Então, bom noite a todos, serão bem-vindos. Hoje eu queria prosseguir exemplificando aquele tema onde da articulação e cruzamento de várias perspectivas na análise de uma situação real. Esse tipo de análise só é possível se o observador partir da própria posição que ele ocupa no quadro. Quer dizer, a autoconsciência é um instrumento essencial para esse tipo de análise se quiser não chegar a resultados objetivos. E posso chamar de resultados objetivos aqueles que permitem compreender não só o quadro presente, mas o seu desenvolvimento mais profundo demódoa você poder prever o custo dos acontecimentos. Isso seria a técnica básica que eu gostaria que todos aprendessem. E isso na verdade é filosofia. Filosofia estuda realidade concreta. É a única disciplina que se pode dizer que lida com realidade concreta. Porque ela não tem um objeto determinado. O objeto é, por assim dizer, a própria situação do homem no universo, incluindo todos os dados possíveis aquele ver até alcance. Quer dizer, não há limites para o tipo de informações que você possa precisar. Que você vai extrair da história, das atualidades, da ciência, da arte, da sua experiência pessoal, da sua memória profunda e tudo, tudo, tudo. Por que isso tem que ser assim? Isso tem que ser assim porque a vida é assim. A vida não é abstrata. A vida não nos chega recortada de acordo com as conveniências de uma disciplina que nós estejamos estudando. A vida não nos chega recortada de acordo com os critérios e métodos de uma disciplina que nós estejamos estudando e que por nós adominarmos um pouco mais nos pareça mais conveniente. Quer dizer, isso é evidentemente o vício profissional de todo, praticamente todo estudioso acadêmico do que quer que seja. Porque o... acho que tirou a câmera do lugar. Então, isso tem que ser assim porque a vida é assim porque a vida não nos chega recortada de acordo com as conveniências de uma disciplina que nós julguemos dominar mais. E esse, aliás, é o vício constitutivo de praticamente todo estudioso universitário. Quer dizer, ele leva anos para dominar a disciplina e ele se desenvolve num quadro social determinado pela autoridade dos seus pares mais experientes. Quer dizer, se você é um geógrafo, você presta atenção, presta satisfações a uma plateia de geógrafos supostamente mais experientes mais qualificados que para você representam os modelos do exercício daquela profissão. E isso é um processo muito difícil, quer dizer, a conquista de um lugar... Não, tá bom, tá bom. Eu só não quero ser interrompido mais porque se não vira o curso da realização, tá? Comece... comece de novo, comece de novo, comece de novo. Se alguém está sentindo mal, se faz sentir mal até o final, fica quietinho, tá? Depois eles podem reclamar, mas eu não gosto de interrupções porque cortam o fio da minha alma, estragam a exposição. E aqui a única coisa que interessa é exposição. Aqui não interessa eu, não interessa vocês, não interessa a comunidade, a incomodidade de ninguém. Nós estamos lidando com um assunto muito difícil que requer o máximo de responsabilidade intelectual. E eu também tenho as minhas incomodidades aqui, mas... e daí. Então, vamos em frente, vamos tentar retomar novamente. Então eu estou dizendo que isso tem de ser assim, é abordar, tem de ser assim porque é assim que a vida nos chega, ela não nos chega recortada de acordo com os métodos, critérios e convenências de uma disciplina na qual nós tenhamos nos especializado. Em geral, o Estudioso Universitar dificilmente escapa desse tipo de limitação cognitiva precisamente pelo fato de que tudo o que ele faz é perante como se fosse uma banca examinadora que é constituída pelos seus pares. Tanto que quando as pessoas dizem que uma das condições da confiabilidade científica é a peer review, quer dizer, a revisão pelos pares, somente a revisão feita por pessoas da mesma área, da mesma profissão e que têm as mesmas preocupações. Nunca, nunca, nunca nada é julgado na esfera universitária a luz do interesse geral que possa ter para a humanidade. A incumbença de examinar as coisas sob este prisma cabe ao que se chamava, ou se chama ainda, os intelectuais públicos, que são pessoas que discutem as coisas, seja em revistas culturais, seja na mídia popular, seja até no rádio televisão, a luz do interesse que as coisas possam ter para o público em geral ou para a humanidade em geral. E que portanto não estão presos aos cánones de uma disciplina, mas na verdade estão presos aos cánones de todas elas ao mesmo tempo, porque se o indivíduo vai usar algum critério sociologico, ele tem que se ater aos critérios reconhecidos como válidos em sociologia, se vai falar do direito ele vai ter que também se prestar satisfação aos cánones daquela disciplina em particular, assim por que em suma o indivíduo tem que, o intelectual público, ele tem que atender às exigências de várias disciplinas sem estar escravizado ou limitado a nenhuma delas. Esse aqui é o problema. Dizer que isso é por a cultura geral é totalmente errado, porque a cultura geral pela sua indefinição mesmo, ela jamais dará critérios suficientes para o indivíduo poder exercer esse tipo de julgamento de uma maneira responsável. Só existe uma disciplina que cuida disso que é a filosofia, por isso mesmo, que por isso mesmo é definir como a unidade, o conhecimento, a unidade, a consciência e vice-versa. Há uma série de técnicas para fazer isso, essas técnicas são tão difíceis quanto quais que eram outras técnicas profissionais e o simples fato da existência delas, que é uma coisa que muitas pessoas ignorem no Universidade Berlira, ignora isso é geral, e que por ignorar eles imaginam que só existem duas abordagens possíveis, o abordar tecno-científico e o abordar da cultura geral, do beletrismo, do diletantismo etc. São termos que foram muitas vezes usados pelos os pianos, tipo Janot, Magena Shaouy e outros. E se orgulhar, vamos dizer filósofos profissionais e não beletristas ou diletantes, por isso eram pessoas ocupadas de uma tarefa específica tão especializada quanto geografia ou qualquer outra. Então, por desconhecerem a técnica filosófica, só tinham essas alternativas, ou iam se fechar numa técnica limitada, por exemplo, a lógica matemática ou marxismo, e considerar que tudo que escapava disso era beletrismo. É um erro que mostra apenas ignorância. Existe uma técnica filosófica que ela é justamente feita, eu queria desde o início, para poder tratar de qualquer assunto de maneira responsável. Aristóteles dizia que a dialética era exatamente isso, era uma arte de você tratar de qualquer assunto mesmo que você não tenha conhecimento especializado dele, mas de maneira a não baixar o padrão da discussão, abaixo do que o especialista exigiria. Isso quer dizer que o filósofo, mesmo sem o treinamento especializado numa disciplina, tem que ter tal conhecimento da hipistemologia, ou seja, da natureza do processo científico, que ele pode antecipar certas critérias, certas exigências de uma disciplina que ele não tem, mesmo antes de estudar, é dialética exatamente a técnica de fazer isso. E como as pessoas já o desconhecem isso, então cai nessa falsa alternativa de que você é um técnico ou é um beletrista. E como vocês devem ter visto no livro A Filosofia do Sein Vércio, a técnica filosófica tem uma série de exigências que não se limitam a exigência ao campo propriamente e colectivo, tal como se entende na cultura universitária, mas tem elementos de ordem psicológico e moral, sobretudo muito, muito importante, partindo do princípio de que se o nosso instrumento de conhecimento é a nossa própria alma, nossa própria consciência, então é preciso limpar ela como se limpa o valente de óculos, ela tem que ter a transparência suficiente para poder aprender as situações da maneira maximamente realista e que reflita, por assim dizer, a normalidade da consciência humana. Isso também é uma técnica, como você conseguir obter essa centralidade, essa normalidade, a maturidade de consciência, sem a qual não há filosofia alguma. Esses são os principais esforços do ensino da filosofia. Você tem que se qualificar para ser um filósofo, qualificar não só do ponto de vista escolar, mas do ponto de vista real, pessoal, na sua pessoa concreta. Isso também é uma coisa que o ensino universitário não pode pegar, o ensino universitário não pode ir mexer na constituição pessoal do indivíduo, nos seus temas pessoais. Então você chega nos temas pessoais e vai mandar você para uma psicoterapia ou para conselheiro religioso e sai do âmbito da faculdade de filosofia. O que faz com que a filosofia universitária acabe sendo apenas uma imitação de filosofia. Ela é uma faixa da filosofia, mas não chega sem filosofia propriamente raríssimamente. Pode chegar se houver lá dentro um camarada que é um gênio e ele transcende as limitações da sua ocupação especializada e faz um algo a mais, como o Bernard Lonergan ou o Erick Fevereiro, mas isso é certamente muito difícil. Ao passo que se você recuar 2400 anos atrás, você vai ver que a consciência de que a filosofia exigia uma certa formação psicológica e moral do filósofo era uma coisa altamente disseminada entre os gregos, praticamente todo mundo sabia disso. Mas, como no curso da evolução da história do pensamento ocidental, a filosofia foi se consolidando cada vez mais de uma disciplina universitária, esse outro lado foi sendo perdido de vista. Isso agora, estudiosos como esse Jean Fierradot, por exemplo, ou a mulher dele, Ilse Trautador, estão desencavando e provando abundantemente com textos de modo que não pode restar a menor dúvida. Quer dizer, esse lado psicopedagógico da filosofia é uma coisa que é inerente à origem dela e que, se for esquecido, se for ficar meramente implícito, não permite um desenvolvimento correto. Isso é uma das coisas que eu gostaria de que os meus alunos tivessem muita consciência disso. Quer dizer, ser um filósofo não é exercer uma profissão universitária, não existe profissão de filósofo, o que existe é a profissão de professor, de escritor, etc. E o indivíduo trata então de temas filosóficos nas suas almas, nos seus livros, etc. Mas a filosofia como tal é uma atividade interna que ninguém vai pagar para você exercê-la. Você pensa assim, se nos sugestionassem as mais graves questões filosóficas, morais do seu tempo, e não contar para ninguém os resultados que ele obteve, ele deixa de ser filósofo, por isso de maneira alguma ele filosofou e alcançou os resultados, apenas não os comunicou. Então, a profissão começa na comunicação da coisa e não no exercício da filosofia. Então, a filosofia não é em si mesma uma profissão embora ela possa ser canalizada através de muitas outras profissões. Só o simples fadeir, tene perdido isso de vista, já mostra que muito se perdeu do espírito filosófico e que hoje existem estudiosos de primeiríssima ordem fazendo um esforço danado para recuperar este sentido. Muito bem. Então, eu acho que as situações, as políticas sociais, as situações históricas que nós vivemos são um material absolutamente precioso para a filosofia, porque é no meio dela que nós vivemos. Embora isso é importante, nem todos percebam que existe uma situação, existem pessoas que estão limitadas ao seu círculo de interesse mais imediato, a sua, seu trabalho cotidiano, sua família, etc., e não têm ideia de que é uma situação histórica social que desenvolva, mas elas estão dentro da situação do mesmo modo. De modo que essa situação não é jamais um dado imediato, é uma coisa que requer uma certa, uma criação de certos instrumentos de percepção, instrumentos imaginativos, etc., para você poder começar a pegar alguma coisa. Então logo as pessoas começam a captar isso, a tendência natural é você ter uma reação positiva ou negativa, quer dizer, você aprovar ou desaprovar o que está acontecendo e você começar a defender os seus pontos de vista. Mas isso evidentemente só vai atrasar a sua formação filosófica, porque você não tem a certeza ali que você captou a coisa na toda sua amplitude, toda sua complexidade, e você sobretudo não tem certeza de que o ponto de vista que você está lançando sobre a que a perspectiva que você está lançando é uma perspectiva que esteja a altura das exigências da humanidade em geral, ou da normalidade humana, ou da maturidade humana. O famoso tema dos Poldires que falava a história, que é o homem perfeitamente desenvolvido, maduro e portanto capaz de perceber as coisas não de um ponto de vista idiosincrático, ou não de um ponto de vista grupal, ou não de um ponto de vista político partidário, ou não de um ponto de vista de um grupo religioso, mas do ponto de vista espécie humana. Ao ponto de que aquilo que ele diz será testemunhado pelas pessoas, por um grande número de pessoas, porque quer dizer, eu também vi isso, ele só não tinha o reparado, então ele é o nego que tenta ver as coisas de uma maneira que reflita o olhar de muita gente, mas esse olhar de muita gente está condensado nele, não é um formulário estatístico, não é que você vai perguntar para cada um o que acha, não, você tem que fazer o que possível para que o seu olhar seja o olhar de muitas pessoas, evidentemente de pessoas saudáveis, desenvolvidas elas também, de modo que você reduzia ao mínimo o risco da distorção, sobretudo distorção, ou idiosincrática, ou neurótica, ou psicopatológica, ou ideológica, ou qualquer outra distorção. Então é claro que todo mundo diz que busca a verdade, mas quando eles dizem a verdade, a verdade para eles são afirmações, são sentenças, como sei lá, os desmandamentos, o que está na Bíblia, ou o que está em Calmar, etc. E a verdade evidentemente ela não é isso, quer dizer, afirma, toda e qualquer afirmação que você faz é uma tradução que você fez de uma verdade que você percebeu, e essa tradução ela só funcionará para outras pessoas que tenham mais ou menos percebido as mesmas coisas. Então é isso, é importante ver, quando a Aristóteles diz que a verdade está no juízo, note bem, juízo é uma afirmação interior, exteriormente um juízo se traduz numa proposição, isso é uma frase, e note bem que a Aristóteles não diz que a verdade está na proposição ou na frase, ele diz que está no juízo, e o juízo se dá na esfera do que já é verbo unmente, o verbo da mente, é aquilo que sua mente afirma. Então é ali que está a verdade e às vezes a verdade não vai passar daí, porque as afirmações com as quais você vai traduzi-las, ou podem ser imperfeitas, ou podem não ser captadas perfeitamente pelos outros. A verdade que você captou, você vai levá-la para o tumbo, embora você tenha dito muitas coisas durante a sua vida. Então o exercício da filosofia propõe, ele pressupõe essa busca da verdade na sua concreta, e é por isso que eu acho que de fato eu dei sorte no começo da vida, quando não vendo perspectivas de atividade cultural nenhuma, eu pedi a Deus que me mostrasse a verdade mesmo que eu não conseguisse contá-la para ninguém. E durante 20 ou 30 anos fiquei captando verdades que só eu entendia que eu não tinha ninguém conversar. Eu acho que isso foi muito bom no fim das contas, por ter criado uma espécie de concentração e centralidade do ponto de vista, e eu acho que se isso acontecer para vocês, de vocês ficarem sozinhos de não poder conversar com ninguém, não vai fazer mal nenhum, ao contrário vai fortalecer muito a sua inteligência. Resalva que eu defino a inteligência como capacidade de aprender a verdade. A inteligência não é raciocínio verbal, não é raciocínio matemático, não é raciocínio espacial, não é inteligência emocional, tudo isso são instrumentos de que a inteligência serve para aprender a verdade. Mas esse instrumento serve para aprender a verdade, quanto para você cometer erros fundamentais. O que distingue uma coisa do outro é a própria inteligência, ou seja, a concentração da inteligência no exercício mais verdadeiro, mais franco, mais honesto da sua capacidade própria, que é a capacidade de aprender a verdade, de aprendê-la e nem sempre de comunicar. A habilidade da comunicação é outra, uma segunda habilidade que, é claro, ajuda muito, mas não substitui a própria inteligência. Então, quando nós olhamos um quadro político social determinado, existem muitas variáveis, a primeira elas são as ações humanas que você observa e a segunda são as interpretações que explicam ou que fundamentam ou que defendem essas ações de algum modo. E mais que todos os discursos que você tem à disposição no seu meio social fazem parte do quadro e devem ser considerados como partes. E quando você começa a articular uma coisa com outra, é muito importante que você saiba quais são os papéis sociais que estão sendo desempenhados, quer dizer, os agentes, eles estão agindo em nome de que e para que? E para quem e com quem? Quer dizer, quem são os associados, quem são os inimigos deles, como é que eles veem o inimigo, como é que eles pintam o inimigo, como é que eles pintam seus amigos? Assim como o historiador Tussides, por exemplo, pegava esses vários discursos dos políticos justificando as suas ações e ele articularam com o outro e através da trama dos discursos reconstruía a situação. Isso é uma técnica de seus amigos preciosos e a gente também tem que usar. E às vezes nós observamos algumas situações suigêneres onde o conteúdo dos discursos não confere com os papéis reais que as pessoas estão desempenhando umas perante as outras. Então é como se você tivesse estindo em uma peça onde os gestos pertencem uma peça mas as falas pertencem a outra. Você está vendo se desrolar a ação de Hamlet, mas as falas são de hotel. Então é claro que isso caracteriza uma situação patológica, os Estados têm confusão geral, porque a torna ainda mais difícil de aprender e de descrever, mas qualquer que seja o caso nós temos que prosseguir implacávelmente até ver se entendemos realmente o que está acontecendo. Também é normal que as pessoas que ouvem você dizer como não estão preocupadas com isso, mas estão preocupadas apenas em expressar o ponto de vista do seu grupo ou com as crenças de seu grupo de referência. Acho que nós estamos fazendo a mesma coisa. Então associam-se a um grupo de olor que diz que ele é um portavoz disso aí. Isso aí vai criar mais incompreensão ainda, mas não deve dificultar a sua tarefa. Por quê? Porque a própria confusão que os caras fazem é significativa. Ajuda você a interpretá-lo. Então o que eu tenho tentado fazer sobretudo nessa série de artigos do Diário do Comerço que nós juntamos sob o nome de cartas de um terráculo ao planeta Brasil, reflete um esforço decisivo, porque isso é dia após dia, semana após semana, tentando entender o que acontece mesmo. Às vezes tentando pegar um aspecto mais parcial, às vezes mais abrangente, mas sempre a mesma coisa. Eu evito ali me limitar, vamos dizer, ao que se faz normalmente no Jornalismo do Brasil que não é um jornalismo de ideias, é apenas um jornalismo político, que é opinar contra o a favor. Todo mundo é contra o a favor alguma coisa. Quando você nasce, você já é contra, por exemplo, a mamadeira atrasar e você começa a protestar. Então isso é sempre reações orgânicas e não significam nada. Essas reações orgânicas não significam nada, elas são importantes. Por quê? Porque elas nada revelam sobre a situação, mas revelam sobre você. Se você sabe o que te incomoda, onde te dói, o que te humilha, o que te envergonha, etc. Então você tem que levar isso em conta na visão que você tem do quadro para você saber quais são os pontos onde você mesmo vai distorcer a coisa. Isso não quer dizer que sempre essas reações sejam distorcivas. Não, às vezes elas são perfeitamente adequadas à situação, mas você não pode acreditar nelas engenamente. Primeira reação, ela nada diz a respeito do que quer que seja a não ser de você mesmo. Então você não precisa reprimi-las também, quer dizer não. Eu quero chegar à objetividade, então não posso lidar com a emoção nenhum, mas o contrário, suas emoções são elementos importantes do quadro, porque são elementos que compõem a máquina de observação. É como você olhar através de um telescópio, existem os objetos que você está olhando pelo telescópio e existem estruturas internas do telescópio. Você tem que conhecer as duas para saber do que trata mesmo. Então não precisa jogar, são peças, você não pode jogar essas peças fora, mas você também não pode permitir que elas por si determine a sua visão da coisa. Mas uma pessoa normal que olha por um luneto, um telescópio, ela sabe que ela está vendo ali no visor do telescópio, não é exatamente a coisa, mas é um recorde que ela está fazendo e que está fazendo com a ajuda de um instrumento que deforma o objeto para torná-lo mais visível, quer dizer, enfatiza certos aspectos e torna uns aspectos mais efetivos, mais presentes, é o passo que torna outros mais virtuais ou mais secundários. Então, com anos de prática de você fazer de você mesmo um instrumento de apreensão das situações, talvez você desenvolva até uma linguagem capaz de fazer outras pessoas ver as mesmas coisas, com a condição de que elas algo já tenham visto disso, faltando apenas articular os vários elementos e expressar de uma maneira correta. Então, a situação do Brasil hoje eu acho que ela é altamente propícia para esse tipo de exercício justamente por ser uma situação tão extravagante. E o personagem principal aí é justamente esse elite que está no governo e daqueles que os apoiam, está certo, e somando tudo, nós sabemos que dá 8% do país. 8% se constituem de que? De membros da própria elite governante. Quer dizer, são as pessoas que estão no governo ou cercam o governo de algum modo, tá certo? Então, são as pessoas que ocupam os lugares principais nas instituições. Então, se você somar todos os elementos, todas as vozes que neste momento estão ou defendendo os governantes ou agindo para protegê-los de algum modo para amortecer o curso da desgracia, você verá que tem uma série de traços em comum, e que as pessoas são sociologicamente localizáveis, são grupos muito determinados. Então, são os grupos que compõem a usar a própria presidência república, compõem a administração federal, que compõem o judiciário, especialmente o STF, que compõem a justiça eleitoral, que compõem as forças armadas, que compõem o congresso, que é a classe política inteira, não é só o congresso, deputados, senadores, governadores de Estado, prefeito, a classe política do moderno, são forças que compõem, vamos dizer, a grande mídia, a grande mídia profissional, as forças que compõem, vamos dizer, a alteranquia da regra católica, mal, ou ser representada, astroficialmente, de algum modo pela CNBB, as universidades, e suma aquilo que se chama, também as grandes empresas associadas ao governo, isso é o que se chama establishment, de o que são esses 8%, eles são exatamente o establishment, a classe dominante. Então, nós vemos o seguinte, quem está defendendo a classe dominante, a própria classe dominante. Mas o discurso que esse pessoal está usando, é um discurso exatamente inverso, como se eles fossem o representante dos Applevinha, em luta contra uma elite que os domina. Então, como que eles vão ser dominados se eles são, vamos dizer, o governo eles são establishment, então, é, vamos dizer, é uma pequena elite, somando tudo, eu acho que dá 8% da população. Eu sou mal, vou se ajudar a esforçar os armados, os altos funcionários públicos, os presidentes das companhias associadas ao governo, a grande mídia, 8% do país, não é 8 mil pessoas, 8% do país no máximo. E acompanhando, por exemplo, essas discussões no Congresso do PT, você vê que a visão que eles estão tendo das coisas é 100% inversa. A história do Brasil se identifica com a história da revolução brasileira, que é uma sucessão de revoluções sempre voltadas contra o establishment, que sobre curso domina o povo se sente sufocado, impossibilidade de agir, impotente, é certo? E é sempre explorado, roubado, enganado, usado, isso é assim desde o tempo da independência. E cada vez que você tem um movimento novo, vamos dizer, é um grupo que se adianta e prometendo derrubar esse establishment, portanto, engareando para isso algum apoio da população, faz uma revolução, um golpe de Estado, um movimento qualquer, toma o poder e em seguida fica dividido entre impor uma ditadura, para que essa ditadura possa impor a nação as mudanças, as famosas mudanças estruturares, ou então restaurar a democracia e voltar então a galera geral, como dizia o Déspinha, então isso está assim, faz 200 anos. E agora no dia 15 de março, pela primeira vez, nós vimos um imenso movimento popular que não foi criado por nenhum grupo, você não tem um grupo, não tem uma organização política, não tem um financiador, não tem nada, pois é o povo que sai na rua. Então pela primeira vez na história do Brasil, o povo foi o protagonista da história, ele foi o primeiro personagem. Então visto na linha da evolução, da linha histórica da revolução brasileira, existem inumeráveis livros sobre a revolução brasileira, muitos de autores comunistas, como Caio Prado, outros de outros autores, como pessoas morais, o próprio Raimundo Fauri, etc. Você vê como um momento, que foi como o ponto de desembocadura de todas essas várias pseudo revoluções ou revoluções parciais que foram feitas. Então, pela primeira vez, nós temos aí diante de nós uma revolução social, é o povo contra o Estébrich, não é contra esse ou contra aquele, contra o Estébrich, mentinteiro, eles estavam tão contra o Estébrich, que eles não queriam conversa com representantes da mídia, eles não queriam conversa com políticos, eles só aceitaram aqueles líderes que apareceram, porque eles aceitaram esses líderes como Kim, Kim, Katageiro ou Marcelo Reis, porque eles não os conheciam, eles são uns Zé Mané como nós, então eles devem falar nosso nome. Se aparecer um cara conhecido, Zé Serra, então ninguém queria ouvir, o próprio Bolsonaro. Então, estamos em um capítulo importantíssimo da revolução brasileira, mas acredito que ninguém entendeu isso, nem os líderes da história, nem muito menos, vamos dizer, os acusados, os comunopetistas, comunularápios ou como quer chamar. E esses últimos se fecharam numa autodefesa solipsista, acreditando-se a Coago pelas forças do grande capital, pelo imperialismo americano e por uma série de outros personagens que não aparecem na história, não tem ação nenhuma na história, você ver essa semana estava lá um embaixador americano levantando a bandeira LGBT no meio da embaixada. Quer dizer, o que ele está dizendo? Nós, governo americano, nós estamos no lado da esquerda brasileira, nós subscrevemos o seu programa cultural, apoiamos, por que que apoiamos? Porque nos Estados Unidos, as 397 maiores empresas, maiores grupos de empresas arrasadas aqui, todos estão apoiando uma ornamenta LGBT, então é uma coisa que vem de uma elite internacional enorme, muito ervique, poderosa, e da qual o governo brasileiro é o agente, o representante local, e que evidentemente é uma coisa que provoca uma revolta profunda no povo brasileiro, mas os representantes da elite, rejeitadas pelo povo, se fecham dentro de uma sala e acreditam que eles são o povo oprimido e eles não estão mentindo, eles não estão fazendo teatro, todo mundo me mandaram aquele vídeo do Sergio Mamberte, falando de cadê os black blocs, nós temos que ir para a rua, etc. Eles estão fazendo uma análise que expressa o que eles realmente sentem da situação, eles sentem que a situação é essa, mas ela obviamente não é, então nós temos um caso sujei nele, eu nunca ia ter havido outra situação dessa no mundo, onde você durante anos se fomenta uma revolta contra o establishment, e ao mesmo tempo você se transforma no establishment, então você está atraindo a revolução contra você mesmo, mas você não entende que é isso que está acontecendo, e os líderes do movimento de massa também não estão entendendo, e tentam outra coisa, então tentam fazer essa extra-terre do impeachment, evidente que quando os meninos começaram a marcha pela liberdade, tive que apoiá-los moralmente pelo momento, porque eles estavam fazendo a coisa com a melhor das intenções, com muita coragem, eu não queria desanimá-lo, mas por definição o impeachment é um ato pelo qual um esquema de poder se preserva livrando-se de um dos seus membros, quem faz o impeachment é o Congresso Nacional, é a classe política apoiada, pelo grande opinião pública, pela grande mídia, por todo o establishment, quer dizer o establishment espelha um dos seus elementos para ele se preservar, mas a massa que estava gritando nas ruas no dia 15, ela tinha clara consciência de que a gritaria dela não era contra uma pessoa, mas contra o próprio establishment, não é isso? Então é bom, se houvesse, da parte dos acusados, alguma consciência do que está se passando, eles teriam que dizer, olha, esse povo que está gritando nas ruas, eles estão dizendo o que nós deveríamos ter dito, nós aqui deveríamos estar instigando eles a fazer isso, mas acontece que como nós, nesse entre, nós pregamos a Revolução Brasileira para a destruição do establishment, mas é o mesmo tempo, nós, através do uso da estratégia gramaxiana, nos infiltramos, enviramos o próprio establishment e para financiar a operação tivemos que roubar muito mais do que o establishment anteriores, então agora estão numa posição onde enxergar a verdade, enxergar os fatos se tornou impossível para eles, porque se eles fossem chegar, eles teriam que confesar com aquele quadrinho do Pogo, se fizemos contato com o inimigo e ele é nós, então a Revolução Interna que o PT e seus aliados teriam que fazer para perceber que eles acabaram ficando do lado errado da Revolução, do lado oposto da Revolução, seria uma metanói, uma conversão, eles não têm capacidade de fazer e pelo lado dos líderes também, se eles tivessem compreendido a verdadeira natureza da situação, eles teriam visto que o próprio 15 de março era a hora da intervenção popular, era a hora de quebrar o establishment de uma vez por todas e se eles fizessem isso, nada poderia detê-los, absolutamente nada, naquele momento, então a Revolução esteve nas ruas e depois voltou para casa para aguardar uma decisão do Congresso enquanto o inimigo se reorganiza, se refazer, não está se refazendo muito, não tem nem está se reorganizando muito, porque não entendo o que acontece, mas vamos supor que houvesse ali dentro do circuito de vista, alguém capaz de entender e engolir a dura verdade que ao lado ter razão, talvez o PT até se salvasse, reciclando tudo, porque nós tomamos o bom de errado, tem que inverter tudo, talvez, na verdade pouco interessa, vamos dizer, essa revolução, essa destruição dos tablets no brasileiro e a criação de uma verdadeira ordem legal, é uma coisa que mais dia menos dia terá que ser feita, se o Brasil tem que continuar existindo, se ele não vai se transformar apenas num entreposto da ONU, não apende-se da patra grande, se é para ele continuar existir como na ação soberana, então isso terá que ser feito se não for agora e daqui a pouco, quanto mais a dia é pior, então vamos dizer, uma situação na qual todo serviço público, toda justiça, toda polícia, onde é tudo farsa, onde é tudo feito só para enganar, onde é até um paralelo, porque 98% dos crimes no Brasil não são resolvidos, isso quer dizer, o crime não é punido no Brasil, a possibilidade de ser punido é remotíssima, é uma estatística inversa do Japão, o Japão resolve 98 e tem 2% que eles não mexem porque daí acusa, e aí acusa é o established, então o established não se mexe, mas aqui no Brasil é o contrário, 8%? 8%? Só 8% então, mas 8% estão a favor do governo e 8% dos crimes são esclarecidos, 92% contra o governo e 92% dos crimes não são esclarecidos, quer dizer, um paralelo até simbólico, então simplesmente não é possível uma nação de 200 milhões de habitantes onde tudo, na ordem econômica, na ordem judicial, na ordem política, na vida policial, no sistema de saúde, onde tudo é fingido, não é possível contirmar isso, isso aí tem, o custo disso em vidas humanas é um negócio monumental e no entanto ninguém parece muito preocupado com isso, porque, quer dizer, é um país onde todo mundo está com medo, é a pessoa que está com medo, ela começa a se defender, mesmo quando ela não foi atacada, então quando a Pt agora que foi realmente atacada um pouquinho, muito menos do que ele atacou os outros antigamente, a tendência dele é de se sentir acuado e começar a não a produzir uma análise, mas a produzir um discurso de autodefesa, que é o pior que ele poderia fazer no momento, e por outro lado, você perguntar por que que o Pt não caiu? Ah, porque quando vocês tinham uma revolução na mão, vocês mandaram parar, agora fomos para casa e nós vamos começar a andar para a Brasília para ver o que aqueles deputados vendidos fazem no nosso favor. Bom, não é impossível que a classe política no curso dos próximos meses ela melhore muito, ela começa a entender algumas coisas, tem até política prestando atenção no que eu estou falando, isso é nada impossível, então pode ser que eles consigam fazer alguma coisa, mas ainda assim será, quer dizer, a semi-revolution, será 10% da revolução que o Brasil possui, quando o Brasil for uma revolução, não quer dizer ser uma matança, quer dizer, sempre até cai a queda do establishment, o establishment prazer, ele é muito fraco, o problema é que não tem ninguém fazendo nada contra ele, então, assim, passou 15 mais, o comuno Larápios continuou no poder, ninguém os tirou de lá, está muito difícil tirá-los, por que? Porque se espera que o agente que vai derrubá-los seja o próprio establishment, de novo, como nas revoluções anteriores, estuda a revolução de 1930 e vocês vão ver a mesma coisa, quer dizer, antes de 1930 havia um sistema que era nitidamente o estamento burocrático, que falava o Raimundo Faul, quer dizer, que meia dúzia de grão-senhora que mandavam na república, compravam votos e se mantinham lá no poder tirando todo o proveito pessoal e grupal, que bem entendia, teve um grupo que se sentiu prejudicado, que era um grupo de fazendeiros do Rio Grande do Sul, que então fizeram a revolução derrubar o governo, tomaram o poder e vieram com a melhor desintensão, falando, nós, eles queriam fazer uma revolução no sentido clássico do termo tal como eu o defino, quer dizer, a proposta de mudança estrutural a ser realizada mediante a concentração de poder, era exatamente isso que eles queriam fazer, eu chamo de revolução social outra coisa, não uma revolução social mas uma revolução política clássica, leninista, tomamos o poder, concentramos todo o poder na nossa mão e fazendo as mudanças profundas e nós, Estado, mudamos a sociedade brasileira, claro que não deu certo, 64 é a mesma coisa, os milímetros subiram lá com a mesma ideia, não, nós concentramos o poder, por isso que eles começaram a caçar os próprios políticos que os tinham apoiados, eles não queriam os políticos, queriam só eles e os técnicos, vão chegar de política e os políticos romperam o país, a mesma conversa da revolução de 30 contra os políticos da vera república, então vamos afastar os políticos e nós que somos pessoas honestas, não estamos aqui para roubar nem nada, nós vamos consertar o país de cima para baixo, mudando a sua estrutura mediante legislação e imposição do poder estatal, então de novo a mesma coisa da revolução de 30 e com a subida da esquerda ao poder foi a mesma coisa, não foi vamos dizer uma revolução declaradamente mas foi uma revolução gramaxiana, uma concentração de poder, então de novo o rebelde se tornou o establishment e passa ele a roubar em lugar dos anteriores, então é aquela perguntinha, uma musica americana, quando que eles vão aprender? O povo no dia 15 de março mostrou que ele já tinha aprendido, não confiamos em ninguém, não queremos que nenhum grupo tome o poder no nosso nome, não adianta vir com promessa, não acreditamos em ninguém, até nós mesmos que estamos fazendo as coisas, e veja você ter 2 milhões de pessoas na rua e mais 92% do país se apoiando na sondade da opinião, nossa eu sou dourado de qualquer revolucionário do mundo, mas se George Washington tivesse isso, George Washington não teve 92% de apoio nos Estados Unidos, muita gente ficou do lado de lá, tanto que teve ter a guerra civil, se não a guerra de independência não teria, então por assim dizer a revolução brasileira teve a faca e o queijo na mão no dia 15 de março, faltou uma coisa chamada, duas coisas, compreensão da situação e audácia, audácia sozinha não resolve nada, é compreensão da situação, sozinha também não resolve nada, é compreensão e audácia de agir em nome dela, num momento decisivo, a grande dificuldade foi que os próprios porta-vozes da população, os próprios líderes, vamos chamá-los assim, eu não acho que são líderes, foram porta-vozes durante um tempo, eles não tinham uma linguagem própria para equacionar a situação, então começaram a descrever-la nos termos próprios do establishment, quer dizer apenas a anticorrupção, o escândalo da Petrobras, é a mesma linguagem usada pelo próprio PT nos anos 90 com aquelas famosas CPIs, é isso, então o que foi uma revolta contra todo o establishment se transforma apenas numa operação política destinada a eliminar, a tirar de ser certos indivíduos ou mesmo um único indivíduo, usando o quê, a classe política que ela própria deveria ter sido removida, então uns raciocinam nesses termos, outros falavam em termos de intervenção militar, quer dizer imitando uma coisa que eles imaginam que aconteceu em 1964, mas não aconteceu, eles imaginam que em 1964 os militares tomaram o poder, não, militares tomaram o poder muito tempo depois do 31 de março de 1964, muito tempo depois, o que subiu ali foi uma elitice, viu, quem derrubou o João Goulart foi o Senado, não foi, o Al Morandrade que derrubou o João Goulart declarando a presidência vacante, quando ele não estava vacante, o presidente estava no território nacional ainda, ele estava no Rio Verde do Sul, não estava em Brasília mas, eu acho que na verdade não sabemos onde ele está portanto estava vacante, ele não é mais presidente e 80% ou 90% do Senado aprovou, então foi o Senado que derrubou o João Goulart, os militares entraram em linha de conta muito depois, ver nesse instante o Al Morandrade não sabia que o general Morão Filho estava descendo com as tropas de meninjadas, não tem a menor ideia da ação do militar, então foi de fato o movimento civil respaldado na ajuda tardia das forças armadas, isso foi muito complicado, o que aconteceu realmente, mas pessoal de hoje tem uma visão idealizada aquele tempo, imagina que os milico era um bando de heróis loucos para acabar com o comunismo e que eles tomaram o poder, não, a processo de tomado e o poder pelos militares foi lento e muito complexo, eles tiveram que ir derrubando toda a liderança civil que foi apoiada, foi muito complicado a história, então em 30 foi a mesma coisa, quer dizer, a revolução se fez com um movimento na ampla mobilização da opinião puro, que apoiou aquele movimento no início e em seguida, assim que eles se constituíram como governo, que chamavam de governo provisório ainda, ou naquele tempo as pessoas eram diferentes, falavam francamente em ditadura, então nós vamos instalar um governo provisório ditatorial, a palavra não era palavrão ainda, ainda assim falava, se ver na Lima Pruguesa, Fernando Pessoa escreveu uma teoria da ditadura, António Ferro, do treinário do Salazarino escreveu e falava, o salazarino, a ditadura, ele não se sentiu ofendido quando chamava de ditadura do Salazarino, porque era uma ditadura mesmo, Léonien falar de ditadura, agora hoje de ditadura virou palavrão, então a pessoa tem que florear um pouco o negócio e usar outra palavra, então em 30 foi uma coisa, se fizeram governos provisório ditatorial e governos provisório ditatorial, a primeira coisa que ele fez foi eliminar os seus próprios aliados, que queriam uma democracia, sempre, toda a revolução tem isso, tem um pessoal que se fixa nos fins a longo prazo e depois tem um pessoal que se fixa nos meios imediatos, e quando vem a contradição entre os meios e os fins, então aí você tem dois partidos, nós queremos a democracia no fim das reformas que nós vamos fazer, nós vamos sanear a sociedade primeiro para depois fazer a democracia, ou nós queremos a democracia já mesmo que a sociedade continue corrupta, sempre acontece isso, é acontecer uma revolução francesa, uma revolução mexicana, uma revolução cubana, uma revolução russa, a mesma coisa, na revolução panhola, mesma coisa, então só que havia uma diferença específica da situação brasileira que acho que ninguém percebeu que foi justamente esse caractere espontâneo da revolta popular, de uma revolta que não reconhecia líder, reconhecia porta-vozes, enquanto as portavozes diziam o que eles queriam, se viesse com outra conversa o pessoal já não aceitava, mas os líderes, os porta-vozes só tinham essas duas linguagens para usar, ou a linguagem dos CPIs dos anos 90, combate à corrupção, subscrito também pela mídia, ou então a linguagem da intervenção militar, que é a intervenção militar aqui, nunca aconteceu na verdade nem 64, que agora também não aconteceu, então isso é descrever a situação, pensa bem, por que falar em intervenção militar se você não vê nenhum zoom zoom entre os autos oficiais das forças armadas contra o governo, todas outras intervenções militares você viu um estado de rebelião aberta nos quartéis, na própria escala de 1930, do ano do próprio governo, João Getúlio, os militares tramavam abertamente contra o Getúlio, o ministro da guerra dele, General Góis Monteiro, recebia os revoltos, os generales revoltosos na sua gabinete, discutia com ele como é que não vão derrubar esse cara, então você viu um estado de agitação entre os autos oficiais, você não viu nada, os militares estão lá quieto pensando no soldo deles, e você clamando por uma intervenção militar como se eles tivessem ansiosos para tomar o poder, não estão ansiosos só para aumentar o soldo, você não viu outra conversa, não ser dois ou três oficiais, e sobretudo porta-vozes civis do suposto pensamento militar, então, ou seja, o clamor por intervenção militar não refletia a situação real, era um desejo que as pessoas tinham, assim como o clamor por fim da corrupção também não reflete uma situação real, porque não se trata de corrupção, se trata de uma articulação, toda uma articulação de poder entre o movimento comunista internacional, grandes interesses globalistas, interesses sobretudo bancários, a classe política local e uma série de outros aliados, é um negócio altamente complexo, você não vai entender a corrupção do PT sem entender o Furo do São Paulo, se você não assia apenas contra a corrupção, você estava imitando o discurso que o PT usou nos anos 90, com esse discurso de anti-corrupção ele cortou um monte de cabeça, eliminou todos os seus adversários e em seguida arrombou, a porta aberta e dominou tudo, então, eu estou tentando escrever a situação, tal como você pode vê-la, se você não tiver uma agenda prévia, a não ser que você, não posso dizer que eu não tenho nenhuma agenda prévia, minha agenda prévia é a agenda da Revolução Brasileira, quer dizer, uma agenda de uma tendência histórica que vem a 200 anos e que é a história do Brasil, a história da Revolução Brasileira, e se você se identifica um pouco, o país você se identifica com essa revolução de qualquer maneira, a revolução que já se expressou através de movimento da esquerda, de direita, de mil outros, mas que sempre dá no mesmo problema, porque é sempre um grupo que toma o poder e vira ele mesmo o establishment, então, quer dizer, é uma revolução que não você não consegue equacionar nos termos ideológicos usuais, porque ela transcende e abrange a direita esquerda, inclusive, vamos dizer, esse desejo de maior pureza, maior honestidade na política, que é comum a essas correntes, todas elas vieram com esse discurso no seu devido tempo, então, quer dizer, você querer que a administração pública do Brasil seja uma entidade impessoal e científica, como a administração de qualquer país do mundo, claro que de vez em quando aparece um político querendo usar para seus fins e etc., mas que nunca sede totalmente, certo? A burocracia tem uma estrutura própria e não tem governo eleito ou impossado a força que possa dobrar tudo isso, e ver aqui no Estados Unidos o Obama faz o diabo para ver se ele consegue manipular a administração federal em seu favor, mas o sucesso é muito limitado, tudo aquilo que ele quer impor aparece em milhões de obstáculos, e não fica porque o pessoal acaba esquecendo, mas no Brasil não, no Brasil o establishment é todo poderoso mesmo, não há nada contra ele, pela primeira vez apareceu um obstáculo a altura que é o povo na sua totalidade, então é uma situação onde os personagens todos estavam abaixo da situação, os líderes do movimento, os petistas, todos todos todos, ninguém entendeu para dizer a grandeza do momento, esse momento passou, não, não passou ainda porque o estado de revolta ainda é, o mesmo, pode ser restaurado, pode, pode desde que as pessoas entendam a natureza mais profunda do processo que elas estão protagonizando de algum modo, eu dei essa análise não só pelo interesse político que ela tem, mas como a mostra desse método que eu estou tentando passar para vocês e que às vezes tem até dificuldade de expressá-lo verbalmente, quer dizer o que é filosofia é a busca da verdade, mas não da verdade puramente teórica, a verdade que se transforma em teses, mas da verdade na realidade, a verdade encarnada por assim dizer, sobretudo nós que estamos dentro da civilização cristã, tem uma mensagem que nunca pode esquecer, quando o Cristo diz eu sou o caminho, a verdade da vida, ele mostra que a verdade não é uma doutrina meu filho, a verdade não é uma série de palavras, a verdade é uma encarnação, uma coisa que acontece, então nós que estamos dentro da civilização cristã, nós temos mais obrigação ainda de entender esse caráter concreto e vivente da verdade, da qual nós somos porta-vozes muito precários, nenhuma voz humana poderá dar conta de uma situação histórica inteira, eu estou dizendo até a parte de onde eu vi, mas tem muita coisa que eu também não vi, então isso aí vai se completando por assim dizer aos poucos e todos nós acabamos vivendo a verdade de uma narrativa histórica que nos transcende e que às vezes a gente só vai compreender muito tempo depois que as coisas passaram, mas no instante que as coisas estão se passando, é preciso um esforço muito grande para entender e para não cometer erros nem injustiças, sobretudo ao julgar os personagens históricos, nós temos que dar todo o desconto, eu disse eu passei a vida estudando isso tentando entender isso, às vezes tudo se torna nebuloso para mim e imagina por isso que chegou agora no cenário, é muito difícil, não estou condenando ninguém, não estou cuspindo a cara de ninguém, então essa é a análise que eu tenho que fazer hoje com uma amostra, fazer a intervalo da que eu porguer em devolta. Então vamos lá, tem várias perguntas interessantes aqui, o Marcelo rondou uma pergunta, segundo as palavras do ex-agenda KGB Yuri Bsm9, a revolução conterece em três etapas, desmoralização, desestabilização e normalização, levando-se em conta o projeto de quebrar a indústria nacional com a ajuda da China, podemos considerar que a revolução do Brasil está na segunda fase, o fato de hoje em dia, para esse caso, ter sofrido um imenso trabalho de desmoralização de maneira de se tornarem capazes de identificar as ameaças em torno, é motivo de maior peso para justificar por exemplo a falta de interesse do oficialado das forças armadas pelo grupo da revolução. Bom, então eu acho que o seguinte, eu acho que não dá para nós colocarmos a cronologia do processo brasileiro nesta ordem que ele coloca, porque houve este monstruoso erro de cálculo do PT, de que podia ao mesmo tempo, a sambaar cá, se assumir a liderança da revolução brasileira e fazer isso por meio da estratégia do Antonio Grâmbel, que é uma estratégia de ocupação do Estado. Então por causa disso, então o negócio ficou totalmente, a situação ficou totalmente atípica e claro que nós podemos usar essas escalas do Yuri Bsm9, mas elas não se aplicam de uma maneira literal, de ter interrupções, de ter contramarchas e eu acho que esse caso que eu descrevia nesse artigo basta fora, é talvez a maior contramarcha revolucionária que já houve, só que eu só expliquei um lado da contramarcha que é o lado petista, o outro lado que foi, vamos dizer, a interrupção do processo pelos próprios líderes que está antipetistas, eu não analisei ainda, pelo menos não analisei por escrito, mas inclusive uma segunda pergunta que nos ajudará a esclarecer isto, Paulo de Tarno, penso que o pessoal do MBL, que simular o que aconteceu em 1964, pois a marcha pela liberdade pensava que se reuniria milhares de brasileiros para forçar o Senado de roubar o presidente. Minha pergunta é simples, como organizar e efetivar a revolução do poder das armas ou o mesmo poder resistência armada? Muito bem, então o que eles quiseram foi exatamente isso, acontece que na hora que você conseguiu reunir a massa e que ela está unificada em todo o processo, não se para, você perde esse momento, você perdeu tudo, quer dizer, como é que você vai esperar que daqui num século quanto tempo vai haver uma outra repetição da coisa, numa data incerta em Brasília, sobretudo no momento em que você está passando a bola de novo a classe política, que a massa já havia rejeitado, é claro que foi um erro de estratégia, as pessoas que estão envolvidas nisso, elas se empenharam muito, comemoraram as intenções, apostaram nisso e acham que isso ainda vai ter futuro, eu digo, talvez possa ter futuro, pode ter ou pode não ter, mas o fato é que aquele momento ele não é um futuro, era uma realidade já, ele já tinha realidade, uma situação francamente revolucionária, e esses momentos eles deixaram passar, agora é claro que a mídia aumenta o negócio, por exemplo, o fato de que no segundo passear a abrir o avião um pouco menos de gente, a mídia já disse, o movimento de Pifu etc etc, então eles não fazem a mesma comparação, vou lá, se parar da gay que baixou de um milhão e tanto para 50 mil pessoas, eles não vêm fracasso nenhum, mas essas distorções fazem parte, inclusive na época eu avisava, olha, olha, um dos principais focos de resistência do governo é a mídia, eles têm a mídia faz crítica, mas faz crítica copiando o discurso espetícito dos anos 90, o anticorrupção, isso, portanto, tornando o movimento apolítico, esvaziando-se, entendo ideológico, e evitando tocar na questão do Fora de São Paulo, sobretudo, ou seja, tentando minimizar já o movimento, e se minimizar no sentido ideológico e estratégico, quanto mais não vai minimizar no sentido quantitativo, então a mídia era um dos focos que tinham que ser atacados, quer dizer, nos dias seguintes era preciso fazer manifestações de protesto diante das redações, forçar e pressionar e intimidar a mídia para que ela diga verdade, porque ela está obviamente escondendo, e ela não vai começar a dizer verdade só porque você fora mingou no Facebook, então, quer dizer, exercir a pressão direta nesses pontos era muito importante e nada foi feito disso aí. Como organizar e efetivar a revolução seu poder das armas, olha, o poder das armas vem sempre atrás, meu Deus do céu, você não for na frente e ele não virá, quer dizer, dificilmente toma o iniciativo, quer dizer, a era dos puros golpes militares na América Latina, primeiro que nunca foram puros golpes militares, mas houve um momento onde os militares predominavam, mas esse momento, efetivamente, já passou, quer dizer, você não pode fazer, para você fazer golpes militares, você precisa de uma sociedade muito rala, como você tinha em 1920, 1930, até 1940, onde você tem uma espécie de vácuo que um pequeno grupo militar ocupa o espaço, hoje não dá para fazer isso, você tem imensos interesses em jogo, é o interesse da grande mídia toda, dessas grandes empresas, os militares não vão passar por cima de tudo isso, quer dizer, eles só, a força das armas é um elemento auxiliar, você não pode esquecer, quer dizer, o principal é o lado político da coisa, e os militares, eu digo, francamente, iriam para o lado mais forte, eles não querem arriscar a pele, então era um momento de mostrar força. Vamos lá. Laura Schwartz, eu sou um bibliófono livrômolo e confesso que eu estava muito indo conhecer sobre a Broteca, mais pelo dono que pelas obras, já possivelmente eu vou dizer quais são as tíras das obras que estamos enxergando aqui, as suas costas, fácil, né? Então, aqui são livros que eu realmente estou usando no momento, né? Estou estudando no momento, alguns que eu estou sempre estudando, o Paul Friedländer, o livro do Kola Kovsky, The Man's Curse of Marxism, a história dos papas, o Fond Pastor, as leituras permanentes que eram istótis de Platão, sempre, estou sempre aqui. Aqui são livros religiosos, a Bíblia, comentários da Bíblia, os sermões de Dom Marmião, que são o maiorador sacro do século 20 e outras coisas pelo gênio. Ali em cima tem algumas coleções filosóficas mais prediletas, o Eric Wergling inteiro, o Cornel Fabro, que não está inteiro, porque não saiu inteiro, mas estou colecionando, ali o Xavier Zuviri, duas séries de obras com Fred Ortigas e Juliano Marias, lá em cima são obras de interatura que estão lá, simplesmente porque estão lá. Aqui embaixo também são livros que eu vou dizer. A gente tem uma certa predileção pessoal, como a história da literatura do Carpo, que eu estou sempre voltando a ela, do livro do Arthur Kessler, que é uma delícia, e outras coisas pelo gênio. E aqui embaixo tem um monte de edicionários, ali e aqui nessa coisinha circular, da dimensão de edicionários. Isso aí é o livro que eu estou sempre voltando a eles. Daikers no Alonso, pergunta. Ver como os grandes problemas sobre o poder estabelecido hoje que o PT e a esquerda comunidade detêm uma unopara da preocupação social, com outra com a pobreza. Esse pensamento pode ser revertido de alguma forma. Bom, mas é uma grande ilusão deles pensar que eles estão preocupados com a pobreza, que eles ainda estão se vendo como os porta-voz dos pobres, quando eles são porta-voz dos 8% e os 8% são a elite. Se você pensar nesses que apoiam, é grande ilusão pensar, não, quem apoia o PT, o pessoal do Nordeste que está recebendo o bolso da família, eu falo, meu Deus do céu, isso é uma loucura. 8% é a elite, é ela em peso, é gente interessada. Quer dizer, quem está apoiando o governo é quem precisa dele para sobreviver, não porque está recebendo bolsa da família, não porque está recebendo muito mais. E gente que, se o governo cair, vai cair junto. Quer dizer, vocês imagina essas investigações de corrupção, se cai essa muralha petista, enquanto a gente vai para a cadeia depois, é muita gente demais que está interessada nisso. São esses 8% que estão defendendo o PT com unhas e dentes, ou seja, não defendendo ostensivamente, ele pode até falar mal da boca para fora, mas bloqueia investigação, some com papel, etc. Joel Salles, eu acho que não possui o caminho para destituir o establishment através das duas grandes correntes religiosas do Brasil, católicos e evangelhos, sem sombra de dúvida. Quer dizer, o que está a revolta no Brasil é de inspiração eminentemente moral e religiosa. Moral, por causa dos escans, da corrupção, etc. E religiosa como resistência a essa prepotência do governo abortista, gayista, etc. Está tentando impor as coisas que são absolutamente contrárias a tudo que a população ama, venera, etc. Estão tentando esmagar o sentimento popular. Então é claro que isso provoca a revolta. Eles também se precipitaram, foram muito presunidos. A ideia é uma afirmativa, você criar uma situação na qual aquilo que você deseja impor é colocado como se já fosse aceito por todo mundo. Quer dizer, você ter opinião de 3%, você começa a vender sua opinião como se fosse de 93%. Como se todos fossem eleitores do Jean-Wylis, que é um cara que não tem eleitor nenhum. Eles fazem isso não por meio legislativa, mas através de medidas administrativas, agindo diretamente nas escolas, nas secretarias de educação, etc. Então impondo uma situação fictícia como se ela fosse verdadeira. Mas existe um limite para isso. Porque aquilo que é uma situação fictícia que você inventou, que você quer fazer passar como verdadeira, não é ela que o povo está vendo? O povo está vendo a modificação real, o que acontece mesmo. Você está provocando uma raiva que era desnecessária. Ou seja, se eu fosse o Jean-Wylis, eu quero implantar aqui a agenda gay de tal maneira que ninguém mais reclame. Eu digo, leva 50 anos, meu filho. Tem que continuar com aquele negócio grampigiano, quietinho, discreto, não pode ter o Jean-Wylis berrando no Congresso. É muito difícil fazer isso. Quer dizer, você precisaria amortecer a população em vez de irritá-la. Você tem que fazer a vítima dormir em vez de acordar. E o que eles fizeram foi despertar a consciência popular do horror que eles estão fazendo, sobretudo por causa... Vou dizer, você não pode ao mesmo tempo. Você quer implantar essa agenda abortista, gayista, nas escolas com crianças pequenas e ao mesmo tempo manter áreas de moralidade. Até eu não coloquei uma nota para... O pessoal está se mostrando mais desprezível do que eu poderia imaginar, porque eles querem ensinar as crianças a já praticar sexo oral desde pequenininho, etc. Mas se você diz um palavrão, eles se sentem descandalizados, porque isso é imoral. Então é uma coisa tão desproporcional, tão feia que você vê que são mentes completamente deformados e eles estão se expondo. Quer dizer, a hora que o Jean-Wylis diz que o projeto da lei anticristofóbica é um escárnio com o pessoal LGBT, quer dizer, é um desrespeito. Eles estão desrespeitando o nosso homossexualismo. Então eles podem desrespeitar, o Jean dos outros quanto queira, mas se você toca no sacro-santo homossexualismo, já já... No seu sacro-santos impulsos anais, você é um monstro. Quer dizer, que coisa mais feia, mais disforme, meu Deus do céu. Quer dizer, como é que você vai agir assim e depois querer bancar o cristãozinho? Apareceu o papai de Lancia Lóter dizendo que, de fato, os gays estão pendurados na cruz. Que gay nada, eles estão matando 180 mil cristãos por ano. E a criminalidade anti-gay é absurdamente irrisória, estatisticamente é um nada. Quer dizer, prova que não existe uma perseguição anti-homofóbica no Brasil, mas existe uma perseguição anti-cristão no mundo inteiro. Então, quando o frente começa a bater muito de frente com a realidade, das duas uma, ele precisaria ser muito mais psicopata do que ele é mesmo, para convencer as pessoas disso. Quer dizer, o sinismo dele teria que ser imensamente maior. E ele não acredita que o Jean, ele seja um psicopato, ele é apenas um estérico, né? O que imita e houve as coisas, você é repetindo, acredita no que houve, no que ele mesmo fala. Então eu acho que a religião dos elementos fortes da Revolução Brasileira, quer dizer, a religião tem que ser contra o establishment, porque o establishment é imunal, ele é assassino, é criminoso, etc. Porém, isso aí nos coloca um outro problema, que é o problema de você analisar a Revolução Brasileira no contexto mundial, no contexto do globalismo triunfante, por assim dizer, não tão triunfante quanto gostaria, mas praticamente triunfante. Quer dizer, na medida que o Brasil se coloca frontalmente contra essas coisas que a própria ONU quer nos impor, eles se tornam a pedra sapato, no sapato da própria nova hora em global. E como vai ser isso então? De quais as perspecções? O problema que eu coloquei na conferência, o fim do ciclo nacionalista é o 89, no Brasil quer se impor como nação numa época onde não é mais a época da formação das nações, mas a época da sua dissolução. Então, de certo modo, assim, o Brasil contra o mundo. Eu até fiz uma comparação para o Brasil, tem reservas de diamantes enormes. Se isso entrasse no mercado legal, cairia o preço dos diamantes. Então, só pode entrar para o bar do Pano. Quer dizer, o Brasil está obrigado a desempeiar um papel surro na história, porque se ele for tentar se impor, são forças enormemente poderosas que se voltaram contra ele. E assim, por exemplo, tem muitas outras coisas. De certo modo, o Brasil contra o mundo, mas o Brasil representando forças de resistência que existem em todos os países também. Você vê que, muito tempo atrás, eu propus ao ex-presidentita Mar Franco que ele fizesse no Brasil um Congresso Nacionalista Internacional. Pega todas as resistências nacionalistas que existiam à nova ordem mundial, série de direita, de esquerda, cultural, reivostos. Então, reunir todo mundo aqui e pensar o que será das nossas nações neste futuro próximo e o que podemos fazer para deter este avanço das três forças globalistas. Infelizmente, o plano foi parar na mão do Inácio Ramone, que é o homem do Limão Diplomático, e ele marqueou o negócio de não fazer outra coisa, inventou o Foro Social Mundial. Claro que eu não fui culpado disso no meu projeto, não era isso. Mas o Tamar bobiou e fizeram o Foro Social Mundial e nem sequer o convidaram. Então este problema das sobrevivências das nações, esse é um grande problema. As sobrevivências das nações têm a ver com as sobrevivências das suas culturas. Tem a ver com as sobrevivências das suas culturas, tem a ver com as sobrevivências da sua religião. É isso que está sendo, dizer, num plano internacional. Isto entra em linha de conta, é isso que nós teremos que discutir. E é por isso que eu acho que você tem razão, quer dizer, o cristianismo de modo geral é um fator de resistência no Brasil. Enrique Augusto Torres Simplicio. Eu estou tentando estudar a percepção da ordem segundo o ponto de vista sociológico. Atualmente eu definido ordem com uma conformidade de determinadas valores, não é? Desejado por um grupo. É possível afirmar que tal definição é correta? Não, essa definição já limita a perspectiva desde o início. Quer dizer, a moral, desde um ponto... Se você pensasse, se a moral desde um ponto de vista sociológico, quer dizer, precisa ver se o ponto de vista sociológico é capaz de abarcar esse problema. Eu acho que a sociologia não tem nenhuma autoridade na ordem dos programas morais. Ela pode apenas averiguar condutas e discursos morais como fenômenos sociológicos, mas eles não são eminentemente por si mesmos, por fenômenos sociológicos. Quer dizer, a moral é um domínio independente e sobretudo do ponto de vista que eu estava falando com eles, que é da formação da própria consciência do filósofo. Se você toma a moral apenas como o discurso, as preferências de um grupo sociológico, você já tornou seu ponto de vista necessariamente subjetivo e escravo das perspectivas desse grupo. Você tem que se esforçar para alcançar, quer dizer, um padrão de consciência moral num nível muito mais universal, onde não há mais regras morais, mais somente princípios morais, de uma amplitude muito grande. Então, as pessoas não entendem muito isso, por exemplo, porque se você pegar os 10 mandamentos, não os 10 mandamentos é uma regra moral, todos eles são princípios morais, quando é um princípio é uma coisa que não pode ser traduzida no plano da conduta individual concreta de modo direto. Ele tem que sofrer uma série de mediações para se transformar numa regra concreta. Isso quer dizer, de um mesmo princípio podem nascer muitas regras diferentes conforme distintas situações históricos sociais. Por exemplo, se você ver, o mandamento não matarás, ele é um só e quantas legislações criminais diferentes e conflitantes ele não inspirou, porque você, duplando os princípios universais para as regras concretas, você entra a interpretação, esta sim baseada nos valores de determinados grupos. Mas eu acho que o filósofo por si mesmo, ele não tem nada a ver com um grupo nenhum, ele deve tentar, vamos dizer, se impregnar nos princípios dos princípios em toda a sua pureza universalidade, tornando-se ao mesmo tempo suficientemente plástico elástico para poder compreender diferentes regras, diferentes regras morais conflitantes. Caio Casaruto pergunta, ao notar suas análises acerca da política e da sua ação brasilatual, vem me percebendo uma ambiguidade sobre a noção de soberonia. Ela consiste no seguinte, a origem o fundamento do poder reside no povo, porém o exercício de poder tende sempre a uma oligarquização, a decisão política de uma instância tomada com um grupo para reduzir-lhe pessoas. Pergunta, essa ambiguidade é inerente a própria realidade da soberonia ou depende do sentido que se lhe atribua? Não, essa é inerente, porque se o povo não tem porta-voz, essa voz dele não é ouvida, mas ao mesmo tempo os porta-voz, se falam em nome dele, também tem exerção à autoridade retroativa sobre ele. Então este fenômeno é um desses contradições que são permanentes e constitutivas, das condições humanas. Mas o fato de ela ser permanente é exatamente o que produz, a variedade de soluções dada a esse problema ao longo dos tempos. Quer dizer, como você preservar a soberonia popular sem você tornar o governo uma máquina ineficiente paralisada, porque toda hora vai ter que fazer um plebiscito a respeito de tudo. Isso é um problema permanente e ele não tem solução teórica, ele só tem solução prática. Eu acho que, por exemplo, no Brasil, você vê que durante 20 anos essa turma da esquerda defendeu a democracia direta, a democracia plebiscitária, etc. E na hora que o próprio povo está ingercendo a democracia direta, daí eles ficam aterrorizados. Quer dizer, a democracia direta contando que eu seram representando pouco, se é o outro eu não quero mais. Mas, certamente, não eram tão favoráveis a democracia direta assim. Então, a democracia direta era um plano como tal do orçamento participativo, que aplicava no organo do sul, cuja maior característica é que ninguém participava, só a elite, só quem eles convocavam. Você convocava, se você põe lá um edital, assim, na parna 45 do Diário Oficial, pequenininho, convocamos a população para participar da elaboração do orçamento, o diatal, não dava nem endereço. Daí, se avisavam os seus cupinhos, vamos lá fazer o orçamento participativo, nós somos o orçamento participativo. Então, a democracia direta às vezes é a mesma coisa, é a mesma palhaçada. Só que, de repente, a democracia direta se encarnou. Eles até falavam, nós queremos a democracia das ruas. Fala muito bem, é o que nós temos agora. Então, por que você não está gostando? Por quê? Porque você virou inimigo e você nem percebeu. Você virou a classe dominante e não percebeu. Você vê que essas análises vagabundas, feitas no esquema marxista, baseadas exclusivamente na hora da propriedade jurídica dos meios de produção, que é uma estupidez. Você lê, por exemplo, o livro do Wright Mills, A Elite do Poder, um dos anos 50, ele perguntou quem manda mesmo no Estado do Unito. Então, ele foi ver que longe de existir uma classe dominante que tem o dinheiro, que é a próxima legal dos meios de produção, manda tudo, não, você tem uma variedade de canais e agências que constituem a classe dominante sem precisar ter nada da propriedade jurídica dos meios de produção. Mas usando esse esquema marxista já, pôde, mofado, quer entender tudo com base nisso e chama esses microcefals, tipo Vlad Mersafato, Guia Mersada, para fazer os diagnósticos para ele, Sergio Mamberte, meu Deus do céu, né? Quer dizer, aquele tipo absolutamente decadente, caquético, mumificado já, para explicar a situação para ele. Você não sabe, não, meu filho. Você tem que ler os negócios e dizer, ó, vou lá, não tem asam. Essa é a verdade, né? Aqui, levando-se em contas, continua o Caio Casaroto. Levando-se também aqui no Brasil, ainda não temos uma identidade nacional, que é a tendência de oligarquização aqui, é maior que em muitos outros países. Posso dizer, quanto mais fluida for a identidade nacional do povo, mais sujeito ele estará um elite que exerce o poder em benefício próprio, mas sem sombra de dúvida. Esse é o grande... Quando eu falo de revolução brasileira tem dois sentidos. O um é o sentido que os políticos, militantes, dão aqui, ó, e querer fazer uma revolução para concentrar o poder na mão deles e daí eles modificam tudo de alto a barra. Isso é o que eu chamo de revolução. Quando eu falo de revolução social, é outra coisa. É o povo querendo se libertar dos que estão oprimindo, roubando e enganando. Isso é outra coisa completamente diferente. Então, a história do Brasil é a história de uma longa revolução social frustrada por várias revoluções estrictos sensos. E cada uma promete, mas não pode fazer, pelas próprias naturezas. Quer dizer, é um grupo iluminado, nós vamos lá, nós vamos refazer o Brasil de alto a barra. Você tem que fazer exatamente o contrário, meu Deus do céu. Você tem que fazer a revolução para impedir que o exterminismo continue oprimindo e sufocando o povo. Você tem que abrir para que o povo tenha iniciativa e seja criativo. Você vê por um momento que tem um negócio que você discutiu, um negócio da economia informal. O cara foi fazer a conta e viu que a economia informal, esse economia que não tem nota fiscal, não tem reggito, coisa... Era 60% do PNB, meu Deus do céu. E de por que não deixaram, por que não incentivaram tudo? Não, nós temos que regulamentar, porque senão que vai apagar nosso imposto. Então, vamos regulamentar tudo que é microempresa, etc., etc., botar todo mundo aqui na receita federal. O que é o interesse próprio não é no interesse da nação. Esse interesse do grupo dominante é ele que produz imposto. Quer dizer, se o povo, por sua iniciativa, já está resolvendo seus problemas, né, da economia informal, para que você vai tirar o dinheiro do povo para dar dinheiro para o governo, para o governo resolver o problema do povo? É uma coisa... É aquela coisa que diziam da... Portugal é mentira, mas era uma piada que circulava, porque Portugal exportava, curtiu, se importava a rolha. O português não faz isso, ele dizia. Quem faz isso é o brasileiro. Ele dizia, em vez de você resolver o problema pela maneira mais direta, você faz toda uma volta que complica tudo e introduz aí uma série de despesas absolutamente inúteis. Porque tem o salário do seu senador, seu deputado, tem o salário perfeito, tem o maneiro de ser que? E no fim o que vai ser aplicado no benefício do povo é mínimo. Por isso quando... Uma vez não para, não é? Eu vi isso aí. Não desmola, contribua para as campanhas. Você está doido, se eu dou 10 reais, por mim digo aqui, ele vai beber 10 reais de pinga. E se eu der para você, quanto vai sobrar para a pinga dele? Tem a conta de telefone, tem o salário do seu fulano, tem o alugador da sala, sobra 2 centavos de pinga, não dá, vai lá, toma a pinga inteira, porra. Mas ele vai se beber da faria, mas o dia não é dele. Ele não tem nem mesmo esse direito, se você estivesse na sua ação dele, você estaria bebendo muito mais do que ele. Ele não tem nem direito de escolher o que vai fazer com o dinheiro que você está dando para ele. Quer dizer, para que complicar? Dá o dinheiro direto. Tive um economista que falou isso, ele pegou todos esses movimentos, essas campanhas sociais que eles estão fazendo. Seria muito mais eficaz, tem que ter um helicóptero de dinheiro e jogar o dinheiro para o povo direto. Seria mesmo, ele fez o calco. Então o que nós precisamos é de uma revolução social, quebrar o poder do establishment e fazer com que o povo seja liberado para ele poder ter iniciativa, criatividade, resolver as coisas da maneira que você não consegue nem me imaginar. Você vê, não tem aquelas favelas do rio, esqueci o nome delas, que elas fazem o seu próprio policialmente e não tem criminalidade lá dentro. Então os negares, se você quer ficar com a arma, a gente também contrabandeu a arma, nós também, só que nós contrabandeu a arma para manter a ordem aqui, aqui o bandido não entra, ponto acabou, resolveu o problema. Agora assim não pode, tem que ser pelas instituições, não sei o que, bom, então, daí todo o dinheiro que eu vou usar para comprar a arma já vai ter que alimentar o mundo e vagabundo pelo caminho, e no fim o traficante vai ter mais dinheiro do que os coitados moradores. Então se eles sabem resolver o problema deles, que direito tem o governo interferir, meu Deus do céu? Não precisamos de uma revolução libertadora, não organizadora, não uma que vai refazer a sociedade brasileira. Não, ninguém precisa refazer a sociedade brasileira, ela tem que ter o espaço para ela se fazer assim mesmo, sem ser dirigida por grupos iluminados. É isso? Bom, eu acho que Nelson Fir, o pergunta foi sobre o talhecimento da cultura, da religião, da língua, o seu elemento chave para interromper o ciclo revolucional no Brasil? Sim, o ciclo revolucional não é o sentido da revolução política. Mas para fazer flurecer a revolução social, que dela nós precisamos. Quer dizer, a revolução social não é uma revolução no sentido que eu defini no mental da revolucionária, onde o assunto não era isso, onde o assunto era o pensamento das elites revolucionárias mesmo. Quer dizer, a revolução social é uma revolução realmente do povo. Isso aconteceu em vários lugares. Mas no Brasil você tem um ambiente mais propício para isso. No momento é assim, o povo inteiro é isso dele contra o Estébric. Quer dizer, não, nós não queremos que o Estébric expulse um dos seus membros corruptos e para ele sobreviver, porque ele inteiro caia. Nós não queremos resolver o problema através da ordem legal, porque a nossa ordem legal, os crimes não são punidos, os bandidos são recompensados e nós somos governados por ladrões. Mas tem a ordem legal não há outra. Todo mundo sabe que o Estado foi todo aparelhado. Bom, se o Estado foi todo aparelhado, você não vai apelar o Estado para que ele se desaparê-lo. Você tem que desmontar, ele criar uma verdadeira ordem legal, verdadeira ordem urídica, que todo mundo sabe que é. Qual é a verdadeira ordem? É você pegar leis e cumprir-las. Por exemplo, o pessoal com cristalfobia fala muito bonito, aleante com cristalfobia, como acontece que tem um artigo 208, o Códio Penal, que é a lei do traje acústico, que se aplicado, basta para resolver o problema 120%. É só cumprir o artigo 208. Agora esses caras vão ser acampando a lei da cristalfobia. Por que em vez de fazer isso, você não move um processo contra os caras que estão fazendo ataques, bracíamos de humilhante a religião. E faz um mundo e o processo acaba com essa polgânea, não precisa de uma nova lei. Aqui você tem uma lei que já pune aqui, e a lei não é aplicada. Se fazer uma segunda lei, é só fazer outra lei que também não será aplicada. Quer dizer, tipo com a solução bacharelésquia. Fazer uma conupopel, fala, nós não precisamos disso, nós precisamos da ação. Agora, a justiça não se move por conta própria. Quando é que vão aprender isso? Quer dizer, tem... Eu lembro daquele filme veredito, foi um cumpão nilma, que inclusive é um filme anti-católico, mas a lição está certa. Ele no final, ele diz, os tribunais não existem para fazer justiça, mas para dar a você uma chance de fazer justiça. Então a justiça, vamos dizer, ela não tem que sair investigando todos os crimes e por não, você tem que ir lá e dar uma queixa, meu Deus do céu. Então esquece esse negócio de lei de cristalfobia junto a toda essa força política que está fazendo isso, fala, vamos juntar aqui, vamos ver quantos processos nós podemos fazer contra esses caras. Não é que todos esses caras na cadeia em 24 horas, acaba essa porcaria, acaba essa conversa. Quer dizer, por que fazer tudo pelas vias do STEBORG? Em vez de usar os instrumentos que você já tem. Então isso eu não estou instruindo as pessoas que estão aqui fazer, eu estou só fazendo análise que são óbvias, não tem... Não me cabe levantar bandeiras nem liderar movimentos, mas tem certas coisas que eu tenho obrigação de explicar porque elas são obviamente assim. São certas relações, certas conexões de causa e efeito que se você passar por cima delas, elas vão passar por cima de você. Agora isso eu notei ao longo de... Eu conheço a vida de muita gente, vocês não imaginam o número de chatos que veio me contar a vida deles. Vai estar aí pela ordem de 5 mil. Se não me pega aqui, pega no bar, a minha mãe me abandonou, meu pai não gostava de mim, estou sem dinheiro, teve morrói, etc., etc. Então é uma sucessão desgraceira ao longo do tempo e eu também, ao mesmo tempo, se me interessei muito pelo problema da biografia, quer dizer, da narrativa, a unidade da narrativa. É claro que o nível de consciência que eu já tenho em um certo momento depende da unidade da narrativa que ele tem sobre a sua própria vida. Ele tem que estar continuamente refazendo isso para não perder o fio da meada, saber onde ele está mais ou menos e saber quais são as partes que ele tem que esquecer porque são irrelevantes, é inútil, tem que ser para o futuro e quais daqueles que ele tem que lembrar que vão orientar no futuro. Consciência já dizia Mauriz Pradín, é uma memória do passado preparada para as tarefas do futuro. Então sempre pensei muito sobre um montão de livros sobre isso, um montão de livros sobre a arte da biografia, a história da autobiografia do Gerd Misch e de montes de livros desse tipo. E com o tempo eu fui observando que é impressionante o número de pessoas que não têm a menor consciência autobiográfica. As não são capazes de perceber a conexão entre suas decisões e as consequências. As não sabem quais são os fatores que provocaram as situações que elas vivem. E não é que elas não sabem porque elas são muito boas, não porque nunca pensaram no assunto, nunca ninguém avisou, olha a sua autobiografia é uma coisa que você está produzindo, você não produce ela inteira evidentemente, tem uma parte de coisa que são os outros que decidem. Mas as suas decisões, se você inventou, se você não sabe distinguir direito o que é a sua parte na história, que é a parte dos outros, você não sabe nada, você está levando. Conheci do meu, contei a história para vocês do Adriano Colândia, o que foi lá, invadiu a tendo de Macumba, invateu nos Pai de Santo, mas Pomba Gira nos eixu, todo tem outro que aconteceu ao contrário, foi lá desafiar ele, ele era um pouco certo, parente meu, lhes pô, entrei lá, levei porra de tudo o que eu tenho, lá não sei até agora quem bateu em mim. Até assim o Brasil está assim pô, então essa consciência autobiográfica é uma coisa muito importante você, daí por isso a arte da confissão, a arte da confissão não é só para você ser rei de mil dos seus pecados, é para você dar a Deus uma chance de Ele costurar sua vida de novo, de Ele mostrar a sua verdadeira história, porque as vezes a nossa memória falha, a nossa autoconsciência é fraca, mas Deus sabe tudo, é o nosso respeito, então quando você pergunta Ele conta, então Ele vai ajudando você a entender o que aconteceu e você também ajuda, você a hierarquizar a importância dos acontecimentos de acordo com a ordem real que eles tiveram na composição da sua pessoa e não de acordo com o que os outros dizem, né? Por exemplo, qualquer pessoa que tenha sido tistimum é de um acontecimento na sua vida, ela acha que o acontecimento é o principal, mas se eu pô de vista dela, o que eu tenho a ver com isso? Então as vezes aparecem os casos, mas em 1900, 1837 você disse tal coisa, eles eu nem lembro disso, para você foi importante, para mim não foi, então você tem que saber qual é essa dosagem, não só a diferença entre as suas ações e as dos outros, mas também entre a preservação da integridade do seu ponto de vista e a diferenciação entre ele e o ponto de vista dos outros, que às vezes ajuda, às vezes atrapalha, então esse problema, por isso da autobiografia as pessoas não pensam, porque esses exercícios do necrolórico, por causa de que eu desperto um pouco de consciência autobiográfica nas pessoas, ele foi escrever uma coisa maravilhosa, a autobiografia, a autobiografia de Roulamaria, foi um dos primeiros filósofos que eu li na minha vida, porque eu par nas imortais sobre a bibliografia, partindo das teorias ortéicas que ele aperfeiçou muito, e se você não tem, vamos dizer, essa consciência autobiográfica, então é como se os capítulos da sua vida fossem capítulos de histórias separadas, cada um veio, vários autores, cada um escreveu um pedaço e nem leu que os outros escreviam, cada um está lá botando um pedaço, como é que você vai, e daí coisas que dão errada, as pessoas acham, eu falo, mas meu Deus, o que é que você fez para que desse certo? Absolutamente nada, não é isso, então você deixa tudo, deixa tudo na mão de Deus, mas eu levo uma coisa que diz, Walter Russell, que foi um grande artista e cientista americano, que é muito felizmente esquecido, e tem uma teoria meio esotérica, mas não importa, mas vezes quando ele dá uma sacada, ele diz, Deus fará tudo com você, nada por você, não deixa para ele fazer o seu serviço, porque ele não vai fazer, mas se você fizer, ele faz com você, e daí, sim, daí Deus está do seu lado, e daí, como diria, eu vou, ninguém dê, então, bom, até a semana que vem, muito obrigado.