etc, etc, então você tem uma espécie de fornecimento de diversões de alto nível, para as classes mais abastadas, que evidentemente veem nisso uma lisonja, algo que as anima de algum modo. E você vê que no Brasil qualquer iniciativa cultural que aparece, ela sempre toma a mesma direção, ela sempre quer alcançar, vamos dizer, a classe alta, supondo-se que a classe alta é a classe mais culta, o que é uma coisa inteiramente absurda, porque eu não conheço pessoas mais incultas do que os ricos brasileiros, é uma coisa absolutamente vergonhosa, eu desconheço muito bem, posso dizer até os novos um por um, falando de uma besta quadrada, essa aqui é a Nova Aberta, esse aqui só anda de quatro e assim por exemplo. Mas quando começa o iniciativa, você vê o caso das realizações, a realização, tomou o mesmo rumo, vamos lá na classe alta, etc, então está de novo confundido, a cultura com a chiqueza, a elegância etc, então tudo isso é um fenômeno da sociedade sobre desenvolvida mesmo, tudo é visto de uma maneira diminutiva, e tudo vem carregado de um tremendo complexo de inferioridade que busca-se compensar das maneiras mais inventivas que você possa imaginar. Tudo isso gente pesa sobre cada um de nós, porque não é classes altas que fazem isso, todo mundo pensa assim, quer dizer se você não tem órgãos de cultura, por exemplo, você não tem uma imprensa cultural, você não tem uma mídia cultural suficientemente desenvolvida, então o que acontece? A mídia popular assume o lugar da mídia de alta cultura, então por exemplo se você pega um fenômeno, começa a revista Neucratrium, que já está durante 30 anos, isso nunca aconteceu no Brasil, a não ser quando aparece uma revista vinculada ao interesse partidário, como a revista Zibidação Brasileira, era do Partido Comunista, e a revista Brasileense que também era do Partido Comunista, então a alta cultura era sempre instrumental, ela sempre deve servir para alguma coisa, você tinha a revista Convivium que era da igreja, então é uma entidade cuja finalidade não é iminentemente cultural, mas que se apropria do meio da alta cultura para alcançar os seus objetivos, que podem ser até os mais nobres possíveis, mas o efeito é sempre o mesmo, quer dizer você subordina a alta cultura a outras finalidades, e isso é uma coisa tão natural nas pessoas, tão natural, que por exemplo muitas pessoas que tomam conhecimento do meu trabalho, elas continuam achando que a finalidade principal é fazer elas conservadores, eles dizem não, conservador tem um monte, eu queria fazer pessoas capazes de produzir a alta cultura, então como o fator básico da decomposição da nossa cultura, foi essa ascensão da esquerda desde os anos 70, 80, e instrumentalizou tudo, então é evidente que você vai ter que estar contra isso, se você quer fazer alguma coisa produtiva e valiosa, você vai ter que estar contra isso de qualquer maneira, mas é claro que ser conservador não resolve absolutamente nada, então nós estamos cheios aí de conservadores que estão dando um show de canalista, de burrice, de incompreensão das coisas, sobretudo na hora em que um certo movimento político contra a esquerda se avoluma popularmente, é claro que a classe política e várias entidades que a controlam de algum modo, olha aquilo já vem dois, parece dois cifrões no olho, como é que nós vamos ganhar dinheiro com isso, como é que nós vamos ganhar poder com isso, e se aproxima dos líderes entre aspas dos movimentos e como são pessoas inexperientes os fazem de trouxa que é uma coisa absolutamente maravilhosa, então quando comecei esse curso eu pensava assim, falei bom, nós temos que prosseguir esse trabalho por uns 20 anos, para criar uma nova auto-vultura no Brasil, e pode ser que isso mais tarde resulte, vamos dizer, no melhoramento do nível da política brasileira, pode ser, mas não menos de 20 ou 30 anos, bom, passaram-se 5 ou 6 e isso pode ser movimento anti-PT, é claro a minha primeira reação foi bom, isso aí é uma ejaculação precoce, você não tem retaguarda o suficiente para isso, e o risco da coisa, se perder é muito grande, como aliás já está, grande parte já foi perdida, se você perguntar o que que ainda existe de efetivo que se está fazendo contra o esquema comum no petito, mesmo que se fazia antes que suas denúncias de mídia, e um ou outro processo inicial, isso aí é o máximo que está se fazendo, política mesmo não está se fazendo absolutamente nada, certo, e nem se pode fazer quando se está dentro daquela categoria que o próprio Lula definiu, são essas pessoas que não têm perspectivas de poder, eles não querem disputar o poder com os caras e tiradas de lá, eles querem simplesmente reclamar, querem protestar, então eles ainda têm, a maioria das pessoas envolvidas ainda tem a atitude do subordinado, que você pode pedir um aumento, você pode reclamar contra as seguras do trabalho, etc., mas você não vai querer derrubar o patrão e tomar o lugar dele, então quer dizer esse princípio hierárquico da sociedade brasileira continua, está vigente 100%, e por uma ironia, os caras que eram contra esse princípio hierárquico agora, eles são o topo da hierarquia e eles querem mantê-la a todo custo, então isso quer dizer que o número de fatores, vamos dizer que perturbon, que nublam, que obscurecem a visão das coisas no Brasil, é muito grande, muito grande, é um problema muito diferente do que acontece aqui nos Estados Unidos, aqui você tem realmente, vamos dizer, uma conspiração de grandes interesse financeiros e políticos para manter a situação do jeito que está, então aqui existe realmente um controle, um controle da mídia, você sabe que a gente sabe quem controla a mídia, então pela mentalidade dos caras dá para você prever mais ou menos o que eles vão fazer, e é claro, por exemplo, agora essa questão do casamento gay, é claro que eles não irão descansar enquanto a Suprema Corte não aprovasse o casamento gay, e é claro que nessa altura, vamos dizer, os problemas substantivos que estão ligados ao fenômeno não são discutidos de maneira alguma, e o que se vê são reações emocionais a favor e contra, mas isto é o máximo que aparece, discutir os problemas efetivos não é possível, um problema é o seguinte, antes da Suprema Corte aprovar isso aí, o casamento gay já estava vigente em 32 estados americanos, e o número de casamento gay era 10% de 1% do total de casamento, o que caracteriza evidentemente o urbano, então o que os caras estão querendo, não é casar, a finalidade do casamento gay não é conceder a eles um direito que os heterossexuais têm, é simplesmente fazer propaganda do homossexualismo, com casamento ou sem casamento, então esse é um dos problemas fundamentais, quer dizer, e que está aí há anos, e eu não vi ninguém analisar isso aí, eu simplesmente assinalei a coisa numa notinha no Facebook, mas também não tive tempo de analisar, que é o fato de que ao longo de toda essa discussão o casamento é visto como um direito e um benefício, um privilégio de uma certa parte da população que a outra parte está disputando, mas acontece que todos nós sabemos que o casamento não foi feito para estimular a heterossexualidade, para santificá-la, para promovê-la, mas ao contrário para limitá-la, todo mundo sabe disso, agora, o propósito do casamento gay não é esse, você vai dizer que agora nós vamos impor a monogamia civil a toda a comunidade gay, é isso que eles querem, eles estão lutando por isso, não nos deixem mais fazer sexo grupal, não nos deixem mais ficar transando no meio do jardim do trianom, bote um casamento na gente e nós viraremos cidadãos decentes, será que isso é claro que não, então, é o contrário, o casamento gay é o contrário do casamento gay, o casamento gay é ter uma limitação que se impõe à prática heterossexual em vista da ordem social e de bens maiores, da proteção das crianças, etc., etc., o casamento gay ao contrário é um salvo conduto porque eles fazem sexo de troforo do casamento o quanto quem ninguém possa falar mal, então o sujeito a ligar aqui, isso é igualdade, isso é uma coisa de maluco, então, mas quando dizem coisa de maluco, o que é maluco são os repetidores da coisa, mas quem inventou não é maluco de jeito nenhum, isso é um engenheiro social, exaltamente habilitado e essa, aliás, é outro obstáculo à compreensão das coisas que se passam tanto nos Estados Unidos quando no Brasil, na compreensão do que diz pelo brasileiro não necessariamente, pelo americano, é justamente a falta de visão do tamanho do esquema que está promovendo, o tamanho e durabilidade do esquema, você vê que no Brasil o número de pessoas que tem alguma ideia, mesmo vaga a respeito disso, é ínfimo, então são pessoas que veem as coisas acontecendo, não sabem de onde elas vêm e ficam atarantadas e tem reações emocionais, às vezes ficam chocadas e chocadas indignadas e apopléticas e, às vezes, em função disso, aparecem com uma argumentação perfeitamente insuficiente quando não um ridículo que só os expõe ainda a um escárnio maior, e alguns melhores são assim, em suma, esse pessoal conservador libera, entrou em cena sem ter a menor ideia do que estava acontecendo e da onde estava entrando, então eu lembro vocês, por exemplo, que no começo da década de 90 o PT tinha um serviço de informações com milhares de agentes infiltrados em tudo quanto é, empresa privada, empresa estatal, banco, reparação pública, universidade, escolas militares, etc., etc., e reunia todas essas informações em quatro computadores, na causa dos seus adversários, no começo dos anos em venda, você vê que o pessoal da direita tem um, não tem nada disso, não tem nem tenta ter, se você pegar, por exemplo, o número de tese universitária sobre o fenômeno da ascensão da direita que apareceu nos últimos meses, é superior a tudo quanto a direita escreveu sobre a esquerda ao longo de 40 anos, então o que é isso aí, é o desprezo pelo conhecimento, e aí nós temos que reconhecer que o pessoal da esquerda tem menos desprezo do que a direita, e isso toma das vantagens, quer dizer, quer dizer, o pessoal da esquerda respeita os seus intelectuais, sabe que precisa deles, mesmo quando são charlatans, precisa deles de algum modo, e eles compreendem a regra do suma tu que é conhecer o inimigo, o pessoal da direita não quer conhecer o inimigo, tem preguiça, tem horror, tem, às vezes tem medo, tem nojo, não quer saber, é de bom, mas se você não quer sujar as mãozinhas, como é que você vai entrar numa briga desse tamanho, simplesmente não é possível, o, insuma, os fatores que obscurecem a visão das coisas, estão tantos e tantos e tantos e tantos, e o simples, fazer toda semana eu estar tentando esclarecer, já é pra mim mesmo um esforço intelectual monstro, porque você desfazer milhões de confusões toda semana, de novo e de novo, e de novo, e de novo, e de novo, e de novo, e de novo, e sobretudo falar para as pessoas que não querem saber disso, vocês querem, os alunos querem, mas em geral o público que se orbita em volta, você vê aqui, a gente tem uns 3 ou 4 mil alunos, mas a minha parte no facebook é seguida por 200 mil pessoas, então você tem ali 196 mil que não querem compreender a situação, que era simplesmente se livrar do problema o maior rápido possível, tá certo? Então, se recai de novo no mesmo problema do ódio ao conhecimento, outro problema do ódio ao conhecimento é que você conhecer algo é saber algo que os outros não sabem, é sempre assim, se você sabe só o que todo mundo sabe, então quer dizer que você não sabe nada, quando você descobre alguma coisa, você sabe uma coisa que os outros não sabiam, e isso naturalmente cria o problema desaculturante, você vai ficar fora do seu meio social, ainda me começa aquele negócio, a minha namorada não vai mais me chamar de meu fofinho, os meus amigos não vão mais gostar de mim, né? E eu tento tentar remediar isso promovendo o encontro, a amizade entre os meus alunos para que eles criam outro meio social que lhes dê um suporte, mas mesmo isso é apenas um paliativo, porque uma autocultura é feita eminentemente por pessoas capazes de ficar sozinhas. Por pessoas que estavam mais interessadas em compreender as coisas do que em ser compreendidos, eu não posso esquecer que eu fiquei durante 30 ou 40 anos sem ter com quem conversar, respeito a que eu estava estudando, e se não fosse isso eu não teria compreendido a coisa nenhuma, quer dizer que este isolamento ele é socialmente inconveniente, mas ele é intelectualmente muito proveitoso, quer dizer, você saber coisas que você não tem uma linguagem comum com os outros para explicar, te força a desenvolver essa linguagem, e é isso mesmo que faz a autocultura, é a criação, vamos dizer, de novos meios de dizer, novos e mais adequadas à situação e mais eficientes de algum modo, então, se você acha que você pode combater toda esta corrupção, esta penalice como unopetista usando chavões, você já está perdido, você está absolutamente liquidado, o que você dizer não vai pegar de jeito nenhum, só vai provocar uma coisa, provoca ódio, só que não é ódio impotente, ódio impotente é o que os caras têm contra mim, isso aí é uma massa de ódio impotente como nunca se viu na vida, você ver ou não cara botou uma notícia de que o Olavo tinha morrido, tem um sujeito que botou assim, não brinque com os meus sentimentos, porque na hora que eu soube disso eu já estava festejando, era só porque, era só a decepção, então esse é um ódio tremendo, eu digo, escuta, mas eu quero ficar dentro de casa torcendo pela morte do Olavo de Carvalho, matando galinha preta, o que vai acontecer, não vai acontecer absolutamente nada, se você botar lá no Facebook, espelir, tudo seu ódio, o Olavo de Carvalho, o que vai acontecer, nada, o Olavo de Carvalho vai vender mais livro, ele vai ter mais público e vai continuar assim do mesmo jeito, portanto não inflói nem contribui, mas se você entra na linguagem desse pessoal, se você está falando contra eles na linguagem deles, você vai perder, porque eles vão te acertar no coração, eles vão fazer você sofrer, porque você quer aprovação da sua senhora, você quer que eles gostem de você, e isso é a coisa mais perigosa do mundo, você combater pessoas que você quer que concordem com você, você quer que te compreendam, que você quer que gostem de você, isso é suicídio, eu não estou brincando, isso mata, o Paulo França morreu por causa disso, ele decidiu, ele desceu o cacete na esquerda, mas ele os considerava seus amigos, então a rejeição maciça foi mais forte do que ele aguentou, a hora que fizeram uma coisa brutal contra ele, foi chocado, o infarto morreu, então isso quer dizer o seguinte, você só pode combater eficazmente pessoas que você não quer como seus amigos, nunca na sua vida, nunca vou aceitar você como meu amigo, de jeito nenhum, é porque eu sou esquerdista, porque eu sou gays, isso é não porque é esimulante, porque você não presta, então não é um problema de ideias, também essa é outra coisa, esse combate de ideias, todo mundo que é só no parlamento, fica lá, nós vencemos um projeto de lei, mas o que também é certo, vencer um projeto de lei é disputar o parlamento normal numa democracia, o que nós estamos vivendo não é uma democracia, não faz sentido você dizer que um partido, um movimento de direitos, aparelhou o estado inteiro e continua raciocinando como se fosse ainda um estado de direitos normal, não faz sentido, uma coisa ou outra, se o avó aparelhamento acabou a democracia, acabou o estado de direitos há muito tempo, então não se trata de usar os meios do estado de direitos, você tem que criar novos meios, e esses meios não tem como ser os meios institucionais do estado de direitos, embora esse você deva usar mais esses também, então o medo de ver o horror da situação, quer dizer o medo de ficar com medo, é o outro fator paralisante, é a história do Centro que o Leão é Manso, não sabe com essa história, então o Leão não é Manso, se você sentar ele vai comer você, mas ainda a redução de toda essa questão a um problema de esquerda e direita, de conservadores e esquerdistas, é um negócio absolutamente trágico, porque não é esse o problema, isso foi um agravante do problema, mas a destruição da alta cultura já vinha antes, todos os fatores, o autoritarismo do estado já estavam aí antes e o PT simplesmente os agravou e acrescentou aí, eles vão fazer uma roubalheira absolutamente formidável, mas tudo isso já estava aí, então de certo modo toda a política brasileira já convidava a se transformar, esse negócio, você pode esquecer que em 1974, hoje o pessoal celebra em 1964, tem saudade em 1964, mas o que foi esse em 1964? Ele foi uma revolução no sentido distrito, quer dizer um grupo iluminado que achou que tomando poder, concentrando todo o poder na mão deles, eles iam resolver todos os problemas, quer dizer, foi uma revolução e não uma revolução social, a revolução no sentido distrito da coisa, que é um projeto de mudança social profunda mediante a concentração do poder, então já criaram modelos, só faltava trocar os ocupantes, o que não foi muito difícil, agora, se ele perguntasse, mas quando que nós vamos começar a exercer efetivamente a democracia? Quando que a voz do povo vai pesar alguma coisa nisso aí? Ele disse, bom, a hora que o povo se organiza, mas esse é outro elemento que as pessoas realmente não entendem, quando se fala em política no Brasil, o pessoal logo me manda e me<|de|><|transcribe|> pente, imediatamente pensa, Brasilia, quer dizer, a política institucional, a política parlamentar, a política eleitoral, quer dizer, é o mesmo aparato formal do Estado de Direito que é representido comhouses... e criando, gradativamente, uma rede de comunicação para que quando se solta um Palavro de Orde, ela se espalhe. Hoje em dia, o Facilimo, com a ajuda do Internet, se espalhe e provoca, vamos dizer, uma obediência automática. Você veja, por exemplo, que quando houve aqueles atentados na Espanha, o pessoal da esquerda resolveu virar o jogo e até fazer do governo conservador o culpado de tudo. Em 24 horas você tem a massa na rua. Você acha que isso aconteceu do nada? No Brasil, aconteceu do nada. Quando convocaram os passeados 15 de março, vão para a rua, todo mundo veio. Isso é um milagre, isso nunca aconteceu na história do mundo. Em geral, todas as movimentações de massa são precedidas pela organização da massa e pela criação da rede. Isso chama exatamente uma rede, a rede de comunicação, nos quais, em que qualquer dos pontos que surge a Palavra de Orde, quer dizer, não precisa ser um líder, um chefe, não qualquer um, lança a Palavra de Orde e se a massa for sensível a que todo mundo vai para a rua, lutar para aquilo, é isso que está faltando no Brasil. Quer dizer, uma possibilidade de você repetir o 15 de março, medendo com a vocação, e no momento que for propício. Está faltando, mas quando apareceu o que é negócio da marcha para a Brasília, eu vi de novo o pessoal. Eles estão fazendo política na rua, que é a verdadeira política, e eles pensam que a política está em Brasília. Quer dizer, é um erro que eu vejo como similar e inverso ao erro do PT. O PT não sabe quem é elit, quem é povo, e esse pessoal não sabe quem é, quem manda e quem é mandado. Naquele momento, no 15 de março, só o povo tinha poder, ninguém mais tinha. Então, depois você reunir todo esse poder imenso e o devolve, a quem o tinha jogado fora. Não esqueço que no 15 de março, ninguém aceitava político nenhum dos palácios. Portanto, foi a rejeição integral da classe política, a rejeição integral das famosas nossas instituições. Em seguida, vamos restaurar as instituições usando esta energia popular, que justamente estava contra elas. Quer dizer, é uma rede de equívocos, de erros brutais, que reflete justamente a destruição da alta cultura. Portanto, a destruição da inteligência. A pessoa não percebe o que está acontecendo. Então, é aí que voltamos a dizer a nossa missão no negócio. A nossa missão não é de roubar o PT, a nossa missão não é botar o esquerdista na cadeia. A nossa missão é tentar restaurar a inteligência no Brasil. Sem isto, nada mais vai adiantar. Porque isso é um sujeito cheio de problemas, além dele estar cheio de problemas, ele é burro. Qual que você deve resolver primeiro? Qual problema você deve resolver primeiro? Aburrir-se dele. Se ele é burro, louco, eu falo, bom, tem um conceito da primeira cabeça dele e depois do resto. Agora, vamos considerar a primeira conta bancária dele, o casamento dele, a educação dos filhos dele, a indumentária dele, e de por no fim, ele fica inteligente, que é o que? A cereja do burro é um efeito. Voltamos à concepção da cultura como adorno. A ideia da cultura como adorno perpassa a sociedade brasileira desde o mais fundo, desde o mais miserável até o mais rico. Você vai desde o mendigo até o equibatista, todo mundo pensa assim, porque eles entendem que a cultura é uma coisa boa, a cultura vem com prestígio, vem do exterior, etc. Então, deve ser uma coisa boa e deve ser uma coisa desejável. Mas é difícil de adquirir, mas então nós podemos adquirir um símbolo dela. O que é o símbolo? É uma revista elegante, é um título universitário, são esses símbolos externos. E a cultura como atividade interior, como esforço de compreensão e de expressão, ela desaparece. Eu estou esperando há anos, eu leio muita coisa que se publica no Brasil, tem muito interesse por cultura brasileira, se até ruim eu leio, às vezes no meio tem um sinal de inteligência, mas há muito tempo eu não estou encontrando nada. Agora, o que tem surgido é no campo político-jornalístico. Então, livros que denunciam, colupção, falo do movimento comunista. Então, começando a aparecer, claro que isso é bom porque isso é parte da informação básica, mas isso não é autocultura ainda. Então, por exemplo, eu quero realizar um segundo encontro de escritores brasileiros aqui. Olha, está difícil encontrar escritores brasileiros. Tem muita gente publicando o livro, mas não é que eu preciso responder com o livro que é não escritura. Qual é a diferença entre, vamos dizer, um livro de polêmica oral analística e um livro que tem um valor literário? A diferença é imensa, mas ela parece que se tornou incompreensível. O livro que não contribui com a criação de novos meios de expressão apropriados da situação, ele está fora da literatura. Quer dizer, que se ele escreve, por exemplo, contra a situação, mas nos mesmos termos do jornalismo já faz, ele está fora da literatura, evidentemente. Então, nos atendo às critérias tradicionais da literatura, o número de escritores que tem no Brasil hoje, olha, não chega a uma dúzia. Como é que um país de 200 milhões de habitantes tem 12 escritores? Como é possível uma coisa dessa? E como é possível que as pessoas queiram resolver as situações políticas até econômicas sem passar por isso? Estão querendo um milagre absolutamente impossível, isso não existe. Quer dizer, ele está querendo um conceito burro, continue burro e resolva todos os seus problemas. Isso não existe, pô, nunca aconteceu no mundo. Então, às vezes pode haver a alta cultura, como aqui nos Estados Unidos existe, é muito vigorosa, aqui o problema é outro, completamente diferente. Aqui é um problema de falta de meios políticos, né? Quer dizer, a mídia foi assambarcada por seis empresas, isso vai fazer 30 anos, e hoje nós vemos as consequências disso. O pessoal não percebeu o que estava acontecendo, e ficar lá cuidando da alta cultura e não cuidando da política, exatamente o contrário do que estão fazendo no Brasil, só pensa em política e não pensa na alta cultura. Então, a nossa obrigação continua a mesma. Nós temos que pensar no Brasil, não é de agora, não é do ano que vem, mas é o Brasil daqui 20, 30 anos. Não sabemos se o Brasil vai existir, porque tem muita pessoa dizendo que nós já estamos na apocalipse, Jesus Cristo vem aí, vai acabar com tudo. Então, tem que pensar, isso é apocalipse, e se o mundo vai continuar, o mundo vai continuar, ou não, não é da sua conta. O próprio Jesus diz que não é nem da conta dele, é deus pai que vai decidir, pô. Ele disse, eu não sei o cuidado do fim do mundo, meu pai que decide. Então, quer dizer, você rassucinar a partir da premissa do fim do mundo, aliás, é um erro muito comum aqui nos Estados Unidos, é o número de especialistas em apocalipse que tem aqui, que é enorme, todo mundo é um papi, todo mundo é um livro de inteiro, e fica interpretando tudo em função do apocalipse. Ele disse, olha, nós só podemos tomar compromisso, coisas que já aconteceram, coisas que não aconteceram, seja a revolução, seja o fim do mundo, não pode ser premissa de nada. Você não pode rassucinar a partir delas, elas podem ser a conclusão. Quer dizer, esta recolocação, também a recolocação religiosa dos problemas, quer dizer, onde falta alta cultura, a religião começa a ser o exacto, o sucedano da alta cultura. Então, evidentemente, ela se prostitui. A coisa mais fácil do mundo é você ler o Bíblio e achar que toda a solução de todos os problemas está lá. E o número de pessoas que pensam assim, é incrível. E isso é o que? É o ódio à cultura. Eu não preciso de conhecimento, tenho a Bíblia, isso me basta. Isso eu acho que isso é uma expressão de santidade. Mas, presta atenção, Deus nunca disse que as palavras dele bastavam. Ele nunca nenhuma vez disse isso. Isso é só o que você tem que ouvir, não tem que ouvir mais nada, tem que saber mais nada. Mesmo porque para você entender aquilo, você precisa ver um montão de outras coisas. E também tem na Bíblia várias vezes a hora. Meu povo se estrepa por ignorância. Quer dizer, não tem justificativa para isso. Esse tipo de irracionalidade bíblica, um fenômeno também dos Estados Unidos, tem um livro interessante sobre Richard Hofstadter, o Antintelectorio nos Estados Unidos. Você vê que tem muitas igrejas protestantes aqui que elas cultivam essa espécie de inocentismo. Eu não sei de nada, eu só ler a Bíblia, mas eu também estou falando da cultura mundana e assim, por exemplo. Isso também existe no Brasil, isso foi introduzido, na verdade, pelas igrejas protestantes. A igreja católica, ao contrário, sempre promoveu a auto-cultura no Brasil. Qual auto-cultura no Brasil foi produta de as seguintes coisas? O exército, a igreja, o Partido Comunista e a Macionaria. Por exemplo, tudo o que existe foi feito por essas quatro instituições. O que já é também um mau sinal, porque significa a iniciação individual, que é o essencial na outra cultura, está faltando, e se não tem um suporte institucional, nada se faz. Foi levando tudo isso enquanto eu comecei esse curso e na verdade comecei tudo que eu estou fazendo. Eu tenho que mostrar para esses caras que na outra cultura só existe uma força, é a criatividade individual, é só ela que pesa. Quando você pega, vamos dizer, numa geração, aparece um gete, um Shakespeare, ele é a força, ele é o centro das cuidados de acontecimentos. As instituições não interessa absolutamente, né? Que instituições deram suporte a Shakespeare ou Gertner na época deles? Você nem sabe mais quais são. Então, ao contrário do que acontece na política e na economia, onde tudo tem que ter um suporte institucional, na outra cultura não é. É o indivíduo mesmo que vai com as facares procurais e impõe, então, a sua posição ali no meio. O intelectual moderno, a figura do intelectual moderno foi inventada por Dante Alighieri, o primeiro intelectual moderno. O que é o intelectual moderno? É um indivíduo que sem suporte institucional nenhum, sem ser representante de ninguém, na certa... Ele olha a sua sociedade e a julga com correção e diz a verdade a respeito dela. Dante botou até papas no inferno, pô, hein? Eu não pus o papo Francisco no inferno, eu só falei que ele é um idiota, e o professor fica escandalizado com isso, eu digo, você não viu, o que o Dante fez, hein? E o Dante é uma opoeta católica de todos os tempos, o Dante é a cultura católica, hein? Não porque ele representasse a igreja, hein? É simplesmente porque ele era católica, ele não tinha nenhuma retaguardia institucional. Então, é este o modelo que nós temos que seguir, então, dizer, e aqueles que não se consideram, vão dizer, capacitados para assumir essa espécie de solidão criadora, sabe? E acumular conhecimento, experiência, etc., para ter o que dizer, estão fora da jogada evidentemente. Claro que podem ser para ajudar, podem constituir um público consumidor para as produções, etc. Mas nós precisamos eminentemente de dois criadores. Então, vamos dizer, a falta de ambição criadora é o outro problema no Brasil. Se ele é criado desde pequenininho, com a ideia de que a cultura entre a cultura muito importante, muito chique, ele vai achar que ele pretender aquilo é uma vaidade, né? Vaidade é você querer os efeitos sociais disso. Vaidade é você querer os prêmios literários, é você querer o lugar na academia, etc. Mas a produção, não. Ou você dizer, eu vou fazer aqui uma obra que vai durar mais do que o Brasil, não vai dar nenhum. Isso é uma coisa que você está dando para o mundo, você não está exigindo nada. O que que o Mário Ferreira ganhou com tudo que ele fez? Não ganhou, não ganhou nada. Ele não tem prêmio nenhum, nem quis o prêmio, mas ele fez o que ele tem que fazer. É assim que se faz. Agora, também acontece que o meio brasileiro não absorveu até hoje nem o Mário Ferreiro do Santos. E pior que tudo que eu escrevi já está mais ou menos na mesma situação do Mário Ferreiro do Santos. Quer dizer, é uma obra que está construída, publicada de algum modo e que é inassimilável. Eu imagino, por exemplo, se você pega um intelectual médio, uns pianos, você pega aí um bradimesa fátil, um clove de barras, um dê cedir, quanto tempo esse jeito precisaria para ele aprender mais ou menos as estruturas básicas do pensamento do Lávio de Carvalho? É um 20-an. Um 20-an de muito esforço. Se fosse subsidiado para fazer isso, se não fosse subsidiado, não vai fazer. Nenhum brasileiro ninguém estuda nada, se não tiver um verbo, uma verba do MEC, da FAPESP, do Raico Parque, do Banco do Brasil, do Banco Itaú, sobretudo da Petrobrite, então eles não vão fazer esses esforços. E o pessoal conservador, ele não adianta nada para ser conservador, se você pratica o seu conservador segundo os mesmos canones do que os caras praticam na esquerda, com o mesmo ódio ou conhecimento, com a mesma falta de ambição intelectual, com a mesma falta de ambição criador, e com a mesma timidez. Eu considero que todo timido é um canália. Primeiro lugar, porque o timido sempre acha que todo mundo está prestando atenção nele, por isso ele fica com vergonha, você vai ver ninguém está prestando atenção nele de maneira alguma. Então se você fica no canto da sala, assim, quietinho, com quem ninguém ouveja, e fala, mas se você lançar e levantar, ficar pelado, e no meio ninguém vai olhar. Então, agora, se você disser alguma coisa importante, valiosa, pode ser que preste atenção. Então, o timido sempre se considera o centro do mundo, timidez é vaidade. Você não é melhor do que ninguém, nem pior do que ninguém, você não está falando com lobos, com ursos, com macacos, você está falando com seres humanos, que são iguais a você, está certo? Então, sobretudo, a timidez é uma arrogância, o jeito que quer ser aprovado antes de ele fazer qualquer coisa para ser aprovado. Isso quer significar arrogância, abrogária, quer dizer você, pede antes, exige antes, exige aplausos antes da performance. Mas, o próprio caráter, quer dizer, hierárquico da sociedade brasileira, é um outro fator de timidez. Se você estudar a formação da sociedade brasileira, você vê que foi assim desde o início, que você tinha meia dúzia de senhores de terra, que mandavam em tudo, que eram onipotentes, o Estado pertencia a eles, eles mandavam fazer o que acontecia, e o resto era um bom de perrapado, e metade eles cravam. Isso é a população brasileira. Quer dizer, como é que o sujeito vai sair da condição de escravo, para se tornar um cidadão, se as pessoas metem na cabeça dele, que ser cidadão é ter certos direitos. Eu digo não, meu filho, cidadão é exercer um poder, você tem que ocupar o seu espaço. Agora, como é que você vai ocupar o seu espaço? Então, você espera uma verba da fundação Ford, recebe as instruções todas da ONU, e repete aquelas bobares da ONU, em favor de negritude, casamento gay, feminismo, abortismo, etc. E você acha que isso aí é cidadania? Eu falo, meu Deus, isso aí não é, isso aí daí é a velha escravidão. Você está recebendo o discurso pronto, idiota. Quer dizer, se você não é capaz de examinar a situação objetiva e ver onde ele aperte o sapato, e explicar isso, você vai continuar sendo sempre um escravo, que faz o que lhe manda. Vocês tiram aquele filme queimada, onde eles fazem o Marlon Brander, tem uma ilha lá, tem uma plantação de canas, sei lá do quê, e está tendo um começo de agitação, de rebelião escrava, então eles mandam um oficial inglês lá para dar um jeito na história, que é o Marlon Brander. E ele chega lá e ele promove um golpe de estado para derrubar o governante português da ilha e criar uma nacionalidade, chega na hora do ataque ao palácio do governo, o inglês pega a mão do suposto líder, se fizer fabricar um líder, ele pega a mão e dirige a pistola na direção da barreiga do governante português, e dispara. Quer dizer, é a mão que foi dirigida de fora. Os nossos movimentos sociais são todos assim. Quer dizer, eles repetem o esquema da escravidão na hora que eles estão lutando contra a escravidão. Enquanto, por exemplo, você dificilmente vê alguém que seja capaz de descrever a sua situação de maneira objetiva real, que corresponda aos fatos e não a esterótipos importados. Se não vê isso, o que quer dizer que você já é ideologicamente escravo, e você está lutando contra a escravidão? Com a ajuda do seu futuro dono. Você vai trocar de dono. Isso já aconteceu várias vezes no Brasil. Todas as nossas rebeliões e revoluções são sempre assim. É sempre um grupo iluminado, em geral, com algum suporte estrangeiro, que derrubam outro grupo e ele vira o dono das coisas. Isso aconteceu na revolução de 30, na programação da República, na revolução de 30, em 64, no Direto Já, na rede democratização. E é sempre assim. Agora, quando você começa a ver uma das coisas que eu quis fazer e estou fazendo, é despertar nas pessoas o seguinte senso. Você tem uma inteligência, você é capaz de conhecer a realidade do objetivo e você é capaz de expressá-la com algum esforço. Eu acho que todos vocês que estão ouvindo esse curso, todos já experimentaram isso. E todos, evidentemente, ficam maravilhados quando descobram, mas eu também posso fazer, claro que pode. Todo mundo pode, não somos macaco, não somos saguí, nós somos seres humanos. Então, a nossa capacidade, vamos dizer, a inteligência objetiva é própria do ser humano. Só o ser humano tem inteligência objetiva. Os animais não conhecem uma dimensão que se chama realidade. Eles só conhecem aquilo que o Xavier Zubir chama de estimulidade. Eles recebem os estímulos do exterior e reagem a esses estímulos de maneira pontual. Então, e passa séculos e milênios. Essas reações básicas não mudam. Essa semana mesmo eu estava lendo um narrativo do Naturalista do século 19. E ele descobriu o seguinte, um urso quando você atira nele, ele instinctivamente corre na direção de onde veio o tiro. E você pensa que ele está vindo para te atacar, não, ele nem sabe que você tem direito que você tem que ir estar ali. Ele corre na direção do barulho. Então, está pedindo para levar um segundo tiro, né? Se fugir para o meio do mato, alguns foram para o meio do mato, mas eles já lá vão corre na direção do tiro. E se fugir para o meio do mato, ele podia salvar, mas os animais respondem a símbolos pontuais. A noção de que os vários estímulos estão em uma direção que não tem nada a ver com o que nós estamos sentindo, mas tem que ver uma coisa externa, objetiva, isso só o ser humano tem. Quer dizer que a noção de realidade, de objetividade, é o correspondente da parada de percepção humana, não no sentido canteano da coisa, de tudo que acontece, é uma projeção nossa. Não, não, o que nós percebemos com o objetivo é o objetivo mesmo, só que o seguinte, não só nós podamos perceber isso. Então, o mais objetivo que nós só usamos em Deus, ele sabe mais, é esse respeito, mas nós sabemos bastante coisa. Então, o primeiro passo da inteligência é você conseguir dizer o que está acontecendo, o que está acontecendo comigo, por exemplo. Se você consegue expressar a sua situação, você já andou muito, porém, a experiência de 40 anos que eu tenho nisso mostra o seguinte, o número de pessoas que eu conheci que não tinham a menor ideia da sua continuidade biográfica, eu não fazia uma relação de causa e efeito entre o que eles fizeram num dia e o que aconteceu na semana seguinte, e a conexão, a narrativa da sua vida, é totalmente descusida, não tem uma coisa nem nada a ver com a outra. Então, você não sabe contar a sua vida desgraçada, eu não sabe o que lhe aconteceu e o que você fez, mas você tem opiniões sobre a política, moral, religião, etc. Então, nós temos que fazer uma obra de restauração da inteligência, isso só tem o jeito de fazer um por um, que é o que eu estou tentando fazer aqui. Porém, quanto mais você toma consciência da sua situação, mais você vai descobrir do seu, primeiro, ninguém está interessado nela, você vai saber coisas sobre você mesmo que ninguém vai entender em volta. Se um ou dois entenderem, você é uma pessoa afortunada, mas é isso que pode dar você um domínio maior sobre o seu próprio destino, que é, se você sabe os fatores que vieram antes, você tem uma ideia, pelo menos, do lado repetitivo das coisas, você, por exemplo, cometeu o mesmo erro durante décadas e não percebeu que é ali que está o problema. Então, a falta de consciência autobiográfica é geral e ela talvez seja um dos maiores obstáculos do desenvolvimento da inteligência, continua sendo ainda hoje. Então, se você ver, por exemplo, o enorme desenvolvimento do gênero autobiográfico, desde Michel de Montagne até hoje no mundo, você vê quanto isso é importante, quanto isso é básico. E ninguém escreve uma autobiografia sem conseguir de algum modo encaixar sua vida no panorama, sócio cultural da época. De cada vida, uma vida humana já basta para mostrar todo um leque de fatores que estão presentes, por exemplo, as suas ideias de onde vieram, as suas reações básicas, como você as aprendeu, quais são os modelos que você copiou e que copiou sem saber. Se a pessoa não tem essa consciência, o que acontece? Ela vive num estado de autodefesa perpétua, sempre acusada, acuada, desprezada e, evidentemente, tem que produzir argumentos que a defendam disso. Mas, às vezes, essas acusações são preciosas porque elas vão chamar a atenção para certos aspectos que você mesmo não conhecia, às vezes é uma visão distorcida, mas, pior, não é que eu vou ficar com a pessoa que tem isso sobre você, ela te ajuda. Agora, se você quer se defender dessa opinião, você já entorna o lado errado. Você tem que pensar assim, esse cara está me acusando de uma coisa que eu não sou, mas o que é que eu sou exatamente? E onde que eu dei para ele a impressão de que eu sou isso que ele está pensando que eu sou? Então, é uma grande oportunidade. Você pode dizer, até pior do que o sujeito está falando, mas se você não quer saber, então é mais uma oportunidade que vai embora. Então, eu nunca vou parar de insistir nisto. Se ler lá no Eric Vagan, que é a ideia básica no início da filosofia, foi o filósofo procurar a ordem na sua alma, porque antes você tinha uma ordem social baseada no modelo cósmico, astrológico, ou cósmico-biológico, como eu quei no Chacumar, que era aceita por toda a sociedade e dava um princípio de inteligibilidade, o que acontecia. Na hora que isso acabou, que isso se desfez e se desfez por impregnação de outras culturas, que é, dizia, a medida que um império ou uma cidade-estade acrescente e entrando em contato com outras e absorvendo a cultura, dizia, desmanchando aquilo. Aqui ficou confuso de que, segundo uma ordem, não servia mais. Então, daí surge a filosofia com um novo princípio de ordem. Esse princípio de ordem era baseado na busca da ordem da alma, como modelo de aferição para a realidade exterior, partindo do princípio de que todos nós pertencemos a mesma espécie e de que aquilo que determina a ordem na alma de uma pessoa deve ser a mesma coisa que determina a ordem das outras. Então, há um centro que é, vamos dizer, a consciência, e tudo tem que ser referido a esta consciência de modo que ela consiga abranger, o panorama inteiro saber onde está e saber para onde vai. Então, isto foi a inspiração originária de Sócrates. Então, é de novo, vamos dizer, a consciência autobiográfica. Eu nunca vou parar de enfatizar, nunca enfatizaria o suficiente. Também, como não havendo alta cultura, você não tem pessoas suficientemente desenvolvidas para fazer isso, o número delas é muito pequeno e cada uma delas é muito fraca, então, surgem logo os sucedanos, que são identidades que vêm de fora e se colam em você e que você se gruda, como se fosse uma muleta. Uma delas é a religião. Esse sujeito que usa a religião para isso, essa religião não serve, meu filho. Você está fazendo mal uso da religião. A ideologia política, a minha coisa, grupos de referência, é outra ainda, e a comunidade de sentimentos, que é dizer, você expressa um sentimento, tem várias pessoas que vêm em concordo com você. Então, tudo isso só serve para impedir você de se posicionar individualmente no quadro, na situação, desde um centro que é a sua própria consciência. Você vê, toda a literatura universal, ela tem a característica de ser maximamente individualizada. O fenômeno mais característico da literatura universal é o que se chama estilo. Estilo é uma maneira individual de escrever que não é reductível a nenhuma outra. Se você faz estudos estatísticos, por exemplo, dos certos vírus de linguagem, ou de certas palavras, etc., você vê, de fato, que os estilos literários são incomparáveis. Existe, é claro, um negócio que chama estilo de época, que são certos procedimentos que se espalham por toda uma comunidade de escritores, mas mesmo dentro do estilo de ácora, estilo individual continua absolutamente distinto, e não são reductíveis uma ou outra, jamais. Se você pegar, por exemplo, sei lá, o romantismo, o romantismo, o fervais, desde Götz e até Zadela in Kars, etc., tudo isso é completamente diferente. Então, a busca do estilo, a busca da individualidade, você querer ser você mesmo. Agora, o que é o ser você mesmo? É você pegar na sua experiência, que é a mais individualizada, a mais incomunicável, e você transformá-la no meio de comunicação. Para isso, você tem que adquirir, primeiro lugar, o idioma. O domínio mais completo do idioma é a coisa mais básica para isto. Quem não domina o idioma está em uma situação de impotência, por mais falastrão que seja, porque ele vai falar as coisas de uma maneira cuja eficácia é de curta duração, porque depende de cacuetes do dia, depende de chavões do dia. Então, nada que me entristeça mais do que ver um sujeito de defender uma coisa que está certa, não é linguagem que foi feita para enganá-lo. Eu não vou citar nomes, mas eu vou dizer o seguinte, todos, os portavós do conservadorismo caem nisso, todos sem exceção. Ou seja, ninguém se aprimorou neste ponto. Pensaram só no imediato, ah, precisamos nos levar do PTE, precisamos combater o feminismo, combater o gaisismo, etc. Bom, esses objetivos são todos muito justificados até certo ponto. Mas é um negócio assim, me lendo a piada do... Fiquei fazendo exorcismo e cheguei lá para o diabo e disse, não, Jesus Cristo. O diabo saiu e falou, Jesus Cristo já ouvi falar, mas você quem é? Então, você tem que ser alguma coisa, meu Deus do céu. E esta coisa você se torna, vamos dizer, por assimilação e incorporação de valores universais, inclusive das religiões, evidentemente. Mas, uma coisa que eu pergunto, assim, por que você quer ter as virtudes da conduta se você não faz questão de ter nenhuma das virtudes intelectuais ou interiores? Por exemplo, Messa, vamos dizer, o seu amor à verdade. O seu jeito de bom, eu não vou roubar, não vou cometer a dupla, não vou fazer isso, é o que você quer dizer, que quando você ama a verdade, porque a verdade é Deus, meu filho, isso é o primeiro mandamento. Você não tem que se amorá-la, você não tem amor nenhum a Deus, então você está fazendo tudo em função de você mesmo, do seu grupo social, então não adianta. As virtudes exteriores têm que vir depois das interiores e pior ainda, as interiores são até mais fáceis de você adquirir, porque elas têm que vir em primeiro lugar. Querias de você querer praticar o bem, você precisa tentar conhecer o bem e amá-lo. Isso não dá trabalho nenhum, você não precisa fazer nada, está tudo na sua cabeça. Mas é ali que começa o negócio. Agora, no Brasil, o pessoal só pensa, fazendo a virtude exterior, mas sobretudo as virtudes sexuais, a castidade, a fidelidade matrimonial, essas coisas que são, para eu dizer, as mais visíveis, as quais a comunidade de fofoqueiros é mais sensível. Eu digo, por que você tem que ter, primeiro lugar, as virtudes que a comunidade de fofoqueiros exigem de você e não aquelas que o próprio Deus está exigindo? Quando ele pôs o primeiro mandamento, amara Deus sobre todas as coisas, então é primeiro lugar qual é o aspecto mais óbvio de Deus, é a verdade. Então, que tipo de verdade Deus quer que você conheça? As grandes verdades universais, ou seja, Ele mesmo, Ele sabe que você não tem capacidade para isso, mas tem a verdade que você pode conhecer, que é a verdade da sua própria vida. E é por isso que existe o sacramento da confissão, e por isso que Ele é tão importante. Porque você sabe o que você está fazendo. E o que você vai confessar? Você vai confessar os seus pecados? Não, você vai começar confessando os seus pecados e no fim, você vai, como desabri-lo, você vai confessar que Jesus é o Senhor. Você vai confessar isso quando? Quando você souber. Então primeiro, você tem que se esforçar para saber. Então, comecemos com essa interiorização, com essa contar para nós mesmos a nossa própria vida, e contá-la diante de Deus, que sabe a parte que nós não sabemos, e que complementa a nossa visão. E essa é a verdadeira confissão, que é a confissão solitária, diante de Deus, da qual a confissão sacramental é somente um carimbo. Porque na confissão sacramental você não vai dizer um milésimo do que você sabe. Você chegar lá tem uma filha de gente para confessar atrás, e você vai começar a contar as memórias de casa nova para ele em 10 volumes, você não vai poder fazer isso. Então você vai dar só o título dos capítulos e olha lá, não é isso? Então, a confissão sacramental não é a verdadeira confissão, a verdadeira confissão já veio antes, o que a gente chama de consciência e a verdadeira confissão, e ali vai sacramentar, quer dizer, vai sacralizar aquilo que você fez. E isso existe em grande parte porque quando você fez o exame interior, o Deus já até absolveu. Mas você não tem muita segurança disso, então você já apóia na autoridade da igreja. Jesus disse que você unir na terra, ficar ao nido no céu e visiversa. Então o Pato tem autorização para fazer isso. Então é claro que isso alivia a situação, você pode sair dali convicto de que você foi perdoado. Antes de não, você desconfia que você foi perdoado, não tem certeza. Mas o perdão vem na hora da confissão interior. E esse perdão se traduz imediatamente na explicação que Deus lhe dá sobre os seus pecados. Você fica entendendo melhor a coisa. E de onde veio esse entendimento? Não foi você que fez, não é? Isso é Deus que está botando lá naquela mesma forma. Então, a criação da autocultura começa nessa vida interior de cada um. É uma dupla via que se aprofunda dentro de si e se expande para fora para conquistar os meios criados pela autocultura, conquistar os estilos, conquistar a linguagem, conquistar mil e um órgãos de percepção que as artes criaram ao longo dos tempos. Esse é o serviço que nós temos que fazer. Agora, é claro que tem coisas que nos irritam e nos choca que nós queremos nos livrar delas imediatamente. Mas pensa bem, por que Deus deixou que essas coisas se abatecem sobre nós? Porque nós sempre achamos que o que importa é que você está do lado certo. Mas não, você tem que estar do lado certo pelas razões certas. Se você está do lado certo por comodismo, por hábito, então significa que você não está valorizando o lado certo. É o programa do Tifron, do Platão. Os caras estão lá discutindo filosofia, etc. E o dono da casa vai dormir. E você descobre que na velha é uma pessoa boa, mas ele é um homem apenas dos hábitos, da tradição. Aceita essas coisas porque simplesmente era assim, todo mundo pensava assim, ele também pensa assim. Então, ele não está habilitado a lutar por elas. E esse aqui está ao ponto. Milhões de pessoas estão do lado certo, mas você não vê um lutando de uma maneira realmente eficiente. E é por isso, e é exatamente isso que é a situação que nós estamos vivendo agora. Então, eu vou fazer uma pausa. Na segunda parte, eu vou botar aqui uma que eu faria para que vocês se informem sobre como está essa coisa. Eu acho que cortar a cabeça desse tofo é uma das coisas mais importantes. Eu acho que é por aí que esse é o fiozinho que vai desmanchar a malha toda. E ele tem feito... Tem várias pessoas já... Quando eu falo em ninguém está fazendo nada eficiente, é mentira. Ele está fazendo alguma coisa eficiente, dá uma porcinha e está fazendo coisa porcinha. A gente tem várias pessoas que estão fazendo coisa. É melhor que pode. A Joyce e a Rassim não estão fazendo melhor que dá. Mas sabe o que falta? Falta os organizadores da massa. Eu escrevi isso no Facebook. O Brasil não precisa de líderes. Precisa de humildes e anônimos organizadores da massa. É isso. Coisa que qualquer comunista sempre sobre. Essa virtude para que todo comunista tenha. Ele não deixa ninguém subir. Você vai lá, faz o seu serviço, paga o seu dízimo para o partido e se dê por satisfeito. Se você começar a querer brilhar, todo mundo é cacota a você. Vocês foram prombedos dos adversivos. A gente foi muito aparecido e tal. Então, no começo, ninguém confiava nele. Quando o Raul Castro mandou ele ser comandante da guerrilha e chegou aqui, ninguém queria obedecer o carpo. Ele é um carreirista. É o que se dizia dos adversivos no partido. Ele é só um carreirista. Ou seja, ele está aqui não para servir o partido, mas para servir a si mesmo. E isso não pode ser como ele sempre não pode. E isso está faltando aqui na direita, apresenta. Todo mundo quer servir a si mesmo. Então, vamos fazer uma pausa. Ficou com o Raul. Então, vamos lá. Eu vou passar aqui vocês para o Matheus Faria. Ele já tem várias perguntas que ele recebeu aqui pelo celular, mas vocês podem mandar outras se quiser. Aproveita para perguntar tudo que quer saber a respeito desse assunto aí. Boa noite para todo mundo. Os alunos do professor Olavo, para mim é uma honra imensa estar aqui do lado do professor. Conheci o prazer de conhecer a família dele, que me recebeu de forma muito calorosa. Queria agradecer muito a amizade que a gente fez, a recepção que eu tive. Realmente demonstram que a criação do professor Olavo em relação aos filhos dele foi exemplar. Bom, o que me trouxe aqui além do sonho de conhecer o professor Olavo e recebi muitas mensagens pedindo para agradecer ao professor por ter aberto as mentes das pessoas, teras feito pensar um pouco diferente, sair um pouco da caixa. Então as pessoas agradeceram muito e pediram para que eu transmitisse essa mensagem para o professor. Então eu estou fazendo agora. Bom, em relação ao pedido de impeachment do Tófoli, ainda, o que a gente tem agora são novos elementos que o incriminam ainda mais. O relator do processo do mençalão, do Petrolão, o ministro Teoriza Vásquez, mandou agora para o Procurador-Geral da República, que é o titular da ação penal, que é aquele que pode processar penalmente o ministro supremo, relatos da Polícia Federal que envolvem o ministro Tófoli e um dos empresários, de uma das empresas que está envolvido no escândalo do Petrolão, a OAS, que é a empresa da construtura. Bom, então aqui nós estamos falando de ação penal, aquela que pode levar o sujeito para a cadeia. Quais crimes que são, a gente não sabe, a gente não teve acesso a esse relatório, mas a gente vê que ele não tem em boas companhias, não anda em boas companhias. O relatório parece que sugere que ele teria frequentado festas, recebido alguns gracejos, algumas vantagens em relação a essa empresa e tal, e essa empresa vai ser de alguma forma julgada por ele, em relação a aqueles que têm foro de prerrogativa de função, que estão vinculados ao processo do Petrolão. Bom, o Mandado de Segurança, que é o Impetrar, em razão da decisão do Renan Calheiros Monocrática de Arquivamento do Impeachment, eu ainda não o impetrei, por uma questão de estratégia. Eu estava esperando, porque foi na semana seguinte, o seu Álvaro Dias nos apresenta como um defensor maior do Silfaquim, que é um comunista, com o qual não tem nenhum apreço, eu considero meu inimigo. Ao longo da sua campanha mediática para a indicação do Silfaquim, eu fui um grande opositora a ele, então eu estava esperando para ver se ele ia ser nomeado ou não. Eu tenho 120 dias para fazer o contato da decisão do Renan Calheiros, seu prazo decadencial para que o Impetrár se mandasse segurança. Eu ainda estou no prazo e estava esperando o Silfaquim entrar no Supremo, se ele fosse entrar, para que eu pudesse afastá-lo do julgamento do meu Mandado de Segurança. Então, ele tomando posse, eu vou Impetrar o Mandado de Segurança e já vou colocar no capítulo primeiro o impedimento dele, da suspeição dele, para ser mais técnico, em relação à possibilidade dele julgar esse processo meu, que também coloca de volta no cenário Tófoli no impeachment. Bom, superado esse assunto, é um outro assunto que eu ocorri a ser professor, que eu já até sabia da opinião do professor, em relação ao movimento que eu entendi que legítimo, que é o movimento de interdição da Presidente da República. Para que você possa ser Presidente da República, você tem que estar em pleno gozo das suas faturidades mentais, para que seja titular de direitos políticos. Então, é uma das elementos de elegibilidade, você só pode ser elegível, se você tiver os direitos políticos. E para ter direitos políticos, você tem que ter a capacidade civil plena. E ela tem demonstrado, a um do tempo, de uma forma mais substantiva, pelo menos na última declaração dela, em relação a mandioca, e da mulher Sápens, que realmente está faltando a IG desmental, para que ela possa então conduzir a nação. Seja no trato social da vida privada, muito mais, com mais razão ainda, na vida pública e na condição do país, dentro do contexto que o país se encontra hoje. Então, eu lancei, utilizando já um jargão que já tem na internet, eu usei o movimento da interdição já. A interdição já, ela pode ser feita por parentes da Dilma, que aí eu acredito que nenhum parente vai querer interdita-la, mas também pode ser feita pelo Ministério Público do Estado. E nesse caso, como ela reside lá no Distrito Federal, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, MPDFT. Então, se algum membro do Ministério Público estiver nos ouvintes e tal, pode ajudar essa ação de interdição, que eu acho que seria um caminho dos caminhos para tirá-la do poder, por incapacidade civil. Professor Olavo... Eu acho que essa ideia é muito boa e acho que nessas horas a gente tem que ser inventivo e usar quaisquer instrumentos que aparecem e quanto mais inusitado melhor. Isso aí é perfeito, quer dizer, você contorna toda a questão do impeachment e vai direto ao ponto. Mas, porque o impeachment é uma decisão política, você depende do Congresso inteiro, é uma coisa muito problemática e toda a classe política sabe do risco que ela corre se ela votar o impeachment. Porque ela é a seguinte na Dia dos Suspeitos e é a classe política inteira. E se eu acho que ela tem capacidade civil para... De jeito nenhum, mas de jeito nenhum. De jeito nenhum. Isso aí pode testar. Dá uma bateria de testes de inteligência para ela, você vai dizer. Qualquer laudo psiquiático, acho que é uma capacidade. É, isso é uma coisa que todo mundo, acho que, comunga, né? É uma experiência que as pessoas... Tá bem visível para as pessoas que ela tá pertubada, né? Na última fala dela, inclusive, o problema de dicção, assim, que uma fala um pouco carregada parecia que tava sobrefeio de algum medicamento. Então, é uma coisa que a gente tem que realmente levar sério e levar para as autoridades que têm competência para isso. Eu, infelizmente, não sou membro do Ministério Público do Ministério Federal. Se eu fosse, eu já teria ingressado para a sação. Essa ação, o trânsito dela é um juízo de direito que vai julgar e o juízo vai entrevistá-la pessoalmente e vai sentir se ela tem ou não condição de pros atos da vida civil. E aí, também, com base em pareceres de médicos e pareceres de psiquiatra. Então, acho que aí é uma boa estratégia. Eu acho que ela é válida. Ela tá dentro do direito, dentro das instituições ainda do direito, dentro outras que a gente tá propondo. Tem uma outra ação também que a gente propôs, que é uma ação popular, é da Smartmatic, a empresa venezuelana que todo mundo conhece, que vem enfraudando as eleições, que tá na América Latina, tentou fazer nos Estados Unidos também, e foi descoberta. Então, eu visualizei ali que seria muito complexo e muito difícil provar a fraude na eleição em si mesma considerada no Brasil. Mesmo que eu não tinha elementos técnicos, segundo que esse processo se alongasse demais, e terceiro que sempre teria esse discurso de que é um terceiro turno, esse discurso que é o que era revisar o que o povo decidiu, que a fraude é um absurdo e tal. Só que, ele ficando todo o processo administrativo de licitação dessa empresa, eu verifiquei ali várias fraudes. Fraudes em relação às habilitações técnicas, econômicas e financeiras, fraudes em relação aos quadros societários, fraude em relação ao capital social da empresa, que salva o melhor juiz, era de R$ 12 mil por um contrato de mais de R$ 180 milhões. Então, essas empresas, esses consórcios que foram criados, eles não tinham a menor condição técnica, econômica e financeira para participar do projeto, do objeto licitado. Então, eu fui pela premissa. O objeto da ação da Smartmatic é uma ação direito administrativo. É uma ação que fala que esse contrato que foi realizado com essa empresa, ele não é adequado e não seguiu todas as normas de direito administrativo que devem ser seguidas para o processo de licitação. E também que o objeto licitado, que é um termo que foi criado, um neologismo petista, chama exercitação de urnas. Então, eles licitaram para fazer exercitação de urnas. Exercitação de urnas é qualquer coisa que ninguém sabe o que é. E uma das coisas que estão como objeto contrato é a transmissão dos dados, dos TRS para o TSE. E aí que foi identificada a fraude em relação a outros países, como é que funcionaria essa fraude. Mas isso não é objeto da ação popular. É na licitação. É na licitação. Eu não quero provar que teve fraude nessa transmissão. Para mim isso não importa. O que importa é que ela não poderia estar ali porque ela não é idônia para isso. E também, eu quis mostrar o seguinte, a gente tem que responsabilizar essas pessoas pelas causaram prejuízos para a União, financeiros, porque o contrato foi muito alto, prejuízos para o sistema de evolutivo do povo porque elas minaram aquela expressão popular do voto, que é básico. E também essa empresa, ao fazer isso, teve um por objeto, uma coisa que é indeligável, que é o poder do Estado, que é o poder de decidir quem vai conduzir o país. Então isso tem que ser uma... Se o Estado tem que existir, eu acho que ele tem que existir, mas tem que ser pequeno, tem que ser enxuto, tem que ser eficiente, ele tem que existir exatamente para exercer esse tipo de atividade, que é uma atividade do Estado em si mesmo, para a própria sobrevivência e pela própria forma de organização. Então é aquele mínimo que tem que existir no Estado. Então, e esse mínimo foi simplesmente delegado para uma empresa privada. E o Estado tem empresas públicas que já fazem serviços de informática para o Estado. Uma delas é o CERP, que cuida de toda a receita federal, parte da polícia federal, usa os sistemas do CERP, a data prévia, que cuida de todo o sistema de benefícios previdenciários, é uma empresa pública também. Então por que não essas empresas fazerem a tal exercitação? Por que delegar isso para uma empresa? Principalmente para uma empresa estrangeira, de origem de um país que sabidamente não vive em um Estado democrático. Muito diferente do que falou nosso mar Corélio, aquele chefe para assuntos especiais, o Presidente do Mar Corélio Garcia, que diz que na Venezuela, no comentário que eu vi uma reportagem, diz que na Venezuela a plena democracia, eles só estão vivendo uma crise. A crise provavelmente é só a insatisfação do povo com a ditadura. Realmente é uma crise, mas não é democrático, aquele país não é democrático, até a vilda e inteligência média. Então basicamente são essas duas frentes que a gente tem lutado desse ativismo judicial. Por um lado, a gente quer que o tofo seja responsabilizado no clano político, por outro, no plano administrativo, através da Smartmatic. E aí, curiosamente, eu pedi para que, como eu não tenho acesso a todos os dados e a composição do Tribunal Superior Eleitoral, em relação aos funcionários do Tribunal Superior Eleitoral, a lei Faculta me pedi para que o Tribunal indique aqueles que seriam responsáveis pelas contratações. A lei me faculta isso. O juiz, de forma correta, seu costumeiro acerto, determinou que o senhor Gestofoli, como presidente do TSE, indicasse quais seriam essas autoridades, quais seriam esses servidores que foram responsáveis por essa contratação. A União, que deveria coadjuvar comigo, deveria ser lito com sorte minha na ação, ela defendeu essas empresas. Uma petição que é muito melhor do que a petição apresentada pelas próprias empresas, então a União foi advogada muito mais das empresas, do que as próprias empresas pelos advogados que contratou. E recorreu dessa decisão do juiz, que determinou que o Tofoli dissesse quais eram as pessoas responsáveis, porque o Tofoli estava, se não cumprisse aquele prage de 10 dias, poderia estar encorrendo em crime de desobediência. Isso seria mais um elemento para que a gente pudesse mandar para o Procurador-Geral da República e se evolumar aquele que já corre em relação às empresas das empreiteiras. Então, o tribunal, através do desembargador do TRF, entendeu que os documentos que já tem no processo já são suficientes. Isso aqui é uma novidade que ninguém sabe. Os documentos, a decisão foi publicada e nem abriu prazo ainda. Então é uma decisão de anti-ontem. O desembargador disse que já há documentos no processo que são suficientes para saber quem deve responder por ele. Ou seja, ele deu provimento ao recuso da União. Falou que a União está certa. Então eu estou errado de ter pedido os dados das pessoas para o seu Tofoli. Quer dizer que o responsável pelas contratações, o tribunal me deu essa chance agora para falar quem é ele, o Sr. Tofoli. O Sr. Tofoli é que vai virar réu na ação da Esmaquimatique, a ação popular. Ele não quis falar que era ele. Obviamente. Quer dizer que se as pessoas estão citadas nos documentos, quem está citado é o Tofoli, então é ele mesmo. É ele mesmo que vai ser citado. A desperteza de mais é Bolícia. Então ele foi e levou para o tribunal. Ele deu a bola para a gente chutar. O tribunal deu uma decisão que o intésio favoreceu, mas na verdade não. Na verdade o tribunal só deixou mais redomado o processo, porque realmente os documentos já são suficientes mesmo. Depois revendo o processo, eu vi que o tribunal tinha razão. Eu realmente não precisava pedir para o Tofoli dizer quem era o seu responsável, porque é ele mesmo que é o responsável. Então ele vai virar réu na ação também. Então basicamente são essas atividades que eu venho desenvolvendo. E através do meu Facebook também, eu comento algumas coisas, algumas coisas que saem na mídia. Eu tento interpretá-las de forma jurídica, tento trazer talvez uma perspectiva diferente do que a mídia traz, as consequências daquilo. Então é basicamente esse tentativo de entendimento de criar uma massa crítica maior, sob o ponto de vista jurídico, sob o ponto de vista intelectual, para que a gente possa criar as condições necessárias para a substituição do poder da Dilma, do PT e dessa formação que eles dizem. Porque a gente tem que colocar alguma coisa no lugar daquilo e temos que ter pessoas habilitadas, que se interessem, para ocupar esses espaços que foram ocupados por essas pessoas por durante tanto tempo. Então essa ocupação é o que a gente está tentando fazer e convido todo mundo a fazer o mesmo. Exercer essa cidadania, exercer esse dever. O professor lá falou muito sobre direitos, as pessoas falam que tem um direito e realmente as pessoas têm um direito, mas esquecem que elas têm deveres também. E os deveres dela, elas só podem pugnar, pedir por esses direitos e elas tiverem kit com a democracia. Então ela tem que exercer os deveres também. Então eu estou exercendo de alguma forma um dever, que é o da minha consciência e um dever que é de cidadão brasileiro. Então basicamente essas atividades que eu venho desenvolvendo e através do Facebook, do Twitter também. E aí tive o privilégio de fazer um hangout com o professor, né? Foi o primeiro hangout, o primeiro hangout a gente nunca esquece, né? Nem desse aqui, esse aqui é inesquecível para qualquer um, imagino que o sonho de muita gente, imagina, é o sonho de muita gente, né? E mais perguntas, gente. E... A pergunta chegou no Facebook. Tô te perguntando. Eu tenho aqui no Facebook, eu recebi assim muitos comentários e pediram para fazer algumas perguntas para o professor Olavo. Então deixa eu ver aqui. Estamos sem internet aqui. Vamos ligar a internet aqui, sim? Vamos ver aqui. Deixa eu abrir aqui. E as pessoas acham que querem às vezes uma solução mais rápida, mais pronta, mas é preciso entender que a justiça leva um tempo, né? E tem um tempo que é fisiológico da justiça e tem um tempo que passa a ser patológico, né? Mas esse tempo fisiológico é necessário. As pessoas precisam exercer o direito de defesa, o contraditório, né? O devido processo legal. A gente não pode atrupela certas fases, apesar da nossa angústia ser muito grande, mas a gente não pode fazer isso. Sou pena de a gente ser que parar eles, né? Que não respeitam coisa alguma, não respeitam direito nenhum, que esteja contrária aos anseios deles. Então as pessoas querem às vezes uma solução muito rápida. Mas se esse processo for julgado em procedente, como o impeachment foi de forma arbitrária pelo senhor Renan Calheiros, isso já é uma vitória, porque a gente está falando sobre isso. A gente está conhecendo esses instrumentos, né? E essa consciência é a que é mais importante. E efetivamente o provimento dessa ação é muito importante, sob ponto de vista pragmático, sob ponto de vista de curto prazo. Mas a discussão sobre esse problema e a existência desses mecanismos, a conscientização coletiva das pessoas é tão importante quanto essa vitória, que a gente precisa preparar uma sociedade para essa vitória. E isso passa pelas aulas do professor, se passa pelos livros do professor, pelos livros da alta cultura, que o professor Olavo estava falando antes. Então a construção dessa sociedade mais engajada é que vai possibilitar que a vitória realmente tenha, seja levada a um tempo maior, que ela seja eternizada de alguma forma no Brasil, que é o que todo mundo deseja. Eu tenho aqui, professor, muitas menções elogiosas e de agradecimento. E as pessoas perguntam aqui, o que o senhor acha, por exemplo, se o PSDB está barrando em pítima, por que razão que você acha que ele está barrando em pítima? Bom, o número de políticos envolvidos e toda essa coisa é enorme. Eu não conheci o Mensalão, o Mensalão comprou o Parlamento inteiro. Todo mundo ali está de rabo preso. Então, se condividimos que por um lado eleitorado está exigindo uma coisa, mas por outro lado se ele der essa coisa, vai sobrar para eles também. Então nós temos uma situação, na verdade, de total ilegitimidade. Isso que você disse agora, mas da União intervir no processo onde ela era interessada no processo e ela defende o réu, mostra a profundidade do aparelhamento do Estado. O Estado inteiro virou uma burocracia-servícia de um partido. Então não há mais estar direito, não tem mais democracia, não tem mais coisa nenhuma. Quero dizer, nós estamos em plena ditadura. E o membro do Ministério Público, professor, que tem que dar um parecer, o Procurador da República, que oficiou nesse processo, disse que a minha ação contra a Smartmatic era um revanchismo da classe média. A minha petição era um revanchismo da classe média. Depois eu fui e realmente uma intervenção muito desastrosa. Foi muito infeliz nas colocações dele. E aí eu fui verificar que ele fez mestrado na Universidade Federal de Santa Catarina e falou sobre o controle da mídia e aspectos da mídia e controle de massas. E as referências biográficas da setação dele são todos esquerdistas e muitos esquerdistas. Não, mas eu estou negociando. Isso já é uma coisa sabida. Que a gente está na liderança do Universitário hoje, estará na liderança do país dele 30 anos. Isso é inevitável. Então se você meter na cabeça deles hoje, é o que vai virar lei amanhã depois. Exatamente. Quer dizer, quando estava no tempo de reagir contra isso, ninguém queria saber. Ninguém queria saber. E o concurso público, a gente estava até conversando, é professor. O concurso público é uma máquina de fazer esquerdistas. Porque é extremamente complexo o direito. É uma inflação legislativa. A quantidade de leis que existem é uma coisa absurda. Quem conhece ou tem algum familiar ou amigo, o próprio aluno do professor sabe. A quantidade de legislação de doutrina, de posições de tribunal que o estudante tem que conhecer para ser aprovado em um concurso. É muito difícil. E aí ele tem que sofrer um total isolamento social, de relações interpessoais. Ele tem muitas renúncias para ser aprovado em um concurso. E as bancas dos concurso são esquerdistas e absolutamente aparelhadas. O sistema gramaxiano, quer dizer, é aprovado das universidades 40 ou 50 anos atrás para preparar isso. Quer dizer, nós não estamos lutando com uma coisa que apareceu do dia para a noite. Uma coisa que levou meio século para ser feita. E o pessoal está com pressa. E se não dá certo, é da primeira e ele se vê desiludido. E fala, pode sentar na cadeira e esperar. Isso vai levar muito tempo. E se você vota em pitch, mas dá de... Isso aí é mais do que insuficiente para resolver o problema. Você vê, nós só nos envarem das pessoas, se as possibilidades de ação política dela foram totalmente eliminadas. Você tem que caçar os direitos políticos das pessoas para sempre. Tem que tirar da vida pública. E se elas tiverem por aí, elas vão fazer de novo a mesma coisa. É como essa casa da Essaérica, Tokai, o Malafaia, a desmascarona e o Púrduk. Mas se não basta, a mulher cometer um óbvio infração do decoro parlamentar. Não tem mais uma hora de infração do decoro parlamentar do que você. O decoro parlamentar do que você vai apresentar uma proposta de lei sobre falsos pretextos. Mentindo até sobre o texto da própria lei. Ela diz que o lei do maior é coisa que você vai ver além de os outros. Tem caça em mandatas, graçada, já. Mas isso não acontecerá se o Parlamento for pressionado a fazer isso. Um estelionato parlamentar, né? Um estelionato parlamentar, claro. A mulher não pode continuar a gente. Então não se pode perder uma oportunidade dessa. Quando a pessoa faz uma coisa dessa, nós temos que destruir aquela pessoa. A pessoa diz que nós vencemos o projeto, vencemos um projeto, não quer dizer nada. Não está prudendo o outro projeto. Ou então implanta também uma coisa por via administrativa contornando o Parlamento. Que tem que ver se são pessoas, tem que tirar pessoas da vida, porque essa é a coisa básica. O pessoal falou muito bem, em relação às leis, as pessoas acham que os projetos de lei tem no Brasil uma quantidade de regulamentação infralegal, é absurda. A quantidade de portarias, de decretos, que regulamento, que estrapolam o poder de regulamentar, que são normativos, que as pessoas não sabem, é uma coisa absurda. Então passa uma lei com uma roupagem e a sua aplicação e a regulamentação é a roupagem que o PTQQ tem. Claro, é completamente diferente. Completamente diferente. Eu vou dar um exemplo muito simbólico, muito importante. O caso da Graça Foster do Petrolão. Vocês lembram que o Tribunal de Contas da União ia sequestrar os bens dela? Arrascar todos os bens dela, porque eventualmente ela poderia ter causado por um ato dela previsar a estatal. Isso é óbvio que ela causou, né? Mas eles iam deixar disponíveis os bens dela. O advogado e geral da União, Luiz Inas no Senado Adams, ele foi ao TCU defender a Graça Foster. O advogado e geral da União é o chefe da Advocacia da União. Ele deveria estar lá pedindo que tenta descobrir mais bens da Graça Foster. Forsem mais bens, fossem disponibilizados. A Graça Foster se desfeja de dois apartamentos, fez uma doação para um filho, para uma filha. E o Tribunal de Contas da União, com a defesa do Luiz Inas no Senado Adams, liberou os bens da Graça Foster. Um dos preteços para fazê-lo seria que o prejuízo era tão grande que aqueles bens serem insuficientes. A quantidade do imóvel é irrelevante para o... Realmente é uma coisa que causa espécie da maior... E existe uma lei que diz que o advogado e geral da União pode defender dirigentes da administração indireta, de fundações e autarquias. A lei fala isso. Eventualmente, se tiver caracterizado alguns elementos, e essa pessoa, se a gente solistar o advogado e geral da União, aí passa por sete requisitos, ele pode, sim, defender uma gente. Mas não pode em uma empresa pública. E aí, por meio administrativo, sua lula... É irregularidade em cima de irregularidade. A sua lula fez um decreto e aí o próprio advogado e geral da União fez uma portaria, dando a ele poderes para atuar perante o Tribunal de Contas, em relação a agentes públicos vinculados a empresas públicas. E não pode. Isso não pode acontecer. Então, essa defesa dele é inconstitucional. Ela feriu porque o que a Constituição determina é que você possa regulamentar leis para sua aplicação, mas não ampliar o objeto da lei. Você não pode inovar na ordem jurídica. E ele o fez, caso visficamente, para defender a senhora Graça Foster. Assim, a senhora Graça Foster, quando eu fui no Parlamento, eu fiquei no plenário, aquele senador Rodolfo Rodrigues, do Pessoal, estava falando sobre a doutora Graça Foster. Parece que no Parlamento ela é tratada como doutora Graça Foster. E quando ele acabou a fala, eu fiz uma intervenção, ali consegui falar para ele sobre o impeachment e tal. Ele falou que ia dar um apoio, necessário a impeachment, e nunca deu uma palavra sobre esse assunto. Aliás, nenhum senador do repúblico fez. E poderia ter feito que das decisões do presidente do Senado cabe recurso de qualquer senador ao plenário. Então, se o Renan Caleiros deu uma decisão arquivando, qualquer senador poderia, qualquer um poderia fazer um recurso ao plenário do senado para que aquela matéria fosse submetida a todo plenário. Então, isso é mais do que na cara. Não adianta contar com a classe política. Não adianta contar com nenhum membro do impeachment. Nada, nada, nada, nada. Nós temos o povo do lado, o estamento burocrático de outro. Essa é a verdade, essa é a situação. O Raimundo Faulo escreveu, ainda está, hoje está mais claro do que nunca. Então, já vamos pelas vias institucionales, elas foram criadas para criar a situação que está aí. Elas foram criadas para criar a hegemonia petista. Todo mundo sabia disso, já em 1988. Já estava claro isso aí. Agora, estamos esperando o quê para admitir o que acontece, o que acontece. Agora, acho muito importante o que você está fazendo. Eu considero ativismo judicial, uma coisa absolutamente indispensável. E hoje, assim, que tem que estar o dia inteiro fiscalizando o que essa gente faz, a gente escreveu, não leu o processo. O processo não é de nada, não tem importância. O processo não funciona só pela sua, pelo seu resultado legal, funciona pelo seu resultado político também. E isso à esquerda, sabe há 100 anos. Você vê esses processos que moveram contra o Fidelik, o Leve Fidelik, sabe? Uma coisa mais absurda, mas eles não perdem da oportunidade. Eles sabem que o processo é ridículo, mas e daí? O processo é feito para atrapalhar a vida do rel. Esse imune vai dizer que para o rel inocento, o símbolo para ser processado, já é um castigo. É o escândalo do processo, não é? É, o processo é sempre o escândalo, é o dor de cabeça, é despesa, é perde de tempo. E paralisam a pessoa. Então, o processo é feito para toda essa finalidade. É uma arma de combate político. Qual é o problema? Ah, não podemos usar a lei para essas coisas políticas, mas que, o outro lado pode. Inclusive, uma coisa inusitada que aconteceu, agora, nas últimas semanas, o abescopos do Lula. O abescopos do Lula é impetrado por um ativista petista, que não é advogado, me parece. Porque você não precisa ter capacidade postulatória para ingressar com um abescopo. Você não precisa ser advogado para impetrar um abescopo. E você pode impetrá-lo a favor de qualquer pessoa. Você não precisa ser em razão de você mesmo. Você não precisa se defender através de um abescopo. O terceiro pode. O que não pode é você tentar defender com o abescopo, a revelia do impetrado. Então, o Lula não queria aquele abescopo. E se manifestou, que não foi ele que o fez, e também não queria que ele fosse feito. É uma coisa ridícula. A peça merece lida pelas pessoas. Diversos elementos, falando sobre o Sérgio Moro, o Júlio Sérgio Moro, o Depreciano, o Mençalão, o golpe do Estado. O julgamento que teve o Mençalão foi o golpe do Estado. Não corromper todo um poder. Isso não é golpe do Estado. O golpe do Estado foi o julgamento. Foi o Dizer de Seu e para Cadê. Isso é golpe do Estado. Agora o J. de Seu ter participado do Mençalão, isso realmente não é golpe do Estado. Então essa petição que esse cidadão impetrou no favor do Lula, na verdade o prejudicou. Então o ativismo judicial, as avesas. Porque ele tentou ajudar o Lula e atrapalhou o Lula. Colocou o Lula em destaque. Já temos um relator que é prevento para futuros abescopos que o eventualmente vai precisar. A gente torce muito para isso. Mas nesse momento ainda não tinha nenhum tipo de decisão que pudesse colocar liberdade dele em risco. A gente está torcendo muito para que isso aconteça. O brama. A essa apagando aquele que ele fez lá correndo na estera e tal. Vocês viram esse vídeo? Me lembrou muito aquela voltinha de moto que o delator do Mençalão, Robert Jefferson fez antes de ser preso. Ele falou que queria dar uma voltinha de moto, fizeram um filme dele, se divertindo e tal. E logo na sequência ele foi preso. Aquela corridinha do Lula, na estera, espera que tenha o mesmo propósito. Que seja uma corridinha para preparar. É muito chato lá dentro. Não pode correr lá dentro. Se não consegue correr dentro de uma cela. Então a gente vê que ele está se despedindo da liberdade. E a musiquinha do fundo, se não me engano, fala de brama. E aí descobriam que o codinome dele não é beijaflou, é brama. Então nós vamos todo mundo, o Brasil inteiro, nós vamos encher a cara quando esse cara for preso tomando brama. É isso, gente. Acho que hoje já deu. Obrigado pelas informações todas, por tudo que está fazendo. É uma oportunidade para vocês terem aqui para informá-las. Essa coisa todas vocês ouviram e ninguém está sabendo. Ninguém está sabendo. Então tá bom gente, até a semana que vem, muito obrigado. angry