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<h1 style="clear:both;">Postagens</h1>
<p>Neste blog vou coletar e manter um registro de pontos e de
referências de links importantes no decorrer dos meus estudos para
concursos públicos. Não somente isso, talvez haja posts com
assuntos fora da lei.. 😜</p>
<main class="h-feed">
<p>por <span class="p-author">mountaineerbr</span></p>
<article class="h-entry">
<header>
<h2 class="p-name" id="50">#50 Adendo</h2>
<time class="dt-published" datetime="2022-06-01">01/Jun/2022</time>
<nav><a href="50/">[avulso]</a>
</nav>
<br>
</header>
<p>O último post foi escrito em um momento muito rápido. Apesar de
não estar muito disposto a continuar este blog, achei legal deixar
mais esse post falando de algumas novidades e dar satisfação para
aqueles leitores que seguiram todo esse `romance'.</p>
<p>Estava muito frustrado no começo de abril por não ter conseguido
muito sucesso profissionalmente e pessoalmente nos últimos anos em
que morei nessa minha atual cidade (muito pequena). Não foi por
escolha que me mudei de uma boa cidade grande para cá.</p>
<p>Não conheci ninguém aqui nessa cidade, também. Os currículos que
mandei agora em abril para escolas de cursinhos e faculdades
privadas em Londrina não obtiveram <em>nenhuma</em> resposta. De
novo. Não é a primeira vez que mando currículos para faculdades
privadas sem sucesso algum, nem sequer chamam para entrevista.</p>
<p>Editais para professores temporários na UEL na minha área de
mestrado requerem o título de doutor. Chego à conclusão que há
muitos doutores e a área da saúde que estou metido está saturada!
Cursinhos e faculdades privadas só contratam com <em>QI</em> (quem
indica)..</p>
<hr>
<p>Uma notícia boa é que passei em sexto lugar no concurso do IBGE
como supervisor! Salário de 1700 reais mais vale alimentação e
transporte, o que vai resultar em aproximadamente R$ 2200. A vaga é
temporária de seis meses, prorrogável. Hoje fui entregar os
documentos para contratação mas como o sistema estava muito lento,
combinamos de eu comparecer lá amanhã de manhã para finalizar o
processo.</p>
<p>Mas nem tudo é um mar de rosas para mim nesse momento. Não estou
com muito ânimo para atuar no IBGE. Gostaria de trabalhar na minha
área de treinamento e intelecto. Uma amiga disse que as pessoas tem
uma visão muito romântica a respeito do trabalho, acho que sou uma
delas.</p>
<p>Por outro lado, eu ainda não tive filhos e não preciso ganhar um
dinheiro para sustentar quem quer que seja, nem tenho grandes
planos de construir uma grande casa ou ter vários carros e sou um
<em>hodler</em>. Porquanto acredito que há grande gama de visões a
respeito de trabalhar mas poucas devem entender como penso a
respeito desse tema. Compreendo, as pessoas tendem a ser
<strong>muito mais</strong> pragmáticas sobre trabalho do que
eu..</p>
<p>De qualquer forma, trabalhar no IBGE pode até ser legal. Já
conheci algumas das outras pessoas contratadas e parecem ser gente
boa.</p>
<hr>
<p>Tenho tido outros planos. Quem sabe encarar um doutoramento na
Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto em bioquímica.
Peguei algumas referências para estudar e já entrei em contato com
alguns professores da FMRP mas agora com essa contratação para o
IBGE os planos de realizar um PhD ficaram em segundo plano. Por
enquanto.</p>
<p>Infelizmente, não sei como explicar melhor, mas sinto que se eu
não pegar essa vaga para o censo demográfico do IBGE, me tornarei
uma <strong>barata</strong> na visão dos meus amigos e dos meus
pais. Não parece que faria sentido eu abdicar dessa vaga para
empenhar meus esforços no estudos da disciplina de bioquímica para
tentar realizar a prova de seleção para o doutorado.</p>
<p>Assim que eu estiver <em>mais certo</em> de que quero encarar um
doutorado, um compromisso de quatro anos e que não oferece garantia
de poder atuar como professor depois (vamos ter pés-no-chão),
sairei do IBGE daqui uns três meses para poder me dedicar aos
estudos de bioquímica. Sinto que estarei feliz de volta na sala de
aula, tomando ou ministrando aulas. Não estou mais certo se estaria
contente passando em uma vaga de biólogo burocrata no concurso do
IBAMA ou de uma prefeitura, por exemplo.. Na verdade, não estou
mais certo de nada na minha vida. rs. 😬</p>
<p>Sei que muitos leitores não entenderão e olharão de cima para
baixo esse tipo de cogitação que se passa na minha cabeça mas eu
acredito que devemos trabalhar não somente para ganhar dinheiro,
mas principalmente para sermos felizes e oferecermos um bom serviço
para a sociedade, se possível na nossa especialidade.</p>
</article>
<article class="h-entry">
<header>
<h2 class="p-name" id="49">#49 É o Fim, É o Começo Para
Fênixes</h2>
<time class="dt-published" datetime="2022-04-04">04/Apr/2022</time>
<nav><a href="49/">[avulso]</a>
</nav>
<br>
</header>
<p>Me serviu de auto-análise.</p>
<p>Este blog chega ao fim. Caros leitores, sejam felizes.</p>
<p>Cheers,</p>
</article>
<article class="h-entry">
<header>
<h2 class="p-name" id="48">#48 Notas Rápidas</h2>
<time class="dt-published" datetime="2022-03-12">12/Mar/2022</time>
<nav><a href="48/">[avulso]</a>
</nav>
<br>
</header>
<p>Muitas coisas acontecendo e eu acabei deixando o blog de lado.
Vou escrever rapidamente o que tem ocorrido (felizmente <em>nada de
ruim</em>).</p>
<p>Escrevi uma carta para o biólogo canadense <a href=
"http://ecosense.me/">Patrick Moore</a> sobre seu <a href=
"https://www.amazon.com/Confessions-Greenpeace-Dropout-Sensible-Environmentalist/dp/0986480827/">
novo livro</a> (que <em>ainda</em> estou lendo em um iPad antigo da
minha mãe), mudanças climáticas e oferecendo meus serviços para a
causa do <em>Ecosense</em> (movimento que reconhece uma
<em>ecologia e biólogos sensatos</em>) em trabalho voluntário.</p>
<p>Para minha surpresa, ele respondeu e pediu para que eu
procurasse uma editora para seu livro, a qual tarefa me dediquei
por uma semana e meia. Escrevi cartas de apresentação para as cinco
melhores editoras dentre uma lista com 16 nomes que encontrei. São
elas: <strong>Record</strong>, <strong>Vozes</strong>,
<strong>Global</strong>, <strong>Blucher</strong> e
<strong>Cortez</strong>.</p>
<p>A Blucher é uma editora independente, diferente das outras que
são tradicionais. Algumas editoras tradicionais como <em>Companhia
das Letras</em>, <em>Intrínseca</em>, <em>Rocco</em> e
<em>Autêntica</em> já atingiram o limite de manuscritos originais
para análise este ano.</p>
<p>A Editora Blucher respondeu rapidamente dizendo que enviaria a
proposta de tradução e publicação para o Conselho Editorial, mas
não estou interessado em negociar com contrapartida. Gostaria que o
novo livro do Patrick fosse publicado em por uma editora
tradicional ou pelo menos sem custos para ele, já que ele entra com
o seu prestígio internacional e excelente conteúdo.</p>
<p>Já a editora Cortez, apesar de seu editor ter mostrado interesse
por telefone, logo recusou a publicação do livro depois que lhes
enviei um longo e-mail com a apresentação do livro e o primeiro
capítulo. Disseram que apesar do livro ser da área de publicação da
editora, estavam focando em outros temas no momento.</p>
<p>Uma outra editora <em>CRV</em> mostrou interesse me mandando um
e-mail fazendo um acompanhamento do meu caso que lhe fora explicado
quando entrei em contato por e-mail, mas não vejo vantagem devido
ao contrato que requer uma contrapartida do autor.</p>
<p>Não tenho trocado muitos e-mails com o Patrick já que ele não me
respondeu o último que mandei. Ele pode estar ocupado..</p>
<hr>
<p>Em outros mares, minha nova conta do Twttr (que só uso para
acompanhar alguns ídolos mas não faço postagens quase nem tenho uma
rede de amigos) foi bloqueada do perfil do Carlos Minc alguns
minutos depois de eu lhe mandar um twtt contrapondo o exagero sobre
o perigo dos agrotóxicos em geral com argumentos sólidos do Bruce
Ames e suas <a href=
"https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC54831/">pesquisas
sobre <em>pesticidas dietários</em></a>.</p>
<p>Também tentei conversar mais profundamente por dois e-mails com
um professor da USP e <a href=
"https://tab.uol.com.br/colunas/ricardo-abramovay/">colunista do
UOL</a> sobre meio ambiente <em>Ricardo Abramovay</em>, mas ele só
me respondia com argumentos padrão e respostas pré-formatadas. Além
disso, achei os textos das colunas dele confusos, sobrepondo
explicações de fenômenos naturais que sozinhos já são difíceis de
serem entendidos..</p>
<p>Falando em banimento, uma conta que havia criado há alguns anos
no fórum do <a href=
"https://forum.arctic-sea-ice.net/index.php/topic,2305.700.html">Arctic-Sea-ice</a>
foi excluída depois que eu postei um resumão da minha pesquisa
sobre biodiversidade no tópico de <em>Extinções do Holoceno</em>
por razões <em>nada a ver</em>, por exemplo do administrador me
acusou de estar tentando promover meu site pessoal e estragar o
layout do fórum com ditas <em>frases pessoais</em> que adicionei no
meu perfil (era o link para o meu site pessoal antigo), mas ele nem
sabe que para estragar o HTML tem que haver código que confunda o
motor de processamento de HTML e que o que ele havia visto era o
funcionamento de uma propriedade de <em>overflow</em> do HTML+CSS
do fórum que permitia o endereço do meu site sair da caixa de texto
a que ele deveria estar confinado.. Mas tudo isso não sem antes ser
massacrado por alguns argumentos <em>ad-hominem</em> por alguns
membros do fórum depois da publicação do resumo da minha
pesquisa.</p>
<hr>
<p>Teve um casamento de família bem no dia de aniversário da minha
mãe e foi muito bom vê-la feliz naquele final de semana. Tive uma
pequena recaída com bebida (foi mais um acidente do que recaída,
mas enfim, deixo os detalhes largados no fundo da masmorra de
somente minha mente para que lá apodreçam na escuridão..</p>
<p>Mas fora esse pequeno <em>acidente</em>, eu estou em uma fase
muito boa e pretendo mantê-la, praticando atividades saudáveis,
como caminhadas, fazendo programas legais, como comer sorvete e
passear e ir visitar algumas pessoas que há muito não vejo..</p>
<p>Também estou estudando para o concurso do IBGE mas preciso pegar
mais firme. Vamos ver se essa semana eu consigo focar só nisso. A
prova do concurso é dia 10 de abril, se não me engano..</p>
<hr>
<p>Na última semana me mantive ocupado refazendo um script que
conta tempo entre duas datas em vários formatos e unidades de
tempo, como um <code>datediff</code>. Por exemplo, entre
<code>2002-01-01</code> e <code>2004-04-04</code>, quantos meses se
passaram <em>ou</em> quantas semanas <em>ou</em> quantos segundos?
Também ensinei o meu script em shell a calcular o limite de tempo
entre duas datas e representá-lo levando em consideração todas as
unidades de tempo, por exemplo, quantos anos <em>e</em> quantos
meses <em>e</em> quantas semanas <em>e</em> quantos dias, horas
minutos <em>e</em> segundos?</p>
<p>Desenvolver uma fórmula matemática para esse tipo de cálculo
calêndrico não foi fácil, mas estou muito feliz com o resultado.
Para vocês terem uma ideia, faz no mínimo uns dois anos que comecei
a escrever o script mas de um ano para cá tenho quebrado a cabeça
para conseguir uma fórmula que atendesse aos requisitos e
funcionalidades que queria implementar no script, como por exemplo,
fazer os cálculos usando somente aritmética do shell. Para
operações auxiliares, como por exemplo interpretação de input do
usuário, ser o máximo compatível com o programa <code>date</code>
do BSD e do GNU.</p>
<p>Com orgulho, apresento a nova versão do meu <a href=
"https://github.com/mountaineerbr/scripts/blob/main/datediff.sh"><code>
datediff.sh</code></a>.</p>
<hr>
<p>Nenhuma escola privada de ensino médio ou de inglês me chamou
para dar aulas e acho que nem adianta eu manter a esperança por
enquanto. O que poderei fazer é distribuir meu currículo novamente
mais para o final do ano. PSS ainda nem temos notícias oficiais mas
parece que ele será reformulado e uma <em>prova de seleção</em>
ocorrerá no meio do ano..</p>
<p>Tirando esse tipo de preocupação e com relação a melhorar a
saúde, estou feliz com os recentes acontecimentos que descrevi nos
posts anteriores e aqui..</p>
</article>
<article class="h-entry">
<header>
<h2 class="p-name" id="47">#47 Monark, Nazismo e Cristianismo</h2>
<time class="dt-published" datetime="2022-02-10">10/Feb/2022</time>
<nav><a href="47/">[avulso]</a>
</nav>
<br>
</header>
<p>O que quero dizer abaixo é indicado para pessoas abaixo de 25
anos. Com certeza, é para pessoas com menos de 40 anos. Não
queremos irritar as pessoas com mais de 40 anos pois elas são
inflexíveis, poderosas, ressentidas e podem mover os pauzinhos para
mandar me prender, assim como fizeram com o Timothy Leary..</p>
<hr>
<p>Acho um absurdo essa cultura do cancelamento. Todo mundo sabe
que o Monark não é o cara mais inteligente do mundo. Quem viu
entrevistas antigas e mais recentes, poderá ser testemunha que o
Monark aprendeu muita coisa com as mais de 500 entrevistas que ele
protagonizou.</p>
<p>Imagina se eu como professor poderia ter raiva de verdade de
pessoas que são ignorantes..</p>
<p>O Nazismo é uma bobagem. Acho que Nazismo pertence aos Alemães e
europeus e é bobagem demais a gente comprar essa briga aqui no
Brasil, mesmo que eu seja descendentes de Poloneses, Libaneses e
Tchecos-eslováquios que passaram por tempos difíceis.</p>
<p>Mas voltando a ignorância, quando falo uma palavra qualquer, ela
pode evocar muitas coisas ou poucas coisas em outras pessoas.</p>
<p>Por exemplo, para mim, quando ouço falar de Nazismo, imagino o
Hitler de quatro no inferno e o capeta enxovando pás e mais pás de
enxofre no c* dele.. Com certeza é uma imagem muito melhor do que a
de ódio e revolta que muitos evocam quando se fala de Nazismo. O
bom humor é uma arma muito mais poderosa que a seriedade. D'eus
deve estar sempre rindo das coisas, pois para ele tudo faz sentido,
incluindo a incapacidade humana.</p>
<p>Além do mais, como sou professor (e possivelmente um cientista),
eu fico muito mais revoltado com a igreja católica, que também
perseguiu e matou gays, bruxas, magos e pessoas que não aceitavam
d'eus como o criador do universo. Na verdade, bastava que houvesse
uma denúncia de alguém estar <a href=
"https://www.youtube.com/watch?v=wcAy4sOcS5M"><em>cozinhando o
tempo</em></a> e ele poderia ser morto caso cozinhasse o tempo
atmosférico ao desfavor de embarcações aliadas, etc.</p>
<p>Mas eu já passei da fase de revolta ferrada contra os cristãos,
imagina se eu fosse cancelar as pessoas que tem essas idiotices
religiosas? Seria um trabalho sem fim e muito frustrante. Parece
que muitas pessoas não passaram dessa fase, ainda..</p>
<p>O problema do Nazismo está na cabeça maldosa das pessoas. Se
essa palavra for falada para uma criança, ela não compreenderia
nada pois não tem uma estrutura de entendimento.</p>
<p>Assim como sou especialista em biologia e vejo verdadeiros
horrores sendo conduzidos <em>atualmente</em>, nada é feito para
detê-los. De certa forma, não é uma luta contra pessoas, mas sim
contra a ignorância.</p>
<p>Então quer dizer que pessoas humildes, do sítio, das favelas não
podem tentar expor seus pensamentos a respeito de Nazismo? Se é
tendo uma opinião errada e conversando com outras pessoas que
chegamos a um melhor entendimento do mundo, ao invés do
cancelamento e a ira contra o <em>Flow Podcast</em>, poderiam muito
bem usar <strong>a didática</strong>. Cada um tem seu tempo de
entendimento e não é possível forçar ciência na cabeça das pessoas
nem obrigá-las a gostar de ciências ou história.. A história humana
é tragicômica mesmo..</p>
<p>Para mim, <a href=
"https://www.jstor.org/stable/24457964">Nazismo e Cristianismo tem
muitas coisas relacionadas</a>. O <a href=
"https://www.quora.com/How-many-people-have-been-killed-in-the-name-of-Christianity-Crusades-religious-extremism-everything-counts-Some-sources-I-found-put-the-number-around-700-million-since-the-birth-of-Christ">
Cristianismo produziu muito mais mortes</a> em termos absolutos e
muito cruéis (imagine ser queimado vivo na fogueira, ou afogar
afundando em um rio?) ao longo da história <a href=
"https://encyclopedia.ushmm.org/content/en/article/documenting-numbers-of-victims-of-the-holocaust-and-nazi-persecution">
do que o Nazismo</a>. Aliás, parece que o cristianismo também
perseguia os judeus..</p>
<p>Para mim, as igrejas cristãs não se redimiram e nunca se
redimirão dos seus pecados e portanto deveríamos nos livrar desse
empecilho mental (a religião) que obstruí, confunde e danifica a
cognição humana e piora a nossa existência. <em>O que é do passado
deve ficar no passado.</em></p>
<p>Então eu acho que se forem tão ridículos de cancelar o Monark,
que não é nazista de verdade, então vamos começar a cancelar as
pessoas que falam bem do cristianismo.. A qualquer hora os
fanáticos religiosos podem voltar ao poder e à política (se já não
estão metidos lá?)..</p>
<p>Toda essa polêmica cultura do cancelamento será um tiro que
sairá pela culatra..</p>
</article>
<article class="h-entry">
<header>
<h2 class="p-name" id="46">#46 Astro de Rock</h2>
<time class="dt-published" datetime="2022-02-08">08/Feb/2022</time>
<nav><a href="46/">[avulso]</a>
</nav>
<br>
</header>
<p>Hoje acordei muito feliz de ter tido um ótimo dia ontem e decidi
compartilhar essa informação <em>importantíssima</em> (mais para
super desimportante)!</p>
<p>Obviamente não posso dizer muita coisa do que aconteceu ontem,
há coisas que eu não falaria nem para minha mãe e nem para meu
pai..</p>
<p>Então, pais de família, peço que respeitem a intimidade de um
jovem e suas aventuras pelo mundo e não avancem a diante nesse
post.</p>
<p>Tá bom, tomei uma vodiquinha diluída, mas bem de leve só para
acompanhar a energia da ocasião. Nesse ponto, pretendo melhorar! Em
próximas ocasiões, devo comprar uma <em>água com gases</em> (no
plural mesmo, quanto mais gases melhor!) e deixar o povo tomar o
que bem entender.</p>
<p>Então, ao mesmo tempo que foi um (re)encontro, dia que pude
sentir uma energia poderosa que há muito tempo não sentia, também
foi um dia que me fez querer dizer adeus a muitas coisas..</p>
<hr>
<p>Para completar, há algumas semanas, em algum tópico do <a href=
"https://www.reddit.com/r/getdisciplined/">subreddit do
getdisciplined</a> que uma pessoa estava tentando ajudar fazendo
várias perguntas difíceis de responder mas que me tocavam
profundamente pois os problemas de que devém tais questionamentos
devem ser similares e iguais.</p>
<p>Uma dos questionamentos levantados por esse usuário e que estava
sem uma resposta, permaneceu na minha cabeça.</p>
<p>O questionamento era do tipo <em>“O que fazer para se
sentir jovem mesmo largando certos hábitos ruins?”</em> ou
<em>“Como lidar com a sensação de juventude que certos
hábitos ruins proporcionam?”</em>.</p>
<p>Beber, usar “dorgas” etc é sinal de juventude e de
uma vida de astro de Rock, rebeldia. Pelo menos eu sempre tive essa
impressão na cabeça desde a infância..</p>
<p>Mas de fato, a resposta que me veio a cabeça sobre o dilema
apresentado é muito simples: <em>talvez a pessoa esteja sendo
criança demais</em>.</p>
<p>Ninguém deseja ficar impossibilitado de fazer o que se gosta e
isso é uma característica de pessoas mais adolescentes do que de
jovens adultos. Ninguém deseja se sentir um bebê mas sim algo entre
a ignorância do novo e as dores do velho.</p>
<p>Mudar hábitos para melhor não pode ser considerado coisa de
velhos. Pelo contrário, quem tem a capacidade de mudar mais são
realmente jovens.</p>
<!--
I read in this subreddit someone being helpful asking a lot of questions but with few answers attached to them a few weeks ago. One question was something like "What to do if a habit makes you feel young" or "What do you do when quitting a habit makes you feel like not being young any more". So I got one answer for that: maybe one is being just childish. Not being able to do what one truly wants is a characteristic more of teenagers than young adults. No one wants to feel like a baby, that young, but what is in between new and ignorant and old and painful!
<https://www.reddit.com/r/getdisciplined/comments/sn4oc7/whats_discipline_question/>
-->
</article>
<article class="h-entry">
<header>
<h2 class="p-name" id="45">#45 Mais Frustração</h2>
<time class="dt-published" datetime="2022-01-29">29/Jan/2022</time>
<nav><a href="45/">[avulso]</a>
</nav>
<br>
</header>
<p>E ai, galera! Tudo bem com vocês? Agradeço aos leitores do blog
que estão gostando do site..</p>
<p>Tentarei não escrever muito mas gostaria de deixar umas notas
aqui sobre a frustração profissional e pessoal que sinto.</p>
<p>Quando eu estava metido com o YouTube, fazia vídeos sobre vários
assuntos. Eram vídeos técnicos e apesar de não ser um canal grande
(o pessoal gosta mesmo é de <em>entretenimento</em> e não de vídeos
técnicos), eu gostava dos meus 256 inscritos e de fazer os vídeos e
podcasts pois considerava meus ouvintes meus alunos, de certa
forma.</p>
<p>Excluí meu canal no YouTube principalmente por causa de um
processo de que sou alvo. Não sei se já comentei em outros
<span lang="en">posts</span>, mas acabei virando <em>um ativista de
biologia sem querer</em>, já que os meus estudos para produzir
vídeos me mostraram alguns horrores que ocorreram com pesquisas no
Brasil e fui atrás para tentar ajudar a população brasileira
denunciando os envolvidos para suas próprias instituições,
principalmente para fazer justiça àqueles que serviram de
porquinhos da índia… Ainda não posso esclarecer melhor esse
caso.</p>
<p>Enquanto eu também estava ocupado aprendendo <span lang=
"en">shell</span> e mercado financeiro, sentia que conseguia alguns
resultados pois meu conhecimento estava aumentado
perceptivelmente.</p>
<p>Agora não tenho mais canal no YouTube e estou ficando longe de
aprender mais programação para poder focar na biologia. Apesar do
meu esforço para conseguir um emprego e até mesmo trabalho
voluntário na minha área de formação, estou me sentindo frustrado
como biólogo.</p>
<p>Os ~14 currículos de professor de biologia que enviei para todas
as escolas privadas aqui na minha cidade no ano passado não
resultaram em nenhum chamamento/oportunidade e acredito que em
plena crise econômica ninguém deve chamar. Ainda tenho certa
esperança disso ocorrer até final de fevereiro ou março.. Depois
disso, realmente não há como esperar mais resposta! As aulas
<em>ainda não</em> começaram, quem sabe ainda há uma chance
boa..</p>
<p>Escrevi para muitas pessoas importantes e que admiro da área de
biologia e quase ninguém respondeu nesse último ano. Ainda há
algumas pessoas para quem desejo escrever em 2022 e oferecer meu
trabalho voluntário, como o Patrick Moore e o Willis Eschenbach.
Mas sinceramente, talvez nem respondam… Ou talvez eu tenha
um pouco mais de sorte com eles do que com os brasileiros..</p>
<p>O texto sobre biodiversidade que produzi para o jornalista,
comentado nos posts anteriores, talvez não saia.. Acho que o texto
ficou bom, é um bom resumo do <span>status quo</span> sobre a
biodiversidade, mas talvez ele não publique pois dei umas
incomodadas desnecessárias. Sou especialista em auto-sabotagem,
principalmente se bebo umas cervejas a mais (estou tentando ficar
bem longe da cerveja mas ainda dou umas derrapadas de vez em
quando)…</p>
<p>Mas vamos ver, também não tenho o que reclamar do jornalista
pois ele é gente boa. E o texto eu gostei muito de produzir,
adquiri um bom conhecimento sobre biodiversidade! É só uma pena que
não poder utilizá-lo para responder questões de concursos públicos,
já que se espera respostas dizendo que a biodiversidade está
diminuindo, que o ser humano está destruindo tudo e tal.</p>
<p>Na verdade, se o jornalista não se encanar comigo de vez e o
texto for realmente publicado, devo meter na minha cabeça que isso
foi uma conquista. Faz um tempinho que falei com o jornalista da
última vez. Mandei uma mensagem legal para ele ontem, ele
visualizou mas não respondeu ainda (isso me dá nos nervos, rs). De
noite escrevi mais umas coisas depois de tomar cerveja e não sei,
talvez eu tenha me queimado um pouco mais… Acho que por isso
também estou frustrado… Quando consigo produzir algo legal,
minha ansiedade acaba me fazendo cometer besteiras e destruir o
conquistado..</p>
<p>O Jornalista me falou que eu tenho <q>carência afetiva</q>. Isso
é verdade mesmo, me falta amigos da minha idade para poder bater
bastante papo e desanuviar.. Depois ele ainda me falou, super de
boa, que eu tenho <q>síndrome do pensamento acelerado</q>, e ele
tem razão novamente..</p>
<p>Enfim, vamos ter que juntar muita paciência e torcer para que o
livro seja publicado com meu texto este ano! Mesmo que seja
publicado, devo meter na cabeça que isso não ocasionará uma mudança
na minha vida de imediato. Tenho uma esperança que alguém leia o
texto e me chame para apresentá-lo a uma plateia mas isso
<em>pode</em> ocorrer como <em>pode não</em> ocorrer, e pode
ocorrer só depois de alguns anos do artigo publicado..</p>
<p>O Brian Fox, desenvolvedor da <span lang="en">shell</span> Bash,
falou em uma de suas palestras que a fama <q>só demorou uns 20
anos</q>. Vi outras pessoas comentarem uma coisa parecida, depois
de se produzir algo verdadeiramente bom, deve-se esperar uns dez,
20 anos para que seja reconhecido.. Assim, pode ser que eu tenha
uns 40 ou 50 anos quando me chamarem para minha primeira palestra!
rs..</p>
<p>Acho que essa consideração sobre a publicação do artigo de
biodiversidade é importante nesse momento e parte da minha
frustração provém dessa situação..</p>
<p>Mas tem mais.. Tenho lido vários relatos de biólogos modernos e
antigos, e eles tem ou tiveram uma vida sensacional, cheia de
viagens pelo Brasil e pelo mundo, conheceram diversas culturas e
biomas, alguns fazendo pesquisa ou outro tipo de trabalho.. Viajei
pro outro lado do mundo (Japão) quando tinha 16 anos, não sei onde
foi parar toda aquela coragem! Agora olho para mim, já to ficando
velho e sem coragem de encarar o mundo. To me achando meio
<em>fracassado</em> nesse ponto, por não conseguir desenvolver
minha personalidade e individualidade direito, em parte por que
houveram problemas familiares na última década que não
permitiram.</p>
<p>Mas tudo é <em>uma faca e dois legumes</em>. Eu gosto de morar
com minha família agora e <em>talvez</em> eu tivesse me dado muito
mal se não tivesse a companhia da família durante a graduação.. Mas
esse é um tipo de coisa que nunca vou poder ter certeza pois
realidades alternativas são somente teóricas..</p>
<p>Se eu tinha a perspectiva de me virar sozinho década passada,
agora penso que seria melhor ficar <em>perto</em> da família (não
necessariamente morando junto). Acho que agora está meio tarde para
tentar fortificar certas características pessoais, mas sei que
<em>nunca é tarde demais</em>.</p>
<p>Na verdade, fico preocupado demais em morar longe do meu pai e
da minha mãe. Ambos são sozinhos. Se meu pai e minha mãe morassem
juntos ainda, ou ambos fossem bem casados com outras pessoas, tenho
certeza que eu não estaria tão preocupado assim, pois estariam se
cuidando e curtindo a vida do jeito deles, e só me restaria correr
atrás das minhas aventuras..</p>
<p>Era para ser um <span lang="en">post</span> breve, mas enfim,
escrever sobre si mesmo é um treinamento para se entender. Espero
que não esteja um <span lang="en">post</span> muito pessoal. É
difícil se expor assim. Não desejo que ninguém tenha dó de mim pois
sei bem que não estou no fundo do poço e estou melhor que a grande
maioria das pessoas.</p>
<p>Ainda não posso dizer, como o Willis Eschenbach, que eu
consegui, que já fiz a minha vida e que sou o jovem homem mais
sortudo do mundo. Mas auto piedade demais é vaidade.</p>
<p>Queria ser um pouco como o Richard Rasmussen e o próprio
jornalista Richard Jakubaszko, que conhecem o Brasil inteiro e os
seus biomas, são respeitados na sua área por pares (e tem pares!) e
vivem trabalhando com o que gostam.. Um sonho!</p>
<p>Bom, vamos tentar nos animar e aproveitar a saúde, minha e de
minha família.. Sei que sou privilegiado em certos pontos, a saúde
dos meus familiares e amigos é extremamente importante e devo
aproveitar esse período que todos estão bem. O resto, a gente deve
correr atrás..</p>
<hr>
<p>Atualização: dia seguinte.</p>
<p>Ontem de noie, ocorreu algo bem legal e inesperado. Minha mãe
pediu para conversar comigo um pouco sobre amenidades, mas no meio
do percurso a conversa pegou uma tangente importante.</p>
<p>Na verdade semana anterior, um amigo havia me enviado um edital
para <a href=
"http://portal.utfpr.edu.br/noticias/geral/tamo-junto/aberta-pre-selecao-para-doutorado-no-japao">
bolsa de doutoramento no Japão</a> e comentei com minha mãe a esse
respeito. O sonho dela é eu fazer doutorado..</p>
<p>É uma oportunidade bem interessante, recebe-se por volta de seis
mil reais por mês de bolsa mais as passagens de ida e volta. Dentre
os requisitos estão ter ou ter tido um vínculo com a UTFPR e ter
nascido no máximo em 1987. Bom, como não tenho vínculo nenhum com a
UTFPR, eu não poderia concorrer a essa bolsa especificamente, mas
minha <em>alma mater</em> tem um vínculo bem forte com entidades do
governo japonês e provavelmente ela também deve ter oportunidades
de bolsa de estudos..</p>
<p>Sem ela saber do meu blog ou da frustração que expus no no
começo desse post, começamos a conversar sobre a bolsa de estudos
do Japão pois ela estava curiosa. No meio da conversa, falei da
minha preocupação com ela e com meu pai, por estarem sozinhos, e
ela ficou surpresa. Não imaginava que eu pensasse assim..</p>
<p>Mas foi muito bom por que ela me garantiu que deseja me ver
correndo atrás da minha carreira e que isso até iria dar um grande
alívio para ela, pois diz que fica muito preocupada com meu
futuro.</p>
<p>Acredito que eu tenho condições de me virar sozinho, se
necessário, e não me preocupo muito com dinheiro já não sou muito
gastão (gosto da ideia de minimalismo) e acredito na minha
capacidade de trabalho, mesmo que for para dar aulas, fazer Uber ou
me tornar atendente de caixa ou repositor no supermercado, além de
ter meus investimentos no mercado financeiro que devem me dar algum
lucro daqui a alguns anos..</p>
<p>Mas enfim, não é a questão de trabalhar para ganhar dinheiro que
procuro, mas sim uma realização pessoal profissional na minha
área.</p>
<p>De qualquer forma, ela me garantiu que tem condições de se
cuidar sozinha ainda e que até pode dar uma olhada no meu pai, se
necessário. Assim, fico livre para fazer o que bem entender sobre
minha carreira.</p>
<p>Essa conversa de ontem foi um grande alívio.. É impressionante
como podemos nos preocupar com certas coisas que acabam passando
sem exposição em uma conversa, e como uma conversa franca pode
resolver várias picuinhas na nossa cabeça e na de outras pessoas
que convivemos.</p>
<p>Sinceramente, acredito que ficar quatro anos fazendo doutorado
seria uma aventura muito longa para mim.. Mas admito que tenho
vontade, seria muito legal retornar para o Japão a estudos
novamente e esse é, de certa forma, um sonho que tenho entretido
essa semana.</p>
<p>Bom, com o coração um pouco mais aliviado, vou pensar com a
mente mais aberta sobre meu futuro daqui para frente e vamos ver
quais oportunidades maiores podem aparecer.</p>
</article>
<article class="h-entry">
<header>
<h2 class="p-name" id="44">#44 Olavo se Vai, Filosofia
Continua</h2>
<time class="dt-published" datetime="2022-01-25">25/Jan/2022</time>
<nav><a href="44/">[avulso]</a>
</nav>
<br>
</header>
<p>Relembrando aqui a tangente que me levou a conhecer o Olavo de
Carvalho. Foi por volta de 2014, quando eu já utilizava o YouTube
frequentemente. Lembro que falei algumas coisas sobre o Olavo, que
sempre achei infame, para uma amiga, Melina, e seu esposo em uma
tarde andando pela universidade em que começava meu mestrado em
2015..</p>
<p>O Olavo falava coisas muito engraçadas, como do tipo <q>se o
cara não é asseado com as coisas dele, imagine como limpa sua
bunda</q>. Ou foi ele que falou algo nesse sentido ou eu que falei
isso inspirado no jeitão exótico do Olavo.. Mas de fato, ele falava
muitos palavrões e eu achava o senso de humor dele o máximo.</p>
<p>Então eu assistia as palestras gratuitas dele no seu <a href=
"https://m.youtube.com/user/olavodeca/videos">canal do YouTube</a>
frequentemente. Não me lembro a quantidade de inscritos que ele
tinha naquela época, mas era na ordem de 50-200K. Ele estava
começando a ficar famoso no Brasil, então de vez em quando eu
comentava a respeito do Olavo para algumas pessoas e ninguém
reconhecia seu nome.</p>
<p>Por incrível que pareça este texto estar se encaminhando para
certas conclusões do leitor a meu respeito, deixo claro que
<strong>não</strong> <em>sou olavista, muito menos
bolsolavista</em>.</p>
<p>Na época que conheci as palestras do Olavo no YT, ele era
novidade e eu estava busca de conhecimentos filosóficos. Acabara de
terminar minha graduação em biologia mas também meus estudos de
filosofia. Na universidade, atendi a várias palestras de filosofia
e ciências sociais no centro de estudos de ciências sociais da
universidade, principalmente nos últimos dois anos da minha
graduação.</p>
<p>Com as dicas do meu primo César que havia terminado sua
graduação em filosofia há pouco tempo, consegui assistir e
acompanhar palestras de três disciplinas semestrais do curso de
filosofia. Pedi permissão de dois professores e eles me deixaram
assistir suas palestras das aulas ordinárias ao longo do semestre.
Eu raramente faltava e não precisava fazer provas… Era bom
ter contato com toda aquela galera do Centro de Ciências
Sociais.</p>
<p>O terceiro professor que meu primo recomendou foi <a href=
"http://agguinaldopavao.blogspot.com/2013/06/justica-e-bondade.html">
Professor Pavão</a> (também <a href=
"https://www.blogger.com/profile/04291399563650833341">ver seu
perfil no blogger</a>).. Mas, por alguma razão, eu não pedi
permissão para assistir às suas aulas na época antes de começar a
frequentá-las diligentemente. Ele me aceitou como ouvinte de boas e
eu amava suas aulas, achava todas elas muito lindas,
inspiradoras!</p>
<p>Depois de algum tempo, porém, ele deu a entender certo incômodo
com a situação de minha presença não muito esclarecida mas mesmo
assim nunca se dirigiu diretamente a mim e nem me expulsou.</p>
<p>Após conclusão da disciplina, ainda apareci em algumas outras
palestras dele, mas seu ar de incômodo era evidente, assim como
minha timidez cada vez mais a flôr da pele, especialmente quando ia
em suas palestras chapado.</p>
<p>Ainda assisti a várias palestras de eventos de filosofia e
ciências sociais, que não precisava ficar preocupado já que eram
explicitamente abertas ao público.</p>
<p>Depois, quando conclui o mestrado em outra universidade pública
e retornei, meu interesse em filosofia ainda gerou um convite para
assistir aulas da pós-graduação, que aceitei mas depois de
comparecer por duas vezes, me senti muito deslocado no meio dos
alunos da pós de filosofia e nunca mais retornei. Me arrependo de
ter sumido, mas eventualmente mandei e-mails para o professor que
havia me convidado e sido supimpa comigo, e para uma aluna com a
qual tinha conversado um pouco e pegado um material de estudos
anteriormente. Ambos não responderam. Acho que minha atitude foi
meio estranha mas realmente não consegui a cara de pau necessária
para continuar me aproveitando da oportunidade, o que diferiu do
meu passado mais jovem de sempre aproveitar as oportunidades
diferentes que encontrava ou conseguia.</p>
<p>Decidi que seria mais apropriado assistir a palestras de
filosofia quando houvesse eventos na universidade e assim consegui
fazer algumas vezes desde então.</p>
<p>Minha sede de conhecimento de filosofia sempre foi forte. Essa
sede começou no terceiro ano do ensino médio, quando as aulas de
certos <em>professores show</em> me tocaram profundamente. Eu tinha
por volta de 17 anos e toda minha crença religiosa se acabou de uma
hora para outra, ou foi colocada no devido lugar, nessa época do
ensino médio em Curitiba.</p>
<p>Voltando para épocas mais recentes, foi minha vontade de
conhecimento filosófico que determinou que eu assistisse a
admirasse certas coisas no discurso do Olavo. Não havia outro
filósofo excêntrico no YouTube que expusesse a <em>rotina de um
filósofo</em>. Me lembro claramente de determinar em minha cabeça
os limites do ensinamento que poderia adquirir com o Olavo, pois
era claro que nem tudo que ele falava era racional..</p>
<p>Veja bem, o Olavo me ensinou, por exemplo, que devemos ler a
literatura dos nossos opositores ou de menores, pois só assim
podemos ver a estupidez de que são capachos e assim criticar. Uma
outra coisa que concordo com ele é sua crítica com relação ao
universo acadêmico que só olha para o próprio umbigo e rejeita
alunos com ideias novas.. Também acho legal quando ele escancara
que a academia é dominada por pensamento e intelectuais
socialistas..</p>
<p>Além do senso de humor e boca suja do Olavo, que sei não agradar
muitos de seus opositores, eu achava que o Olavo tinha uma boa
retórica. Reparei que quando ele se dava ao trabalho de explicar e
apresentar certos temas, ele o fazia com grande maestria e de forma
racional. Então essa parte de sua dialética, ou método de se
expressar e explicar, passava pelo crivo científico e poderia ser
usada sem problemas por mim.</p>
<p>Por outro lado, era muito claro que assim que a parte de
introdução e exposição de certos temas acabava e ele começava a
expressar suas opiniões pessoais e tudo degringolava ladeira
abaixo. Não havia mais nada que poderia ser útil para mim. Assistia
para analisar sua retórica somente, mas consciente de que naquelas
alturas ele já havia metido o pé na privada.. O maior empecilho de
raciocínio e opiniões tortas do Olavo com certeza provém da sua fé
e religião.</p>
<p>Depois que ele ficou mais famoso, por volta de 2018, eu deixei
de seguí-lo pois ele quase não falava mais nada que eu pudesse
aproveitar e descobri outros filósofos mais interessantes para
seguir.</p>
<p>Por exemplo, agora sigo um filósofo de esquerda, <a href=
"https://m.youtube.com/c/tvfilosofia/videos">Paulo Ghiraldelli</a>,
mas já aviso que também não sou de esquerda (nem de direita, para
não restar dúvidas)..</p>
<p>A <a href=
"https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2022/01/25/filha-olavo-de-carvalho-morte.htm">
filha do Olavo</a> parece ser uma pessoa mais amena e <a href=
"https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=xJPVnYeJgkA">razoável</a>.
Não fico muito triste com a partida de Olavo pois os brasileiros
estavam o levando a sério demais, mas também não fico feliz de não
poder mais ouví-lo..</p>
<p>Tem um livro do Olavo, <a href=
"44/O_Jardim_das_Afli%C3%A7%C3%B5es_Olavo_de_Carvalho.epub">O
Jardim das Aflições</a>, que ele escreveu há muito tempo, antes de
ser muito famoso, que tenho desejo de ler alguma hora dessas..</p>
</article>
<article class="h-entry">
<header>
<h2 class="p-name" id="43">#43 Terminal pro Android - Termux</h2>
<time class="dt-published" datetime="2022-01-20">20/Jan/2022</time>
<nav><a href="43/">[avulso]</a>
</nav>
<br>
</header>
<p>Hoje gastei um tempo para escrever sobre um programinha muito
legal que está revolucionando meu celular: o <a href=
"https://github.com/termux/termux-app#Installation">Termux</a>.</p>
<p>Agora meu celular se transformou em um desktop Linux, quase!
Consigo rodar meus scripts de shell, os quais substituem vários
aplicativos de interface gráfica (e lentos) da PlayStore do
Android..</p>
<p>Além disso, consigo acessar todos meus arquivos remotamente do
celular via <code>ssh</code> (mais especificamente, por um servidor
<code>dropbear</code> no Termux) no meu laptop na rede
doméstica!</p>
<p>O artigo pode ser encontrado no <a href=
"https://plus.diolinux.com.br/t/usando-terminal-no-android-termux/42225">
DioLinux</a> ou em uma <a href="43/termuxTutorial.html">cópia
aqui</a>.</p>
</article>
<article class="h-entry">
<header>
<h2 class="p-name" id="42">#42 Análise Edital Petrobrás
2021/2022</h2>
<time class="dt-published" datetime="2022-01-17">17/Jan/2022</time>
<nav><a href="42/">[avulso]</a>
</nav>
<br>
</header>
<p>Meu pai disse que eu deveria esquecer sobre esse edital da
Petrobrás. Respondi para ele que não é bem assim, só por que eu
perdi a data de inscrição não quer dizer que não valha a pena dar
uma olhada e uma estudadinha nesse edital. Isso por que, se os
próximos editais da Petrobrás seguirem o mesmo estilo deste
presente edital, o que não é uma ponderação desarrazoada, poderei
estar melhor preparado para o que há por vir. É que na verdade sei
que meu pai não bota muita fé nos meus estudos para concursos
públicos, mas deixa ele, quem sabe ainda poderei dar algum orgulho
para ele eventualmente…</p>
<p>Mas a análise do edital me fez muito bem. Primeiro, posso
verificar que a remuneração mínima é de <em>R$ 11.716,82</em>, o
que é bem estimulante. Mas lendo o ponto <q>11.5 O prazo de
validade deste processo seletivo público esgotar-se-á em 12 meses
[..] podendo vir a ser prorrogado, uma única vez, por igual período
[..]</q>, fico imaginando qual seria o salário de um <em>concurso
público</em> de carreira (e não <em>processo seletivo</em>
temporário)..</p>
<p>Há muitas vagas para engenharias, como civil, de equipamentos
(elétrica, eletrônica, mecânica..), de petróleo, de processamento,
de produção, naval e também para geologia, física. A única área que
parece ser próxima do meu treinamento é a <strong>engenharia
ambiental</strong> (ênfase 9), porém verificando os requisitos de
admissibilidade, é necessário ter uma formação estrita em
engenharia ambiental.</p>
<p>Sei que os conselhos de engenharia são muito fortes (se não me
engano só há <em>um</em> conselho de engenharia, e portanto tão
forte, mas nunca me interessei em verificar melhor…), mas é
descarado o tamanho do poder que detém para se auto beneficiar em
eventuais circunstâncias sob sua jurisdição. Nos requisitos para
vaga de engenheiria ambiental, está escrito ser necessário
<q>bacharelado em Engenharia Ambiental. <strong>Outras formações em
Engenharia são aceitas</strong>, desde que acompanhadas de certidão
emitida pelo respectivo Conselho de Classe, atestando a posse de
todas as <a id="petrRet2021">atribuições profissionais de
Engenheiro Ambiental</a>.</q>.</p>
<blockquote>
<p>1.9 ÊNFASE 9: ENGENHARIA AMBIENTAL</p>
<p>[…]</p>
<p>SÍNTESE DAS ATRIBUIÇÕES: atuar nas atividades de Engenharia
Ambiental, tais como, planejamento, projeto, especificação, estudo
de viabilidade técnico-econômica, produção técnica e especializada,
execução e fiscalização de obras e serviços técnicos, referentes à
administração, gestão e ordenamento ambientais e ao monitoramento e
mitigação de impactos ambientais, seus serviços afins e correlatos,
para que as atividades da Companhia sejam realizadas com o uso
sustentável dos recursos naturais, respeitando as legislações
vigentes; executar a fiscalização técnica e administrativa dos
contratos de bens e serviços.</p>